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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
(UFRRJ)
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR (D.E.S)
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DEMANDAS
POPULARES E CONTEXTOS CONTENPORÂNEOS
GRUPOS DE PESQUISAS ESTUDOS CULTURAIS,
EDUCAÇÃO E ARTE; CURRÍCULO, CULTURA E POLÍTICA.
NOVA IGUAÇU, 2019
AS OCUPAÇÕES SECUNDARISTAS NO
RIO DE JANEIRO EM IMAGENS: memórias
afetivas de um movimento.
Julio Roitberg, Aristóteles Berino
 Recuperação do movimento de ocupação das escolas públicas do Rio de Janeiro (2016) pelos
e pelas estudantes secundaristas, através do registro de narrativas, enquanto resgate das
memórias afetivas de coletivos estudantis.
 A possibilidade de relacionar as ocupações a outros movimentos estudantis, através da
minha experiência, formação e militância.
 A percepção das alterações em suas locações e mobiliário, rearranjos, adaptações,
improvisos, para a acomodação e ‘conforto’ durante a ocupação.
 A proposição de outras possibilidades metodológicas para as pesquisas em educação.
O QUE A PESQUISA SIGNIFICOU PARA MIM
Transformações, refuncionalizações,
adaptações, rearranjos
instalação, adaptação, manutenção,
permanência, desocupação
Paulo Freire
1921 - 1997
Michel Foucault
1926 - 1989
• Heterotopias: espaços infantis e o encantamento que nos promove a sua
lembrança, “como os celeiros, o fundo do jardim a tenda de índios ou a
cama dos pais, verdadeiras utopias localizadas”
• Heterotopologia: “Ciência dos espaços absolutamente outros.”
Gaston Bachelard
1884-1962
 No teatro do passado que é a
nossa memória, o cenário
mantém os personagens em seu
papel dominante. Às vezes
acreditamos conhecer-nos no
tempo, ao passo que se conhece
apenas uma série de fixações nos
espaços da estabilidade do ser, de
um ser que não quer passar no
tempo, que no próprio passado,
quando vai em busca do tempo
perdido, quer “suspender” o vôo
do tempo. Em seus mil alvéolos, o
espaço retém o tempo
comprimido. O espaço serve para
isso. (BACHELARD, 1978, p. 202)
Roland Barthes
1915 - 1980
• A Fotografia é contingência
pura e só pode ser isso (é
sempre alguma coisa que é
representada) – ao contrário do
texto que, pela ação repentina
de uma única palavra, pode fazer
uma frase passar da descrição à
reflexão -, ela fornece de
imediato esses “detalhes” que
constituem o próprio material do
saber etnológico.
MEMÓRIAS AFETIVAS E O
MEMORIAL DE FORMAÇÃO
metodologias
EU, AS PESSOAS, O
TEMPO, O LUGAR
A PRAÇA
CIEP HEITOR DOS
PRAZERES
Método, metodologias
C.E. VISC. DE CAIRU ETESC
O SINAL
MOCHILA, MALA DE VIAGEM, GPS
A PEDRA, A PRAÇA
SOBRE O DESENHO
DO TEXTO (PAPEL OCUPADO)
• OS CAPÍTULOS
• A PEDRA
• A PRAÇA
• O SINAL
• OS TÍTULOS
• ENTRETEXTO
• IMAGENS
• SÍNTESE
DOS ESPAÇOS (ESCOLAS OCUPADAS)
• AS HETEROTOPIAS
• REARRANJOS
• ADAPTAÇÕES
• REFUNCIONALIZAÇÕES
CARTOGRAFIA TOPOANALÍTICA TEXTUAL
Proposição de uma outra perspectiva metodológica
para os es
Estruturação dos capítulos
‘heterotopias’, de Michel Foucault;
 ‘poética dos espaços’ de Gaston Bachelard;
 ‘texto estilhaçado’ e semiótica heterodoxa, de Roland Barthes;
“transcriações” das conversas, em constante diálogo entre
autores e autoras;
“conversa infinita”, da “palavra plural”, de Maurice Blanchot;
Princípios orientadores
 observação das ações, atitudes e gestos; conversas com os e aos protagonistas
das ocupações sobre alterações nos equipamentos, mobiliário,
compartimentos tendo em vista a melhor adaptação para acomodação dos
que ali iriam permanecer;
 “aproximacionalismo” (BACHELARD, 1978, p. vi) através de vivências e/ou
verificação em fotografias, e entrevistas de história oral, conversas,
documentos;
 resgate de lembranças, através das memórias afetivas, dos protagonistas das
ocupações, com a utilização de fotografias;
ADOLESCÊNCIA,
IDENTIDADE E CRISE
• Os jovens de classe média, por exemplo passam por
um longo período de preparação quando escolhem um
curso universitário. Tal preparação pode até mesmo
ultrapassar essa juventude. O jovem da classe operária
pode cursar uma escola técnica, onde aprende o
necessário para tornar-se uma ferramenta, por
exemplo, e esse aprendizado não dura tanto tempo
quanto um curso de Medicina. Outros jovens ainda
abandonam a escola muito cedo e já trabalham oito
horas diárias antes de completaram 14 anos de idade
[...] (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008, p. 308)
A juventude da minha rua e a ideia de mudar o
mundo: 40 anos de insistência
memória como fato,
como algo que pode
incidir sobre a
realidade e causar
mudanças
BATISMO NO MOVIMENTO
ESTUDANTIL
• Entre março e junho de 1980, uma verdadeira batalha
foi travada entre os estudantes e a polícia, a justiça e o
poder público com o intuito de impedir que os
estudantes retomassem a posse do prédio. Em 10 de
junho, cerca de 400 manifestantes e jornalistas entraram
em conflito direto com a polícia em frente ao prédio,
resultando na prisão de onze estudantes. Apesar dos
esforços dos estudantes, de políticos e artistas
simpáticos à sua causa e da própria Justiça personalizada
no juiz Aarão Reis, o prédio foi demolido em fins de
junho de 1980. (MÜLLER; RESENDE, 2011, p. 70)
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PRIMAVERA ESTUDANTIL
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Demandas contemporâneas, explosão em abril de
2016, onde começava e onde termina a pesquisa:
intervenção está para o estado assim como
ocupação, para os estudantes.
A NECESSIDADE DESTE
RESGATE HISTÓRIO
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O legado das ocupações
Muito obrigado, às e aos que me ajudaram a contar a sua e a nossa história dentro
do movimento de ocupação secundarista, em 2016, dedicando um tempo extra
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entrelaços desses
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  • 2. AS OCUPAÇÕES SECUNDARISTAS NO RIO DE JANEIRO EM IMAGENS: memórias afetivas de um movimento. Julio Roitberg, Aristóteles Berino
  • 3.  Recuperação do movimento de ocupação das escolas públicas do Rio de Janeiro (2016) pelos e pelas estudantes secundaristas, através do registro de narrativas, enquanto resgate das memórias afetivas de coletivos estudantis.  A possibilidade de relacionar as ocupações a outros movimentos estudantis, através da minha experiência, formação e militância.  A percepção das alterações em suas locações e mobiliário, rearranjos, adaptações, improvisos, para a acomodação e ‘conforto’ durante a ocupação.  A proposição de outras possibilidades metodológicas para as pesquisas em educação. O QUE A PESQUISA SIGNIFICOU PARA MIM
  • 7. Michel Foucault 1926 - 1989 • Heterotopias: espaços infantis e o encantamento que nos promove a sua lembrança, “como os celeiros, o fundo do jardim a tenda de índios ou a cama dos pais, verdadeiras utopias localizadas” • Heterotopologia: “Ciência dos espaços absolutamente outros.”
  • 8. Gaston Bachelard 1884-1962  No teatro do passado que é a nossa memória, o cenário mantém os personagens em seu papel dominante. Às vezes acreditamos conhecer-nos no tempo, ao passo que se conhece apenas uma série de fixações nos espaços da estabilidade do ser, de um ser que não quer passar no tempo, que no próprio passado, quando vai em busca do tempo perdido, quer “suspender” o vôo do tempo. Em seus mil alvéolos, o espaço retém o tempo comprimido. O espaço serve para isso. (BACHELARD, 1978, p. 202)
  • 9. Roland Barthes 1915 - 1980 • A Fotografia é contingência pura e só pode ser isso (é sempre alguma coisa que é representada) – ao contrário do texto que, pela ação repentina de uma única palavra, pode fazer uma frase passar da descrição à reflexão -, ela fornece de imediato esses “detalhes” que constituem o próprio material do saber etnológico.
  • 10. MEMÓRIAS AFETIVAS E O MEMORIAL DE FORMAÇÃO
  • 11. metodologias EU, AS PESSOAS, O TEMPO, O LUGAR A PRAÇA CIEP HEITOR DOS PRAZERES Método, metodologias C.E. VISC. DE CAIRU ETESC O SINAL MOCHILA, MALA DE VIAGEM, GPS A PEDRA, A PRAÇA
  • 12. SOBRE O DESENHO DO TEXTO (PAPEL OCUPADO) • OS CAPÍTULOS • A PEDRA • A PRAÇA • O SINAL • OS TÍTULOS • ENTRETEXTO • IMAGENS • SÍNTESE DOS ESPAÇOS (ESCOLAS OCUPADAS) • AS HETEROTOPIAS • REARRANJOS • ADAPTAÇÕES • REFUNCIONALIZAÇÕES
  • 13. CARTOGRAFIA TOPOANALÍTICA TEXTUAL Proposição de uma outra perspectiva metodológica para os es Estruturação dos capítulos ‘heterotopias’, de Michel Foucault;  ‘poética dos espaços’ de Gaston Bachelard;  ‘texto estilhaçado’ e semiótica heterodoxa, de Roland Barthes; “transcriações” das conversas, em constante diálogo entre autores e autoras; “conversa infinita”, da “palavra plural”, de Maurice Blanchot;
  • 14. Princípios orientadores  observação das ações, atitudes e gestos; conversas com os e aos protagonistas das ocupações sobre alterações nos equipamentos, mobiliário, compartimentos tendo em vista a melhor adaptação para acomodação dos que ali iriam permanecer;  “aproximacionalismo” (BACHELARD, 1978, p. vi) através de vivências e/ou verificação em fotografias, e entrevistas de história oral, conversas, documentos;  resgate de lembranças, através das memórias afetivas, dos protagonistas das ocupações, com a utilização de fotografias;
  • 15. ADOLESCÊNCIA, IDENTIDADE E CRISE • Os jovens de classe média, por exemplo passam por um longo período de preparação quando escolhem um curso universitário. Tal preparação pode até mesmo ultrapassar essa juventude. O jovem da classe operária pode cursar uma escola técnica, onde aprende o necessário para tornar-se uma ferramenta, por exemplo, e esse aprendizado não dura tanto tempo quanto um curso de Medicina. Outros jovens ainda abandonam a escola muito cedo e já trabalham oito horas diárias antes de completaram 14 anos de idade [...] (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008, p. 308)
  • 16. A juventude da minha rua e a ideia de mudar o mundo: 40 anos de insistência
  • 17. memória como fato, como algo que pode incidir sobre a realidade e causar mudanças
  • 18. BATISMO NO MOVIMENTO ESTUDANTIL • Entre março e junho de 1980, uma verdadeira batalha foi travada entre os estudantes e a polícia, a justiça e o poder público com o intuito de impedir que os estudantes retomassem a posse do prédio. Em 10 de junho, cerca de 400 manifestantes e jornalistas entraram em conflito direto com a polícia em frente ao prédio, resultando na prisão de onze estudantes. Apesar dos esforços dos estudantes, de políticos e artistas simpáticos à sua causa e da própria Justiça personalizada no juiz Aarão Reis, o prédio foi demolido em fins de junho de 1980. (MÜLLER; RESENDE, 2011, p. 70)
  • 19. VEM PRA PRA RUA PRIMAVERA ESTUDANTIL 2013 - 2016 Demandas contemporâneas, explosão em abril de 2016, onde começava e onde termina a pesquisa: intervenção está para o estado assim como ocupação, para os estudantes.
  • 21. “Quero contar pra minha filha…” Fran Borges
  • 22. O legado das ocupações
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Muito obrigado, às e aos que me ajudaram a contar a sua e a nossa história dentro do movimento de ocupação secundarista, em 2016, dedicando um tempo extra para as nossas conversas e facilitando o acesso a informações, registros e documentos. Ao futuro lego apenas meu passado. Dito assim, como nos entrelaços desses apontamentos, tudo se faz permanentemente presente. Porque as pessoas não são feitas apenas de corpo e alma. São feitas sobretudo de histórias. (Frei Betto, em Minas de Ouro)