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 A Tia Odete aprende a tricotar 
A tia Odete tem a melhor horta do mundo.
Todos os legumes que possas imaginar crescem
em filas muito ordenadas.
Certo dia, Milly e Molly encontraram a tia
Odete junto dos tomateiros. Não conseguia
mexer-se e queixava-se muito baixinho. E Milly e
Molly foram logo chamar o médico.
— Tia Odete — disse o Doutor Sorriso — a
senhora partiu a perna. Daqui a seis semanas já
pode andar outra vez.
— Seis semanas! — lamentou-se a tia
Odete. — Não posso abandonar a minha horta
durante seis semanas!
— Nós tomamos conta da horta — disse Milly.
— E vamos arranjar um par de agulhas de tricô e lã para podermos fazer um cobertor para o
inverno — disse Molly.
— Mas que boa ideia! — disse o Doutor Sorriso.
— Eu não gosto de tricotar — resmungou a tia Odete. — Prefiro cuidar da minha horta.
Mas a tia Odete começou a tricotar devagarinho, resmungando muito. No final da semana,
ainda tricotava… e resmungava menos. No final do mês, ainda tricotava… sem resmungar nada.
— Ora viu, as seis semanas passaram — disse o Doutor Sorriso. — Já pode voltar para a sua
horta.
— Não estou preparada para voltar à horta — suspirou a tia Odete.
— Quando é que vai estar preparada? — perguntou Milly.
— Não sei — suspirou ainda a tia Odete.
— Quando é que vai deixar de tricotar cobertores? — perguntou Molly.
— Quando estiver preparada — respondeu a tia Odete, com má cara.
O monte de cobertores da tia Odete
cresceu e cresceu cada vez mais. Milly e Molly
enrolavam todos os restos de lã e fartavam-se
de trabalhar na horta todos os dias.
Quando a tia Odete desapareceu por detrás
do monte de cobertores, Milly cochichou a
Molly:
— Acho que devíamos chamar o Doutor
Sorriso.
— O que se passa, tia Odete? — perguntou
o Doutor Sorriso gentilmente.
— Não se passa nada — respondeu a tia
Odete.
— Bem, desta vez eu não posso fazer nada! — disse o Doutor Sorriso.
Foi então que começou a nevar.
Milly e Molly esforçaram-se para
salvarem a horta. E o Doutor Sorriso
esforçou-se para tratar de todas as
pessoas constipadas no seu hospital.
— Temos falta de cobertores no
hospital — disse ele à tia Odete. — Acho
que pode dar-nos uma ajuda.
A meio da manhã, já não havia um
só cobertor em casa da tia Odete. Só
havia pequenos novelos com restos de lã.
A meio da tarde, Milly e Molly
deram entrada no hospital, cansadas e
constipadas.
E a meio da noite, chegou ao hospital a tia Odete. Com as sobras de lã, tinha feito mais dois
cobertores quentinhos… um para Milly e outro para Molly.
No dia seguinte, a tia Odete estava, finalmente,
preparada.
Parou de nevar e ela voltou à sua horta.
Gill Pittar
Milly Molly – Tomo II
Rio de Mouro, Everest Editora, 2006

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A tia Odete aprende a tricotar após partir a perna

  • 1.  A Tia Odete aprende a tricotar 
  • 2. A tia Odete tem a melhor horta do mundo. Todos os legumes que possas imaginar crescem em filas muito ordenadas. Certo dia, Milly e Molly encontraram a tia Odete junto dos tomateiros. Não conseguia mexer-se e queixava-se muito baixinho. E Milly e Molly foram logo chamar o médico. — Tia Odete — disse o Doutor Sorriso — a senhora partiu a perna. Daqui a seis semanas já pode andar outra vez. — Seis semanas! — lamentou-se a tia Odete. — Não posso abandonar a minha horta durante seis semanas! — Nós tomamos conta da horta — disse Milly.
  • 3. — E vamos arranjar um par de agulhas de tricô e lã para podermos fazer um cobertor para o inverno — disse Molly. — Mas que boa ideia! — disse o Doutor Sorriso. — Eu não gosto de tricotar — resmungou a tia Odete. — Prefiro cuidar da minha horta.
  • 4. Mas a tia Odete começou a tricotar devagarinho, resmungando muito. No final da semana, ainda tricotava… e resmungava menos. No final do mês, ainda tricotava… sem resmungar nada. — Ora viu, as seis semanas passaram — disse o Doutor Sorriso. — Já pode voltar para a sua horta. — Não estou preparada para voltar à horta — suspirou a tia Odete.
  • 5. — Quando é que vai estar preparada? — perguntou Milly. — Não sei — suspirou ainda a tia Odete. — Quando é que vai deixar de tricotar cobertores? — perguntou Molly. — Quando estiver preparada — respondeu a tia Odete, com má cara.
  • 6. O monte de cobertores da tia Odete cresceu e cresceu cada vez mais. Milly e Molly enrolavam todos os restos de lã e fartavam-se de trabalhar na horta todos os dias. Quando a tia Odete desapareceu por detrás do monte de cobertores, Milly cochichou a Molly: — Acho que devíamos chamar o Doutor Sorriso. — O que se passa, tia Odete? — perguntou o Doutor Sorriso gentilmente. — Não se passa nada — respondeu a tia Odete. — Bem, desta vez eu não posso fazer nada! — disse o Doutor Sorriso. Foi então que começou a nevar.
  • 7. Milly e Molly esforçaram-se para salvarem a horta. E o Doutor Sorriso esforçou-se para tratar de todas as pessoas constipadas no seu hospital. — Temos falta de cobertores no hospital — disse ele à tia Odete. — Acho que pode dar-nos uma ajuda. A meio da manhã, já não havia um só cobertor em casa da tia Odete. Só havia pequenos novelos com restos de lã. A meio da tarde, Milly e Molly deram entrada no hospital, cansadas e constipadas.
  • 8. E a meio da noite, chegou ao hospital a tia Odete. Com as sobras de lã, tinha feito mais dois cobertores quentinhos… um para Milly e outro para Molly.
  • 9. No dia seguinte, a tia Odete estava, finalmente, preparada. Parou de nevar e ela voltou à sua horta. Gill Pittar Milly Molly – Tomo II Rio de Mouro, Everest Editora, 2006