Os primeiros filósofos gregos Tales e Anaximandro acreditavam que a água era o elemento primordial do mundo. Anaximandro propôs que a Terra flutuava no espaço, sustentada por nada. Heráclito acreditava na unidade dos opostos e que tudo está em constante mudança. Pitágoras relacionou filosofia e matemática.
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Trabalho de filosofia
1. Centro de Ensino Governador Archer
Data: 10/09/2022
Aluno: Kaio Vinicius
Professora: Auricélia
Disciplina: Filosofia
TRABALHO
Os primeiros filósofos gregos
Tales e Anaximandro
Para começar, pode-semencionar Tales, da cidade de Mileto, na Ásia Menor
(atual Turquia). As datas de seu nascimento e morte são ignoradas, mas sabe-
se que ele atuou na década de 580 a.C. Tales de Mileto se perguntou: "Deque
é feito o mundo?". Chegou à conclusão de que ele era feito de um único
elemento: a água. Afinal, todas as coisas precisam de água para viver, é a
chuva que faz as plantas brotarem da terra e toda porção de terra termina na
água. Hoje sabemos que a resposta de Tales estava incorreta, mas não de
todo. Na verdade, a física moderna chegou a uma conclusão semelhante à do
antigo filósofo ao mostrar que todas as coisas materiais são redutíveis à
energia.
Um discípulo de Tales, nascido na mesma cidade, Anaximandro (610 a.C.-546
a.C) desenvolveu outro raciocínio. Se a Terra fossesustentada pela água, esta,
por sua vez, deveria ser sustentada por outra coisa e assim sucessivamente,
até o infinito. Disso, Anaximandro concluiu que a Terra não era sustentada por
nada, mas um objeto sólido que flutuava no espaço e se mantinha em sua
posição graças a sua equidistância em relação a tudo mais.
2. Heráclito e Pitágoras
Na mesma época, outro filósofo de outra cidade grega, Heráclito de Éfeso,
desenvolveu dois raciocínios extremamente originais. Primeiro, a da unidade
entre os opostos. Heráclito percebeu que o caminho para subir uma montanha
é o mesmo para descer. Ou seja, trata-sede um mesmo caminho, embora ela
conduza a direções opostas. A partir daí, o filósofo concluiu que a realidade
surgejustamente da contradição.
Por isso, a realidade é instável e está em constante movimento. "Tudo flui",
dizia Heráclito. Com isso, queria dizer que nada é permanente. Ele comparava
as coisas a uma chama que parece um objeto, mas é muito mais um processo.
Para ele, portanto, a mudança é a lei da vida e do universo.
Pouco antes de Heráclito, outro filósofo também se destacava na cidade grega
de Samos: Pitágoras. Supõe-seque ele tenha inventado o termo "filosofia",
pois se definia como um amigo (filo) do saber (Sofia). Com certeza, sabe-seque
ele relacionou a filosofia à matemática, acreditando que a linguagem
matemática poderia expressar commaior precisão as estruturas do universo.
Xenófanes e Parmênides
Na última metade do século 6 a.C., pontificou outro grande filósofo:
Xenófanes de Colofão. Para ele, o conhecimento é uma criação humana. Nós
jamais conhecemos a verdade, mas vamos nos aproximando dela, à medida
que aprendemos mais e vamos mudando nossas ideias, à luz do que
aprendemos.
Nesse sentido, conhecer é fazer conjeturas que devem ser substituídas,
quando se revelarem ultrapssadas. Essa ideia foi a chave que permitiu ao
filósofo contemporâneo Karl Popper estabelecer os limites da ciência.
Na primeira metade do século 5 a.C., Parmênides, um discípulo de Xenófanes,
desenvolveu uma reflexão contrária à de Heráclito. Parmênides considerou
que é uma contradição afirmar que "nada existe". Para ele, tudo sempre
existiu. O mundo, portanto, não tem princípio, nem foi criado: ele é eterno e
imperecível. "Tudo é um", dizia Parmênides, e o que parece mudança ocorre,
na verdade, no interior de um sistema fechado e imutável.
3. Empédocles e Demócrito
Sem discordar de Parmênides, Empédocles sustentava que tudo era composto
de quatro elementos essenciais e perenes: terra, água, ar e fogo. Essa ideia
influenciou o pensamento ocidental até o renascimento e a ideia dos quatro
elementos é bastante conhecida ainda hoje, mesmo por quem não conhece
história da filosofia.
4. Pensadores de Mileto
Quando afirmamosquea filosofia nasceu na Grécia, devemos tornar essa
afirmação maisprecisa. Afinal, nunca houve, na Antiguidade, um Estado grego
unificado. O quechamamosde Grécia nada mais era que o conjunto de muitas
cidades-Estado (pólis), independentes umas das outrase muitas vezes rivais.
No mundo grego, a filosofia teve como berço a cidadede Mileto, situada na
Jônia, litoral ocidentalda Ásia Menor. Caracterizada por múltiplasinfluências
culturaise por um rico comércio, Mileto abrigou os três primeirospensadores
da história ocidental a quem atribuímosa denominação defilósofos. São eles:
Tales, Anaximandro eAnaxímenes.
Destaca-se, entre os objetos desses primeirosfilósofos, a construção de uma
cosmologia – explicação racional e sistemática das características do universo –
que substituísse a antiga cosmogonia – explicação sobre a origem do universo
baseada nos mitos.
Por isso, tentaram descobrir, com base na razão e não na mitologia, o princípio
substancial ou substância primordial (a arché, em grego) existente em todos os
seres materiais. Ou seja, pretendiam encontrar a matéria-prima deque são
feitas todas as coisas. Logo, existiria uma archépara cada pensador.
5. Pensadores de Eléia
Nascido por volta do século 515 a.C , na cidade de Eléia.
Parménides e considerado pelos historiadores da filosofia como o
pensador do imobilismo universal, é também o primeiro filosofo a
formular os princípios lógicos de identidade e de não contradição. E
foi o fundador da Escola Eleática, que se opunha a doutrina jônica
de desenvolvimento.
Principal obra: Sua única obra e um longo poema em três partes:
proêmio, em que ele descreve a experiência de ascese e de
revelação, primeira a via da verdade e segunda, a via da opinião,
que seria o discurso de uma deusa.
Pensamento: “O ser é, o não-ser não é”
Segundo seu modo de pensar, o não ser, não existe e não pode
ser dito e nem pensado. Portanto, o não ser não pode ter surgido,
porque ou teria surgido do nada, o que é impossível, ou teria
surgido de outro ser.
E por último Parmênides foi um marco na filosofia pré-socrática,
onde sua obra vem sendo interpretada de várias maneiras até hoje,
considerada uma das obras mais profundas e complexas da
história da filosofia.