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Climas e formações
vegetais
Professor: wander Junior
Climas e formações vegetais
TIPOS CLIMÁTICOS E FORMAÇÕES
VEGETAIS
Com base em estudos dos fenômenos atmosféricos, foram criadas diferentes classificações de
clima. uma das mais adotadas, a do geógrafo e climatologista estadunidense arthur strahler
(1918-2002), considera a dinâmica das massas de ar, os processos de formação de frentes e as
características das precipitações. Com base nesses critérios, strahler estabeleceu uma
classificação climática da Terra a partir de três grandes grupos: das latitudes altas
(controladas pelas massas polares), das latitudes médias (controladas pelas massas tropicais e
polares) e das latitudes baixas (controladas pelas massas equatoriais e tropicais).
As formações vegetais se desenvolvem de
acordo com o tipo de clima, relevo e solo da
região em que se localizam. a influência do
clima é, sem dúvida, a de maior relevância,
havendo uma relação entre a formação
vegetal e a região climática que a
caracteriza.
Conforme o porte (tamanho) predominante
na paisagem, as formações vegetais podem
ser: arbóreas ou florestais, arbustivas,
campestres ou herbáceas e complexas –
nesse último caso, reúnem espécimes de
porte variado, geralmente situadas em áreas
alagadas, desertos e junto ao litoral.
As vegetações chamadas primárias ainda
não foram afetadas pela ação humana e a
sua extensão é muito limitada. as
secundárias ocorrem em regiões que
passaram por um processo de recomposição
natural, no qual diversas espécies crescem
depois que a formação primária, por algum
fator (desmatamento, fogo, causas naturais
ou provocadas pela ação humana), foi
parcialmente destruída. ambas
desempenham papel importante na proteção
do solo, minimizando os efeitos do
escoamento superficial; no equilíbrio
ecológico; no abrigo das faunas silvestres,
propiciando a preservação de espécies,
sobretudo as que estão ameaçadas de
extinção; na manutenção dos ecossistemas e
dos recursos hídricos, entre outros.
Ecossistema
Conjunto dos organismos vivos (fatores
bióticos) de uma área e suas interações entre
si e com o ambiente físico e químico (fatores
abióticos) onde vivem, como o ar, o solo e a
água. Por meio dessa interação, ocorrem
intenso fluxo de energia e contínua
reciclagem de nutrientes, que o mantêm em
equilíbrio.
CLIMAS DAS ALTAS LATITUDES
• Clima Frio e Floresta Boreal o Clima Frio
ou Continental Subártico ocorre em altas
latitudes e está presente na maior parte do
Canadá, no extremo norte da Europa e na
Sibéria (Rússia). Os maiores volumes de
precipitação ocorrem no verão. as
temperaturas médias mensais no outono e
inverno são sempre inferiores a 0 °C e a
amplitude térmica anual é muito elevada.
precipitação
Nesse clima, desenvolve-se a Floresta Boreal,
também conhecida como Taiga, vegetação de
grande porte, espaçada e bastante homo-
gênea, em que predominam as árvores
coníferas, como o pinheiro, por exemplo. em
algumas regiões da europa é conhecida como
Taiga siberiana – a maior do mundo –,
situada na rússia; Taiga canadense; e Taiga
escandinava (norte da europa).
Por conta da boa qualidade de sua madeira,
a Floresta Boreal é intensamente explorada
para obtenção da celulose – matéria-prima
empregada na fabricação do papel. no
entanto, em países como Canadá, noruega e
suécia há programas com medidas rigo-
rosas de reflorestamento.
Por ser uma mata homogênea é mais fácil a
recomposição da vegetação, mas parte da
vida animal fica comprometida, pois o
castor, o alce, o esquilo e outros animais não
sobrevivem até a vegetação ser reconstituída.
Climas e formações vegetais
• Clima Polar e Tundra
No Ártico e na antártida, nos extremos norte
e sul da Terra, cujas latitudes estão acima de
60 °C, o clima é Polar, no qual são
registradas as mais baixas temperaturas
médias do planeta. Durante o inverno,
nessas regiões, não há luz do sol. o verão é
curto, dura em torno de dois meses e o sol
não se põe. nesse clima, a precipitação é
baixa, ocorrem tempestades de neve,
também conhecidas como nevascas, e ventos
de alta velocidade que transportam
partículas de gelo.
Climas e formações vegetais
O solo da região é o permafrost, que fica
coberto durante meses por uma camada de
gelo permanente. Durante o verão a luz
retorna e o degelo deixa parte do solo
exposto. nele brota a Tundra, formada por
vegetação florida de pequeno porte, além da
abundância de musgos e liquens.
Climas e formações vegetais
Veja a importancia de uma floresta
para o clima do mundo
CLIMAS DAS LATITUDES MÉDIAS
O Clima Temperado abrange amplos trechos
de regiões do hemisfério norte: américa do
norte, europa e uma faixa alongada central
da Ásia, que se estende até parte da China e
do Japão. no hemisfério sul, sua ocorrência é
bastante restrita. Caracteriza-se pelo
inverno rigoroso e pela alta amplitude
térmica. As quatro estações são muito bem
definidas pelas mudanças na fisionomia da
paisagem ao longo do ano, resultantes da
grande diferença das condições atmosféricas
entre uma estação e outra.
Só pra
descontrair
O CLIMA TEMPERADO DIVIDE-SE EM DOIS
TIPOS:
Temperado Continental (em que há maior
amplitude térmica e invernos rigorosos).
Temperado Oceânico (com menor amplitude
térmica por conta da maritimidade).
A paisagem natural do Clima Temperado é
recoberta sobretudo pelas florestas e estepes.
as Florestas Temperadas são encontradas na
europa ocidental e oriental, na parte
meridional da américa do sul, na américa do
norte, na nova zelândia e no Japão. as
árvores das Florestas Temperadas perdem
todas as folhas ou parte delas no
outono/inverno (decíduas ou caducifólias).
entre as poucas espécies que constituem esse
tipo de floresta, destacam-se a faia, o
carvalho e a nogueira
Essa formação vegetal encontra-se bastante devastada devido à
intensa ocupação do solo e ao aproveitamento da madeira.
As formações vegetais de porte rasteiro
(herbáceas) também são típicas dessa região
climática e recebem o nome de estepes.
As Estepes temperadas uma excelente
pastagem natural e muito utilizadas para a
criação de gado. Como exemplos dessa
formação, mas que recebem denominações
regionais, podem ser citados a cobertura
vegetal predominante nos Pampas
argentinos.
As Pradarias (Prairies), no centro-sul do
Canadá e centro dos estados unidos; a Puzta,
na planície da hungria; e o Scrub, na
austrália. no Brasil, esse tipo de vegetação é
denominado Campos e é observado, de
forma contínua, sobretudo no sul do rio
Grande do sul. os Pampas ou Campos
gaúchos apresentam Clima subtropical, de
transição entre o Tropical e o Temperado.
Decídua ou caducifólia:
Planta que perde a folhagem durante um
período do ano – pode ser uma estação com
baixas temperaturas ou com um período
bastante seco. Existe também a expressão
semidecídua para a planta que perde apenas
parte da folhagem.
Climas e formações vegetais
Clima e Floresta Mediterrâneos
O Clima Mediterrâneo está restrito a
pequenos trechos, normal- mente próximos a
desertos, como na Califórnia (estados
unidos); no sudeste da Austrália; na região
central do Chile; nos extremos norte e sul da
África; e no sul da Europa, próximo ao Mar
Mediterrâneo.
É caracterizado por verões quentes e secos –
em função da expansão das massas de ar
seco dos desertos vizinhos – e por invernos
brandos e úmidos – período em que essas
massas de ar recuam e ficam estacionárias
nos desertos.
A Floresta Mediterrânea é o bioma original dessa região
climática. apesar do nome, raras são as espécies de porte
elevado. é formada principalmente por bosques que
abrigam árvores e arbustos, cobertos por folhas pequenas,
grossas e revestidas de cera; e por plantas rasteiras que se
adaptam a longos períodos quentes e secos.
Poucas regiões do mundo conservaram espécies
originais dessa mata. na costa do Mar
Mediterrâneo, no sul da europa e no norte da África
(Magreb), regiões densamente povoadas desde a
antiguidade, essas espécies estão extintas. hoje há
vegetações secundárias, cujos principais
representantes são os maquis.
Climas e formações vegetais
Magreb
Em árabe, significa “extremo do ocidente” ou
“ilha do poente”; designa os últimos países de
influência árabe muçulmana situados na parte
mais ocidental do planeta. Corresponde à
região de Clima Mediterrâneo do norte da
África.
Interessante!
Os maquis e a guerra
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a França foi
ocupada pela Alemanha ao norte e pela Itália a sudeste. A maior
parte do centro-sul do país foi chamada de zona livre e controlada
pelo governo colaboracionista francês do Marechal Philippe Pétain,
sediado na cidade de Vichy. Os que não aceitaram a submissão do
Estado francês ao nazismo foram perseguidos e muitos se
esconderam nas florestas mediterrâneas. Lá, homens e mulheres
juntaram suas forças e se defenderam. Aos poucos, formaram um
grupo militar de resistência popularmente conhecido como maquis,
referência a uma vegetação da floresta que lhe servia de abrigo e
esconderijo. O número de maquis bem treinados cresceu e o grupo
começou a organizar ataques contra as forças alemãs de ocupação e
do governo de Vichy, até a retomada da França, em 1944.
Climas desérticos e de estepe
Os climas desérticos das regiões de latitudes
médias apresentam baixos índices de chuva,
com meses de extrema aridez, como os
desertos de Gobi, na Mongólia e na China, e
o da Patagônia, na argentina e em algumas
partes do Chile.
O Deserto de Gobi (gobi significa “lugar sem
água” na língua mongol) recobre extensa
superfície do norte da China e do sul da
Mongólia. situa-se numa região cercada de
montanhas, especialmente o himalaia, que
impede a passagem das massas de ar que
transportam umidade procedente do sul do
continente asiático.
O Gobi é marcado por zonas rochosas e
áreas arenosas com a presença de dunas. Por
causa do clima seco, a vegetação é escassa e
predominam arbustos baixos e ervas
rasteiras. há uma pequena população
espalhada por sua área, principalmente
nômades, que criam ovelhas, cabras e
camelos.
Acampamento ger na frente das
dunas de khongoryn els, no
Deserto de Gobi (Mon- gólia),
2015. o ger é uma tenda circular
simples feita de pano por fora,
com camadas de pele de cordeiro
forrando as paredes. é
tradicionalmente usado pelos
povos nômades mongóis.
Climas e formações vegetais
O Deserto da Patagônia, ou estepe
Patagônica, é um dos grandes desertos do
mundo. situado entre o oceano atlântico e os
andes, apresenta topografia dominada por
extensos planaltos cortados por vales e
desfiladeiros e temperaturas muito baixas no
inverno. Pouco povoada, a Patagônia abriga
atividades pecuárias, como ovelhas e cabras,
e é rica em recursos como petróleo, carvão e
gás.
O clima seco da Patagônia é resultante da
influência das montanhas dos andes, que
bloqueiam os ventos procedentes das águas do
Pacífico, e da influência da corrente fria das
Falklands (ou Malvinas), responsável pelo
bloqueio da umidade procedente do atlântico.
Climas e formações vegetais
Apesar da escassez de umidade, em diversas
áreas dos desertos desenvolvem-se vários
tipos de formações vegetais: plantas
rasteiras (Estepes Secas) e arbustos
espinhosos ou com poucas folhas, que
reduzem a transpiração, evitando a perda de
água, e outras espécies que se adaptam à
baixa umidade, conhecidas por xerófilas.
Trecho do deserto da
Patagônia, com a presença
de estepes secas e outras
formações xerófilas.
argentina,
Veja o porque temos
desertos
Atividades
Chora não
BB
Climas e formações vegetais
DINÂMICA CLIMÁTICA E
FORMAÇÕES VEGETAIS NO
BRASIL
Climas e formações vegetais
DINÂMICA CLIMÁTICA NO BRASIL
O Brasil, com cerca de 92% do território na
Zona Tropical, caracteriza-se pela presença
de climas que, em geral, apresentam
temperaturas médias anuais elevadas.
Contudo, o comportamento das
temperaturas e a variação da umidade das
diferentes regiões climáticas durante o ano
estão fortemente relacionados à atuação das
massas de ar.
No verão, quatro massas de ar quentes
exercem influência sobre o país: a Equatorial
continental (mEc), a Equatorial atlântica
(mEa), a Tropical atlântica (mTa) e a Tropical
continental (mTc). Apenas essa última é seca.
Justamente por isso, o verão é o período das
chuvas na maior parte do território brasileiro.
Nessa estação do ano, a massa Polar atlântica
(mPa), fria e úmida, pode avançar
esporadicamente sobre a Região sul do país e
provocar ligeira queda de temperatura e
chuvas
No inverno, a atuação da massa Equatorial
continental (mEc) é mais restrita à Região
Norte, a massa tropical atlântica (mta)
continua a atuar no Brasil e a trazer
umidade para o sudeste e a costa litorânea
do Nordeste. A massa polar atlântica (mpa)
passa a atingir com frequência o território
brasileiro, provocando baixas temperaturas
no sul, em grande parte do sudeste e na
porção sul do Centro-Oeste.
Quando atinge a Região Norte, ocasiona o
fenômeno da friagem, uma queda brusca de
temperatura em relação ao padrão médio
elevado da região. sobretudo na Região sul e
ocasionalmente em alguns trechos do sudeste
(são paulo, especialmente), é frequente,
nessa estação, a ocorrência de geada.
Quando atinge o Nordeste, a polar atlântica
(mpa) perde intensidade e se dissipa.
Outro fenômeno causado pela atuação da
polar atlântica no sul e sudeste são as chuvas
frontais. Elas ocorrem quando a frente fria
desloca para o alto o ar quente e úmido da
tropical atlântica e provoca precipitações.
ZONAS DE CONVERGÊNCIAS NO BRASIL
A zona de convergência é uma região onde
correntes de ar se encontram e formam uma
faixa alongada de nebulosidade. Duas zonas
de convergências são responsáveis por
abundantes precipitações, interferindo nas
condições atmosféricas nas regiões onde
atuam.
Uma delas é a Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT), onde ocorrem as
maiores precipitações da Terra. Ela é
responsável pelas chuvas que atingem o
Norte e o Nordeste. A intensa umidade no
território brasileiro formada pela ZCIT se
concentra na Amazônia e é redistribuída
para outras regiões climáticas do território
brasileiro.
A outra é a Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS), formada por uma
extensa faixa de nebulosidade que se estende
diagonalmente desde a posição sudeste (a
partir do Oceano Atlântico) a noroeste (sul
da Região Norte). Está associada aos
movimentos de convecção da zona tropical
da América do sul em condições de
temperaturas mais elevadas e de intensa
umidade. Ela se forma pela convergência de
ventos quentes e úmidos vindos da
Amazônia, com ventos mais frescos e
também úmidos vindos do Atlântico sul,
cortando a Região sudeste do Brasil.
A ZCAS se estabelece com maior frequência
durante o verão, permanece estacionada
durante dias seguidos (3 a 10 dias) e
descarrega a sua umidade sobre amplas
áreas do Centro-Oeste e sudeste do Brasil.
Quando ocorrem chuvas muito intensas num
curto período, verificam-se grandes
desastres, como enchentes, inundações e
desabamentos (deslizamentos). Na Região
sul, ocorre um efeito diferente: a sucessão de
dias quentes e secos, conhecidos como
veranicos.
Um dos verões
mais quentes dos
ultimos anos!
A ZCAS e a seca no Centro-Oeste e no Sudeste
Nos anos de 2014 e 2015, a Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS) estacionou mais ao norte da
posição que costuma ocupar sobre o território
brasileiro e levou as chuvas para o norte de Minas
Gerais e os estados da Bahia e do Tocantins. Fora da
posição normal não despejou sua umidade, como de
costume, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país.
Tal circunstância provocou crises de abastecimento de
água e de geração de hidroeletricidade e impactos
sociais e econômicos, decorrentes de longos períodos
de estiagem nessas duas importantes regiões
econômicas do país. O problema também foi
agravado pela deficiência de infraestrutura para lidar
com situações de estiagem prolongada e de políticas
públicas adequadas sobre o uso da água.
Brasil: a ZCAS e a seca no Centro-oeste e no sudeste
EQUADOR
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO PACÍFICO
DIVERSIDADE CLIMÁTICA E
BOTÂNICA DO BRASIL
Apesar de mais de 90% do território estar
situado dentro da zona tropical, o Brasil
apresenta grande diversidade climática. isso
se deve à grande extensão territorial do país,
que lhe permite ocupar ampla superfície no
interior da América do sul
(continentalidade) e abrigar uma extensa
costa litorânea (maritimidade); à
configuração territorial na forma de um
triângulo com base larga nas baixas latitudes
e afunilado nas latitudes mais elevadas do
sul do país; às altitudes modestas que
caracterizam o relevo brasileiro; e
fundamentalmente à variedade de massas de
ar, responsáveis pela dinâmica atmosférica
que condiciona as características sazonais
das regiões climáticas brasileiras.
A variedade de paisagens vegetais naturais
do Brasil acompanha a diversidade de
climas, que proporcionam a temperatura, a
luminosidade e a umidade adequadas ao
desenvolvimento de diferentes associações
vegetais presentes nos seis biomas
brasileiros.
O Brasil apresenta extensas formações
florestais e arbustivas, apesar do intenso
desmatamento que ameaça vários
ecossistemas. também são encontradas
formações herbáceas (Campos) e outras
complexas, como o Complexo do Pantanal e
as litorâneas (como os Mangues)
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
As regiões tropicais possuem o maior
estoque de biodiversidade da terra e calcula-
se que o Brasil abrigue a quinta parte das
espécies, de cerca de 1,5 milhão conhecidas
no planeta, de acordo com o Ministério do
Meio Ambiente. por isso, o intenso
desmatamento é alvo de preocupação e
discussão entre governos, organismos
internacionais, sociedade civil e ONGs
(Organizações Não Governamentais) de
todas as partes do planeta.
A grande biodiversidade dos trópicos deve-
se à maior intensidade da radiação solar, que
permite alta produtividade do processo que
transforma a energia luminosa em
compostos orgânicos, através da fotossíntese.
Em 1988, o pesquisador inglês Norman Myers
(1934-) identificou os biomas de maior grau de
diversidade do planeta, aqueles que possuem ao
menos 1.500 espécies endêmicas de plantas.
Depois verificou os mais ameaçados, aqueles
que perderam 3/4 ou mais de sua vegetação
original, e os classificou como hotspots: biomas
biodiversos, ameaçados em alto grau e que
merecem proteção prioritária para a sua
conservação.
Espécie endêmica É
aquela encontrada
apenas em determinada
região geográfica.
O Brasil apresenta dois hotspots: os biomas do
Cerrado e os da Mata Atlântica. Além deles,
abriga também os biomas da Amazônia (o mais
extenso), da Caatinga, dos Pampas (Campos) e
do Pantanal, todos compostos de rico
patrimônio genético (figura 8). Essa variedade
de biomas explica-se pela extensão territorial e
pela diversidade climática e da cobertura
vegetal, que abriga enorme variedade de fauna
e flora.
Proteção legal dos biomas brasileiros
A lei atual que regulamenta o acesso ao
patrimônio genético dos biomas bra-
sileiros foi aprovada em 2015 pelo
Congresso Nacional. pela legislação
anterior (2001), a autorização para a
pesquisa e desenvolvimento era dada pelo
Conselho de Gestão do patrimônio Genético
(CGEN), vinculado ao Ministério do Meio
Ambiente. O processo lento e burocrático
desestimulava cientistas, empresas e
instituições a desenvolver produtos da
biodiversidade e os induzia a investir as
pesquisas em outros países, ou a
desenvolver seus projetos na ilegalidade, o
que constitui crime de biopirataria.
A lei aprovada em 2015, conhecida
como Marco Legal da Biodiversidade,
simpli- ficou os processos
burocráticos. A autorização para a
pesquisa agora é feita através de um
cadastro simplificado pela internet.
Essa lei determina que todo produto
comercializado (remédios, alimentos,
cos- méticos etc.), criado a partir de
material genético da biodiversidade
brasileira, estará sujeito ao
pagamento de royalties para
conquistar o direito legal de uso
econômico. Garante também a
repartição dos benefícios aos
detentores do conhecimento cultural,
como as comunidades tradicionais,
formadas por povos indígenas,
quilombolas, caiçaras e ribeirinhos.
Os pesquisadores consideram o novo Marco Legal da Biodiversidade um avanço para o
desenvolvimento científico e a inovação tecnológica. No entanto, muitos questionam a sua
operacionalidade em relação à eficiência de controle do acesso ao imenso patrimônio genético
existente no país e do combate à biopirataria, à eficácia da distribuição dos seus benefícios
para as comunidades tradicionais e aos baixos valores estipulados para pagamento de
royalties, cerca de 0,1% a 1% do lucro obtido com a comercialização dos produtos.
Patrimônio genético
Reúne toda a informação de origem genética
de plantas, animais e microrganismos, na
forma de moléculas ou substâncias
metabolizadas por esses seres vivos ou deles
extraídas, vivos ou mortos, dentro do
território de um país.
(Comunidade) quilombola
Comunidades formadas, em sua maioria, por
descendentes de escravizados que, no passado,
se rebelaram e criaram quilombos – locais onde
se refugiavam e se organizavam social e
politicamente. Essa população ainda hoje
mantém vínculo com a terra e os costumes de
seus ancestrais.
(Comunidade) caiçara
Comunidades formadas pela mistura de
contribuições dos indígenas, dos colonizadores
portugueses e dos africanos, a partir do século XVI.
Essa população vive principalmente em áreas
costeiras dos estados do Rio de Janeiro, de São
Paulo e do Paraná e tem um modo de vida
vinculado ao ambiente litorâneo, baseado na pesca,
na agricultura de subsistência, na atividade
extrativista e na pequena produção de mercadorias.
CLIMA E VEGETAÇÃO NO BRASIL
No Brasil, o Clima Equatorial – quente e
úmido – é típico da região amazônica. A
amplitude térmica anual é muito baixa: as
temperaturas médias mensais oscilam em
torno de 25 °C a 28 °C.
Na extensa faixa de Clima
Equatorial se desenvolve a Floresta
Amazonica -– a maior da zona
intertropical do globo e a de maior
biodiversidade. Ela apresenta
árvores de grande e médio porte e
plantas rasteiras (estratificada), com
a presença de cipós, bromélias e
orquídeas.
A Floresta Amazônica se divide em três grupos:
•Floresta ou Mata de Igapó – situada nas
áreas permanentemente inundadas pelos
rios;
•Floresta ou Mata de Várzea – situada nas
áreas inundadas apenas durante as cheias;
•Floresta de Terra Firme – situada nas áreas
mais elevadas, onde se encontram árvores de
grande porte, como a andiroba, o cedro, o
castanheiro e o mogno. Esse tipo de floresta
compõe entre 70% e 80% da Floresta
Amazônica.
Em uma extensa área da Bacia do Rio
Negro, ocorre a Campinarana, tipo de
vegetação que se desenvolve em solos
caracterizados pela falta de nutrientes
minerais. Ela ocorre sob a fisionomia
arbórea – na qual predominam árvores de
médio porte –, arbustiva, gramíneo-lenhosa
e bambus.
A Floresta Amazônica ocupava
originalmente uma área de cerca de 7,5
milhões de km2 na América do sul, mais de
60% em terras brasileiras. Atualmente, por
conta do desmatamento intensivo, já perdeu
no Brasil cerca de 17% de sua área original.
A construção de rodovias e a expansão das
fronteiras agropecuárias na região
contribuíram enormemente para acelerar o
processo de desmatamento. As rodovias são
consideradas vetores da derrubada da
vegetação original.
A intensa exploração madeireira, a
implantação de grandes fazendas de gado e
soja – cultivada principalmente no estado de
Mato Grosso – e os grandes projetos de
mineração não só provocam sérios
problemas ambientais aos ecossistemas, mas
também destroem espécies vegetais ainda
desconhecidas pela comunidade científica.
isso causa grandes danos, uma vez que são
amplas as possibilidades de pesquisa e de
aplicação dos recursos genéticos encontrados
na Floresta Amazônica. um exemplo são as
várias espécies vegetais que poderiam ser
usadas como matéria-prima na produção de
medicamentos.
Apesar de existirem técnicas e equipamentos
sofisticados para monitoramento de áreas
florestais, detecção de queimadas e
derrubada de matas, os quais incluem com-
putadores, radares, sistema de
posicionamento global (Gps) e análise de
imagens de satélite, os índices de
desmatamento em toda a Amazônia
cresceram após 1970, ano em que foi
implantada pelo governo militar de Emílio
Garrastazu Médici (1905-1985) a estratégia
de colonizar a Amazônia através do
Programa de Integração Nacional (PIN).
A Floresta Amazônica apresenta, no
conjunto, a maior concentração de espécies
animais, vegetais e de microrganismos da
terra. segundo dados do instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (iBGE) e do
instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (ibama), são
cerca de 3 mil espécies medicinais cata-
logadas, muitas delas sujeitas a atividades
ligadas à biopirataria e à etnobiopirataria.
Etnobiopirataria:
Muitos pesquisadores, a serviço de empresas ou centros
de pesquisa, coletam espécies ilegalmente e utilizam os
conhecimentos tradicionais dos povos nativos para a
produção de remédios, cosméticos ou produtos altamente
lucrativos. Esses conhecimentos, após serem
patenteados, possibilitam às empresas o uso exclusivo
dos princípios ativos (substâncias com efeito
farmacológico ou terapêutico).
Sudam
Órgão de planejamento regional
criado em 1966 com o objetivo
de promover o desenvolvimento
da Amazônia. A sua abrangência
territorial engloba toda a Região
Norte, além do estado de Mato
Grosso e parte do Maranhão.
CLIMA SUBTROPICAL, MATA DE
ARAUCÁRIA E PAMPAS
O Clima Subtropical é típico da Região sul
do país. A maior latitude e a atuação mais
intensa da Massa polar Atlântica (mpa) na
região são fatores que determinam um clima
que apresenta temperaturas muito baixas
durante o inverno, principalmente nas áreas
de maior altitude, como alguns trechos do
Rio Grande do sul e de santa Catarina. No
entanto, as temperaturas são elevadas no
verão.
O clima subtropical é o que apresenta as
maiores amplitudes térmicas anuais do
Brasil. Outro aspecto marcante dessa região
climática é a regularidade na distribuição
das chuvas durante o ano. É comum o
fenômeno de geada durante o outono e
inverno e, ocasionalmente, ocorre
precipitação de neve nas localidades situadas
em altitudes mais elevadas.
Nas encostas das serras próximas ao litoral
da Região sul, a Floresta tropical Atlântica
domina a paisagem natural, mas a vegetação
predominante é a Mata de Araucária (Mata
dos pinhais ou Floresta de Araucária), que
também faz parte do bioma da Mata
Atlântica. Esse tipo de cobertura é semi-
homogêneo, com predomínio da araucária
(pinheiro-do-paraná), de onde se extrai o
pinhão. É um pouco mais espaçada e
entremeada por outras espécies, como o ipê e
a erva-mate, e tem como característica a
folhagem pontiaguda (aciculifoliada).
A devastação da Mata de Araucária,
bastante intensa, foi ocasionada principal-
mente pelo setor de construção civil, pelas
indústrias de papel e pelo agronegócio. sua
área remanescente original é de cerca de
2%.
No extremo sul do Rio Grande do sul,
ocorrem os Campos, formados
principalmente pelos Pampas Gaúchos. A
paisagem marcada pela vegetação rasteira
de gramíneas é ocupada tradicionalmente
pela pecuária extensiva, pelas plantações de
trigo e, há cerca de meio século, pela soja. É
uma região plana, entremeada por colinas
com declives suaves conhecidas como
coxilhas. É rica em biodiversidade, mas resta
apenas cerca de 30% da vegetação original.
Ao longo dos rios e ao redor de lagoas, as
Matas Ciliares ou Mata de Galerias crescem
e inter- rompem a paisagem campestre.
Climas e formações vegetais
Arenização dos Pampas
No sudoeste do Rio Grande do sul, nos
pampas ou Campanha Gaúcha, há extensas
superfícies sem vegetação, recobertas por
areia. Esse processo é denominado
arenização. Apesar de ser um processo
natural, ele é acelerado pelo uso intensivo do
solo nas atividades agropecuárias
combinadas às condições naturais da região.
O pisoteio e o deslocamento do gado e o uso
de máquinas pesadas na atividade agrícola,
especial- mente na lavoura de soja,
associados à ação da chuva, promoveram a
degradação da camada superficial do solo,
permitindo o afloramento da camada de
arenito que estava acomodada abaixo da
superfície. O vento se encarrega de espalhar
a areia por vasta extensão dessa parte do
estado.
Fim da aula Deixa de
choro!

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Climas e formações vegetais

  • 3. TIPOS CLIMÁTICOS E FORMAÇÕES VEGETAIS Com base em estudos dos fenômenos atmosféricos, foram criadas diferentes classificações de clima. uma das mais adotadas, a do geógrafo e climatologista estadunidense arthur strahler (1918-2002), considera a dinâmica das massas de ar, os processos de formação de frentes e as características das precipitações. Com base nesses critérios, strahler estabeleceu uma classificação climática da Terra a partir de três grandes grupos: das latitudes altas (controladas pelas massas polares), das latitudes médias (controladas pelas massas tropicais e polares) e das latitudes baixas (controladas pelas massas equatoriais e tropicais).
  • 4. As formações vegetais se desenvolvem de acordo com o tipo de clima, relevo e solo da região em que se localizam. a influência do clima é, sem dúvida, a de maior relevância, havendo uma relação entre a formação vegetal e a região climática que a caracteriza.
  • 5. Conforme o porte (tamanho) predominante na paisagem, as formações vegetais podem ser: arbóreas ou florestais, arbustivas, campestres ou herbáceas e complexas – nesse último caso, reúnem espécimes de porte variado, geralmente situadas em áreas alagadas, desertos e junto ao litoral.
  • 6. As vegetações chamadas primárias ainda não foram afetadas pela ação humana e a sua extensão é muito limitada. as secundárias ocorrem em regiões que passaram por um processo de recomposição natural, no qual diversas espécies crescem depois que a formação primária, por algum fator (desmatamento, fogo, causas naturais ou provocadas pela ação humana), foi parcialmente destruída. ambas desempenham papel importante na proteção do solo, minimizando os efeitos do escoamento superficial; no equilíbrio ecológico; no abrigo das faunas silvestres, propiciando a preservação de espécies, sobretudo as que estão ameaçadas de extinção; na manutenção dos ecossistemas e dos recursos hídricos, entre outros. Ecossistema Conjunto dos organismos vivos (fatores bióticos) de uma área e suas interações entre si e com o ambiente físico e químico (fatores abióticos) onde vivem, como o ar, o solo e a água. Por meio dessa interação, ocorrem intenso fluxo de energia e contínua reciclagem de nutrientes, que o mantêm em equilíbrio.
  • 7. CLIMAS DAS ALTAS LATITUDES
  • 8. • Clima Frio e Floresta Boreal o Clima Frio ou Continental Subártico ocorre em altas latitudes e está presente na maior parte do Canadá, no extremo norte da Europa e na Sibéria (Rússia). Os maiores volumes de precipitação ocorrem no verão. as temperaturas médias mensais no outono e inverno são sempre inferiores a 0 °C e a amplitude térmica anual é muito elevada.
  • 10. Nesse clima, desenvolve-se a Floresta Boreal, também conhecida como Taiga, vegetação de grande porte, espaçada e bastante homo- gênea, em que predominam as árvores coníferas, como o pinheiro, por exemplo. em algumas regiões da europa é conhecida como Taiga siberiana – a maior do mundo –, situada na rússia; Taiga canadense; e Taiga escandinava (norte da europa).
  • 11. Por conta da boa qualidade de sua madeira, a Floresta Boreal é intensamente explorada para obtenção da celulose – matéria-prima empregada na fabricação do papel. no entanto, em países como Canadá, noruega e suécia há programas com medidas rigo- rosas de reflorestamento. Por ser uma mata homogênea é mais fácil a recomposição da vegetação, mas parte da vida animal fica comprometida, pois o castor, o alce, o esquilo e outros animais não sobrevivem até a vegetação ser reconstituída.
  • 13. • Clima Polar e Tundra
  • 14. No Ártico e na antártida, nos extremos norte e sul da Terra, cujas latitudes estão acima de 60 °C, o clima é Polar, no qual são registradas as mais baixas temperaturas médias do planeta. Durante o inverno, nessas regiões, não há luz do sol. o verão é curto, dura em torno de dois meses e o sol não se põe. nesse clima, a precipitação é baixa, ocorrem tempestades de neve, também conhecidas como nevascas, e ventos de alta velocidade que transportam partículas de gelo.
  • 16. O solo da região é o permafrost, que fica coberto durante meses por uma camada de gelo permanente. Durante o verão a luz retorna e o degelo deixa parte do solo exposto. nele brota a Tundra, formada por vegetação florida de pequeno porte, além da abundância de musgos e liquens.
  • 18. Veja a importancia de uma floresta para o clima do mundo
  • 20. O Clima Temperado abrange amplos trechos de regiões do hemisfério norte: américa do norte, europa e uma faixa alongada central da Ásia, que se estende até parte da China e do Japão. no hemisfério sul, sua ocorrência é bastante restrita. Caracteriza-se pelo inverno rigoroso e pela alta amplitude térmica. As quatro estações são muito bem definidas pelas mudanças na fisionomia da paisagem ao longo do ano, resultantes da grande diferença das condições atmosféricas entre uma estação e outra. Só pra descontrair
  • 21. O CLIMA TEMPERADO DIVIDE-SE EM DOIS TIPOS:
  • 22. Temperado Continental (em que há maior amplitude térmica e invernos rigorosos).
  • 23. Temperado Oceânico (com menor amplitude térmica por conta da maritimidade).
  • 24. A paisagem natural do Clima Temperado é recoberta sobretudo pelas florestas e estepes. as Florestas Temperadas são encontradas na europa ocidental e oriental, na parte meridional da américa do sul, na américa do norte, na nova zelândia e no Japão. as árvores das Florestas Temperadas perdem todas as folhas ou parte delas no outono/inverno (decíduas ou caducifólias). entre as poucas espécies que constituem esse tipo de floresta, destacam-se a faia, o carvalho e a nogueira
  • 25. Essa formação vegetal encontra-se bastante devastada devido à intensa ocupação do solo e ao aproveitamento da madeira.
  • 26. As formações vegetais de porte rasteiro (herbáceas) também são típicas dessa região climática e recebem o nome de estepes. As Estepes temperadas uma excelente pastagem natural e muito utilizadas para a criação de gado. Como exemplos dessa formação, mas que recebem denominações regionais, podem ser citados a cobertura vegetal predominante nos Pampas argentinos.
  • 27. As Pradarias (Prairies), no centro-sul do Canadá e centro dos estados unidos; a Puzta, na planície da hungria; e o Scrub, na austrália. no Brasil, esse tipo de vegetação é denominado Campos e é observado, de forma contínua, sobretudo no sul do rio Grande do sul. os Pampas ou Campos gaúchos apresentam Clima subtropical, de transição entre o Tropical e o Temperado.
  • 28. Decídua ou caducifólia: Planta que perde a folhagem durante um período do ano – pode ser uma estação com baixas temperaturas ou com um período bastante seco. Existe também a expressão semidecídua para a planta que perde apenas parte da folhagem.
  • 30. Clima e Floresta Mediterrâneos O Clima Mediterrâneo está restrito a pequenos trechos, normal- mente próximos a desertos, como na Califórnia (estados unidos); no sudeste da Austrália; na região central do Chile; nos extremos norte e sul da África; e no sul da Europa, próximo ao Mar Mediterrâneo. É caracterizado por verões quentes e secos – em função da expansão das massas de ar seco dos desertos vizinhos – e por invernos brandos e úmidos – período em que essas massas de ar recuam e ficam estacionárias nos desertos.
  • 31. A Floresta Mediterrânea é o bioma original dessa região climática. apesar do nome, raras são as espécies de porte elevado. é formada principalmente por bosques que abrigam árvores e arbustos, cobertos por folhas pequenas, grossas e revestidas de cera; e por plantas rasteiras que se adaptam a longos períodos quentes e secos. Poucas regiões do mundo conservaram espécies originais dessa mata. na costa do Mar Mediterrâneo, no sul da europa e no norte da África (Magreb), regiões densamente povoadas desde a antiguidade, essas espécies estão extintas. hoje há vegetações secundárias, cujos principais representantes são os maquis.
  • 33. Magreb Em árabe, significa “extremo do ocidente” ou “ilha do poente”; designa os últimos países de influência árabe muçulmana situados na parte mais ocidental do planeta. Corresponde à região de Clima Mediterrâneo do norte da África.
  • 34. Interessante! Os maquis e a guerra Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a França foi ocupada pela Alemanha ao norte e pela Itália a sudeste. A maior parte do centro-sul do país foi chamada de zona livre e controlada pelo governo colaboracionista francês do Marechal Philippe Pétain, sediado na cidade de Vichy. Os que não aceitaram a submissão do Estado francês ao nazismo foram perseguidos e muitos se esconderam nas florestas mediterrâneas. Lá, homens e mulheres juntaram suas forças e se defenderam. Aos poucos, formaram um grupo militar de resistência popularmente conhecido como maquis, referência a uma vegetação da floresta que lhe servia de abrigo e esconderijo. O número de maquis bem treinados cresceu e o grupo começou a organizar ataques contra as forças alemãs de ocupação e do governo de Vichy, até a retomada da França, em 1944.
  • 35. Climas desérticos e de estepe Os climas desérticos das regiões de latitudes médias apresentam baixos índices de chuva, com meses de extrema aridez, como os desertos de Gobi, na Mongólia e na China, e o da Patagônia, na argentina e em algumas partes do Chile.
  • 36. O Deserto de Gobi (gobi significa “lugar sem água” na língua mongol) recobre extensa superfície do norte da China e do sul da Mongólia. situa-se numa região cercada de montanhas, especialmente o himalaia, que impede a passagem das massas de ar que transportam umidade procedente do sul do continente asiático.
  • 37. O Gobi é marcado por zonas rochosas e áreas arenosas com a presença de dunas. Por causa do clima seco, a vegetação é escassa e predominam arbustos baixos e ervas rasteiras. há uma pequena população espalhada por sua área, principalmente nômades, que criam ovelhas, cabras e camelos. Acampamento ger na frente das dunas de khongoryn els, no Deserto de Gobi (Mon- gólia), 2015. o ger é uma tenda circular simples feita de pano por fora, com camadas de pele de cordeiro forrando as paredes. é tradicionalmente usado pelos povos nômades mongóis.
  • 39. O Deserto da Patagônia, ou estepe Patagônica, é um dos grandes desertos do mundo. situado entre o oceano atlântico e os andes, apresenta topografia dominada por extensos planaltos cortados por vales e desfiladeiros e temperaturas muito baixas no inverno. Pouco povoada, a Patagônia abriga atividades pecuárias, como ovelhas e cabras, e é rica em recursos como petróleo, carvão e gás.
  • 40. O clima seco da Patagônia é resultante da influência das montanhas dos andes, que bloqueiam os ventos procedentes das águas do Pacífico, e da influência da corrente fria das Falklands (ou Malvinas), responsável pelo bloqueio da umidade procedente do atlântico.
  • 42. Apesar da escassez de umidade, em diversas áreas dos desertos desenvolvem-se vários tipos de formações vegetais: plantas rasteiras (Estepes Secas) e arbustos espinhosos ou com poucas folhas, que reduzem a transpiração, evitando a perda de água, e outras espécies que se adaptam à baixa umidade, conhecidas por xerófilas. Trecho do deserto da Patagônia, com a presença de estepes secas e outras formações xerófilas. argentina,
  • 43. Veja o porque temos desertos
  • 48. DINÂMICA CLIMÁTICA NO BRASIL O Brasil, com cerca de 92% do território na Zona Tropical, caracteriza-se pela presença de climas que, em geral, apresentam temperaturas médias anuais elevadas. Contudo, o comportamento das temperaturas e a variação da umidade das diferentes regiões climáticas durante o ano estão fortemente relacionados à atuação das massas de ar.
  • 49. No verão, quatro massas de ar quentes exercem influência sobre o país: a Equatorial continental (mEc), a Equatorial atlântica (mEa), a Tropical atlântica (mTa) e a Tropical continental (mTc). Apenas essa última é seca. Justamente por isso, o verão é o período das chuvas na maior parte do território brasileiro. Nessa estação do ano, a massa Polar atlântica (mPa), fria e úmida, pode avançar esporadicamente sobre a Região sul do país e provocar ligeira queda de temperatura e chuvas
  • 50. No inverno, a atuação da massa Equatorial continental (mEc) é mais restrita à Região Norte, a massa tropical atlântica (mta) continua a atuar no Brasil e a trazer umidade para o sudeste e a costa litorânea do Nordeste. A massa polar atlântica (mpa) passa a atingir com frequência o território brasileiro, provocando baixas temperaturas no sul, em grande parte do sudeste e na porção sul do Centro-Oeste.
  • 51. Quando atinge a Região Norte, ocasiona o fenômeno da friagem, uma queda brusca de temperatura em relação ao padrão médio elevado da região. sobretudo na Região sul e ocasionalmente em alguns trechos do sudeste (são paulo, especialmente), é frequente, nessa estação, a ocorrência de geada. Quando atinge o Nordeste, a polar atlântica (mpa) perde intensidade e se dissipa.
  • 52. Outro fenômeno causado pela atuação da polar atlântica no sul e sudeste são as chuvas frontais. Elas ocorrem quando a frente fria desloca para o alto o ar quente e úmido da tropical atlântica e provoca precipitações.
  • 53. ZONAS DE CONVERGÊNCIAS NO BRASIL A zona de convergência é uma região onde correntes de ar se encontram e formam uma faixa alongada de nebulosidade. Duas zonas de convergências são responsáveis por abundantes precipitações, interferindo nas condições atmosféricas nas regiões onde atuam. Uma delas é a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), onde ocorrem as maiores precipitações da Terra. Ela é responsável pelas chuvas que atingem o Norte e o Nordeste. A intensa umidade no território brasileiro formada pela ZCIT se concentra na Amazônia e é redistribuída para outras regiões climáticas do território brasileiro.
  • 54. A outra é a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), formada por uma extensa faixa de nebulosidade que se estende diagonalmente desde a posição sudeste (a partir do Oceano Atlântico) a noroeste (sul da Região Norte). Está associada aos movimentos de convecção da zona tropical da América do sul em condições de temperaturas mais elevadas e de intensa umidade. Ela se forma pela convergência de ventos quentes e úmidos vindos da Amazônia, com ventos mais frescos e também úmidos vindos do Atlântico sul, cortando a Região sudeste do Brasil.
  • 55. A ZCAS se estabelece com maior frequência durante o verão, permanece estacionada durante dias seguidos (3 a 10 dias) e descarrega a sua umidade sobre amplas áreas do Centro-Oeste e sudeste do Brasil. Quando ocorrem chuvas muito intensas num curto período, verificam-se grandes desastres, como enchentes, inundações e desabamentos (deslizamentos). Na Região sul, ocorre um efeito diferente: a sucessão de dias quentes e secos, conhecidos como veranicos. Um dos verões mais quentes dos ultimos anos!
  • 56. A ZCAS e a seca no Centro-Oeste e no Sudeste Nos anos de 2014 e 2015, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) estacionou mais ao norte da posição que costuma ocupar sobre o território brasileiro e levou as chuvas para o norte de Minas Gerais e os estados da Bahia e do Tocantins. Fora da posição normal não despejou sua umidade, como de costume, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país. Tal circunstância provocou crises de abastecimento de água e de geração de hidroeletricidade e impactos sociais e econômicos, decorrentes de longos períodos de estiagem nessas duas importantes regiões econômicas do país. O problema também foi agravado pela deficiência de infraestrutura para lidar com situações de estiagem prolongada e de políticas públicas adequadas sobre o uso da água. Brasil: a ZCAS e a seca no Centro-oeste e no sudeste EQUADOR OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO
  • 58. Apesar de mais de 90% do território estar situado dentro da zona tropical, o Brasil apresenta grande diversidade climática. isso se deve à grande extensão territorial do país, que lhe permite ocupar ampla superfície no interior da América do sul (continentalidade) e abrigar uma extensa costa litorânea (maritimidade); à configuração territorial na forma de um triângulo com base larga nas baixas latitudes e afunilado nas latitudes mais elevadas do sul do país; às altitudes modestas que caracterizam o relevo brasileiro; e fundamentalmente à variedade de massas de ar, responsáveis pela dinâmica atmosférica que condiciona as características sazonais das regiões climáticas brasileiras.
  • 59. A variedade de paisagens vegetais naturais do Brasil acompanha a diversidade de climas, que proporcionam a temperatura, a luminosidade e a umidade adequadas ao desenvolvimento de diferentes associações vegetais presentes nos seis biomas brasileiros.
  • 60. O Brasil apresenta extensas formações florestais e arbustivas, apesar do intenso desmatamento que ameaça vários ecossistemas. também são encontradas formações herbáceas (Campos) e outras complexas, como o Complexo do Pantanal e as litorâneas (como os Mangues)
  • 61. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA As regiões tropicais possuem o maior estoque de biodiversidade da terra e calcula- se que o Brasil abrigue a quinta parte das espécies, de cerca de 1,5 milhão conhecidas no planeta, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. por isso, o intenso desmatamento é alvo de preocupação e discussão entre governos, organismos internacionais, sociedade civil e ONGs (Organizações Não Governamentais) de todas as partes do planeta.
  • 62. A grande biodiversidade dos trópicos deve- se à maior intensidade da radiação solar, que permite alta produtividade do processo que transforma a energia luminosa em compostos orgânicos, através da fotossíntese.
  • 63. Em 1988, o pesquisador inglês Norman Myers (1934-) identificou os biomas de maior grau de diversidade do planeta, aqueles que possuem ao menos 1.500 espécies endêmicas de plantas. Depois verificou os mais ameaçados, aqueles que perderam 3/4 ou mais de sua vegetação original, e os classificou como hotspots: biomas biodiversos, ameaçados em alto grau e que merecem proteção prioritária para a sua conservação. Espécie endêmica É aquela encontrada apenas em determinada região geográfica.
  • 64. O Brasil apresenta dois hotspots: os biomas do Cerrado e os da Mata Atlântica. Além deles, abriga também os biomas da Amazônia (o mais extenso), da Caatinga, dos Pampas (Campos) e do Pantanal, todos compostos de rico patrimônio genético (figura 8). Essa variedade de biomas explica-se pela extensão territorial e pela diversidade climática e da cobertura vegetal, que abriga enorme variedade de fauna e flora.
  • 65. Proteção legal dos biomas brasileiros A lei atual que regulamenta o acesso ao patrimônio genético dos biomas bra- sileiros foi aprovada em 2015 pelo Congresso Nacional. pela legislação anterior (2001), a autorização para a pesquisa e desenvolvimento era dada pelo Conselho de Gestão do patrimônio Genético (CGEN), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. O processo lento e burocrático desestimulava cientistas, empresas e instituições a desenvolver produtos da biodiversidade e os induzia a investir as pesquisas em outros países, ou a desenvolver seus projetos na ilegalidade, o que constitui crime de biopirataria. A lei aprovada em 2015, conhecida como Marco Legal da Biodiversidade, simpli- ficou os processos burocráticos. A autorização para a pesquisa agora é feita através de um cadastro simplificado pela internet. Essa lei determina que todo produto comercializado (remédios, alimentos, cos- méticos etc.), criado a partir de material genético da biodiversidade brasileira, estará sujeito ao pagamento de royalties para conquistar o direito legal de uso econômico. Garante também a repartição dos benefícios aos detentores do conhecimento cultural, como as comunidades tradicionais, formadas por povos indígenas, quilombolas, caiçaras e ribeirinhos. Os pesquisadores consideram o novo Marco Legal da Biodiversidade um avanço para o desenvolvimento científico e a inovação tecnológica. No entanto, muitos questionam a sua operacionalidade em relação à eficiência de controle do acesso ao imenso patrimônio genético existente no país e do combate à biopirataria, à eficácia da distribuição dos seus benefícios para as comunidades tradicionais e aos baixos valores estipulados para pagamento de royalties, cerca de 0,1% a 1% do lucro obtido com a comercialização dos produtos.
  • 66. Patrimônio genético Reúne toda a informação de origem genética de plantas, animais e microrganismos, na forma de moléculas ou substâncias metabolizadas por esses seres vivos ou deles extraídas, vivos ou mortos, dentro do território de um país. (Comunidade) quilombola Comunidades formadas, em sua maioria, por descendentes de escravizados que, no passado, se rebelaram e criaram quilombos – locais onde se refugiavam e se organizavam social e politicamente. Essa população ainda hoje mantém vínculo com a terra e os costumes de seus ancestrais. (Comunidade) caiçara Comunidades formadas pela mistura de contribuições dos indígenas, dos colonizadores portugueses e dos africanos, a partir do século XVI. Essa população vive principalmente em áreas costeiras dos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná e tem um modo de vida vinculado ao ambiente litorâneo, baseado na pesca, na agricultura de subsistência, na atividade extrativista e na pequena produção de mercadorias.
  • 67. CLIMA E VEGETAÇÃO NO BRASIL
  • 68. No Brasil, o Clima Equatorial – quente e úmido – é típico da região amazônica. A amplitude térmica anual é muito baixa: as temperaturas médias mensais oscilam em torno de 25 °C a 28 °C. Na extensa faixa de Clima Equatorial se desenvolve a Floresta Amazonica -– a maior da zona intertropical do globo e a de maior biodiversidade. Ela apresenta árvores de grande e médio porte e plantas rasteiras (estratificada), com a presença de cipós, bromélias e orquídeas.
  • 69. A Floresta Amazônica se divide em três grupos: •Floresta ou Mata de Igapó – situada nas áreas permanentemente inundadas pelos rios; •Floresta ou Mata de Várzea – situada nas áreas inundadas apenas durante as cheias; •Floresta de Terra Firme – situada nas áreas mais elevadas, onde se encontram árvores de grande porte, como a andiroba, o cedro, o castanheiro e o mogno. Esse tipo de floresta compõe entre 70% e 80% da Floresta Amazônica.
  • 70. Em uma extensa área da Bacia do Rio Negro, ocorre a Campinarana, tipo de vegetação que se desenvolve em solos caracterizados pela falta de nutrientes minerais. Ela ocorre sob a fisionomia arbórea – na qual predominam árvores de médio porte –, arbustiva, gramíneo-lenhosa e bambus.
  • 71. A Floresta Amazônica ocupava originalmente uma área de cerca de 7,5 milhões de km2 na América do sul, mais de 60% em terras brasileiras. Atualmente, por conta do desmatamento intensivo, já perdeu no Brasil cerca de 17% de sua área original. A construção de rodovias e a expansão das fronteiras agropecuárias na região contribuíram enormemente para acelerar o processo de desmatamento. As rodovias são consideradas vetores da derrubada da vegetação original.
  • 72. A intensa exploração madeireira, a implantação de grandes fazendas de gado e soja – cultivada principalmente no estado de Mato Grosso – e os grandes projetos de mineração não só provocam sérios problemas ambientais aos ecossistemas, mas também destroem espécies vegetais ainda desconhecidas pela comunidade científica. isso causa grandes danos, uma vez que são amplas as possibilidades de pesquisa e de aplicação dos recursos genéticos encontrados na Floresta Amazônica. um exemplo são as várias espécies vegetais que poderiam ser usadas como matéria-prima na produção de medicamentos.
  • 73. Apesar de existirem técnicas e equipamentos sofisticados para monitoramento de áreas florestais, detecção de queimadas e derrubada de matas, os quais incluem com- putadores, radares, sistema de posicionamento global (Gps) e análise de imagens de satélite, os índices de desmatamento em toda a Amazônia cresceram após 1970, ano em que foi implantada pelo governo militar de Emílio Garrastazu Médici (1905-1985) a estratégia de colonizar a Amazônia através do Programa de Integração Nacional (PIN).
  • 74. A Floresta Amazônica apresenta, no conjunto, a maior concentração de espécies animais, vegetais e de microrganismos da terra. segundo dados do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE) e do instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (ibama), são cerca de 3 mil espécies medicinais cata- logadas, muitas delas sujeitas a atividades ligadas à biopirataria e à etnobiopirataria. Etnobiopirataria: Muitos pesquisadores, a serviço de empresas ou centros de pesquisa, coletam espécies ilegalmente e utilizam os conhecimentos tradicionais dos povos nativos para a produção de remédios, cosméticos ou produtos altamente lucrativos. Esses conhecimentos, após serem patenteados, possibilitam às empresas o uso exclusivo dos princípios ativos (substâncias com efeito farmacológico ou terapêutico). Sudam Órgão de planejamento regional criado em 1966 com o objetivo de promover o desenvolvimento da Amazônia. A sua abrangência territorial engloba toda a Região Norte, além do estado de Mato Grosso e parte do Maranhão.
  • 75. CLIMA SUBTROPICAL, MATA DE ARAUCÁRIA E PAMPAS O Clima Subtropical é típico da Região sul do país. A maior latitude e a atuação mais intensa da Massa polar Atlântica (mpa) na região são fatores que determinam um clima que apresenta temperaturas muito baixas durante o inverno, principalmente nas áreas de maior altitude, como alguns trechos do Rio Grande do sul e de santa Catarina. No entanto, as temperaturas são elevadas no verão.
  • 76. O clima subtropical é o que apresenta as maiores amplitudes térmicas anuais do Brasil. Outro aspecto marcante dessa região climática é a regularidade na distribuição das chuvas durante o ano. É comum o fenômeno de geada durante o outono e inverno e, ocasionalmente, ocorre precipitação de neve nas localidades situadas em altitudes mais elevadas.
  • 77. Nas encostas das serras próximas ao litoral da Região sul, a Floresta tropical Atlântica domina a paisagem natural, mas a vegetação predominante é a Mata de Araucária (Mata dos pinhais ou Floresta de Araucária), que também faz parte do bioma da Mata Atlântica. Esse tipo de cobertura é semi- homogêneo, com predomínio da araucária (pinheiro-do-paraná), de onde se extrai o pinhão. É um pouco mais espaçada e entremeada por outras espécies, como o ipê e a erva-mate, e tem como característica a folhagem pontiaguda (aciculifoliada).
  • 78. A devastação da Mata de Araucária, bastante intensa, foi ocasionada principal- mente pelo setor de construção civil, pelas indústrias de papel e pelo agronegócio. sua área remanescente original é de cerca de 2%.
  • 79. No extremo sul do Rio Grande do sul, ocorrem os Campos, formados principalmente pelos Pampas Gaúchos. A paisagem marcada pela vegetação rasteira de gramíneas é ocupada tradicionalmente pela pecuária extensiva, pelas plantações de trigo e, há cerca de meio século, pela soja. É uma região plana, entremeada por colinas com declives suaves conhecidas como coxilhas. É rica em biodiversidade, mas resta apenas cerca de 30% da vegetação original. Ao longo dos rios e ao redor de lagoas, as Matas Ciliares ou Mata de Galerias crescem e inter- rompem a paisagem campestre.
  • 81. Arenização dos Pampas No sudoeste do Rio Grande do sul, nos pampas ou Campanha Gaúcha, há extensas superfícies sem vegetação, recobertas por areia. Esse processo é denominado arenização. Apesar de ser um processo natural, ele é acelerado pelo uso intensivo do solo nas atividades agropecuárias combinadas às condições naturais da região. O pisoteio e o deslocamento do gado e o uso de máquinas pesadas na atividade agrícola, especial- mente na lavoura de soja, associados à ação da chuva, promoveram a degradação da camada superficial do solo, permitindo o afloramento da camada de arenito que estava acomodada abaixo da superfície. O vento se encarrega de espalhar a areia por vasta extensão dessa parte do estado.
  • 82. Fim da aula Deixa de choro!