SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
BIOQUÍMICA APLICADA
Datas das avaliações:
10/05/2021: 1ª avaliação;
14/06/2021: 2ª avaliação.
Conteúdo programático para hoje!
 Cadeia transportadora de elétrons;
 Fosforilação oxidativa.
Bioquímica aplicada
Bioquímica aplicada
 A Mitocôndria;
 Sistema de transporte mitocondrial;
 Transporte de elétrons;
 Termodinâmica do transporte de elétrons;
 A sequência do transporte de elétrons;
 Complexo I (NADH-Coenzima Q oxidorredutase);
 Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase);
 Complexo III (Coenzima Q-Citocromo oxidorredutase);
 Compelo IV (Citocromo C oxidase);
 Fosforilação oxidativa;
 A teoria quimiosmótica;
 ATP sintase.
Bioquímica aplicada
 A mitocôndria é o sítio do metabolismo oxidativo de eucariotos;
 Contém a piruvato desidrogenase, as enzimas do ciclo do ácido cítrico, as enzimas que
catalisam a oxidação dos ácidos graxos e as enzimas e proteínas redox envolvidas no
transporte de elétrons e na fosforilação oxidativa;
 Por isso a mitocôndria é considerada a “usina de força” da célula.
Bioquímica aplicada
Bioquímica aplicada
Sistemas de transporte mitocondrial
• Composta pela membrana mitocondrial externa (MME) e membrana mitocondrial
interna (MMI), formando um espaço intermembrana;
• O espaço intermembrana é equivalente ao citosol no que se refere às suas concentrações
em metabólitos e íons;
• A membrana interna é composta por cerca de 75% de proteínas, mais rica em proteínas
do que a membrana externa;
Bioquímica aplicada
Sistemas de transporte mitocondrial
• É livremente permeável a O2, CO2 e H2O e contém, além das proteínas da cadeia
respiratória, várias proteínas de transporte que controlam a passagem de metabólitos,
como ATP, ADP, o piruvato, o Ca2+ e o fosfato;
• A impermeabilidade controlada da MMI para a maioria dos íons e dos metabólitos
permite a formação de um gradiente de íons através dessa barreira e resulta na
compartimentalização das funções metabólicas entre o citosol e a mitocôndria.
Bioquímica aplicada
Os equivalentes citosólicos reduzidos são transportados para dentro da mitocôndria
 O NADH produzido no citosol pela glicólise deve ter acesso à cadeia transportadora de
elétrons para a oxidação aeróbica
 Não há uma proteína transportadora de Os equivalentes citosólicos reduzidos são
transportados para dentro da mitocôndria NADH na MMI;
 Somente os elétrons do NADH citosólico são transportados para a mitocôndria por um
dos vários sistemas de transporte.
Circuito do malato-aspartato;
Circuito do glicerol-fosfato.
Bioquímica aplicada
Circuito do malato-aspartato
Bioquímica aplicada
Circuito do glicerol-fosfato
A glicerol-3-fosfato desidrogenase catalisa a
oxidação do NADH citosólico pela DHAP para
produzir NAD+, o qual retorna à glicólise;
Os elétrons do glicerol3-fosfato são transferidos
para a flavoproteínadesidrogenase da MMI,
formando FADH2, que fornece elétrons
diretamente para CTE.
Bioquímica aplicada
O translocador ADP
A maior parte do ATP gerado na matriz mitocondrial pela fosforilação oxidativa é utilizado
no citosol;
A MMI contém um translocador de ADP-ATP (ou adenina - nucleotídeo translocase) que
transporta o ATP para fora da matriz em troca do ADP produzido no citosol pela hidrólise do
ADP – sistema antiporte.
Bioquímica aplicada
Transporte de elétrons
Os carreadores que transportam os elétrons a partir do NADH e FADH2 até O2 estão
associados a membrana mitocondrial interna;
Alguns desses centros redox são móveis e outros são proteínas integrais de membrana;
A sequência de carreadores de elétrons reflete seus potenciais de redução relativos;
O processo é exergônico;
A oxidação de NADH e FADH2 é promovida pela cadeia de transporte de elétrons;
Os elétrons são carreados do Complexo I e do complexo II para o III pela coenzima Q, e do
complexo III para o IV pelo citocromo C.
Bioquímica aplicada
Transporte de elétrons
Bioquímica aplicada
Complexo I (NADH-Coenzima Q oxidorredutase)
O complexo I transfere elétrons a partir do NADH para a CoQ ;
É o maior complexo protéico na MMI, com 43 polipeptídeos;
Ele contém uma molécula de flavina mononucleotídeo (FMN) e
seis a sete grupos ferro-enxofre que participam no transporte
de elétrons;
Os grupos ferro-enxofre estão presentes como grupos
prostéticos de proteínas ferroenxofre, e podem sofrer oxidação
e redução de um elétron.
Bioquímica aplicada
Transferência de elétrons no Complexo I
O processo envolve a redução temporária de cada grupo cuja passagem dos elétrons para
o próximo grupo permite a reoxidação do grupo anterior;
O NADH participa apenas em reações que envolvem a transferência de 2 elétrons.
A FMN e a CoQ podem transferir um ou dois elétrons por vez, proporcionando a formação
de um conduto de elétrons entre o doador de dois elétrons, o NADH e os aceptores de um
elétron, os citocromos.
Bioquímica aplicada
Translocação de prótons
 A medida que os elétrons são transferidos entre os centros redox do Complexo I, quatro
prótons são translocados da matriz para o espaço intermembrana – Bomba de Prótons.
 O mecanismo de bombeamento de prótons deve ser conduzido pelas alterações
conformacionais induzidas pelas alterações no estado redox da proteína
Bioquímica aplicada
Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase)
Contém a enzima do ciclo do ácido cítrico, a succinatodesidrogenase e três outras pequenas
subunidades hidrofóbicas que transferem elétrons do succinato à CoQ;
Seus grupos redox incluem o FAD ligado covalentemente à succinato-desidrogenase para o
qual os elétrons são inicialmente transferidos, um grupo [4Fe-4S], dois grupos [2Fe-2S], e
um citocromo b560;
Bioquímica aplicada
Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase)
O Complexo II permite que elétrons de potencial relativamente alto entrem na cadeia
transportadora por uma via independente do Complexo I;
Os Complexos I e II não operam em série, mas ambos resultam na transferência de elétrons
para a CoQ a partir de substratos reduzidos – NADH e succinato;
A CoQ serve como um ponto de captação de elétrons.
Bioquímica aplicada
Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase)
Bioquímica aplicada
Complexo III (Coenzima Q-Citocromo c oxidorredutase)
Conhecido também como citocromo bc1: possui dois citocromos tipo b e um citocromo c1;
Transfere elétrons da CoQ reduzida para o citocromo c1 a partir de um centro [2Fe-2S], e
para o citocromo b.
Bioquímica aplicada
Transporte de elétrons no complexo III: o ciclo Q
A função é permitir que uma molécula de CoQH 2 reduza duas moléculas de citocromo, por
meio de uma bifurcação do fluxo de elétrons da CoQH 2 para os citocromos c1 e b, permitindo
o bombeamento de prótons da matriz para o espaço intermembrana;
A CoQH 2 transfere um dos elétrons para a proteína Fe-S liberando dois prótons no espaço
intermembrana e produzindo CoQ-;
Ciclo 1
Bioquímica aplicada
Transporte de elétrons no complexo III: o ciclo Q
A proteína Fe-S reduz o citocromo c1, enquanto a CoQ- transfere os elétrons restantes para
o citocromo b, produzindo uma CoQ oxidada.
A CoQ oxidada recebe o elétron novamente do citocromo b, revertendo-se à forma CoQ-
Ciclo 1
No ciclo 2, outra CoQH 2 reduzida, provinda do complexo I repete as etapas anteriores: um
elétron reduz a proteína Fe-S e em seguida o citocromo c1, e outro elétron reduz citocromo
b;
Esse segundo elétron reduz a CoQ- produzido no primeiro ciclo, produzindo CoQH2;
Bioquímica aplicada
Transporte de elétrons no complexo III: o ciclo Q
Ciclo 2
Os prótons consumidos originaram -se da matriz mitocondrial;
Para cada 2 CoQH 2 que entram no ciclo Q, uma CoQH 2 é
regenerada.
Bioquímica aplicada
Complexo IV (Citocromo c oxidase)
Único transportador de elétrons no qual o ferro heme possui um ligante livre que pode
reagir com O2.
A citocromo c oxidase catalisa oxidações de quatro moléculas de citocromo c (Cyt c)
reduzidas consecutivamente e a Complexo IV (Citocromo c oxidase) concomitante redução
tetraeletrônica de uma molécula de O2.
Bioquímica aplicada
O complexo IV possui 4 centros redox: citocromo a, citocromo a3, um átomo de cobre
conhecido como CuB e um par de átomos de cobre conhecido como centro CuA, além de um
Mg2+ e um Zn2+.
 A redução do O2 a 2 H2O ocorre no complexo binuclear citocromo a3-CuB e envolve 4
transferências de e- consecutivas dos sítios do CuA e cit a.
 2 prótons são translocados.
Complexo IV (Citocromo c oxidase)
Bioquímica aplicada
Fosforilação oxidativa
A síntese endergônica do ATP a partir de ADP e Pi na mitocôndria é catalisada por uma ATP-
sintase (ou complexo V), dirigida pelo processo de transporte de elétrons.
A energia livre liberada pelo transporte de elétrons através dos Complexos I – IV deve ser
conservada em uma forma que a ATP sintase sintase possa utilizá possa utilizá -la – é a energia
de acoplamento.
Bioquímica aplicada
Fosforilação oxidativa
A teoria quimiosmótica: A energia livre do transporte de elétrons é conservada pelo
bombeamento de H + da matriz mitocondrial para o espaço intermembrana, criando um
gradiente eletroquímico de H + através da MMI.
O potencial eletroquímico desse gradiente é aproveitado para a síntese de ATP.
Processo análogo ocorre em bactérias, cuja maquinaria transportadora de elétrons está
localizada na membrana plasmática.
Bioquímica aplicada
O transporte de elétrons gera um gradiente de prótons
O transporte de elétrons provoca o transporte de prótons pelos Complexos I, III, e IV através
da MMI a partir da matriz, uma região de baixa [H +] para o espaço intermembrana, uma
região de alta [ H + ].
Como o pH externo é menor que o pH interno, a saída de prótons da matriz, contra o
gradiente de prótons, é um processo endergônico.
Bioquímica aplicada
O transporte de elétrons gera um gradiente de prótons
A energia livre sequestrada pelo gradiente eletroquímico resultante conduz a síntese de ATP.
A energia livre estimada para a síntese de uma molécula de ATP é cerca de +30 a +50 kJ/mol,
muito grande para ser conduzida pela passagem de um único próton de volta à matriz;
A maior parte das determinações experimentais indica que cerca de 3 prótons são
necessários por ATP sintetizado.
Bioquímica aplicada
A ATP sintase
Também conhecida como ATP sintase bombeadora de prótons
ou F1F 0 – ATPase;
Proteína transmembrana de multissubunidades com massa
molecular de 450kDa;
Composta de duas unidades funcionais F 0 e F1;
F 0 é um canal de prótons transmembrana;
F1 é composta por várias subunidades (αβγδε) e dentre elas, a
subunidade β catalisa a reação de síntese de ATP.
Bioquímica aplicada
A regulação da fosforilação oxidativa
Quando a fosforilação oxidativa é mínima, no estado de repouso, o gradiente eletroquímico
na MMI acumula-se e impede a continuação do bombeamento de prótons, inibindo o
transporte de elétrons, fazendo com que o pH no espaço intermembrana diminua;
Quando a síntese do ATP aumenta, o gradiente eletroquímico é dissipado, permitindo o
reinício do transporte de elétrons;
Um agente desacoplador aumenta a permeabilidade dos H + à MMI, e desacopla a
fosforilação oxidativa da cadeia de transporte de elétrons, diminuindo a síntese de ATP pela
ATP sintase.
Bioquímica aplicada
Cadeia de transporte de
elétrons e fosforilação
oxidativa.
Até a próxima aula pessoal!
Carmem Arroxelas
@descomplicafarmaceutica

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a AULA 2- Cadeia de transporte de elétrons e fosforilação oxidativa-1.pptx

Degradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobioseDegradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobioseguest018b8f
 
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítricoCiclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítricoprofmarciofraiberg
 
Res celular
Res celularRes celular
Res celularletyap
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração CelularAdriana Quevedo
 
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Felipe Cavalcante
 
bioquimica basica em nutrição_alimentos.pdf
bioquimica basica em nutrição_alimentos.pdfbioquimica basica em nutrição_alimentos.pdf
bioquimica basica em nutrição_alimentos.pdfCarolineGalindo10
 
2o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
2o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese2o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
2o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossínteseAlex Garcia
 
1o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
1o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese1o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
1o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossínteseIonara Urrutia Moura
 
Estudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficas
Estudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficasEstudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficas
Estudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficasUFRN
 
Aula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativaAula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativaGlaucia Moraes
 
Metabolismo para Enfermagem Parte 2
Metabolismo para  Enfermagem Parte 2Metabolismo para  Enfermagem Parte 2
Metabolismo para Enfermagem Parte 2Adriana Quevedo
 
Mod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaMod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaLeonor Vaz Pereira
 
Respiração celular
Respiração celularRespiração celular
Respiração celularNathalia Fuga
 
Aula produção de energia final
Aula   produção de energia finalAula   produção de energia final
Aula produção de energia finalOdonto ufrj
 
Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...
Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...
Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...Alpha Colégio e Vestibulares
 

Semelhante a AULA 2- Cadeia de transporte de elétrons e fosforilação oxidativa-1.pptx (20)

Ciclo de Krebs
Ciclo de KrebsCiclo de Krebs
Ciclo de Krebs
 
Degradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobioseDegradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobiose
 
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítricoCiclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
 
Parte escrita metabolismo
Parte escrita metabolismoParte escrita metabolismo
Parte escrita metabolismo
 
Res celular
Res celularRes celular
Res celular
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
 
Bioquimica Mirian Ribeiro
Bioquimica Mirian RibeiroBioquimica Mirian Ribeiro
Bioquimica Mirian Ribeiro
 
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
 
bioquimica basica em nutrição_alimentos.pdf
bioquimica basica em nutrição_alimentos.pdfbioquimica basica em nutrição_alimentos.pdf
bioquimica basica em nutrição_alimentos.pdf
 
2o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
2o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese2o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
2o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
 
1o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
1o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese1o ano   lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
1o ano lista exercícios fotossínstese e quimiossíntese
 
Estudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficas
Estudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficasEstudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficas
Estudo dirigido de Bacteriologia: energia, quimioheterotróficas
 
Aula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativaAula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativa
 
Metabolismo para Enfermagem Parte 2
Metabolismo para  Enfermagem Parte 2Metabolismo para  Enfermagem Parte 2
Metabolismo para Enfermagem Parte 2
 
Mod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaMod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energia
 
A5 metabolismo microbiano
A5   metabolismo microbianoA5   metabolismo microbiano
A5 metabolismo microbiano
 
Respiração celular
Respiração celularRespiração celular
Respiração celular
 
Aula produção de energia final
Aula   produção de energia finalAula   produção de energia final
Aula produção de energia final
 
Mitocôndrias
MitocôndriasMitocôndrias
Mitocôndrias
 
Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...
Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...
Profª Lara Pessanha | Biologia A - 1ª Série EM | Bioenergética I: Respiração ...
 

Último

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 

Último (7)

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 

AULA 2- Cadeia de transporte de elétrons e fosforilação oxidativa-1.pptx

  • 2. Datas das avaliações: 10/05/2021: 1ª avaliação; 14/06/2021: 2ª avaliação. Conteúdo programático para hoje!  Cadeia transportadora de elétrons;  Fosforilação oxidativa. Bioquímica aplicada
  • 3. Bioquímica aplicada  A Mitocôndria;  Sistema de transporte mitocondrial;  Transporte de elétrons;  Termodinâmica do transporte de elétrons;  A sequência do transporte de elétrons;  Complexo I (NADH-Coenzima Q oxidorredutase);  Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase);  Complexo III (Coenzima Q-Citocromo oxidorredutase);  Compelo IV (Citocromo C oxidase);  Fosforilação oxidativa;  A teoria quimiosmótica;  ATP sintase.
  • 4. Bioquímica aplicada  A mitocôndria é o sítio do metabolismo oxidativo de eucariotos;  Contém a piruvato desidrogenase, as enzimas do ciclo do ácido cítrico, as enzimas que catalisam a oxidação dos ácidos graxos e as enzimas e proteínas redox envolvidas no transporte de elétrons e na fosforilação oxidativa;  Por isso a mitocôndria é considerada a “usina de força” da célula.
  • 6. Bioquímica aplicada Sistemas de transporte mitocondrial • Composta pela membrana mitocondrial externa (MME) e membrana mitocondrial interna (MMI), formando um espaço intermembrana; • O espaço intermembrana é equivalente ao citosol no que se refere às suas concentrações em metabólitos e íons; • A membrana interna é composta por cerca de 75% de proteínas, mais rica em proteínas do que a membrana externa;
  • 7. Bioquímica aplicada Sistemas de transporte mitocondrial • É livremente permeável a O2, CO2 e H2O e contém, além das proteínas da cadeia respiratória, várias proteínas de transporte que controlam a passagem de metabólitos, como ATP, ADP, o piruvato, o Ca2+ e o fosfato; • A impermeabilidade controlada da MMI para a maioria dos íons e dos metabólitos permite a formação de um gradiente de íons através dessa barreira e resulta na compartimentalização das funções metabólicas entre o citosol e a mitocôndria.
  • 8. Bioquímica aplicada Os equivalentes citosólicos reduzidos são transportados para dentro da mitocôndria  O NADH produzido no citosol pela glicólise deve ter acesso à cadeia transportadora de elétrons para a oxidação aeróbica  Não há uma proteína transportadora de Os equivalentes citosólicos reduzidos são transportados para dentro da mitocôndria NADH na MMI;  Somente os elétrons do NADH citosólico são transportados para a mitocôndria por um dos vários sistemas de transporte. Circuito do malato-aspartato; Circuito do glicerol-fosfato.
  • 10. Bioquímica aplicada Circuito do glicerol-fosfato A glicerol-3-fosfato desidrogenase catalisa a oxidação do NADH citosólico pela DHAP para produzir NAD+, o qual retorna à glicólise; Os elétrons do glicerol3-fosfato são transferidos para a flavoproteínadesidrogenase da MMI, formando FADH2, que fornece elétrons diretamente para CTE.
  • 11. Bioquímica aplicada O translocador ADP A maior parte do ATP gerado na matriz mitocondrial pela fosforilação oxidativa é utilizado no citosol; A MMI contém um translocador de ADP-ATP (ou adenina - nucleotídeo translocase) que transporta o ATP para fora da matriz em troca do ADP produzido no citosol pela hidrólise do ADP – sistema antiporte.
  • 12. Bioquímica aplicada Transporte de elétrons Os carreadores que transportam os elétrons a partir do NADH e FADH2 até O2 estão associados a membrana mitocondrial interna; Alguns desses centros redox são móveis e outros são proteínas integrais de membrana; A sequência de carreadores de elétrons reflete seus potenciais de redução relativos; O processo é exergônico; A oxidação de NADH e FADH2 é promovida pela cadeia de transporte de elétrons; Os elétrons são carreados do Complexo I e do complexo II para o III pela coenzima Q, e do complexo III para o IV pelo citocromo C.
  • 14. Bioquímica aplicada Complexo I (NADH-Coenzima Q oxidorredutase) O complexo I transfere elétrons a partir do NADH para a CoQ ; É o maior complexo protéico na MMI, com 43 polipeptídeos; Ele contém uma molécula de flavina mononucleotídeo (FMN) e seis a sete grupos ferro-enxofre que participam no transporte de elétrons; Os grupos ferro-enxofre estão presentes como grupos prostéticos de proteínas ferroenxofre, e podem sofrer oxidação e redução de um elétron.
  • 15. Bioquímica aplicada Transferência de elétrons no Complexo I O processo envolve a redução temporária de cada grupo cuja passagem dos elétrons para o próximo grupo permite a reoxidação do grupo anterior; O NADH participa apenas em reações que envolvem a transferência de 2 elétrons. A FMN e a CoQ podem transferir um ou dois elétrons por vez, proporcionando a formação de um conduto de elétrons entre o doador de dois elétrons, o NADH e os aceptores de um elétron, os citocromos.
  • 16. Bioquímica aplicada Translocação de prótons  A medida que os elétrons são transferidos entre os centros redox do Complexo I, quatro prótons são translocados da matriz para o espaço intermembrana – Bomba de Prótons.  O mecanismo de bombeamento de prótons deve ser conduzido pelas alterações conformacionais induzidas pelas alterações no estado redox da proteína
  • 17. Bioquímica aplicada Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase) Contém a enzima do ciclo do ácido cítrico, a succinatodesidrogenase e três outras pequenas subunidades hidrofóbicas que transferem elétrons do succinato à CoQ; Seus grupos redox incluem o FAD ligado covalentemente à succinato-desidrogenase para o qual os elétrons são inicialmente transferidos, um grupo [4Fe-4S], dois grupos [2Fe-2S], e um citocromo b560;
  • 18. Bioquímica aplicada Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase) O Complexo II permite que elétrons de potencial relativamente alto entrem na cadeia transportadora por uma via independente do Complexo I; Os Complexos I e II não operam em série, mas ambos resultam na transferência de elétrons para a CoQ a partir de substratos reduzidos – NADH e succinato; A CoQ serve como um ponto de captação de elétrons.
  • 19. Bioquímica aplicada Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase)
  • 20. Bioquímica aplicada Complexo III (Coenzima Q-Citocromo c oxidorredutase) Conhecido também como citocromo bc1: possui dois citocromos tipo b e um citocromo c1; Transfere elétrons da CoQ reduzida para o citocromo c1 a partir de um centro [2Fe-2S], e para o citocromo b.
  • 21. Bioquímica aplicada Transporte de elétrons no complexo III: o ciclo Q A função é permitir que uma molécula de CoQH 2 reduza duas moléculas de citocromo, por meio de uma bifurcação do fluxo de elétrons da CoQH 2 para os citocromos c1 e b, permitindo o bombeamento de prótons da matriz para o espaço intermembrana; A CoQH 2 transfere um dos elétrons para a proteína Fe-S liberando dois prótons no espaço intermembrana e produzindo CoQ-; Ciclo 1
  • 22. Bioquímica aplicada Transporte de elétrons no complexo III: o ciclo Q A proteína Fe-S reduz o citocromo c1, enquanto a CoQ- transfere os elétrons restantes para o citocromo b, produzindo uma CoQ oxidada. A CoQ oxidada recebe o elétron novamente do citocromo b, revertendo-se à forma CoQ- Ciclo 1
  • 23. No ciclo 2, outra CoQH 2 reduzida, provinda do complexo I repete as etapas anteriores: um elétron reduz a proteína Fe-S e em seguida o citocromo c1, e outro elétron reduz citocromo b; Esse segundo elétron reduz a CoQ- produzido no primeiro ciclo, produzindo CoQH2; Bioquímica aplicada Transporte de elétrons no complexo III: o ciclo Q Ciclo 2 Os prótons consumidos originaram -se da matriz mitocondrial; Para cada 2 CoQH 2 que entram no ciclo Q, uma CoQH 2 é regenerada.
  • 24. Bioquímica aplicada Complexo IV (Citocromo c oxidase) Único transportador de elétrons no qual o ferro heme possui um ligante livre que pode reagir com O2. A citocromo c oxidase catalisa oxidações de quatro moléculas de citocromo c (Cyt c) reduzidas consecutivamente e a Complexo IV (Citocromo c oxidase) concomitante redução tetraeletrônica de uma molécula de O2.
  • 25. Bioquímica aplicada O complexo IV possui 4 centros redox: citocromo a, citocromo a3, um átomo de cobre conhecido como CuB e um par de átomos de cobre conhecido como centro CuA, além de um Mg2+ e um Zn2+.  A redução do O2 a 2 H2O ocorre no complexo binuclear citocromo a3-CuB e envolve 4 transferências de e- consecutivas dos sítios do CuA e cit a.  2 prótons são translocados. Complexo IV (Citocromo c oxidase)
  • 26. Bioquímica aplicada Fosforilação oxidativa A síntese endergônica do ATP a partir de ADP e Pi na mitocôndria é catalisada por uma ATP- sintase (ou complexo V), dirigida pelo processo de transporte de elétrons. A energia livre liberada pelo transporte de elétrons através dos Complexos I – IV deve ser conservada em uma forma que a ATP sintase sintase possa utilizá possa utilizá -la – é a energia de acoplamento.
  • 27. Bioquímica aplicada Fosforilação oxidativa A teoria quimiosmótica: A energia livre do transporte de elétrons é conservada pelo bombeamento de H + da matriz mitocondrial para o espaço intermembrana, criando um gradiente eletroquímico de H + através da MMI. O potencial eletroquímico desse gradiente é aproveitado para a síntese de ATP. Processo análogo ocorre em bactérias, cuja maquinaria transportadora de elétrons está localizada na membrana plasmática.
  • 28. Bioquímica aplicada O transporte de elétrons gera um gradiente de prótons O transporte de elétrons provoca o transporte de prótons pelos Complexos I, III, e IV através da MMI a partir da matriz, uma região de baixa [H +] para o espaço intermembrana, uma região de alta [ H + ]. Como o pH externo é menor que o pH interno, a saída de prótons da matriz, contra o gradiente de prótons, é um processo endergônico.
  • 29. Bioquímica aplicada O transporte de elétrons gera um gradiente de prótons A energia livre sequestrada pelo gradiente eletroquímico resultante conduz a síntese de ATP. A energia livre estimada para a síntese de uma molécula de ATP é cerca de +30 a +50 kJ/mol, muito grande para ser conduzida pela passagem de um único próton de volta à matriz; A maior parte das determinações experimentais indica que cerca de 3 prótons são necessários por ATP sintetizado.
  • 30. Bioquímica aplicada A ATP sintase Também conhecida como ATP sintase bombeadora de prótons ou F1F 0 – ATPase; Proteína transmembrana de multissubunidades com massa molecular de 450kDa; Composta de duas unidades funcionais F 0 e F1; F 0 é um canal de prótons transmembrana; F1 é composta por várias subunidades (αβγδε) e dentre elas, a subunidade β catalisa a reação de síntese de ATP.
  • 31. Bioquímica aplicada A regulação da fosforilação oxidativa Quando a fosforilação oxidativa é mínima, no estado de repouso, o gradiente eletroquímico na MMI acumula-se e impede a continuação do bombeamento de prótons, inibindo o transporte de elétrons, fazendo com que o pH no espaço intermembrana diminua; Quando a síntese do ATP aumenta, o gradiente eletroquímico é dissipado, permitindo o reinício do transporte de elétrons; Um agente desacoplador aumenta a permeabilidade dos H + à MMI, e desacopla a fosforilação oxidativa da cadeia de transporte de elétrons, diminuindo a síntese de ATP pela ATP sintase.
  • 32. Bioquímica aplicada Cadeia de transporte de elétrons e fosforilação oxidativa.
  • 33. Até a próxima aula pessoal! Carmem Arroxelas @descomplicafarmaceutica