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O USO DO MARKETING 3.0 PELA EMPRESA NATURA COMO ESTRATÉGIA DE
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL PARA A PRODUÇÃO
Crislaine Cabral
Maria do Socorro Gomes
Pricilla Abrantes
RESUMO
Este trabalho aborda a importância do uso do Marketing 3.0, como uma nova forma de
marketing para as empresas. O objetivo de utilizar essa abordagem está relacionado a
necessidade de utilizar métodos e atitudes, que estejam veiculados com a
sustentabilidade e responsabilidade social. Para destacar a importância do mesmo, foi
utilizado como referência a empresa Natura, assim como uma análise das ações
adotadas pela marca, que hoje é referência nesse cenário.
Palavras- Chave: marketing 3.0, gestão ambiental, sustentabilidade, responsabilidade
social, produção, natura
1 INTRODUÇÃO
O Marketing 3.0 pode ser definido como resultante do novo comportamento do
consumidor, assim como consequência do uso constante da internet.
Esse novo Marketing também é um resultado dos problemas que a sociedade
está enfrentando, tais como aquecimento global e poluição, e que por fim vem exibindo
atitudes mais sustentáveis das empresas, assim como a necessidade de participação
nesse processo por parte do novo consumidor, com o objetivo de contribuir para um
mundo melhor.
O termo Marketing 3.0 foi citado pela primeira vez por Philip Kotler, que acredita
que as empresas que se adequarem a esse novo marketing, estarão mais fortes e
preparadas para sobreviverem no mercado.
Para enfatizar a importância do Marketing 3.0, será citado a empresa brasileira
Natura, que se tornou referência devido as suas ações sustentáveis e de
responsabilidade social. A Natura entende a importância de devolver ao meio ambiente
o que foi extraido, assim como utiliza essa estratégia para diminuir custos de produção,
e se posiciona como uma empresa correta e preocupada com o meio ambiente. A
Natura é sustentável desde a preparação do produto com matéria prima ecológica, até
a fidelização do cliente com ações sociais e culturais.
2 MARKETING
O Marketing está presente em nossas vidas há muito tempo, e sendo refletido
em quase tudo que fazemos. Por outro lado exercer esse processo ainda é um
imperativo para as empresas que desejam projetar-se no mercado, e principalmente
permanecer no mesmo.
Quando colocamos em questão o conceito de marketing, facilmente nos
deparamos com o equívoco sobre o que realmente esse termo e suas nomenclaturas
significam. Falar em marketing não é falar sobre o processo de venda. Ele vai muito
além disso. Esse processo não envolve apenas vender algum produto existente a
alguém, ele é essencial para fazer com que esse consumidor volte a realizar a compra
no mesmo local, assim como fortalecer a relação entre empresa e cliente. O lucro é
apenas a consequência, mas não é o principal objetivo.
Tenho que fazer com que todos se lembrem que o marketing é mais do
que simplesmente vender “alguma coisa” existente. Na verdade ele
começa bem antes da existência de um produto e vai muito além de sua
venda. (Kotler, 2010, p. 10)
Para Kotler (2010, p. 10) o marketing é uma ferramenta usada para segmentar
mercados, descobrir necessidades que não foram atendidas, e criar novas soluções
que quando feitas com eficiência e eficácia, podem construir o futuro de uma empresa.
De acordo com Kotler “Marketing é uma atividade humana dirigida para
satisfazer necessidades e desejos por meio de troca” (KOTLER, 2010, p. 28). Sendo
assim e enfatizando que qualquer processo de troca exija a presença de um indíviduo,
a empresa deveria considerar os desejos humanos, para que essa ação atinga o grau
de excelência e o objetivo buscado.
Segundo Honorato “Ao se identificarem desejos ou necessidades, busca-se
satisfazê-los, comprando produtos ou serviços de quem tem para vender,
estabelecendo assim uma troca no qual organizações e clientes participam”
(HONORATO, 2004, p.3)
Cobra acrescenta que “o marketing funciona como uma ação de planejamento
que leva à execução” (COBRA, 2005, p.20). Todas essas respostas são alcançadas
após saber: que mercado trabalhar, que tipo de produto deve ser comercializado, como
divulgar e distribuir este produto para a execução da venda.
Esse resultado é apenas alcançado quando o público-alvo é profundamente
estudado, identificando assim o que ele realmente busca. Isso já coloca o cliente como
o centro de qualquer ação de marketing, e conhecê-lo é uma condição essencial para
uma estratégia de sucesso.
Para Drucker (2001, p.34), o marketing é tão básico, que não pode ser
considerado como uma função separada. Ele deve ser visto como um todo ao
considerar os objetivos da empresa, e a opinião do cliente, que irá determinar o
sucesso do produto ou serviço oferecido.
Quando os administradores falam de marketing, estão habitualmente se
referindo ao desempenho organizado de todas as funções de vendas.
Isso continua sendo venda. Também se inicia com "nossos produtos".
Também procura "o nosso mercado". Mas o verdadeiro marketing
começa com o consumidor, seus dados demográficos, suas realidades,
suas necessidades, seus valores. Não pergunta "O que queremos
vender?". Pergunta "O que o consumidor quer comprar?". Não diz "Isso
é o que o nosso produto ou serviço faz". Diz "são essas satisfações que
os consumidores procuram, valorizam e necessitam". (DRUCKER, 2001,
p. 36)
Kotler (2003, p.15) afirma que o marketing tem como objetivo conhecer o
consumidor, estudar o que ele deseja, produzir com base nessa necessidade, distribuir
e ensinar a usar o produto, e por fim estabelecer um custo acessível.
O autor acredita que quando a sua empresa estuda com cuidado o que significa
marketing, e faz sua aplicação com eficiência no ato de vender, o mesmo não se torna
um esforço, pois as pessoas acabam indicando esse serviço aos demais clientes em
potencial de forma voluntária, aumentando assim a confiança do recebimento dessa
informação.
Conforme citado acima, qualquer ação de marketing deve ser pensando em
quem irá consumir o produto. Com base nisso, é importante ressaltar que se o
comportamento do público-alvo mudar, e ele passar a desejar outros produtos ou com
características específicas, então as estratégias de marketing também precisam mudar.
Como relata Cobra “marketing é mais do que uma forma de sentir o mercado e
adaptar produtos ou serviços, ele é um compromisso com a busca da melhoria da
qualidade de vida das pessoas”. (COBRA, 1992; p.29)
Kotler enfatiza que o panorama econômico mundial é formando por dois
principais elementos: globalização e tecnologia. Com essas mudanças tecnológicas e
econômicas, as empresas não podem mais confiar em suas antigas práticas, porque a
mesma fórmula aplicada para conquistar o público há alguns anos atrás, hoje não
apresenta a mesma eficiência. Com base nisso, ele afirma que: “A capacidade de
mudança requer a capacidade de aprender”. (KOTLER, 2003, p.15)
É aqui que entra os novos desafios de marketing enfrentados atualmente pelas
empresas. Como atender de forma eficaz um público alvo cada vez mais exigente e
ativo? Para alcançar as repostas para tais dilemas e conflitos, é preciso compreender a
história do marketing e entender o que nos trouxe para tais mudanças.
3 COMPOSTO DE MARKETING (4 Ps)
Conforme os ensinamentos de Gabriel “o composto de marketing é a ferramenta
estratégica que constitui o coração de qualquer plano de marketing”. (GABRIEL, 2010,
p. 42)
Procurando desenvolver uma abordagem estratégica, objetiva e sistemática,
“McCarthy em 1960 simplificou e reduziu os compostos de marketing ou mix de
marketing em quatro elementos, os chamados 4 Ps: preço, produto, praça e promoção”
(GABRIEL, 2010, p. 42)
Ainda segundo o autor, “o produto é aquilo que satifaz a necessidade. O preço é
o que estabelece as condições da troca. A praça é o local que possibilita que a troca
aconteça. A promoção comunica sobre o produto, preço e praça, estimulando a troca”
(GABRIEL, 2010, p. 42)
Para Pinho (2006, p. 35) é através do composto de marketing que a empresa
introduz o produto no mercado, inseri o conhecimento sobre sua existência, e induz os
consumidores a comprar o seu produto, em detrimento do produto dos concorrentes.
Para a implantação de cada combinação produto-mercado, a empresa
precisa desenvolver um mix de marketing ou composto de marketing,
aquele conjunto de instrumentos que a organização utiliza para viabilizar
operacionalmente a sua estratégia. (PINHO, 2006, p. 34)
Kotler acredita que “A estrutura dos quatro Ps requer que os profissionais de
marketing decidam sobre o produto e suas características, definam o preço, decidam
sobre como distribuir o produto, e selecionem métodos para promovê-lo”. (KOTLER,
2002, p.124)
4 MARKETING 1.0
Conforme os ensinamos da Apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e
Marketing Digital, da Universidade Católica de Dom Bosco de 2013, ao longo dos anos,
assim como o próprio consumidor, o marketing evolui como esforço para acompanhar
essas mudanças no cenário da sociedade. Ele passou por três fases conhecidas como
Marketing 1.0, Marketing 2.0 e Marketing 3.0.
Algumas empresas ainda praticam o Marketing 1.0, a maioria se encontra na
segunda fase, mas as maiores oportunidades se abrirão para as empresas que se
adequarem ao Marketing 3.0
O Marketing 1.0 foi a consequência da Revolução Industrial, que mesmo
acontecendo de forma tardia no Brasil, trouxe outra realidade para o nosso cenário.
Sejam fatos políticos, sociais, religiosos, ou culturais, esses acontecimentos foram
capazes de mudar de forma enfática a forma de pensar e agir, tanto dos compradores
como das próprias empresas.
Com a expansão das cidades, o surgimento de novas oportunidades de trabalho
foram sendo criadas, e as fábricas passaram a utilizar uma tecnologia considerável,
com o intuito de estimular o crescimento e eficiência na produção.
Ainda segundo a Apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e Marketing
Digital, da Universidade Católica de Dom Bosco de 2013, se produziam produtos em
grandes quantidades e padronizados, sem qualquer preocupação ou consideração pelo
público-alvo e suas necessidades. O cliente aqui era apenas uma peça final nesse
processo de venda, o qual acabava comprando o que era oferecido, pois não tinha
muitas opções de escolha.
Para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p. 7), o objetivo era padronizar e
ganhar em escala, reduzindo ao máximo os custos de produção, para que pudessem
ter um preço mais baixo, e assim adquiridos por um número maior de compradores.
Essa estratégia é facilmente observada no modelo T. de Henry Ford, também
citado pelos autores, onde o mesmo resume muito bem a definição de marketing 1.0,
ao afirmar que “o carro pode ser de qualquer cor, desde que seja preto”. Ou seja: sem
concorrência e com a venda totalmente imperativa, a Era do Marketing 1.0 foi a era do
marketing concentrado totalmente no produto
5 MARKETING 2.0
Com o aumento da concorrência, as empresas se proliferam e cresceram, e
passaram a se encontrar em um mercado totalmente competitivo. Foi nesse momento
que o foco saiu do vendedor, e passou totalmente para o comprador. De acordo com a
apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e Marketing Digital da Universidade
Católica de Dom Bosco de 2013, foi no período de pós guerra em 1945 que as
primeiras agências de propaganda passaram a surgir, assim como os primeiros setores
de marketing dentro das empresas.
O consumidor então passou a adqurir novos hábitos de consumo, e isso pode
ser denotado facilmente no próprio comportamento desse público.
Segundo Godin (2003, p. 18) as mudanças como a diminuição de filhos, e até
as influencias da globalização como novos hábitos de consumo, e proximidade pelo
uso da internet, tem resultado em alterações no comportamento do consumidor.
Kotler (2002, p. 10) coloca o consumidor atual como alguém com pouco tempo,
mais sofisticado, sensível ao preço e menos fiel às marcas. Para ele os produtos são
pouco diferentes, os preços são iguais, e a propaganda não é mais eficiente.
Ainda sobre o marketing atual, o autor afirmou em 2010 que antes os
profissionais de marketing tinham apenas como preocupação gastar um orçamento
abundante, enquanto hoje tem que lidar com um grande número de novos meios de
comunicação e canais de distruibuição, não somente na esfera nacional, mas também
global.
Marketing 2.0 surgiu então na atual era da informação como consequencia
dessas mudanças, assim como a influência da tecnologia na vida do homem. “O cliente
é o rei” passou a ser o lema dessa nova era, e o consumidor finalmente se tornou o
centro desse mercado, ganhando assim poder de barganha. Como respostas a esse
novo perfil, as empresas tiveram que criar produtos diferenciados para atrair o cliente e
ter diferencial perante a concorrência. É nesse contexto que surge segmentação e
nicho de mercado como estratégia de marketing.
Segundo o autor Weinstein “a segmentação de mercado é resultante das
modificações rápidas dos mercados de bens de consumo e bens industriais, tornando-
se cada vez mais competitivos” (WEINSTEIN, 1995, p.17). Weinstein (1995, p.17)
enfatiza que oferecer produtos de qualidade já não é o suficiente, pelo contrário,
qualidade passou a ser uma obrigação. Sendo assim, segmentação de mercado é
atender um grupo de clientes restrito, e com desejos de consumos específicos.
Kotler (2002, p.48) acredita que ao escolher trabalhar com a segmentação de
mercado, a empresa está criando automaticamente uma conexão mais próxima com o
consumidor, pois quando ele se depara com um produto que está satisfazendo um
desejo singular dele, o seu nível de satisfação aumenta e fortalece seu vínculo de
fidelidade com a empresa
A segmentação de mercado fundamentava-se na idéia de que todo
mercado consistia de grupos de clientes com necessidades e anseios
um tanto diferentes. (KOTLER, 2002, p. 41)
De acordo com Weinstein (1995, p.17) o pensamento estratégico para trabalhar
com a segmentação de mercado é estudar o mercado, observar ou ver nele as
oportunidades, e concentrar em áreas que sua empresa pode atender melhor. Cada
pessoa carrega consigo necessidades e desejos diferentes, mas são similares dentro
de um grupo restrito, o qual facilita a troca de informações, e isso faz da segmentação
uma ferramenta excelente para se trabalhar, e para criar e fortalecer o share of mind1
na mente do consumidor.
A empresa tem duas escolhas básicas: segmentar seu mercado ou
tratar todo o mercado como consumidores potenciais para seus
produtos ou serviços. Esta última opção significa que a empresa utiliza
uma estratégia de marketing não diferenciada. (WEINSTEIN, 1995, p.
20)
Anderson (2006, p.9) enfatiza que o nicho de mercado2
possibilita um lucro
maior, pois o cliente ao perceber que estão atendendo uma necessidade específica
dele, estará disposto a pagar mais, o que acaba agregando um maior valor a marca.
Para o autor a cultura de nicho teve origem com o surgimento dos meios de
comunicação que permitiram o contato com outras culturas. Anderson afirma que “com o
1
Share of mind: fortalecer o nome da marca na cabeça do consumidor
2
Nicho de mercado: é um sub-mercado de clientes e consumidores que possuem necessidades específicas
surgimento dos meios de comunicação, a explosão da comunicação de massa resultou em
tendências” (ANDERSON, 2006, p.10). O autor define essas tendências em hits, um termo
ligada ao que está “está moda”; como filmes e música de sucesso.
O mundo da globalização tem deixado essas tendências do mercado de hits com pouca
variedade e pouco sucesso, e foi a internet que contribuiu com isso através da democratização
das ferramentas, onde o próprio consumidor possui a capacidade de produzir um vídeo
amador, colocar na internet e virar sucesso. A internet através dessa segmentação deu um
poder maior à esse novo consumidor que ao saber do seu poder perante as empresas, quer
ser ouvido e quer opinar.
Cris Anderson (2006, p.80), define a sua Teoria da Cauda Longa com o
seguinte gráfico:
Figura 1
Ela é sustentada por três pilares. A primeira é a democratização das ferramentas de
produção: onde hoje a maioria das pessoas podem produzir o que quiser e colocar o conteúdo
na internet. Isso resulta em maior oferta de bens e produto, gerando o crescimento da cauda
cada vez mais para a direita. A segunda força é a redução dos custos de consumo com a
internet para poder alcançar mais consumidores e aumentar o consumo, e assim o maior
acesso ao nicho faz com que a cauda se horizontalize. A terceira força é a ligação entre a
oferta e a demanda, onde é preciso apresentar os consumidores a esses novos bens, o qual
agora estão mais disponíveis com mais facilidade, empurrando assim a demanda da cauda
para baixo.
6 MARKETING 3.0
Assim como o Marketing 2.0, o Marketing 3.0 também é voltado totalmente para
o cliente. Porém segundo Kotler (2003, p. 4) em vez de tratar as pessoas simplesmente
como consumidores, aqui os profissionais de marketing as tratam como seres
humanos. Ou seja: com mente, coração e espírito.
Ainda conforme Kotler (2003, p. 4) não é tão dificil assim perceber o porquê se
praticar o Marketing 3.0. Em um mundo globalizado onde a distância se torna tão
pequena, mas ao mesmo tempo entra em contradição ao ver o quanto a internet
também tem nos “afastado”, essa necessidade de querer mudar o mundo pode ser a
influência desse novo comportamento do consumidor. Quase tudo que fazemos temos
o desejo de compartilhar aos amigos, e algumas pessoas querem participar dessa
revolução para se sentir útil, em uma sociedade com pouco tempo e carente de
carinho.
O uso dessa nova atitude pode ser facilmente compreendido com o termo
inteligência coletiva, que significa o compartilhamento da inteligência de diversos
indivíduos, que colaboram em busca da solução de qualquer problema, usando como
ferramenta a internet. Em resumo: ninguém sabe tudo, mas com essa inteligência
distribuida por cada um, então saberemos qualquer coisa.
Corroborando com o acima citado Eliene descreve:
O conceito da inteligência coletiva foi criado a partir de alguns debates
realizados por Pierre Lévy relacionados às tecnologias da inteligência.
Caracteriza-se pela nova forma de pensamento sustentável através de
conexões sociais que se tornam viáveis pela utilização das redes
abertas de computação da internet. (MUNDO EDUCAÇÃO, 2013)
Voltando ao Marketing 3.0, as pessoas hoje buscam empresas que abordem
suas profundas necessidades como problemas sociais, justiça social, ambiental e
econômica, em sua missão, visão e valores. Sendo assim, para Kotler (2003, pag. 20)
o objetivo das empresas que praticam esse novo marketing, é oferecer soluções e
devoluções para a sociedade.
Em época de crise econômica global, onde a vida da população é diariamente e
rapidamente afetada por mudanças tanto social, quanto tecnológica e cultural, o
Marketing 3.0 ganha mais relevância, pois as pessoas tem a necessidade de contribuir
para a construção de uma sociedade mais justa.
O marketing 3.0 acredita que os consumidores são seres humanos
completos, cujas outras necessidades e esperanças jamais devem ser
neglicenciadas. Desse modo, o Marketing 3.0 complementa o marketing
emocional com o marketing de espírito humano. (KOTLER, 2003, pag.
23)
Para Kotler (2012, p. 6) as ações do Marketing 3.0 funcionam como as respostas
para os problemas sociais, tais como doenças e destruição do meio ambiente. O que
consecutivamente é capaz de agregar mais valor a marca, pois resulta em uma
diferenciação em relação ao concorrente. Ou seja: aumenta a fidelização do cliente
com a empresa que se preocupa com o futuro das próximas gerações, e essa troca é
essencial para fortalecer a sobrevivência dessa empresa, em um mercado tão
competitivo.
O que constitui uma estratégia de marketing vitoriosa é criar diferenciais.
O imitador tem alto custo para duplicar as atividades e muitas vezes
resulta em uma imitação fraca com retornos medianos. (KOTLER, 2003,
p. 23)
Corroborando com o citado acima,
O marketing 3.0 está ganhando força agora, porém vai explodir mesmo
quando o “fazemos tudo por você” não for mais o suficiente. Nós não
precisamos apenas de produtos bons, e empresas que se preocupam
conosco, mas precisamos de ideais de um mundo melhor! Queremos
empresas que não se preocupam somente em vender. Queremos
marcas com um propósito e queremos que esses propósitos nos
inspirem. Estamos no auge da geração Y e devemos, justamente, ser
dinâmicos, lutar com unhas e dentes por inovação, fazer diferente, fazer
mais e fazer melhor. E a sua empresa? Em que geração do marketing
ela está? (SITE WEBINSIDER, 2013 )
Sendo assim, Kotler, Kartajaya e Setiawan definem que o Marketing 3.0 é “ a era
da participação, a era do paradoxo da globalização, e a era da sociedade criativa”. O
que consecutivamente resulta em consumidores mais colaborativos com suas
inteligências coletivas, mais culturais e voltados para o espírito. (KOTLER,
KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p.5)
Mesmo que o Marketing 2.0 tenha surgido em decorrência do advento da
internet e web 2.0, que possibilitou a criação de plataformas para o uso coletivo, vale
lembrar da Teoria da Cauda Longa de Cris Anderson, onde enfatiza que o consumidor
passou a ocupar o lugar de ativo, ao produzir seus próprios conteúdos em plataformas
colaborativas3
como o Youtube, e gerar assim Marketing Viral4
. Ou seja: a nova onda
da tecnologia tornou se o maior propulsor do nascimento do Marketing 3.0
Quando o assunto é colaboração e ascensão da internet, as midias sociais são
os sinônimos disso. E como Marketing 3.0 envolve a participação e compartilhamento
em volta de alguma ação, elas são ferramentas mais do que ideais.
O especialista em marketing Philipe Kotler, o mercado evoluiu para o
Marketing 3.0. Hoje as empresas estão interessadas em monitorar as
opiniões dos consumidores sobre seus produtos, serviços e mercados.
Essa relação entre os clientes e as empresas deve ser registrada por
meio das redes sociais e dos sites dessas empresas. Essa nova fase
acontece graças à participação da sociedade criativa.
(ARTIGO PORTAL DA EDUCAÇÃO, MARKETING 3.0, 2013)
Para Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.166), devido ao seu uso em grande
escala, hoje os consumidores são capazes de influenciar outros consumidores com
suas opiniões e experiências de compra. As pessoas acreditam muito mais em seus
amigos, do que nas propagandas.
Outro fator importante é o baixo custo das midias sociais como ferramenta de
marketing, o que as torna excelentes estratégias para as empresas. Além; é claro; de
possibilitar maior interação e integração com o cliente.
Por outro lado os profissionais de marketing não tem mais controle sobre suas
marcas, pois agora estão competindo com o poder coletivo de seus consumidores. É
aqui que entra a importância do Marketing colaborativo dentro dessas plataformas, pois
se de fato a empresa ganha mais exposição, ela precisa colaborar ao ouvir o que seu
cliente está dizendo, e devolver ao gerar e criar produtos e serviços que atendam suas
novas necessidades.
3
Plataformas colaborativas: são plataformas tecnológicas coletivas onde os usuários colaboram com conteúdos
4
Marketing Viral: qualquer ação que se espalhe virtualmente entre os usuários de forma rápida
Conforme relata Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012, p.12) o marketing
colaborativo é o primeiro elemento básico do Marketing 3.0. As empresas que praticam
querem mudar o mundo, mas não conseguem fazer isso sozinhas.
Em uma economia interligada, elas precisam colaborar uma com as outras, com
seus acionaistas, parceiros de canal, empregados e consumidores. “O Marketing 3.0
representa a colaboração de entidades de negócios que compartilham conjuntos
semelhantes de valores e desejos” (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p. 12)
Ainda segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan a segunda era do Marketing 3.0 é o
paradoxo da globalização e do marketing cultural. “Além do impacto da tecnologia que
molda as novas atitudes do consumidor com relação ao Marketing 3.0, outra grande
força é a globalização”. (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p. 12)
De acordo com os autores como esse novo marketing aborda as preocupações
e desejos dos cidadãos globais, as empresas que praticarem devem estar informadas
sobre os problemas comunitários relacionados com seus negócios, o que
consecutivamente está ligado ao marketing cultural.
Ainda conforme o ensinamento de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012, p.18), a
terceira era do Marketing 3.0 é a era da sociedade criativa e do marketing do espírito
humano. A tecnologia é o principal elemento que incentiva a criatividade no mundo
colaborativo das midias sociais. Serão as novas atitudes e estilos de vidas desses
criadores de conteúdos e colaboradores, que irão influenciar a opinião e estilo da
sociedade.
Os autores Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012, p. 20) citam a Pirâmide de Zohar
que tornou-se a base do capitalismo. Segundo Zoar a pirâmide de Maslow deveria ser
revertida, colocando a autorrealização como necessidade primária do ser humano. “As
pessoas criativas de fato acreditam piamente na pirâmide invertida de Maslow. A
definição de espiritualidade como a valorização dos aspectos não materiais da vida, e
as sugestões de uma realidade duradoura realmente encontra relevância na sociedade
criativa” (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p.20). Ou seja as pessoas
criativas abrem mão do conforto material, e estão em busca de uma autorrealização
que vai além do dinheiro e da compra. Elas buscam significado, felicidade e realização
espiritual.
Com base nisso, as empresas precisam buscar essa autorrealização assim
como as pessoas criativas. Essa resposta precisa estar na missão, visão e valores
corporativos. Conforme Kotler, Kartajaya e Setiawan cita: “o lucro resultará da
valorização pelos consumidores, e da contribuição dessas empresas para o bem-estar
humano. Isso é marketing espiritual ou marketing do espírito humano do ponto de vista
da empresa. Esse é o terceiro elemento básico do Marketing 3.0 (KOTLER,
KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p.22)
Em suma o Marketing 3.0 é aquela em que as práticas de marketing são
muito influenciadas pelas mudanças no comportamento e nas atitudes
do consumidor. É a forma mais sofisticada da era centrada no
consumidor, em que o consumidor demanda abordagens de marketing
mais colaborativas, culturais e espirituais. A novda onda de tecnologia
facilita a disseminação de informações, ideias e opinião pública, e
permite aos consumidores colaborarem para a criação de valor. A
tecnologia impulsiona a globalização à paisagem política e legal, à
economia e à cultura social, gerando paradoxos culturais na sociedade.
A tecnologia também impulsiona a ascensão do mercado criativo, que
tem uma visão de mundo mais espiritual. (KOTLER, KARTAJAYA E
SETIAWAN (2012, p. 22)
7 GESTÃO AMBIENTAL
De acordo com o Portal Eco Viagem (2010), Gestão Ambiental pode ser definido
como a forma com que a organização administra as relações de suas atividades com o
meio ambiente, visando a produção de produtos e serviços com a qualidade total para
o cliente.
Ainda segundo o citado acima, a Gestão Ambiental tem como objetivo controlar
os impactos ambientais resultantes do processo de produção, e cumprimento da
legislação ambiental:
A Gestão Ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas
originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai
desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação
e a alocação correta de recursos humanos e financeiros. (PORTAL ECO
VIAGEM UOL, 2010)
Dentro desses requisitos legais, estão as normas que se tratam especificamente
do Sistema de Gestão Ambiental. “ISO são normas ou padrões desenvolvidos pela
Internacional Organization for Standartization (ISO), organismo internacional não
governamental com sede em Genebra” (DIAS, 2011, p. 104)
De acordo Dias (2001, p. 105) as normas ISO 14001 buscam definir
ferramentas, métodos e sistemas para a administração ambiental de uma instituição ou
organização, através de padronização, auditoria e ciclo de vida do produto.
Corroborando com o acima citado Seiffert descreve:
Um dos resultados do processo de discussões em torno dos problemas
ambientais e de como promover o desenvolvimento econômico frente a
essa questão foi o surgimento das normas ISO 14000, as quais
procuram desenvolver uma abordagem organizacional que çeve a uma
gestão ambiental efetiva. Essa família de normas foi o resultado de um
processo que vinha evoluindo ao longo dos diversos fóruns de
discussões sobre problemas ambientais, e que buscavam uma maneira
de levar soluções ao ambiente produtivo. (SEIFFERT, 2007, p. 23)
O uso dessas práticas se tornam cada vez mais comuns nas organizações
públicas e privadas. “A gestão ambiental (GA) é uma prática que vem ganhando
espaço para a busca de melhoria constante dos produtos, serviços e do ambiente de
trabalho, levando-se em conta o fator ambiental.” (PROCURADORIA DA REPÚBLICA
EM MINAS GERAIS, 2012)
A Gestão Ambiental também pode ser denominada como uma ação, que tenha o
objetivo de diminuir riscos e disperdício financeiro. "Os acionistas não querem arriscar
resultados em função de problemas ambientais; por sua vez os investidores e agentes
financeiros exigem uma avaliação ambiental antes de fechar qualquer negócio”
(VITERBO JUNIOR, 1998, pag. 51)
Outro ponto relevante sobre o uso desse elemento nas empresas, é o benefício
que ele resulta na redução dos custos existentes nessas organizações. A gestão
ambiental “começa a ser encarada como um assunto estratégico, porque, além de
estimular a qualidade ambiental, também possibilita a redução de custos através da
diminuição ou do fim de desperdícios com água, energia, papel e outros insumos.
(PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM MINAS GERAIS, 2012)
Segundo Seiffert (2007, p. 34) as empresas vem sendo mais cobrado em
relação à responsabilidade sobre seus processos industriais, por isso ela precisa de
um papel estratégia da gestão ambiental.
Ainda conforme a autora citada acima, essas mudanças deixam as empresas
expostas a cobranças de postura mais ativa, bem como o desempenho de seus
produtos, serviços e ciclo de vida.
Para Seiffert (2007, p. 34) atualmente as empresas não analisam apenas o
processo produtivo, mas sim toda a trajetória do produto da matéria prima ao descarte
final. As grandes indústrias sofrem imensas pressões para se tornarem vulneráveis a
ações legais, e recusa por partes dos consumidores que vem se preocupando mais
com questões ambientais, considerando assim como uma necessidade que precisa ser
atendida.
8 SUSTENTABILIDADE
Conforme Aligleri, Aligleri e Kruglianskas (2009, p. 16) quando uma empresa
aplica um modelo de negócios que analisa todas as conseqüências de suas decisões e
ações, nos aspectos sociais e ambientais e não apenas no retorno financeiro, ela pode
ser assim considerada uma empresa sustentável.
Ainda segundo os autores “a gestão responsável que busca equilíbrio nas
relações econômicas, ambientais e sociais contribui para o desenvolvimento
sustentável, uma vez que atende as necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade das futuras gerações atenderem suas próprias necessidades” (ALIGLERI,
ALIGLERI E KRUGLIANSKAS, 2009, p. 16)
Segundo a revista Época 30 de setembro de 2013, a presença da humanidade é
o fator que mais alterou o meio ambiente, “ a mesma engenhosidade que permitiu ao
homem ocupar todos os ambientes da Terra e promover uma prosperidade capaz de
alimentar 7 bilhões de pessoas causou muito estrago: poluição, desmatamento, perda
de biodiversidade e, a maior ameaça atual, as mudanças climáticas” (REVISTA
ÉPOCA, 30 DE SETEMBRO, 2013)
No Brasil também podemos observar esse novo quadro. “Numa sociedade
moderna com liberdade econômica, os desejos dos cidadãos se expressam na atuação
das empresas, por pressão de acionistas, funcionários e consumidores”. (REVISTA
ÉPOCA, 30 de Setembro, p. 54)
“Cada vez mais em nossa sociedade pluralista de organizações, a
empresa tem de acrescentar, a sua preocupação fundamental com as
quantidades da vida – bens econômicos e serviços -, o cuidado com a
qualidade da vida, a preocupação com a qualidade da vida, a
preocupação com o ambiente físico, humano e social do homem
moderno” Revista Época (Apud, Peter Drucker, 1974)
Para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p. 177) um dos maiores problemas
globais de nossos tempos também é a sustentabilidade ambiental, devido as
conseqüências de mudanças climáticas, aquecimento global, e até o comportamento
do próprio do homem, que vem exigindo das empresas atitudes e responsabilidades
em relação aos produtos oferecidos.
Muitas empresas não começaram a pensar seriamente em tornar seus
processos mais voltados para o meio ambiente. Algumas sentiram a
pressão e conscientizaram-se de que precisavam fazer alguma coisa
antes de ser apontadas e constrangidas publicamente pelos
ambientalistas. Na outra ponta, estavam algumas empresas que
sentiram que podiam aproveitar esse interesse público, comercializando
agressivamente produtos e serviços “verdes”. (KOTLER, KARTAJAYA E
SETIAWAN, 2013, p.177)
Segundo Dias “com o aumento da consciência ambiental em todo o mundo, está
consolidando-se um novo tipo de consumidores, chamados “verdes”, que faz com que
a preocupação com o meio ambiente não seja somente um importante fato social, mas
seja considerada também como um fenômeno de marketing novo” (DIAS, 2005, p. 160)
Ainda segundo o autor, esse novo consumidor ecológico definido por ele,
“manifesta suas preocupações ambientais no seu comportamento de compra,
buscando produtos que considera que causam menos impactos negativos ao meio
ambiente, e valorizando aqueles que são produzidos por empresas ambientalmente
responsáveis” (DIAS, 2005, p.161)
É este comportamento do consumidor ambientalmente consciente,
preocupado com o ambiente natural, que se torna gradativamente um
modelo novo de paradigma de consumo que obriga as empresas a
adotar uma nova forma de abordar o marketing, de um ponto de vista
ecológico. (DIAS, 2007, p. 159)
Para Dias (2007, p. 20) uma das tarefas mais urgentes para as empresas se
preocuparem, é enfrentar esse novo marketing mais sustentável
Criar estratégias de marketing mais sustentável continuará sendo uma
batalha morro acima enquanto a maioria dos consumidores continuar
ignorando do que se trata a sustentabilidade e permanecer em duvida
quanto à habilidade das empresas de contribuir para ela. Vencer essa
batalha será um desafio importante para os profissionais de marketing
de novo milênio e o resultado terá um impacto significativo sobre a
qualidade de vida de consumidores e cidadãos durante as gerações
vindouras (DIAS, 2007, p.22)
Uma empresa responsável também pode ser sustentável quando ela “ultrapassa
as relações clássicas da administração, impulsionando o equilíbrio e a
corresponsabilidade em substituição à manipulação e ao confronto entre os diversos
agentes sociais (ALIGLERI, ALIGLERI E KRUGLIANSKAS, 2009, p. 16)
9 PRODUÇÃO, SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Para Slack, Chamber e Johnston “a administração de produção é a atividade de
gerenciar recursos destinados a produção e disponibilização de bens e serviços.
(SLACK, CHAMBER, JOHNSTON, 2007, p. 04)
Conforme Aligleri, “Ingressamos na era da responsabilidade. Conjuntura em que
as empresas necessitam aceitar e comprometer-se com as conseqüências e impactos
de suas decisões e ações, além de responder às demandas de todos os afetados pelas
suas atividades.” (ALIGLERI, 2009, p.9)
Ainda segundo a autora citada acima, hoje a preocupação com o impacto que as
empresas causam ao ambiente não está formalmente contemplada, mas o papel das
empresas está limitado a ajudar os problemas sociais e da comunidade. Sendo assim,
para uma empresa se tornar socialmente responsável, ela deve adotar atitudes e
comprometer-se a elaborar programas e atividades sociais em conjunto com a
sociedade.
Para Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 658) desastres causadores de
poluição e produtos químicos que vazam em um rio ou nuvens de gases tóxicos, são
resultados de alguma falha das operações.
Os autores colocam em ênfase as consequencias a longo prazo que esse efeitos
trazem, tais como o impacto ambiental de produtos que não podem ser reciclados e
consomem grande quantidade de energia. É aqui que entra a importância da
responsabilidade ambiental no processo de produção.
Ainda segundo Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 659), o único fato que
podemos mudar para diminuir tais impactos, é a maneira com que criamos produtos e
serviços.
Segundo Correa e Correa (2004, p. 238) um dos aspectos que tem forte relação
com a ética nos negócios é a sustentabilidade. Com base nisso, o termo “produção
sustentável” é denominado e associado a prática de produções que não prejudiquem
ou comprometam as futuras gerações.
Os autores citados acima ainda colocam como ênfase o projeto para
sustentabilidade, que em resumo se trata da produção de produtos desenvolvidos
utilizando menos recursos naturais e energia.
No processo de projeto para sustentabilidade, os projetistas devem
olhar, desde a origem, as formas de produzir e a toxicidade de matérias-
primas, o conteúdo de energia e outros recursos necessários para
produzir, usar e reparar o produto (incluindo a embalagem), como o
produto pode ser reutilizado, recuperado e reciclado após o fim de sua
primeira vida econômica (CORREA, CORREA, 2004, p. 237)
Correa e Correa ainda afirmam que “além do evidente menor impacto
ambiental, há também vantagens do projeto verde quanto ao uso eficiente dos
recursos” (CORREA, CORREA, 2004, p. 238)
Projetar produtos que usam menos energia e recursos na produção e no
uso pode trazer benefícios de custo ao fabricante, e de total cosf of
ownership (custo total da prioridade do bem – que inclui não só o preço
pago pelo produto mas também os custs incorridos como uso,
manutenção e disposição (CORREA, CORREA, 2004, p. 223)
Segundo Seiffert (2010, p. 34) as empresas hoje vem sendo mais cobradas em
relação a responsabilidade sobre seus processos industriais. Isso deixou as empresas
expostas a cobranças de postura mais ativa, bem como o desempenho de seus
produtos e serviços e ciclo de vida.
Para os autores, hoje o importante não é só o processo produtivo, mas toda a
trajetória do produto desde a matéria prima até descarte final . As grandes indústrias
sofrem uma grande pressão, o que as deixam mais vulneráveis a ações legais, e
recusa por partes os consumidores que vem se preocupando mais com questões
ambientais, como uma necessidade que precisa ser atendida
10 NATURA
Segundo o Site Natura, 2013: em 28 de agosto de 1969 “Luiz Seabra fundou a
Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeaout Ltda em sociedade com Jean Pierre
Berjeaout, que viria a se chamar Natura em poucos meses, devido à participação de
ativos vegetais na composição dos produtos”
Em 1970 foi aberto a primeira loja na Rua Oscar Freire. “O atendimento era feito
pelo próprio fundador, Luiz Seabra. A Rua Domingos de Moraes, na Vila Mariana, São
Paulo, foi o primeiro endereço da fábrica, que na época possuía menos de dez
colaboradores”
No ano de 1976 aconteceu o lançamento do primeiro catálogo de vendas “com
informações detalhadas sobre a forma de utilizar os produtos. Transformou-se em uma
ferramenta importante para as consultoras e consultores no atendimento de seus
clientes.”
Em 1989 foi o lançamento da linha Sistema de Proteção Solar UV.AB, que
combinou produtos que agiam em dois níveis: proteção na superfície e proteção em
profundidade, ajudando a combater os efeitos nocivos dos radicais livres. Os produtos
saíram de linha em 1996.
O Sistema Natura é formado por Natura, Meridiana, Yga, Pró-Estética e L'Arc en
Ciel.
Em 1990 publicamos nossa Razão de Ser (compromisso com o bem-estar/estar
bem) e nossas Crenças: a importância das relações, o compromisso com a verdade, o
aperfeiçoamento contínuo, o estímulo à diversidade, a valorização da beleza sem
estereótipos e a empresa como promotora do enriquecimento social.
A linha Chronos surgiu da crença de que a beleza deve estar livre de qualquer
tipo de preconceito e padrão e de que as mulheres devem encontrar e valorizar a sua
própria beleza. As campanhas publicitárias, veiculadas a partir de 1996, foram
inovadoras ao trazer, pela primeira vez, em comerciais de cosméticos, mulheres reais,
de várias idades - a Mulher Bonita de Verdade.
Em 1993 “Mamãe e Bebê nasceu para celebrar e fortalecer o vínculo entre mãe
e filho, o amor fundamental. Mamãe e Bebê é referência no mercado brasileiro nessa
categoria” (SITE NATURA, 2013)
Em 1995 o Programa Crer para Ver é criado com o objetivo de contribuir para a
melhoria do ensino público no Brasil
.Em 1997 Natura Homem tornou-se uma linha completa de cuidados pessoais
para o homem, que inclui produtos para perfumação, rosto, corpo e cabelos.
Em 1999 estabelecemos uma parceria com a Cooperativa do Desenvolvimento
Agroextrativista do Médio Juruá, na Amazônia, a primeira feita com comunidades
tradicionais.
Em 100 foi lançada nesse ano, a linha Ekos marcou uma fase em que passamos
a ser identificados como uma empresa que conhece, pesquisa e utiliza a biodiversidade
brasileira de forma sustentável, contribuindo assim para a sua preservação. A linha
tornou-se o primeiro pilar na construção dessa premissa, ao inspirar-se na natureza e
na biodiversidade. Produzida integralmente a partir de ativos da biodiversidade
brasileira, Ekos integra produtos de várias categorias (para cabelo, banho, corpo e
perfumação), por meio de um conceito e unidade estética únicos. Os princípios que
norteiam o desenvolvimento de produtos da linha são: responsabilidade ambiental,
embalagens com menor quantidade de materiais, embalagens recicladas e recicláveis,
refis para todos os itens e fórmulas biodegradáveis.
Em 2005 lançamos o Natura Musical, pois acreditamos que a música é uma
expressão de Bem Estar Bem, capaz de aproximar, integrar as pessoas, harmonizar as
relações, além de despertar e enriquecer nossos sentidos. A Missão do Natura Musical
é valorizar e desenvolver iniciativas que façam da música brasileira um veículo dessa
expressão.
Em 2009 ao completarmos 40 anos, atingimos a marca histórica de 1 milhão de
consultoras e consultores.
Em 2010 é lançado refil Reduz, Refil Respeita: implementamos o uso do refil
ecologicamente correto, o plástico verde. Todo o plástico utilizado nas embalagens de
refis passou a ser produzido a partir da cana-de-açúcar, uma fonte de energia vegetal e
renovável, diferente do plástico comum, derivado do petróleo.
Em 2011 foi criado o Instituto Natura, organização sem fins lucrativos e com
sede independente, que nasceu para expandir e fortalecer nossas iniciativas, além de
aperfeiçoar os processos internos e as práticas de gestão e governança das ações
sociais realizadas. A promoção da educação – um de nossos temas prioritários em
sustentabilidade – também é o pilar que fundamenta todas as atividades da nova
organização.
10 anos Natura Ekos: a marca lançou novos sabonetes de murumuru, cupuaçu,
maracujá e cacau, com 20% até 50% em sua composição de óleos da biodiversidade
brasileira, extraídos de ativos fornecidos por oito novas comunidades. Com essa
iniciativa, passamos a beneficiar mais 263 famílias, além das 1.714 que já eram
parceiras deEkos, mantendo um relacionamento ético e justo com as comunidades,
valorizando os ativos da biodiversidade e preservando a floresta em pé.
Lançamento da Revista Natura: 2 milhões de exemplares distribuídos a cada
ciclo de vendas no Brasil e nas operações internacionais. Oferece, além do catálogo de
produtos, conteúdos editoriais e conceituais.
10. 1 Natura e a Sustentabilidade
De acordo com o site da empresa Natura, 2013, “ser sustentável é utilizar de
forma adequada os recursos naturais disponíveis no momento garantindo as
necessidades de futuras gerações”.
Natura chama de tecnologia verde o conjunto de esforços que visam o bem de
todos envolvidos, e possui uma equipe de cientistas e especialistas dedicados a criar
tecnologias que reduzam o máximo o impacto sobre o meio ambiente, promovendo o
desenvolvimento sustentável das comunidades que fornecem a matéria prima, e assim
garante ao consumidor produtos sustentáveis.
Nosso desafio é tornar a sustentabilidade um dos principais pilares de
inovação e geração de novos negócios. Hoje o tema é um componente
muito importante em nosso planejamento e ajuda a companhia a definir
metas, atividades de educação e análises de desempenho e
remuneração para os colaboradores, entre outros. (SITE NATURA,
2013)
Ainda de acordo com a Natura, a sua estratégia de sustentabilidade nasceu da
relação que ela tem com seus clientes, fornecedores e todos os parceiros, que de
acordo com ela ajuda na identificação de temas socioambientais que são importantes
para o negócio, os chamados “Temas Prioritários, como por exemplo Educação, que é
levada em consideração na hora que planejamos e definimos nossos projetos e
programas” (SITE NATURA, 2013)
Para contribuir com o desenvolvimento do País, a empresa mantem relações
comerciais com 36 comunidades para “adquirir os insumos naturais que utilizamos em
nossos produtos a fim de influenciar diretamente o desenvolvimento econômico e social
dessas populações. Em 2012, esses acordos comerciais movimentaram R$ 12
milhões, volume 12% superior a 2011” (SITE NATURA, 2013)
Acreditamos que nosso trabalho pode inspirar as pessoas da nossa rede
– colaboradores, consultores, consumidores, fornecedores, acionistas,
além da imprensa, organizações da sociedade civil e órgãos públicos -
a se autodesenvolverem e adquirirem cada vez mais uma consciência
socioambiental. (SITE NATURA, 2013)
11 CONCLUSÃO
O uso do Marketing 3.0 é ideal e necessário para as empresas que desejam
sobreviver no mercado, assim como permite criar um diferencial competitivo em relação
a concorrência.
Esse novo marketing vem atender as necessidades tanto da sociedade como do
novo consumidor, e por isso é capaz de fortalecer a fidelização do cliente e a empresa,
assim como fortalecer o seu nome no mercado.
A sustentabilidade, que é uma ramificação do Marketing 3.0, também permite a
redução de custos no processo de produção, além de atender as legislações
ambientais dentro do contexto de Gestão Ambiental.
Esse novo cenário econômico, cultural e social é uma realidade que não pode
ser ignorada, e as empresas precisam se adequar a esse processo, ou serão
eliminadas do mercado.
REFERÊNCIAS
Apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e Marketing Digital, da
Universidade Católica de Dom Bosco de 2013
ALIGLERI, Lilian; ALIGLERI, Luiz Antonio; KRUGLIANSKAS, Isak. Gestão
Socioambiental. São Paulo: Atlas, 2009
ANDERSO, Chris. A Cauda Longa: do mercado de massa para o mercado de
nicho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
COBRA, Marcos. Administração de marketing no Brasil. São Paulo: Marcos Cobra,
2005.
CORRÊA, Henrique L; CORRÊA, Carlos A. Administração de Produção e
Operações. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2012
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005
DRUCKER, Nobel Peter. O melhor de Drucker: a administração. São Paulo: Nobel,
2001
GABRIEL, Martha. Marketing na Era Digital. São Paulo: Novatec, 2010.
GODIN, Seth. A vaca roxa: como transformar sua empresa e ganhar o jogo
fazendo o inusitado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. São Paulo: Manole, 2004
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
KOTLER, Phlip; KARTAJAYA, Hernawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010
MAZUER, Laura; MILES, Louella. Conversas com os Mestres do Marketing. São
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MUNDO EDUCAÇÃO: Inteligência Coletiva.
Disponível em:
<http://www.mundoeducacao.com/informatica/inteligencia-coletiva.htm>.
Acessado em: 02 nov. 2013
NATURA: Sustentabilidade.
Disponivel em:
<http://www.natura.com.br/institucional/sustentabilidade>
Acessado em 14 nov. 2013
NATURA: Sobre a Natura.
Disponivel em: <http://www.natura.com.br/institucional/sobre-a-natura/empresa>
Acessado em 16 nov. 2013
PINHO, J.B. Comunicação em marketing: tipos, técnicas e princípios. Campinas:
Papirus, 2006
PORTAL DA EDUCAÇÃO: Marketing 3.0
Disponivel em:
<http://www.portaleducacao.com.br/comunicacao-social/artigos/51537/marketing-
30#ixzz2kS0MPLL6>.
Acessado em: 12 nov. 2013
PORTAL ECO VIAGEM UOL: Afinal, o que é Gestão Ambiental.
Disponivel em:
< http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/qualificacao-e-certificacao-
ambiental/afinal-o-que-e-gestao-ambiental--15785.asp>.
Acessado em: 12 nov. 2013
PROCURADORIA DA REPUBLICA EM MINAS GERAIS: Programa de Gestão
Ambiental. Disponivel em:
<http://www.prmg.mpf.mp.br/instituicao/programa-de-gestao-ambiental>.
Acessado em 13 nov. 2013
Revista Época 30 de setembro de 2013
RIES, Al; RIES, Laura. A que da propaganda: da mídia paga à mídia espontânea.
Rio de Janeiro: Campus, 2002.
SALZMAN, Marian; MATATHIA Ira; O´REILLY, Ann. A Era do Marketing Viral: como
aumentar o poder da influência e criar demanda. São Paulo: Cultrix, 2003.
SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini. Iso 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental. 3
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SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da
Produção. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009
VITERNO, Ênio Junior. Sistema Integrado de Gestão Ambiental. São Paulo:
Aquariana, 1998
WEBINSIDER: comece a praticar o marketing 3.0 na sua empresa
Disponivel em:
<http://webinsider.com.br/2013/09/13/comece-a-praticar-o-marketing-3-
0/#sthash.SomSTRP0.dpuf>.
Acessado em: 10 nov. 2013
WEINSTEIN, Art. Segmentação de mercado. São Paulo: Atlas, 1995;
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Artigo Científico - O uso do Marketing 3.0 pela empresa Natura, como estratégia de responsabilidade ambiental para a produção

  • 1. O USO DO MARKETING 3.0 PELA EMPRESA NATURA COMO ESTRATÉGIA DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL PARA A PRODUÇÃO Crislaine Cabral Maria do Socorro Gomes Pricilla Abrantes RESUMO Este trabalho aborda a importância do uso do Marketing 3.0, como uma nova forma de marketing para as empresas. O objetivo de utilizar essa abordagem está relacionado a necessidade de utilizar métodos e atitudes, que estejam veiculados com a sustentabilidade e responsabilidade social. Para destacar a importância do mesmo, foi utilizado como referência a empresa Natura, assim como uma análise das ações adotadas pela marca, que hoje é referência nesse cenário. Palavras- Chave: marketing 3.0, gestão ambiental, sustentabilidade, responsabilidade social, produção, natura
  • 2. 1 INTRODUÇÃO O Marketing 3.0 pode ser definido como resultante do novo comportamento do consumidor, assim como consequência do uso constante da internet. Esse novo Marketing também é um resultado dos problemas que a sociedade está enfrentando, tais como aquecimento global e poluição, e que por fim vem exibindo atitudes mais sustentáveis das empresas, assim como a necessidade de participação nesse processo por parte do novo consumidor, com o objetivo de contribuir para um mundo melhor. O termo Marketing 3.0 foi citado pela primeira vez por Philip Kotler, que acredita que as empresas que se adequarem a esse novo marketing, estarão mais fortes e preparadas para sobreviverem no mercado. Para enfatizar a importância do Marketing 3.0, será citado a empresa brasileira Natura, que se tornou referência devido as suas ações sustentáveis e de responsabilidade social. A Natura entende a importância de devolver ao meio ambiente o que foi extraido, assim como utiliza essa estratégia para diminuir custos de produção, e se posiciona como uma empresa correta e preocupada com o meio ambiente. A Natura é sustentável desde a preparação do produto com matéria prima ecológica, até a fidelização do cliente com ações sociais e culturais.
  • 3. 2 MARKETING O Marketing está presente em nossas vidas há muito tempo, e sendo refletido em quase tudo que fazemos. Por outro lado exercer esse processo ainda é um imperativo para as empresas que desejam projetar-se no mercado, e principalmente permanecer no mesmo. Quando colocamos em questão o conceito de marketing, facilmente nos deparamos com o equívoco sobre o que realmente esse termo e suas nomenclaturas significam. Falar em marketing não é falar sobre o processo de venda. Ele vai muito além disso. Esse processo não envolve apenas vender algum produto existente a alguém, ele é essencial para fazer com que esse consumidor volte a realizar a compra no mesmo local, assim como fortalecer a relação entre empresa e cliente. O lucro é apenas a consequência, mas não é o principal objetivo. Tenho que fazer com que todos se lembrem que o marketing é mais do que simplesmente vender “alguma coisa” existente. Na verdade ele começa bem antes da existência de um produto e vai muito além de sua venda. (Kotler, 2010, p. 10) Para Kotler (2010, p. 10) o marketing é uma ferramenta usada para segmentar mercados, descobrir necessidades que não foram atendidas, e criar novas soluções que quando feitas com eficiência e eficácia, podem construir o futuro de uma empresa. De acordo com Kotler “Marketing é uma atividade humana dirigida para satisfazer necessidades e desejos por meio de troca” (KOTLER, 2010, p. 28). Sendo assim e enfatizando que qualquer processo de troca exija a presença de um indíviduo, a empresa deveria considerar os desejos humanos, para que essa ação atinga o grau de excelência e o objetivo buscado. Segundo Honorato “Ao se identificarem desejos ou necessidades, busca-se satisfazê-los, comprando produtos ou serviços de quem tem para vender, estabelecendo assim uma troca no qual organizações e clientes participam” (HONORATO, 2004, p.3)
  • 4. Cobra acrescenta que “o marketing funciona como uma ação de planejamento que leva à execução” (COBRA, 2005, p.20). Todas essas respostas são alcançadas após saber: que mercado trabalhar, que tipo de produto deve ser comercializado, como divulgar e distribuir este produto para a execução da venda. Esse resultado é apenas alcançado quando o público-alvo é profundamente estudado, identificando assim o que ele realmente busca. Isso já coloca o cliente como o centro de qualquer ação de marketing, e conhecê-lo é uma condição essencial para uma estratégia de sucesso. Para Drucker (2001, p.34), o marketing é tão básico, que não pode ser considerado como uma função separada. Ele deve ser visto como um todo ao considerar os objetivos da empresa, e a opinião do cliente, que irá determinar o sucesso do produto ou serviço oferecido. Quando os administradores falam de marketing, estão habitualmente se referindo ao desempenho organizado de todas as funções de vendas. Isso continua sendo venda. Também se inicia com "nossos produtos". Também procura "o nosso mercado". Mas o verdadeiro marketing começa com o consumidor, seus dados demográficos, suas realidades, suas necessidades, seus valores. Não pergunta "O que queremos vender?". Pergunta "O que o consumidor quer comprar?". Não diz "Isso é o que o nosso produto ou serviço faz". Diz "são essas satisfações que os consumidores procuram, valorizam e necessitam". (DRUCKER, 2001, p. 36) Kotler (2003, p.15) afirma que o marketing tem como objetivo conhecer o consumidor, estudar o que ele deseja, produzir com base nessa necessidade, distribuir e ensinar a usar o produto, e por fim estabelecer um custo acessível. O autor acredita que quando a sua empresa estuda com cuidado o que significa marketing, e faz sua aplicação com eficiência no ato de vender, o mesmo não se torna um esforço, pois as pessoas acabam indicando esse serviço aos demais clientes em potencial de forma voluntária, aumentando assim a confiança do recebimento dessa informação. Conforme citado acima, qualquer ação de marketing deve ser pensando em quem irá consumir o produto. Com base nisso, é importante ressaltar que se o comportamento do público-alvo mudar, e ele passar a desejar outros produtos ou com características específicas, então as estratégias de marketing também precisam mudar.
  • 5. Como relata Cobra “marketing é mais do que uma forma de sentir o mercado e adaptar produtos ou serviços, ele é um compromisso com a busca da melhoria da qualidade de vida das pessoas”. (COBRA, 1992; p.29) Kotler enfatiza que o panorama econômico mundial é formando por dois principais elementos: globalização e tecnologia. Com essas mudanças tecnológicas e econômicas, as empresas não podem mais confiar em suas antigas práticas, porque a mesma fórmula aplicada para conquistar o público há alguns anos atrás, hoje não apresenta a mesma eficiência. Com base nisso, ele afirma que: “A capacidade de mudança requer a capacidade de aprender”. (KOTLER, 2003, p.15) É aqui que entra os novos desafios de marketing enfrentados atualmente pelas empresas. Como atender de forma eficaz um público alvo cada vez mais exigente e ativo? Para alcançar as repostas para tais dilemas e conflitos, é preciso compreender a história do marketing e entender o que nos trouxe para tais mudanças.
  • 6. 3 COMPOSTO DE MARKETING (4 Ps) Conforme os ensinamentos de Gabriel “o composto de marketing é a ferramenta estratégica que constitui o coração de qualquer plano de marketing”. (GABRIEL, 2010, p. 42) Procurando desenvolver uma abordagem estratégica, objetiva e sistemática, “McCarthy em 1960 simplificou e reduziu os compostos de marketing ou mix de marketing em quatro elementos, os chamados 4 Ps: preço, produto, praça e promoção” (GABRIEL, 2010, p. 42) Ainda segundo o autor, “o produto é aquilo que satifaz a necessidade. O preço é o que estabelece as condições da troca. A praça é o local que possibilita que a troca aconteça. A promoção comunica sobre o produto, preço e praça, estimulando a troca” (GABRIEL, 2010, p. 42) Para Pinho (2006, p. 35) é através do composto de marketing que a empresa introduz o produto no mercado, inseri o conhecimento sobre sua existência, e induz os consumidores a comprar o seu produto, em detrimento do produto dos concorrentes. Para a implantação de cada combinação produto-mercado, a empresa precisa desenvolver um mix de marketing ou composto de marketing, aquele conjunto de instrumentos que a organização utiliza para viabilizar operacionalmente a sua estratégia. (PINHO, 2006, p. 34) Kotler acredita que “A estrutura dos quatro Ps requer que os profissionais de marketing decidam sobre o produto e suas características, definam o preço, decidam sobre como distribuir o produto, e selecionem métodos para promovê-lo”. (KOTLER, 2002, p.124)
  • 7. 4 MARKETING 1.0 Conforme os ensinamos da Apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e Marketing Digital, da Universidade Católica de Dom Bosco de 2013, ao longo dos anos, assim como o próprio consumidor, o marketing evolui como esforço para acompanhar essas mudanças no cenário da sociedade. Ele passou por três fases conhecidas como Marketing 1.0, Marketing 2.0 e Marketing 3.0. Algumas empresas ainda praticam o Marketing 1.0, a maioria se encontra na segunda fase, mas as maiores oportunidades se abrirão para as empresas que se adequarem ao Marketing 3.0 O Marketing 1.0 foi a consequência da Revolução Industrial, que mesmo acontecendo de forma tardia no Brasil, trouxe outra realidade para o nosso cenário. Sejam fatos políticos, sociais, religiosos, ou culturais, esses acontecimentos foram capazes de mudar de forma enfática a forma de pensar e agir, tanto dos compradores como das próprias empresas. Com a expansão das cidades, o surgimento de novas oportunidades de trabalho foram sendo criadas, e as fábricas passaram a utilizar uma tecnologia considerável, com o intuito de estimular o crescimento e eficiência na produção. Ainda segundo a Apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e Marketing Digital, da Universidade Católica de Dom Bosco de 2013, se produziam produtos em grandes quantidades e padronizados, sem qualquer preocupação ou consideração pelo público-alvo e suas necessidades. O cliente aqui era apenas uma peça final nesse processo de venda, o qual acabava comprando o que era oferecido, pois não tinha muitas opções de escolha. Para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p. 7), o objetivo era padronizar e ganhar em escala, reduzindo ao máximo os custos de produção, para que pudessem ter um preço mais baixo, e assim adquiridos por um número maior de compradores. Essa estratégia é facilmente observada no modelo T. de Henry Ford, também citado pelos autores, onde o mesmo resume muito bem a definição de marketing 1.0, ao afirmar que “o carro pode ser de qualquer cor, desde que seja preto”. Ou seja: sem
  • 8. concorrência e com a venda totalmente imperativa, a Era do Marketing 1.0 foi a era do marketing concentrado totalmente no produto
  • 9. 5 MARKETING 2.0 Com o aumento da concorrência, as empresas se proliferam e cresceram, e passaram a se encontrar em um mercado totalmente competitivo. Foi nesse momento que o foco saiu do vendedor, e passou totalmente para o comprador. De acordo com a apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e Marketing Digital da Universidade Católica de Dom Bosco de 2013, foi no período de pós guerra em 1945 que as primeiras agências de propaganda passaram a surgir, assim como os primeiros setores de marketing dentro das empresas. O consumidor então passou a adqurir novos hábitos de consumo, e isso pode ser denotado facilmente no próprio comportamento desse público. Segundo Godin (2003, p. 18) as mudanças como a diminuição de filhos, e até as influencias da globalização como novos hábitos de consumo, e proximidade pelo uso da internet, tem resultado em alterações no comportamento do consumidor. Kotler (2002, p. 10) coloca o consumidor atual como alguém com pouco tempo, mais sofisticado, sensível ao preço e menos fiel às marcas. Para ele os produtos são pouco diferentes, os preços são iguais, e a propaganda não é mais eficiente. Ainda sobre o marketing atual, o autor afirmou em 2010 que antes os profissionais de marketing tinham apenas como preocupação gastar um orçamento abundante, enquanto hoje tem que lidar com um grande número de novos meios de comunicação e canais de distruibuição, não somente na esfera nacional, mas também global. Marketing 2.0 surgiu então na atual era da informação como consequencia dessas mudanças, assim como a influência da tecnologia na vida do homem. “O cliente é o rei” passou a ser o lema dessa nova era, e o consumidor finalmente se tornou o centro desse mercado, ganhando assim poder de barganha. Como respostas a esse novo perfil, as empresas tiveram que criar produtos diferenciados para atrair o cliente e ter diferencial perante a concorrência. É nesse contexto que surge segmentação e nicho de mercado como estratégia de marketing. Segundo o autor Weinstein “a segmentação de mercado é resultante das modificações rápidas dos mercados de bens de consumo e bens industriais, tornando-
  • 10. se cada vez mais competitivos” (WEINSTEIN, 1995, p.17). Weinstein (1995, p.17) enfatiza que oferecer produtos de qualidade já não é o suficiente, pelo contrário, qualidade passou a ser uma obrigação. Sendo assim, segmentação de mercado é atender um grupo de clientes restrito, e com desejos de consumos específicos. Kotler (2002, p.48) acredita que ao escolher trabalhar com a segmentação de mercado, a empresa está criando automaticamente uma conexão mais próxima com o consumidor, pois quando ele se depara com um produto que está satisfazendo um desejo singular dele, o seu nível de satisfação aumenta e fortalece seu vínculo de fidelidade com a empresa A segmentação de mercado fundamentava-se na idéia de que todo mercado consistia de grupos de clientes com necessidades e anseios um tanto diferentes. (KOTLER, 2002, p. 41) De acordo com Weinstein (1995, p.17) o pensamento estratégico para trabalhar com a segmentação de mercado é estudar o mercado, observar ou ver nele as oportunidades, e concentrar em áreas que sua empresa pode atender melhor. Cada pessoa carrega consigo necessidades e desejos diferentes, mas são similares dentro de um grupo restrito, o qual facilita a troca de informações, e isso faz da segmentação uma ferramenta excelente para se trabalhar, e para criar e fortalecer o share of mind1 na mente do consumidor. A empresa tem duas escolhas básicas: segmentar seu mercado ou tratar todo o mercado como consumidores potenciais para seus produtos ou serviços. Esta última opção significa que a empresa utiliza uma estratégia de marketing não diferenciada. (WEINSTEIN, 1995, p. 20) Anderson (2006, p.9) enfatiza que o nicho de mercado2 possibilita um lucro maior, pois o cliente ao perceber que estão atendendo uma necessidade específica dele, estará disposto a pagar mais, o que acaba agregando um maior valor a marca. Para o autor a cultura de nicho teve origem com o surgimento dos meios de comunicação que permitiram o contato com outras culturas. Anderson afirma que “com o 1 Share of mind: fortalecer o nome da marca na cabeça do consumidor 2 Nicho de mercado: é um sub-mercado de clientes e consumidores que possuem necessidades específicas
  • 11. surgimento dos meios de comunicação, a explosão da comunicação de massa resultou em tendências” (ANDERSON, 2006, p.10). O autor define essas tendências em hits, um termo ligada ao que está “está moda”; como filmes e música de sucesso. O mundo da globalização tem deixado essas tendências do mercado de hits com pouca variedade e pouco sucesso, e foi a internet que contribuiu com isso através da democratização das ferramentas, onde o próprio consumidor possui a capacidade de produzir um vídeo amador, colocar na internet e virar sucesso. A internet através dessa segmentação deu um poder maior à esse novo consumidor que ao saber do seu poder perante as empresas, quer ser ouvido e quer opinar. Cris Anderson (2006, p.80), define a sua Teoria da Cauda Longa com o seguinte gráfico: Figura 1 Ela é sustentada por três pilares. A primeira é a democratização das ferramentas de produção: onde hoje a maioria das pessoas podem produzir o que quiser e colocar o conteúdo na internet. Isso resulta em maior oferta de bens e produto, gerando o crescimento da cauda cada vez mais para a direita. A segunda força é a redução dos custos de consumo com a internet para poder alcançar mais consumidores e aumentar o consumo, e assim o maior acesso ao nicho faz com que a cauda se horizontalize. A terceira força é a ligação entre a oferta e a demanda, onde é preciso apresentar os consumidores a esses novos bens, o qual agora estão mais disponíveis com mais facilidade, empurrando assim a demanda da cauda para baixo.
  • 12. 6 MARKETING 3.0 Assim como o Marketing 2.0, o Marketing 3.0 também é voltado totalmente para o cliente. Porém segundo Kotler (2003, p. 4) em vez de tratar as pessoas simplesmente como consumidores, aqui os profissionais de marketing as tratam como seres humanos. Ou seja: com mente, coração e espírito. Ainda conforme Kotler (2003, p. 4) não é tão dificil assim perceber o porquê se praticar o Marketing 3.0. Em um mundo globalizado onde a distância se torna tão pequena, mas ao mesmo tempo entra em contradição ao ver o quanto a internet também tem nos “afastado”, essa necessidade de querer mudar o mundo pode ser a influência desse novo comportamento do consumidor. Quase tudo que fazemos temos o desejo de compartilhar aos amigos, e algumas pessoas querem participar dessa revolução para se sentir útil, em uma sociedade com pouco tempo e carente de carinho. O uso dessa nova atitude pode ser facilmente compreendido com o termo inteligência coletiva, que significa o compartilhamento da inteligência de diversos indivíduos, que colaboram em busca da solução de qualquer problema, usando como ferramenta a internet. Em resumo: ninguém sabe tudo, mas com essa inteligência distribuida por cada um, então saberemos qualquer coisa. Corroborando com o acima citado Eliene descreve: O conceito da inteligência coletiva foi criado a partir de alguns debates realizados por Pierre Lévy relacionados às tecnologias da inteligência. Caracteriza-se pela nova forma de pensamento sustentável através de conexões sociais que se tornam viáveis pela utilização das redes abertas de computação da internet. (MUNDO EDUCAÇÃO, 2013) Voltando ao Marketing 3.0, as pessoas hoje buscam empresas que abordem suas profundas necessidades como problemas sociais, justiça social, ambiental e econômica, em sua missão, visão e valores. Sendo assim, para Kotler (2003, pag. 20) o objetivo das empresas que praticam esse novo marketing, é oferecer soluções e devoluções para a sociedade. Em época de crise econômica global, onde a vida da população é diariamente e rapidamente afetada por mudanças tanto social, quanto tecnológica e cultural, o
  • 13. Marketing 3.0 ganha mais relevância, pois as pessoas tem a necessidade de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. O marketing 3.0 acredita que os consumidores são seres humanos completos, cujas outras necessidades e esperanças jamais devem ser neglicenciadas. Desse modo, o Marketing 3.0 complementa o marketing emocional com o marketing de espírito humano. (KOTLER, 2003, pag. 23) Para Kotler (2012, p. 6) as ações do Marketing 3.0 funcionam como as respostas para os problemas sociais, tais como doenças e destruição do meio ambiente. O que consecutivamente é capaz de agregar mais valor a marca, pois resulta em uma diferenciação em relação ao concorrente. Ou seja: aumenta a fidelização do cliente com a empresa que se preocupa com o futuro das próximas gerações, e essa troca é essencial para fortalecer a sobrevivência dessa empresa, em um mercado tão competitivo. O que constitui uma estratégia de marketing vitoriosa é criar diferenciais. O imitador tem alto custo para duplicar as atividades e muitas vezes resulta em uma imitação fraca com retornos medianos. (KOTLER, 2003, p. 23) Corroborando com o citado acima, O marketing 3.0 está ganhando força agora, porém vai explodir mesmo quando o “fazemos tudo por você” não for mais o suficiente. Nós não precisamos apenas de produtos bons, e empresas que se preocupam conosco, mas precisamos de ideais de um mundo melhor! Queremos empresas que não se preocupam somente em vender. Queremos marcas com um propósito e queremos que esses propósitos nos inspirem. Estamos no auge da geração Y e devemos, justamente, ser dinâmicos, lutar com unhas e dentes por inovação, fazer diferente, fazer mais e fazer melhor. E a sua empresa? Em que geração do marketing ela está? (SITE WEBINSIDER, 2013 ) Sendo assim, Kotler, Kartajaya e Setiawan definem que o Marketing 3.0 é “ a era da participação, a era do paradoxo da globalização, e a era da sociedade criativa”. O que consecutivamente resulta em consumidores mais colaborativos com suas inteligências coletivas, mais culturais e voltados para o espírito. (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p.5)
  • 14. Mesmo que o Marketing 2.0 tenha surgido em decorrência do advento da internet e web 2.0, que possibilitou a criação de plataformas para o uso coletivo, vale lembrar da Teoria da Cauda Longa de Cris Anderson, onde enfatiza que o consumidor passou a ocupar o lugar de ativo, ao produzir seus próprios conteúdos em plataformas colaborativas3 como o Youtube, e gerar assim Marketing Viral4 . Ou seja: a nova onda da tecnologia tornou se o maior propulsor do nascimento do Marketing 3.0 Quando o assunto é colaboração e ascensão da internet, as midias sociais são os sinônimos disso. E como Marketing 3.0 envolve a participação e compartilhamento em volta de alguma ação, elas são ferramentas mais do que ideais. O especialista em marketing Philipe Kotler, o mercado evoluiu para o Marketing 3.0. Hoje as empresas estão interessadas em monitorar as opiniões dos consumidores sobre seus produtos, serviços e mercados. Essa relação entre os clientes e as empresas deve ser registrada por meio das redes sociais e dos sites dessas empresas. Essa nova fase acontece graças à participação da sociedade criativa. (ARTIGO PORTAL DA EDUCAÇÃO, MARKETING 3.0, 2013) Para Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.166), devido ao seu uso em grande escala, hoje os consumidores são capazes de influenciar outros consumidores com suas opiniões e experiências de compra. As pessoas acreditam muito mais em seus amigos, do que nas propagandas. Outro fator importante é o baixo custo das midias sociais como ferramenta de marketing, o que as torna excelentes estratégias para as empresas. Além; é claro; de possibilitar maior interação e integração com o cliente. Por outro lado os profissionais de marketing não tem mais controle sobre suas marcas, pois agora estão competindo com o poder coletivo de seus consumidores. É aqui que entra a importância do Marketing colaborativo dentro dessas plataformas, pois se de fato a empresa ganha mais exposição, ela precisa colaborar ao ouvir o que seu cliente está dizendo, e devolver ao gerar e criar produtos e serviços que atendam suas novas necessidades. 3 Plataformas colaborativas: são plataformas tecnológicas coletivas onde os usuários colaboram com conteúdos 4 Marketing Viral: qualquer ação que se espalhe virtualmente entre os usuários de forma rápida
  • 15. Conforme relata Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012, p.12) o marketing colaborativo é o primeiro elemento básico do Marketing 3.0. As empresas que praticam querem mudar o mundo, mas não conseguem fazer isso sozinhas. Em uma economia interligada, elas precisam colaborar uma com as outras, com seus acionaistas, parceiros de canal, empregados e consumidores. “O Marketing 3.0 representa a colaboração de entidades de negócios que compartilham conjuntos semelhantes de valores e desejos” (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p. 12) Ainda segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan a segunda era do Marketing 3.0 é o paradoxo da globalização e do marketing cultural. “Além do impacto da tecnologia que molda as novas atitudes do consumidor com relação ao Marketing 3.0, outra grande força é a globalização”. (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p. 12) De acordo com os autores como esse novo marketing aborda as preocupações e desejos dos cidadãos globais, as empresas que praticarem devem estar informadas sobre os problemas comunitários relacionados com seus negócios, o que consecutivamente está ligado ao marketing cultural. Ainda conforme o ensinamento de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012, p.18), a terceira era do Marketing 3.0 é a era da sociedade criativa e do marketing do espírito humano. A tecnologia é o principal elemento que incentiva a criatividade no mundo colaborativo das midias sociais. Serão as novas atitudes e estilos de vidas desses criadores de conteúdos e colaboradores, que irão influenciar a opinião e estilo da sociedade. Os autores Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012, p. 20) citam a Pirâmide de Zohar que tornou-se a base do capitalismo. Segundo Zoar a pirâmide de Maslow deveria ser revertida, colocando a autorrealização como necessidade primária do ser humano. “As pessoas criativas de fato acreditam piamente na pirâmide invertida de Maslow. A definição de espiritualidade como a valorização dos aspectos não materiais da vida, e as sugestões de uma realidade duradoura realmente encontra relevância na sociedade criativa” (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p.20). Ou seja as pessoas criativas abrem mão do conforto material, e estão em busca de uma autorrealização que vai além do dinheiro e da compra. Elas buscam significado, felicidade e realização espiritual.
  • 16. Com base nisso, as empresas precisam buscar essa autorrealização assim como as pessoas criativas. Essa resposta precisa estar na missão, visão e valores corporativos. Conforme Kotler, Kartajaya e Setiawan cita: “o lucro resultará da valorização pelos consumidores, e da contribuição dessas empresas para o bem-estar humano. Isso é marketing espiritual ou marketing do espírito humano do ponto de vista da empresa. Esse é o terceiro elemento básico do Marketing 3.0 (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2012, p.22) Em suma o Marketing 3.0 é aquela em que as práticas de marketing são muito influenciadas pelas mudanças no comportamento e nas atitudes do consumidor. É a forma mais sofisticada da era centrada no consumidor, em que o consumidor demanda abordagens de marketing mais colaborativas, culturais e espirituais. A novda onda de tecnologia facilita a disseminação de informações, ideias e opinião pública, e permite aos consumidores colaborarem para a criação de valor. A tecnologia impulsiona a globalização à paisagem política e legal, à economia e à cultura social, gerando paradoxos culturais na sociedade. A tecnologia também impulsiona a ascensão do mercado criativo, que tem uma visão de mundo mais espiritual. (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN (2012, p. 22)
  • 17. 7 GESTÃO AMBIENTAL De acordo com o Portal Eco Viagem (2010), Gestão Ambiental pode ser definido como a forma com que a organização administra as relações de suas atividades com o meio ambiente, visando a produção de produtos e serviços com a qualidade total para o cliente. Ainda segundo o citado acima, a Gestão Ambiental tem como objetivo controlar os impactos ambientais resultantes do processo de produção, e cumprimento da legislação ambiental: A Gestão Ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros. (PORTAL ECO VIAGEM UOL, 2010) Dentro desses requisitos legais, estão as normas que se tratam especificamente do Sistema de Gestão Ambiental. “ISO são normas ou padrões desenvolvidos pela Internacional Organization for Standartization (ISO), organismo internacional não governamental com sede em Genebra” (DIAS, 2011, p. 104) De acordo Dias (2001, p. 105) as normas ISO 14001 buscam definir ferramentas, métodos e sistemas para a administração ambiental de uma instituição ou organização, através de padronização, auditoria e ciclo de vida do produto. Corroborando com o acima citado Seiffert descreve: Um dos resultados do processo de discussões em torno dos problemas ambientais e de como promover o desenvolvimento econômico frente a essa questão foi o surgimento das normas ISO 14000, as quais procuram desenvolver uma abordagem organizacional que çeve a uma gestão ambiental efetiva. Essa família de normas foi o resultado de um processo que vinha evoluindo ao longo dos diversos fóruns de discussões sobre problemas ambientais, e que buscavam uma maneira de levar soluções ao ambiente produtivo. (SEIFFERT, 2007, p. 23) O uso dessas práticas se tornam cada vez mais comuns nas organizações públicas e privadas. “A gestão ambiental (GA) é uma prática que vem ganhando espaço para a busca de melhoria constante dos produtos, serviços e do ambiente de
  • 18. trabalho, levando-se em conta o fator ambiental.” (PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM MINAS GERAIS, 2012) A Gestão Ambiental também pode ser denominada como uma ação, que tenha o objetivo de diminuir riscos e disperdício financeiro. "Os acionistas não querem arriscar resultados em função de problemas ambientais; por sua vez os investidores e agentes financeiros exigem uma avaliação ambiental antes de fechar qualquer negócio” (VITERBO JUNIOR, 1998, pag. 51) Outro ponto relevante sobre o uso desse elemento nas empresas, é o benefício que ele resulta na redução dos custos existentes nessas organizações. A gestão ambiental “começa a ser encarada como um assunto estratégico, porque, além de estimular a qualidade ambiental, também possibilita a redução de custos através da diminuição ou do fim de desperdícios com água, energia, papel e outros insumos. (PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM MINAS GERAIS, 2012) Segundo Seiffert (2007, p. 34) as empresas vem sendo mais cobrado em relação à responsabilidade sobre seus processos industriais, por isso ela precisa de um papel estratégia da gestão ambiental. Ainda conforme a autora citada acima, essas mudanças deixam as empresas expostas a cobranças de postura mais ativa, bem como o desempenho de seus produtos, serviços e ciclo de vida. Para Seiffert (2007, p. 34) atualmente as empresas não analisam apenas o processo produtivo, mas sim toda a trajetória do produto da matéria prima ao descarte final. As grandes indústrias sofrem imensas pressões para se tornarem vulneráveis a ações legais, e recusa por partes dos consumidores que vem se preocupando mais com questões ambientais, considerando assim como uma necessidade que precisa ser atendida.
  • 19. 8 SUSTENTABILIDADE Conforme Aligleri, Aligleri e Kruglianskas (2009, p. 16) quando uma empresa aplica um modelo de negócios que analisa todas as conseqüências de suas decisões e ações, nos aspectos sociais e ambientais e não apenas no retorno financeiro, ela pode ser assim considerada uma empresa sustentável. Ainda segundo os autores “a gestão responsável que busca equilíbrio nas relações econômicas, ambientais e sociais contribui para o desenvolvimento sustentável, uma vez que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações atenderem suas próprias necessidades” (ALIGLERI, ALIGLERI E KRUGLIANSKAS, 2009, p. 16) Segundo a revista Época 30 de setembro de 2013, a presença da humanidade é o fator que mais alterou o meio ambiente, “ a mesma engenhosidade que permitiu ao homem ocupar todos os ambientes da Terra e promover uma prosperidade capaz de alimentar 7 bilhões de pessoas causou muito estrago: poluição, desmatamento, perda de biodiversidade e, a maior ameaça atual, as mudanças climáticas” (REVISTA ÉPOCA, 30 DE SETEMBRO, 2013) No Brasil também podemos observar esse novo quadro. “Numa sociedade moderna com liberdade econômica, os desejos dos cidadãos se expressam na atuação das empresas, por pressão de acionistas, funcionários e consumidores”. (REVISTA ÉPOCA, 30 de Setembro, p. 54) “Cada vez mais em nossa sociedade pluralista de organizações, a empresa tem de acrescentar, a sua preocupação fundamental com as quantidades da vida – bens econômicos e serviços -, o cuidado com a qualidade da vida, a preocupação com a qualidade da vida, a preocupação com o ambiente físico, humano e social do homem moderno” Revista Época (Apud, Peter Drucker, 1974) Para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p. 177) um dos maiores problemas globais de nossos tempos também é a sustentabilidade ambiental, devido as conseqüências de mudanças climáticas, aquecimento global, e até o comportamento do próprio do homem, que vem exigindo das empresas atitudes e responsabilidades em relação aos produtos oferecidos.
  • 20. Muitas empresas não começaram a pensar seriamente em tornar seus processos mais voltados para o meio ambiente. Algumas sentiram a pressão e conscientizaram-se de que precisavam fazer alguma coisa antes de ser apontadas e constrangidas publicamente pelos ambientalistas. Na outra ponta, estavam algumas empresas que sentiram que podiam aproveitar esse interesse público, comercializando agressivamente produtos e serviços “verdes”. (KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN, 2013, p.177) Segundo Dias “com o aumento da consciência ambiental em todo o mundo, está consolidando-se um novo tipo de consumidores, chamados “verdes”, que faz com que a preocupação com o meio ambiente não seja somente um importante fato social, mas seja considerada também como um fenômeno de marketing novo” (DIAS, 2005, p. 160) Ainda segundo o autor, esse novo consumidor ecológico definido por ele, “manifesta suas preocupações ambientais no seu comportamento de compra, buscando produtos que considera que causam menos impactos negativos ao meio ambiente, e valorizando aqueles que são produzidos por empresas ambientalmente responsáveis” (DIAS, 2005, p.161) É este comportamento do consumidor ambientalmente consciente, preocupado com o ambiente natural, que se torna gradativamente um modelo novo de paradigma de consumo que obriga as empresas a adotar uma nova forma de abordar o marketing, de um ponto de vista ecológico. (DIAS, 2007, p. 159) Para Dias (2007, p. 20) uma das tarefas mais urgentes para as empresas se preocuparem, é enfrentar esse novo marketing mais sustentável Criar estratégias de marketing mais sustentável continuará sendo uma batalha morro acima enquanto a maioria dos consumidores continuar ignorando do que se trata a sustentabilidade e permanecer em duvida quanto à habilidade das empresas de contribuir para ela. Vencer essa batalha será um desafio importante para os profissionais de marketing de novo milênio e o resultado terá um impacto significativo sobre a qualidade de vida de consumidores e cidadãos durante as gerações vindouras (DIAS, 2007, p.22) Uma empresa responsável também pode ser sustentável quando ela “ultrapassa as relações clássicas da administração, impulsionando o equilíbrio e a corresponsabilidade em substituição à manipulação e ao confronto entre os diversos agentes sociais (ALIGLERI, ALIGLERI E KRUGLIANSKAS, 2009, p. 16)
  • 21. 9 PRODUÇÃO, SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Para Slack, Chamber e Johnston “a administração de produção é a atividade de gerenciar recursos destinados a produção e disponibilização de bens e serviços. (SLACK, CHAMBER, JOHNSTON, 2007, p. 04) Conforme Aligleri, “Ingressamos na era da responsabilidade. Conjuntura em que as empresas necessitam aceitar e comprometer-se com as conseqüências e impactos de suas decisões e ações, além de responder às demandas de todos os afetados pelas suas atividades.” (ALIGLERI, 2009, p.9) Ainda segundo a autora citada acima, hoje a preocupação com o impacto que as empresas causam ao ambiente não está formalmente contemplada, mas o papel das empresas está limitado a ajudar os problemas sociais e da comunidade. Sendo assim, para uma empresa se tornar socialmente responsável, ela deve adotar atitudes e comprometer-se a elaborar programas e atividades sociais em conjunto com a sociedade. Para Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 658) desastres causadores de poluição e produtos químicos que vazam em um rio ou nuvens de gases tóxicos, são resultados de alguma falha das operações. Os autores colocam em ênfase as consequencias a longo prazo que esse efeitos trazem, tais como o impacto ambiental de produtos que não podem ser reciclados e consomem grande quantidade de energia. É aqui que entra a importância da responsabilidade ambiental no processo de produção. Ainda segundo Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 659), o único fato que podemos mudar para diminuir tais impactos, é a maneira com que criamos produtos e serviços. Segundo Correa e Correa (2004, p. 238) um dos aspectos que tem forte relação com a ética nos negócios é a sustentabilidade. Com base nisso, o termo “produção sustentável” é denominado e associado a prática de produções que não prejudiquem ou comprometam as futuras gerações.
  • 22. Os autores citados acima ainda colocam como ênfase o projeto para sustentabilidade, que em resumo se trata da produção de produtos desenvolvidos utilizando menos recursos naturais e energia. No processo de projeto para sustentabilidade, os projetistas devem olhar, desde a origem, as formas de produzir e a toxicidade de matérias- primas, o conteúdo de energia e outros recursos necessários para produzir, usar e reparar o produto (incluindo a embalagem), como o produto pode ser reutilizado, recuperado e reciclado após o fim de sua primeira vida econômica (CORREA, CORREA, 2004, p. 237) Correa e Correa ainda afirmam que “além do evidente menor impacto ambiental, há também vantagens do projeto verde quanto ao uso eficiente dos recursos” (CORREA, CORREA, 2004, p. 238) Projetar produtos que usam menos energia e recursos na produção e no uso pode trazer benefícios de custo ao fabricante, e de total cosf of ownership (custo total da prioridade do bem – que inclui não só o preço pago pelo produto mas também os custs incorridos como uso, manutenção e disposição (CORREA, CORREA, 2004, p. 223) Segundo Seiffert (2010, p. 34) as empresas hoje vem sendo mais cobradas em relação a responsabilidade sobre seus processos industriais. Isso deixou as empresas expostas a cobranças de postura mais ativa, bem como o desempenho de seus produtos e serviços e ciclo de vida. Para os autores, hoje o importante não é só o processo produtivo, mas toda a trajetória do produto desde a matéria prima até descarte final . As grandes indústrias sofrem uma grande pressão, o que as deixam mais vulneráveis a ações legais, e recusa por partes os consumidores que vem se preocupando mais com questões ambientais, como uma necessidade que precisa ser atendida
  • 23. 10 NATURA Segundo o Site Natura, 2013: em 28 de agosto de 1969 “Luiz Seabra fundou a Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeaout Ltda em sociedade com Jean Pierre Berjeaout, que viria a se chamar Natura em poucos meses, devido à participação de ativos vegetais na composição dos produtos” Em 1970 foi aberto a primeira loja na Rua Oscar Freire. “O atendimento era feito pelo próprio fundador, Luiz Seabra. A Rua Domingos de Moraes, na Vila Mariana, São Paulo, foi o primeiro endereço da fábrica, que na época possuía menos de dez colaboradores” No ano de 1976 aconteceu o lançamento do primeiro catálogo de vendas “com informações detalhadas sobre a forma de utilizar os produtos. Transformou-se em uma ferramenta importante para as consultoras e consultores no atendimento de seus clientes.” Em 1989 foi o lançamento da linha Sistema de Proteção Solar UV.AB, que combinou produtos que agiam em dois níveis: proteção na superfície e proteção em profundidade, ajudando a combater os efeitos nocivos dos radicais livres. Os produtos saíram de linha em 1996. O Sistema Natura é formado por Natura, Meridiana, Yga, Pró-Estética e L'Arc en Ciel. Em 1990 publicamos nossa Razão de Ser (compromisso com o bem-estar/estar bem) e nossas Crenças: a importância das relações, o compromisso com a verdade, o aperfeiçoamento contínuo, o estímulo à diversidade, a valorização da beleza sem estereótipos e a empresa como promotora do enriquecimento social. A linha Chronos surgiu da crença de que a beleza deve estar livre de qualquer tipo de preconceito e padrão e de que as mulheres devem encontrar e valorizar a sua própria beleza. As campanhas publicitárias, veiculadas a partir de 1996, foram inovadoras ao trazer, pela primeira vez, em comerciais de cosméticos, mulheres reais, de várias idades - a Mulher Bonita de Verdade.
  • 24. Em 1993 “Mamãe e Bebê nasceu para celebrar e fortalecer o vínculo entre mãe e filho, o amor fundamental. Mamãe e Bebê é referência no mercado brasileiro nessa categoria” (SITE NATURA, 2013) Em 1995 o Programa Crer para Ver é criado com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino público no Brasil .Em 1997 Natura Homem tornou-se uma linha completa de cuidados pessoais para o homem, que inclui produtos para perfumação, rosto, corpo e cabelos. Em 1999 estabelecemos uma parceria com a Cooperativa do Desenvolvimento Agroextrativista do Médio Juruá, na Amazônia, a primeira feita com comunidades tradicionais. Em 100 foi lançada nesse ano, a linha Ekos marcou uma fase em que passamos a ser identificados como uma empresa que conhece, pesquisa e utiliza a biodiversidade brasileira de forma sustentável, contribuindo assim para a sua preservação. A linha tornou-se o primeiro pilar na construção dessa premissa, ao inspirar-se na natureza e na biodiversidade. Produzida integralmente a partir de ativos da biodiversidade brasileira, Ekos integra produtos de várias categorias (para cabelo, banho, corpo e perfumação), por meio de um conceito e unidade estética únicos. Os princípios que norteiam o desenvolvimento de produtos da linha são: responsabilidade ambiental, embalagens com menor quantidade de materiais, embalagens recicladas e recicláveis, refis para todos os itens e fórmulas biodegradáveis. Em 2005 lançamos o Natura Musical, pois acreditamos que a música é uma expressão de Bem Estar Bem, capaz de aproximar, integrar as pessoas, harmonizar as relações, além de despertar e enriquecer nossos sentidos. A Missão do Natura Musical é valorizar e desenvolver iniciativas que façam da música brasileira um veículo dessa expressão. Em 2009 ao completarmos 40 anos, atingimos a marca histórica de 1 milhão de consultoras e consultores. Em 2010 é lançado refil Reduz, Refil Respeita: implementamos o uso do refil ecologicamente correto, o plástico verde. Todo o plástico utilizado nas embalagens de refis passou a ser produzido a partir da cana-de-açúcar, uma fonte de energia vegetal e renovável, diferente do plástico comum, derivado do petróleo.
  • 25. Em 2011 foi criado o Instituto Natura, organização sem fins lucrativos e com sede independente, que nasceu para expandir e fortalecer nossas iniciativas, além de aperfeiçoar os processos internos e as práticas de gestão e governança das ações sociais realizadas. A promoção da educação – um de nossos temas prioritários em sustentabilidade – também é o pilar que fundamenta todas as atividades da nova organização. 10 anos Natura Ekos: a marca lançou novos sabonetes de murumuru, cupuaçu, maracujá e cacau, com 20% até 50% em sua composição de óleos da biodiversidade brasileira, extraídos de ativos fornecidos por oito novas comunidades. Com essa iniciativa, passamos a beneficiar mais 263 famílias, além das 1.714 que já eram parceiras deEkos, mantendo um relacionamento ético e justo com as comunidades, valorizando os ativos da biodiversidade e preservando a floresta em pé. Lançamento da Revista Natura: 2 milhões de exemplares distribuídos a cada ciclo de vendas no Brasil e nas operações internacionais. Oferece, além do catálogo de produtos, conteúdos editoriais e conceituais. 10. 1 Natura e a Sustentabilidade De acordo com o site da empresa Natura, 2013, “ser sustentável é utilizar de forma adequada os recursos naturais disponíveis no momento garantindo as necessidades de futuras gerações”. Natura chama de tecnologia verde o conjunto de esforços que visam o bem de todos envolvidos, e possui uma equipe de cientistas e especialistas dedicados a criar tecnologias que reduzam o máximo o impacto sobre o meio ambiente, promovendo o desenvolvimento sustentável das comunidades que fornecem a matéria prima, e assim garante ao consumidor produtos sustentáveis. Nosso desafio é tornar a sustentabilidade um dos principais pilares de inovação e geração de novos negócios. Hoje o tema é um componente muito importante em nosso planejamento e ajuda a companhia a definir metas, atividades de educação e análises de desempenho e remuneração para os colaboradores, entre outros. (SITE NATURA, 2013)
  • 26. Ainda de acordo com a Natura, a sua estratégia de sustentabilidade nasceu da relação que ela tem com seus clientes, fornecedores e todos os parceiros, que de acordo com ela ajuda na identificação de temas socioambientais que são importantes para o negócio, os chamados “Temas Prioritários, como por exemplo Educação, que é levada em consideração na hora que planejamos e definimos nossos projetos e programas” (SITE NATURA, 2013) Para contribuir com o desenvolvimento do País, a empresa mantem relações comerciais com 36 comunidades para “adquirir os insumos naturais que utilizamos em nossos produtos a fim de influenciar diretamente o desenvolvimento econômico e social dessas populações. Em 2012, esses acordos comerciais movimentaram R$ 12 milhões, volume 12% superior a 2011” (SITE NATURA, 2013) Acreditamos que nosso trabalho pode inspirar as pessoas da nossa rede – colaboradores, consultores, consumidores, fornecedores, acionistas, além da imprensa, organizações da sociedade civil e órgãos públicos - a se autodesenvolverem e adquirirem cada vez mais uma consciência socioambiental. (SITE NATURA, 2013)
  • 27. 11 CONCLUSÃO O uso do Marketing 3.0 é ideal e necessário para as empresas que desejam sobreviver no mercado, assim como permite criar um diferencial competitivo em relação a concorrência. Esse novo marketing vem atender as necessidades tanto da sociedade como do novo consumidor, e por isso é capaz de fortalecer a fidelização do cliente e a empresa, assim como fortalecer o seu nome no mercado. A sustentabilidade, que é uma ramificação do Marketing 3.0, também permite a redução de custos no processo de produção, além de atender as legislações ambientais dentro do contexto de Gestão Ambiental. Esse novo cenário econômico, cultural e social é uma realidade que não pode ser ignorada, e as empresas precisam se adequar a esse processo, ou serão eliminadas do mercado.
  • 28. REFERÊNCIAS Apostila Conceitos Fundamentais de Marketing e Marketing Digital, da Universidade Católica de Dom Bosco de 2013 ALIGLERI, Lilian; ALIGLERI, Luiz Antonio; KRUGLIANSKAS, Isak. Gestão Socioambiental. São Paulo: Atlas, 2009 ANDERSO, Chris. A Cauda Longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. COBRA, Marcos. Administração de marketing no Brasil. São Paulo: Marcos Cobra, 2005. CORRÊA, Henrique L; CORRÊA, Carlos A. Administração de Produção e Operações. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2012 DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005 DRUCKER, Nobel Peter. O melhor de Drucker: a administração. São Paulo: Nobel, 2001 GABRIEL, Martha. Marketing na Era Digital. São Paulo: Novatec, 2010. GODIN, Seth. A vaca roxa: como transformar sua empresa e ganhar o jogo fazendo o inusitado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. São Paulo: Manole, 2004 KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. KOTLER, Phlip; KARTAJAYA, Hernawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 MAZUER, Laura; MILES, Louella. Conversas com os Mestres do Marketing. São Paulo: Gente, 2010
  • 29. MUNDO EDUCAÇÃO: Inteligência Coletiva. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/informatica/inteligencia-coletiva.htm>. Acessado em: 02 nov. 2013 NATURA: Sustentabilidade. Disponivel em: <http://www.natura.com.br/institucional/sustentabilidade> Acessado em 14 nov. 2013 NATURA: Sobre a Natura. Disponivel em: <http://www.natura.com.br/institucional/sobre-a-natura/empresa> Acessado em 16 nov. 2013 PINHO, J.B. Comunicação em marketing: tipos, técnicas e princípios. Campinas: Papirus, 2006 PORTAL DA EDUCAÇÃO: Marketing 3.0 Disponivel em: <http://www.portaleducacao.com.br/comunicacao-social/artigos/51537/marketing- 30#ixzz2kS0MPLL6>. Acessado em: 12 nov. 2013 PORTAL ECO VIAGEM UOL: Afinal, o que é Gestão Ambiental. Disponivel em: < http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/qualificacao-e-certificacao- ambiental/afinal-o-que-e-gestao-ambiental--15785.asp>. Acessado em: 12 nov. 2013
  • 30. PROCURADORIA DA REPUBLICA EM MINAS GERAIS: Programa de Gestão Ambiental. Disponivel em: <http://www.prmg.mpf.mp.br/instituicao/programa-de-gestao-ambiental>. Acessado em 13 nov. 2013 Revista Época 30 de setembro de 2013 RIES, Al; RIES, Laura. A que da propaganda: da mídia paga à mídia espontânea. Rio de Janeiro: Campus, 2002. SALZMAN, Marian; MATATHIA Ira; O´REILLY, Ann. A Era do Marketing Viral: como aumentar o poder da influência e criar demanda. São Paulo: Cultrix, 2003. SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini. Iso 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental. 3 ed. rev e ampl. São Paulo: Atlas, 2010. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009 VITERNO, Ênio Junior. Sistema Integrado de Gestão Ambiental. São Paulo: Aquariana, 1998 WEBINSIDER: comece a praticar o marketing 3.0 na sua empresa Disponivel em: <http://webinsider.com.br/2013/09/13/comece-a-praticar-o-marketing-3- 0/#sthash.SomSTRP0.dpuf>. Acessado em: 10 nov. 2013 WEINSTEIN, Art. Segmentação de mercado. São Paulo: Atlas, 1995;