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Recife, Novembro de 2020 - Ano V - nº 65
CH Notícias
Recife, Novembro de 2020 - Ano V - nº 65
CH Notícias
Meus queridos amigos e irmãos, sempre vivemos uma psicosfera deliciosa de vibrações, quais são as do natal, nessa “Belle Épo-
que” do nascimento de Jesus rememorado. E vamos, apesar do tremendal pandêmico que estamos a passar, viver essa psicosfera
mais uma vez.
Desejamos, todos nós do CH Notícias, um natal cheio de paz, harmonia, amor e que a manjedoura seja sempre o símbolo maior
de regeneração da coletividade planetária e também, particularmente, da vida de cada um de nós!
NÃO ESQUEÇAMOS JAMAIS: ISSO VAI PASSAR!!!!
Parabéns com um ósculo de nossas almas a Jesus: ECCE HOMO!
Um Beijo N’alma!
Bruno Tavares
Meus queridos amigos e irmãos, sempre vivemos uma psicosfera deliciosa de vibrações, quais são as do natal, nessa “Belle Épo-
que” do nascimento de Jesus rememorado. E vamos, apesar do tremendal pandêmico que estamos a passar, viver essa psicosfera
mais uma vez.
Desejamos, todos nós do CH Notícias, um natal cheio de paz, harmonia, amor e que a manjedoura seja sempre o símbolo maior
de regeneração da coletividade planetária e também, particularmente, da vida de cada um de nós!
NÃO ESQUEÇAMOS JAMAIS: ISSO VAI PASSAR!!!!
Parabéns com um ósculo de nossas almas a Jesus: ECCE HOMO!
Um Beijo N’alma!
Bruno Tavares
Leia todas as edições do CH Notícias no Blog:
blogchnoticias.blogspot.com.br
CAMINHO DE REDENÇÃO
Auta de Souza
Este o caminho da ascensão sublime
E o carro excelso para a luz da glória :
A subida de angústia transitória
E a cruz do amor a que o amor se arrime...
Segue, viajar, sem que te desanime
A visão da paisagem merencória
Formada em pedra da terrestre escória,
Nem te detenha a voz que te lastime.
Segue amparado à fé serena e pura,
No bem que a nada fere nem censura,
No amor que em tudo habite ou sobrenade...
Ama somente, ajuda, serve e guia
E chegarás triunfante e livre, um dia,
A redenção do amor na Eternidade.
ALMA QUERIDA
Auta de Souza
Alma da caridade, viva e pura,
Que abres a mão fraterna de mansinho,
Jesus recolhe a gota de carinho,
Que derramas na chaga da amargura.
Essa doce migalha de ternura
Para quem luta e chora no caminho,
É como a rosa perfumando o espinho
Ou como a estrela para a noite escura.
Como crês? Ninguém sabe...o mundo apenas.
Sabe que és luz nas aflições terrenas,
Pela consolação que te abençoa.
Seja qual for o templo que te exprime,
Deus te proteja o coração sublime
Alma querida e bela, humilde e boa
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Cemitério Bayeux - França - Foto: Andrew Johnson - Unsplash
Finados
Valéria Albuquerque
Dia 02 de novembro, feriado nacional de Finados, foi regulamentado como dia para homenagens aos mortos. Fre-
quentemente, nós, Espíritas, somos questionados sobre qual a visão do Espiritismo sobre esse dia e sobre o culto aos
desencarnados, e os fundamentos doutrinários nos auxiliam a esclarecer.
“Espíritas, instruí-vos”. Através da leitura aprendemos e desenvolvemos nosso pensamento crítico. O estudo nos
proporciona a aquisição de conhecimento e o desenvolver do discernimento. E quão rica é a base da nossa Doutrina!
Quão vasta é a literatura das obras doutrinárias basilares e complementares! São verdadeiras fontes inesgotáveis de
conhecimento, que nos auxiliam em nosso desenvolvimento moral e espiritual.
Allan Kardec nos trouxe através de O Livro dos Espíritos, em seu sexto capítulo (Da vida Espírita), questões 320 a
329, esclarecimentos sobre os funerais e celebrações em memória dos “mortos”. As respostas dadas pela Espiritua-
lidade atestam que o Dia de Finados é um dia como outro qualquer, até porque os espíritos são sensíveis aos nossos
pensamentos, nesse, como em outros dias, independente das solenidades terrenas. No Dia de Finados eles só com-
parecem em maior número, porque maior é o número de pessoas que os chamam, sendo muito mais sensíveis à
lembrança do que às homenagens que lhes prestam. Através da Doutrina, reconhecemos na prece um meio sublime
de expressarmos com sinceridade de sentimentos, independente do lugar em que as fazemos, mensagens de amor e
de luz e que têm a capacidade de alcançar aqueles entes queridos que nos despertam saudade.
Em O Livro dos Médiuns, em sua segunda parte, capítulo IX item 8, Allan Kardec questiona sobre a visita dos espí-
ritos aos túmulos que guardam seus corpos. A Espiritualidade esclarece que o corpo não é mais que uma veste, um
envoltório de aprisionamento do espírito, e que por isso, os espíritos valorizam apenas a lembrança das pessoas que
lhe foram ou são caras.
E quanto a nós, espíritos encarnados? Estamos preparados para enfrentar a “morte”? O quanto temos buscado
ampliar nosso conhecimento sobre a Doutrina? O quanto temos trabalhado nesse plano, agindo em prol da nossa
“vida” futura? Um vasto tema para outros artigos, não acham? E mais uma vez, a belíssima bibliografia Espírita nos
auxilia. Essencialmente o estudo do Pentateuco – Allan Kardec. Sugestão de estudo com obras complementares:
Depois da Morte – Léon Denis – Magnífica leitura para esclarecimentos quanto à vida e a morte. Iniciando com
uma abordagem histórica de várias culturas da antiguidade e a abordagem filosófica de temas complexos como exis-
tência de Deus, a reencarnação e a vida moral com os caminhos e escolhas para chegarmos bem à “vida espiritual”.
A Crise da Morte – Ernesto Bozzano – Relatos e testemunhos do mundo espiritual. Onde os desencarnados contam
suas experiências nos momentos antes e depois de suas mortes, levando-nos a reflexões sobre as realidades de uma
outra existência, em que as condições dependerão da na nossa condução moral enquanto encarnados.
Auta de Souza – A maior poetisa mística do Brasil
Filha de Elói Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina Rodrigues e irmã dos políticos norte-rio-grandenses Elói de Sousa
e Henrique Castriciano.
Ficou órfã aos três anos, com a morte de sua mãe por tuberculose, e no ano seguinte perdeu também o pai, pela mesma do-
ença. Sua mãe morreu aos 27 anos e seu pai aos 38 anos.
Durante a infância, foi criada por sua avó materna, Silvina Maria da Conceição de Paula Rodrigues, conhecida como Dindinha,
em uma chácara no Recife, onde foi alfabetizada por professores particulares. Sua avó, embora analfabeta, conseguiu proporcio-
nar boa educação aos netos.
Aos onze anos, foi matriculada no Colégio São Vicente de Paula, dirigido por freiras vicentinas francesas, e onde aprendeu
Francês, Inglês, Literatura (inclusive muita literatura religiosa), Música e Desenho. Lia no original as obras de Victor Hugo, Lamar-
tine, Chateaubriand e Fénelon.
Quando tinha doze anos, vivenciou uma nova tragédia: a morte acidental de seu irmão mais novo, Irineu Leão Rodrigues de
Sousa, causada pela explosão de um candeeiro.
Mais tarde, aos catorze anos, recebeu o diagnóstico de tuberculose, e teve que interromper seus estudos no colégio religioso,
mas deu prosseguimento à sua formação intelectual como autodidata.
Continuou participando da União Pia das Filhas de Maria, à qual se uniu na escola. Foi professora de catecismo em Macaíba
e escreveu versos religiosos. Jackson Figueiredo (1914) a considera uma das mais altas expressões da poesia católica nas letras
femininas brasileiras.
Começou a escrever aos dezesseis anos, apesar da doença. Frequentava o Club do Biscoito, associação de amigos que promo-
via reuniões dançantes onde os convidados recitavam poemas de vários autores, como Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias, Castro
Alves, Junqueira Freire e os potiguares Lourival Açucena, Areias Bajão e Segundo Wanderley.
Por volta de 1895, Auta conheceu João Leopoldo da Silva Loureiro, promotor público de sua cidade natal, com quem namorou
durante um ano e de quem foi obrigada a se separar pelos irmãos, que preocupavam-se com seu estado de saúde. Pouco depois
da separação, ele também morreria vítima da tuberculose. Esta frustração amorosa se tornaria o quinto fator marcante de sua
obra, junto à religiosidade, à orfandade, à morte trágica de seu irmão e à tuberculose. A poetisa, então, encerrou seu primeiro
livro de manuscritos, intitulado Dhálias, que mais tarde seria publicado sob o título de Horto.
Auta de Souza veio a falecer em 7 de fevereiro de 1901, a uma hora e quinze minutos, em Natal, em decorrência da tubercu-
lose. Foi sepultada no cemitério do Alecrim, em Natal, mas em 1904 seus restos mortais foram transportados para o jazigo da
família, na parede da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Macaíba, sua cidade natal.
Em 1936, a Academia Norte-Riograndense de Letras dedicou-lhe a poltrona XX, como reconhecimento à sua obra.
Em 1951, foi feita uma lápide, tendo como epitáfio versos extraídos de seu poema Ao Pé do Túmulo: Longe da mágoa, enfim
no céu repousa, quem sofreu muito e quem amou demais.
Auta de Souza no mundo espiritual
Em 1930,Francisco Cândido Xavier recebera uma poesia de uma jovem desencarnada: N. SRA. DA AMARGURA (que consta na
íntegra na pg. 29 do livro Auta de Souza, de Clóvis Tavares e Stig Roland Ibsen).
Uma curiosidade a propósito do episódio da recepção da poetisa desencarnada pelo Chico, que o Dr. Elias Barbosa relata na
obra No Mundo de Chico Xavier, ao perguntar ao médium se ele se recordava “de modo particular, alguma produção que ficasse
inesquecível em sua memória”, que respondeu: “Sim, recordo-me de um soneto intitulado “N. Sra. Da Amargura”, que, se não
me engano quanto à data, foi publicado pelo Almanaque de Lembranças, de Lisboa, na sua edição de 1932. Eu estava em oração,
certa noite, quando se aproximou de mim o espírito de uma jovem, irradiando intensa luz. Pediu papel e lápis e escreveu o soneto
a que me referi. Chorou tanto ao escrevê-lo que eu também comecei a chorar de emoção, sem saber, naquele momento, se meus
olhos eram os dela ou se os olhos dela eram os meus. Mais tarde, soube, por nosso caro Emmanuel, que se tratava de Auta de
Souza, a admirável poetisa do Rio Grande do Norte.”
Vale a pena também ler esse poema de indescritível beleza da poetisa já desencarnada.
A partir daí, com a edição do Livro PARNASO DE ALÉM TÚMULO, em 1931, há uma vasta
produção mediúnica passada por AUTA DE SOUZA para o médium: 89 poesias e 27 trovas.
Em 2008, a Federação Espírita Brasileira listou treze instituições espíritas (centros, núcleos, recantos, sociedades, fraternidades
e uma fundação) em oito estados brasileiros que adotavam o nome da poetisa potiguar. Em 3 de março de 1953, foi criada em
São Paulo, Por Nympho de Paulo Corrêa a Campanha de Fraternidade, que mais tarde se tornou Campanha de Fraternidade Auta
de Souza, que acontece em centenas de centros espíritas em todo o país e no exterior.
O espiritismo se atencionou muito à vida de Auta de Sousa. Chico Xavier, por exemplo, escreveu Auta de Souza, com sonetos,
atribuídos ao espírito da poetisa, no processo chamado psicografia. Ele também publicou Parnaso de Além-Túmulo (1932), reu-
nindo uma variedade de poesias que são de autoria de poetas já desencarnados, como Auta.
Pesquisa realizada por Ana Paula Macedo
CAMPANHA DIFERENTE
Irmão X
Esperava por você justamente aqui, para tratarmos de assunto sério, - falou-me Capistrano, velho amigo agora no Plano Espiri-
tual, que conheci maduro e próspero, em pequena loja do Botafogo, ao tempo em que ainda me acomodava à carcaça enferma.
Em torno de nós, na esquina da rua Real Grandeza, grupos fraternos de amigos desencarnados chasqueavam, alegres, dos carros
que despejavam criaturas e flores pra as comemorações dos finados, junto ao aristocrático cemitério São João Batista. Corbe-
lhas e buquês, recordando jóias da primavera, derramavam-se de mãos ricas e pobres, engelhadas e juvenis, em homenagem
aos afetos queridos, que quase todos os visitantes supunham para sempre estatelados ali no
chão. - Soube, meu caro, - prosseguiu Capistrano singularmente abatido, - que você ainda es-
creve para os vivos do mundo... E, apontando para respeitável matrona, acompanhada de dois
carregadores portando ricos vasos, continuou: - Grafe uma crônica, recomendando a extinção
de semelhante excessos. Mostre a inconveniência do orgulho na casa dos mortos imaginários
da Terra, que hoje reconhecemos deve ser um recinto de silêncio e oração. Em toda a parte, o
progresso marca no mundo admiráveis alterações. Guerras modificam a geografia, apóstolos
renovam leis, a civilização aprimora-se, engenhos varrem o espaço, indicando a astronáutica
do futuro, no entanto, com raras exceções de alguns países que estão convertendo necrópoles em jardins, os nossos cemitérios
repousam estanques, lembrando parques improdutivos, onde se alinham primorosas plantas de pedra sobre montões de batatas
podres. Órgãos de fiscalização e sistemas de vigilância controlam mercados e alfândegas, na salvaguarda dos interesses públicos
e ninguém coibe os investimentos vãos em tanta riqueza morta. Capistrano fitou-nos, como a verificar o efeito das palavras que
pronunciara, veemente, e seguiu adiante: - Imagine você que também errei por faltar-me orientação. Tive uma filha única que foi
todo o encanto de minha viuvez dolorida. Marília, aos dezoito janeiros, era a luz de minh’alma. Criei-a com todo o enternecimen-
to do jardineiro que observa, enlevado, o crescimento de uma flor predileta. Entretanto, mimada por meus caprichos paternos,
minha inexperiente menina negou-me todas as previsões. Enamorou-se, na praia, de um rapaz doidivanas, que se entregava aos
exercícios da bola, e, certa feita, menosprezada por ele, tomou violenta dose de corrosivo relegando-me à solidão. Ao vê-la, nas
raias da agonia, sem que meu amor pudesse arrebatá-la ao domínio da morte, rendi-me dementado, a total desespero. Nunca
averiguei as razões que lhe ditaram atitude assim tão drástica e jamais procurei o moço anônimo que, decerto, ao abandoná-la,
não teria a intenção de fazê-la infeliz. Passei, no entanto, a cultuar-lhe loucamente a memória. Despendi mais da metade de
minhas singelas economias para erigirlhe um túmulo de alto preço... E, por vinte anos consecutivos, adorei o monumento inútil,
lavando frisos, fazendo lumes, mudando enfeites, plantando flores. Envelheci chorando sobre a lápide, e quando os meus olhos
divisavam o custoso jazigo, tateava o relevo das chorosas legendas... Um dia, chegou minha vez. O coração parou, deslocando-me
do corpo hirto. No entanto, embora desencarnado, apeguei-me ao sepulcro que venerava, estirando-me nele. Se amigos logra-
vam afastar-me para esse ou aquele mister, acabava tornando ao formoso monstro de mármore para lamentar-me a clamar pela
filha que não conseguia ver. Quatro anos rolaram sobre minha aflitiva situação,
quando, em determinada manhã, experimentei comentário indizível, sentindo-
-me à feição da terra gelada que se reaviva ao calor do sol.
Inexplicavelmente contemplava Marília na tela da saudade, qual se lhe fosse
receber, de novo, o beijo de amor e luz, quando antigo orientador buscou-me,
presto, e conduzindo-me, bondoso, à rua General Polidoro, apontou-me um ho-
mem suarento e cansado, a carregar ternamente, nos próprios braços, triste
menina muda, paralítica e pobre... Ao fixar-lhe os olhos embaciados de criança
problema, a realidade espiritual clareou-me a razão. Surpreendera Marília re-
encarnada, em rudes padecimentos expiatórios, e, mais tarde, vim a saber que
renascera por filha do mesmo homem que lhe fora motivo ao gesto tremendo
de deserção... Desde essa hora, fugi das ilusões que me prendiam a pesadelo tão longo!... Acordei renovado, para novamente
respirar e viver, trabalhar e servir... Capistrano enxugou o pranto que lhe corria copioso e ajuntou com amargura: - Escreva, meu
amigo, escreva às criaturas humanas e informe, claramente, que os vivos da espiritualidade agradecem o respeito e o carinho
com que se lhes dignificam os restos, mas rogue para que se abstenham destes quadros fantásticos de vaidade ostentosa, com
que se pretende honrar o nome dos que partiram... Peça para que socorram as crianças desajustadas e enfermas, enjeitadas e
infelizes com o dinheiro mumificado nestes cofres de cinza... Digalhes para que se compadeçam dos meninos desamparados e
que provavelmente, muitos daqueles entes inolvidáveis que procuram nos carneiros de luxo, estão hoje em provações cruéis, nos
institutos de correção ou no leito dos hospitais, na ociosidade das ruas ou em pardieiros esburacados que o progresso esqueceu...
Fale da reencarnação e explique-lhes que muitos dos imaginados mortos que ainda amam, jazem sepulcros em corpos vivos,
quase sempre, desnutridos e atormentados, suplicando alimento e remédio, refúgio e consolação... A palavra do amigo silenciou,
embargada de lágrimas, e aqui me encontro, atendendo à promessa de redizer-lhe a história numa página simples. Entretanto,
não guardo a pretensão de ser prontamente compreendido, de vez que se estivesse na avenida Rio Branco ou na Praça Mauá,
envergando impecável costume de linho inglês, entre homens ainda encarnados, eu diria também que este caso é um conto de
mortos para mortos, e que os mortos devem estar mortos sem preocupar a ninguém.
Fonte: Livro Relatos da Vida - Psicografia Francisco C. Xavier - Espírito Irmão X
Imagens extraídas da internet
Pesquisa: Mônica Porto
UMA CONSTRUÇÃO DE JUSTIÇA
Ana Patrícia Cruz
Em tempos remotos a lei estabelecida pelos homens estava muito distante da noção de justiça. De nômades a humanidade
passou a dominar o meio, fixando-se e adaptando-se. Neste processo de organização por clãs a força do poder patriarcal era a
grande norma para excluir os membros que não se enquadrassem nas regras, sem ter a oportunidade de se defenderem.
Com o passar dos anos, os seres humanos foram sentindo a necessidade de criar regras de conduta mais justas e protetivas
para si e para seu patrimônio. A resolução dos conflitos seriam dirimidos na própria sociedade. Diante do mundo em adianta-
mento sociocultural e econômico, as leis foram se codificando mediante a evolução moral e intelectual do indivíduo.
Na luta por poder, as pessoas tiveram a dignidade lesada por guerras desastrosas e perseguições que elevaram o sofrimento
humanitário a um patamar de reflexões continuadas para se obter a paz e à Justiça. Em ato contínuo de aprimoramento as orde-
nações jurídicas começaram a ser criadas com o fulcro em princípios de igualdade ,liberdade e fraternidade.
Aproximando-se do conceito de justiça elencado na questão de número 875 do livro dos Espíritos, “ ...a justiça consiste em
cada um respeitar os direitos dos demais “, e também na Declaração Universal dos Direitos Humanos em que “... todas as pessoas
nascem livres e iguais em dignidade e direitos e são dotadas de razão e consciência e devem agir em relação uma às outras com
espírito de fraternidade”, e também na Constituição Federal do Brasil em que “... todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza”, comprova-se que a lei humana evolui constantemente no universo e que o pensamento de fraternidade,
liberdade e paz permeou a mentalidade humana à medida que a moralidade do homem se elevou no decorrer do tempo histórico
para sobrepor os sentimentos de intolerância com o seu semelhante.
	 No entanto, o desenvolvimento moral humano adjunto com a Inteligência aprimorou as correntes ideológicas. A corrente
que compreendia o ser humano como individual insular desligado com a natureza divina, perdeu o sentido passando para uma
visão dual que visualiza o homem integrado com o mundo natural e dialogador do seu próximo com a preocupação de tratá-lo de
maneira digna, fraterna e igualitária, como gostaria que fosse tratado.
	 Em passos lentos e constantes nesta fase de transição, encontramo-nos em evolução continuada na construção do pro-
gresso de uma sociedade humana mais ditosa e justa.
	 A caminhada das leis terrenas a cada dia reflete a ascensão da moralidade, a qual sobrepuja o orgulho e o egoísmo do
indivíduo que o faz entender que a paz mundial é possível com o respeito à vida, à liberdade e dignidade inerentes a todos os
membros da família humana.
PRECE DOS AFLITOS
Senhor Deus, Pai dos que choram,
Dos tristes, dos oprimidos.
Fortaleza dos vencidos,
Consolo de toda a dor,
Embora a miséria amarga,
Dos prantos de nosso erro,
Deste mundo de desterro,
Clamamos por vosso amor!
Nas aflições do caminho,
Na noite mais tormentosa,
Vossa fonte generosa
É o bem que não secará...
Sois, em tudo, a luz eterna
Da alegria e da bonança
Nossa porta de esperança
Que nunca se fechará.
Quando tudo nos despreza
No mundo da iniqüidade,
Quando vem a tempestade
Sobre as flores da ilusão!
O! Pai, sois a luz divina,
O cântico da certeza,
Vencendo toda aspereza,
Vencendo toda aflição.
No dia de nossa morte,
No abandono ou no tormento,
Trazei-nos o esquecimento
Da sombra, da dor, do mal!...
Que nos últimos instantes,
Sintamos a luz da vida
Renovada e redimida
Na paz ditosa e imortal.
Fonte: Livro Paulo E Estevão - Emmanuel -
Francisco C. Xavier
Imagem extraída da Internet
Pesquisa: Mônica Porto
FINADOS... OU MELHOR DIZENDO: ESPÍRITOS IMORTAIS!
Ingrid Cavalcanti
No dicionário, a palavra finado, tem por significado: “ o que deixou de existir, que morreu, defunto”. Podendo-se perceber
que o propósito de celebrar o dia de finados é celebrar àqueles que não mais existiriam, sendo portanto uma data lúgubre e que
acaba por trazer aos que assim creem - que com a “morte” há a cessação da existência do ser, muita tristeza, dor, saudades e por
vezes revolta, de ter “perdido” um ente querido para o nada. Felizmente, com o advento do espiritismo se tornou possível per-
ceber tal data, e tudo o que diz respeito a morte, com um novo olhar... um olhar de esperança. Certamente ainda há a saudade,
mas não mais com o pesar do ‘nunca mais verei meu ente querido’, porém com o entendimento do ‘um dia irei reencontrar meu
ente querido’.
O surgimento da celebração do dia de finados, teve origem na comemoração do Dia de de Todos os Santos, que se celebra no
dia 1º de novembro, pela Igreja Católica, nesse dia se rezava por aqueles que tinham morrido, com os pecados perdoados. Assim,
considerou-se o dia seguinte, o mais apropriado para se realizar orações por todos os outros que houvessem “deixado o mundo”.
No século I, era costume visitar o túmulo dos mártires para lhes render homenagens, sendo o primeiro registro de orações
ofertadas aos cristãos desencarnados. O papa Gregório III, no ano de 732, autorizou os padres a realizarem missas em nome dos
desencarnados. Com o passar do tempo, o dia de finados fincou raízes na cultura europeia e depois se espalhou ao redor do
mundo, em meados do século XV.
É importante ressaltar que não só o catolicismo estabeleceu um rito, um momento para se homenagear os desencarnados, por
exemplo, os Celtas já tinham a crença na continuação da vida após a morte, e rendiam homenagens e orações aos que haviam
desencarnado. Os budistas também homageiam os desencarnados com procissões, músicas, desfiles de máscaras; no Japão há o
costume de se fazer oferendas de alimentos, para as almas dos desencarnados serem alimentadas; enquanto os protestantes, por
não crerem na existência do purgatório, não consolidaram o hábito de rezar pelos desencarnados, ou lhes render homenagens.
Desse modo, percebe-se que há no ser humano, o sentimento de amor sendo desenvolvido ao longo dos séculos, amor que
mesmo infantil, lhe desperta a necessidade de orar por aqueles que não estão mais no seu convívio material. E com o desenvol-
vimento e estudo do espiritismo foi trazido o esclarecimento de que os que não mais habitam um corpo material, não “deixam
de existir” ou “estão mortos”, mas sim, que são espíritos. Que de acordo com a pergunta 76, do Livro dos Espíritos são “... os
seres inteligentes da criação. Povoam o universo, fora do mundo material”. Quão consolador é o entendimento dessa resposta,
quão consolador é saber que não há o “fim” dos que amamos? Muito, infinitamente consolador!
Contudo, ter esse conhecimento impede que se sofra com a partida dos entes queridos? Ou que não exista lugar para a
saudade? Certamente seria ilusão e, quiçá, hipocrisia dizer-se que um espírita sinta menos a dor da partida, somos ainda seres
bem imperfeitos, e conseguintemente apegados, de forma que a privação temporária da convivência com os nossos amores, irá
sim nos trazer saudade. Sendo papel do aspirante a bom espírita se esclarecer, permitindo-se compreender e vivenciar que a
matéria é que é um estágio transitório, que o plano espiritual é nosso verdadeiro lar... somos Espíritos imortais!
Então querido leitor, não se sinta solitário, avance estudando sobre a imortalidade da alma, busque orar sempre por aque-
les que já retornaram à Pátria Espiritual, nossos irmãos desencarnados não se encontram desamparados, há sempre os bons
Espíritos a velar por eles, a lhes esperar o aceite do auxílio. Eles também sentirão saudades nossas, do convívio, das conversas,
e se preocuparão conosco, mas um dia nos reencontraremos e quão maravilhoso será esse dia de reencontro, conquanto nos
esforcemos em empreender nossa evolução moral.
Bibliografia do Pentateuco
05 livros fundamentais na Doutrina Espírita
Por Allan Kardec
Bruno Tavares Expositor Espírita
www.blogdobrunotavares.wordpress.com
Associação Espírita Casa dos Humildes
www.casadoshumildes.com
Presidente: Ivaneide Amorim.
Vice-Presidente: Iale de Oliveira.
Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares.
Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho.
Edição: Ana Paula Macedo, Bruno Tavares, Gut-
temberg Cruz e Mônica Porto.
Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti.
EXPEDIENTE
CH Notícias
Nº 65 – Circulação mensal
Distribuição on-line
Recife-PE, 30/Novembro/2020
CONTATO
Rua Henrique Machado, nº 110
Casa Forte - Recife/PE
(81) 30485922
casadoshumildes.com
blogchnoticias.blogspot.com.br
chnoticias@yahoo.com.br
chnoticias2015@gmail.com
Neste livro, André Luiz nos ensina, em detalhes, como se dá a organização de
missões espirituais, bem como discorre sobre os métodos, as aplicações e
as consequências das desencarnações providenciais, que são guiadas pelos
espíritos superiores.
O Livro dos Médiuns, lançado em 1861, é base essencial para os que se inte-
ressam pelo espiritismo experimental. Este trabalho, didático por excelência,
sob autoria da equipe do Projeto Manoel Philomeno de Miranda, apresenta
um meio facilitador para se entender as lições desta grande obra da Codifi-
cação. Alguns dos temas tratados: podem ser médiuns os animais?, perda
e suspensão da mediunidade, influência moral do médium, influência do
meio, obsessão na mediunidade, fraudes e simulações, entre muitos outros.
Boa leitura!
Segunda-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Curso de Passe
Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM
Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade
Terça-feira
(a cada 15 dias)
19 h 45 min
EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita
Quarta-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo
Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação
Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação
Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual.
Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”.
Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais.
Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão.
Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa.
Sexta-feira
19 h 30
Reunião Pública de Estudos Espíritas:
1ª Sexta do mês: André Luiz;
2ª Sexta: Emmanuel;
3ª sexta: Allan Kardec;
4ª sexta: Bezerra de Menezes.
Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita.
Domingo 16 h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA
Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. Todos os domingos – 8 h.
Evangelização Infanto-Juvenil
Habilidades na área de educação e de ativi-
dades lúdicas. Boa interação com crianças
e jovens.
Domingo – 16 h.
Passes e vibração Ter feito o curso de passes.
Segundas antes das reuniões
públicas;
Terças, Quartas e Sextas após as reuniões;
Domingos antes e depois das reuniões.
Recepção e atendimento fraterno
Ter feito o curso de passes e ser doutrina-
dor.
Segunda e Quarta – 19 h;
Domingo – 16 h.
Assistência a gestantes
Querer compartilhar saberes e acolher o
próximo.
Quarta – 13 h 30 min e
Um Domingo no mês.
Trabalho mediúnico e doutrinário
Ter feito todos os cursos
básicos e o de passes.
Segunda e Quarta – 19 h 45 min;
Domingo – 16 h
Instrutor e dirigente de reunião
Ter feito os cursos básicos e de passes. Para
instrutor, experiência e comunicação.
Nos dias de curso e de reunião no auditó-
rio.
Assistência às vovozinhas da Casa
dos Humildes
Formação na área da saúde. Para lazer,
nenhum requisito.
De acordo com a disponibilidade.
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  • 1. Recife, Novembro de 2020 - Ano V - nº 65 CH Notícias Recife, Novembro de 2020 - Ano V - nº 65 CH Notícias Meus queridos amigos e irmãos, sempre vivemos uma psicosfera deliciosa de vibrações, quais são as do natal, nessa “Belle Épo- que” do nascimento de Jesus rememorado. E vamos, apesar do tremendal pandêmico que estamos a passar, viver essa psicosfera mais uma vez. Desejamos, todos nós do CH Notícias, um natal cheio de paz, harmonia, amor e que a manjedoura seja sempre o símbolo maior de regeneração da coletividade planetária e também, particularmente, da vida de cada um de nós! NÃO ESQUEÇAMOS JAMAIS: ISSO VAI PASSAR!!!! Parabéns com um ósculo de nossas almas a Jesus: ECCE HOMO! Um Beijo N’alma! Bruno Tavares Meus queridos amigos e irmãos, sempre vivemos uma psicosfera deliciosa de vibrações, quais são as do natal, nessa “Belle Épo- que” do nascimento de Jesus rememorado. E vamos, apesar do tremendal pandêmico que estamos a passar, viver essa psicosfera mais uma vez. Desejamos, todos nós do CH Notícias, um natal cheio de paz, harmonia, amor e que a manjedoura seja sempre o símbolo maior de regeneração da coletividade planetária e também, particularmente, da vida de cada um de nós! NÃO ESQUEÇAMOS JAMAIS: ISSO VAI PASSAR!!!! Parabéns com um ósculo de nossas almas a Jesus: ECCE HOMO! Um Beijo N’alma! Bruno Tavares Leia todas as edições do CH Notícias no Blog: blogchnoticias.blogspot.com.br CAMINHO DE REDENÇÃO Auta de Souza Este o caminho da ascensão sublime E o carro excelso para a luz da glória : A subida de angústia transitória E a cruz do amor a que o amor se arrime... Segue, viajar, sem que te desanime A visão da paisagem merencória Formada em pedra da terrestre escória, Nem te detenha a voz que te lastime. Segue amparado à fé serena e pura, No bem que a nada fere nem censura, No amor que em tudo habite ou sobrenade... Ama somente, ajuda, serve e guia E chegarás triunfante e livre, um dia, A redenção do amor na Eternidade. ALMA QUERIDA Auta de Souza Alma da caridade, viva e pura, Que abres a mão fraterna de mansinho, Jesus recolhe a gota de carinho, Que derramas na chaga da amargura. Essa doce migalha de ternura Para quem luta e chora no caminho, É como a rosa perfumando o espinho Ou como a estrela para a noite escura. Como crês? Ninguém sabe...o mundo apenas. Sabe que és luz nas aflições terrenas, Pela consolação que te abençoa. Seja qual for o templo que te exprime, Deus te proteja o coração sublime Alma querida e bela, humilde e boa Pág 01 Pág 01 Pág 02 Pág 03 Pág 04 Pág 05 Pág 06 Pág 07 Pág 08 Pág 09
  • 2. Cemitério Bayeux - França - Foto: Andrew Johnson - Unsplash Finados Valéria Albuquerque Dia 02 de novembro, feriado nacional de Finados, foi regulamentado como dia para homenagens aos mortos. Fre- quentemente, nós, Espíritas, somos questionados sobre qual a visão do Espiritismo sobre esse dia e sobre o culto aos desencarnados, e os fundamentos doutrinários nos auxiliam a esclarecer. “Espíritas, instruí-vos”. Através da leitura aprendemos e desenvolvemos nosso pensamento crítico. O estudo nos proporciona a aquisição de conhecimento e o desenvolver do discernimento. E quão rica é a base da nossa Doutrina! Quão vasta é a literatura das obras doutrinárias basilares e complementares! São verdadeiras fontes inesgotáveis de conhecimento, que nos auxiliam em nosso desenvolvimento moral e espiritual. Allan Kardec nos trouxe através de O Livro dos Espíritos, em seu sexto capítulo (Da vida Espírita), questões 320 a 329, esclarecimentos sobre os funerais e celebrações em memória dos “mortos”. As respostas dadas pela Espiritua- lidade atestam que o Dia de Finados é um dia como outro qualquer, até porque os espíritos são sensíveis aos nossos pensamentos, nesse, como em outros dias, independente das solenidades terrenas. No Dia de Finados eles só com- parecem em maior número, porque maior é o número de pessoas que os chamam, sendo muito mais sensíveis à lembrança do que às homenagens que lhes prestam. Através da Doutrina, reconhecemos na prece um meio sublime de expressarmos com sinceridade de sentimentos, independente do lugar em que as fazemos, mensagens de amor e de luz e que têm a capacidade de alcançar aqueles entes queridos que nos despertam saudade. Em O Livro dos Médiuns, em sua segunda parte, capítulo IX item 8, Allan Kardec questiona sobre a visita dos espí- ritos aos túmulos que guardam seus corpos. A Espiritualidade esclarece que o corpo não é mais que uma veste, um envoltório de aprisionamento do espírito, e que por isso, os espíritos valorizam apenas a lembrança das pessoas que lhe foram ou são caras. E quanto a nós, espíritos encarnados? Estamos preparados para enfrentar a “morte”? O quanto temos buscado ampliar nosso conhecimento sobre a Doutrina? O quanto temos trabalhado nesse plano, agindo em prol da nossa “vida” futura? Um vasto tema para outros artigos, não acham? E mais uma vez, a belíssima bibliografia Espírita nos auxilia. Essencialmente o estudo do Pentateuco – Allan Kardec. Sugestão de estudo com obras complementares: Depois da Morte – Léon Denis – Magnífica leitura para esclarecimentos quanto à vida e a morte. Iniciando com uma abordagem histórica de várias culturas da antiguidade e a abordagem filosófica de temas complexos como exis- tência de Deus, a reencarnação e a vida moral com os caminhos e escolhas para chegarmos bem à “vida espiritual”. A Crise da Morte – Ernesto Bozzano – Relatos e testemunhos do mundo espiritual. Onde os desencarnados contam suas experiências nos momentos antes e depois de suas mortes, levando-nos a reflexões sobre as realidades de uma outra existência, em que as condições dependerão da na nossa condução moral enquanto encarnados.
  • 3. Auta de Souza – A maior poetisa mística do Brasil Filha de Elói Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina Rodrigues e irmã dos políticos norte-rio-grandenses Elói de Sousa e Henrique Castriciano. Ficou órfã aos três anos, com a morte de sua mãe por tuberculose, e no ano seguinte perdeu também o pai, pela mesma do- ença. Sua mãe morreu aos 27 anos e seu pai aos 38 anos. Durante a infância, foi criada por sua avó materna, Silvina Maria da Conceição de Paula Rodrigues, conhecida como Dindinha, em uma chácara no Recife, onde foi alfabetizada por professores particulares. Sua avó, embora analfabeta, conseguiu proporcio- nar boa educação aos netos. Aos onze anos, foi matriculada no Colégio São Vicente de Paula, dirigido por freiras vicentinas francesas, e onde aprendeu Francês, Inglês, Literatura (inclusive muita literatura religiosa), Música e Desenho. Lia no original as obras de Victor Hugo, Lamar- tine, Chateaubriand e Fénelon. Quando tinha doze anos, vivenciou uma nova tragédia: a morte acidental de seu irmão mais novo, Irineu Leão Rodrigues de Sousa, causada pela explosão de um candeeiro. Mais tarde, aos catorze anos, recebeu o diagnóstico de tuberculose, e teve que interromper seus estudos no colégio religioso, mas deu prosseguimento à sua formação intelectual como autodidata. Continuou participando da União Pia das Filhas de Maria, à qual se uniu na escola. Foi professora de catecismo em Macaíba e escreveu versos religiosos. Jackson Figueiredo (1914) a considera uma das mais altas expressões da poesia católica nas letras femininas brasileiras. Começou a escrever aos dezesseis anos, apesar da doença. Frequentava o Club do Biscoito, associação de amigos que promo- via reuniões dançantes onde os convidados recitavam poemas de vários autores, como Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias, Castro Alves, Junqueira Freire e os potiguares Lourival Açucena, Areias Bajão e Segundo Wanderley. Por volta de 1895, Auta conheceu João Leopoldo da Silva Loureiro, promotor público de sua cidade natal, com quem namorou durante um ano e de quem foi obrigada a se separar pelos irmãos, que preocupavam-se com seu estado de saúde. Pouco depois da separação, ele também morreria vítima da tuberculose. Esta frustração amorosa se tornaria o quinto fator marcante de sua obra, junto à religiosidade, à orfandade, à morte trágica de seu irmão e à tuberculose. A poetisa, então, encerrou seu primeiro livro de manuscritos, intitulado Dhálias, que mais tarde seria publicado sob o título de Horto. Auta de Souza veio a falecer em 7 de fevereiro de 1901, a uma hora e quinze minutos, em Natal, em decorrência da tubercu- lose. Foi sepultada no cemitério do Alecrim, em Natal, mas em 1904 seus restos mortais foram transportados para o jazigo da família, na parede da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Macaíba, sua cidade natal. Em 1936, a Academia Norte-Riograndense de Letras dedicou-lhe a poltrona XX, como reconhecimento à sua obra. Em 1951, foi feita uma lápide, tendo como epitáfio versos extraídos de seu poema Ao Pé do Túmulo: Longe da mágoa, enfim no céu repousa, quem sofreu muito e quem amou demais. Auta de Souza no mundo espiritual Em 1930,Francisco Cândido Xavier recebera uma poesia de uma jovem desencarnada: N. SRA. DA AMARGURA (que consta na íntegra na pg. 29 do livro Auta de Souza, de Clóvis Tavares e Stig Roland Ibsen). Uma curiosidade a propósito do episódio da recepção da poetisa desencarnada pelo Chico, que o Dr. Elias Barbosa relata na obra No Mundo de Chico Xavier, ao perguntar ao médium se ele se recordava “de modo particular, alguma produção que ficasse inesquecível em sua memória”, que respondeu: “Sim, recordo-me de um soneto intitulado “N. Sra. Da Amargura”, que, se não me engano quanto à data, foi publicado pelo Almanaque de Lembranças, de Lisboa, na sua edição de 1932. Eu estava em oração, certa noite, quando se aproximou de mim o espírito de uma jovem, irradiando intensa luz. Pediu papel e lápis e escreveu o soneto a que me referi. Chorou tanto ao escrevê-lo que eu também comecei a chorar de emoção, sem saber, naquele momento, se meus olhos eram os dela ou se os olhos dela eram os meus. Mais tarde, soube, por nosso caro Emmanuel, que se tratava de Auta de Souza, a admirável poetisa do Rio Grande do Norte.” Vale a pena também ler esse poema de indescritível beleza da poetisa já desencarnada. A partir daí, com a edição do Livro PARNASO DE ALÉM TÚMULO, em 1931, há uma vasta produção mediúnica passada por AUTA DE SOUZA para o médium: 89 poesias e 27 trovas. Em 2008, a Federação Espírita Brasileira listou treze instituições espíritas (centros, núcleos, recantos, sociedades, fraternidades e uma fundação) em oito estados brasileiros que adotavam o nome da poetisa potiguar. Em 3 de março de 1953, foi criada em São Paulo, Por Nympho de Paulo Corrêa a Campanha de Fraternidade, que mais tarde se tornou Campanha de Fraternidade Auta de Souza, que acontece em centenas de centros espíritas em todo o país e no exterior. O espiritismo se atencionou muito à vida de Auta de Sousa. Chico Xavier, por exemplo, escreveu Auta de Souza, com sonetos, atribuídos ao espírito da poetisa, no processo chamado psicografia. Ele também publicou Parnaso de Além-Túmulo (1932), reu- nindo uma variedade de poesias que são de autoria de poetas já desencarnados, como Auta. Pesquisa realizada por Ana Paula Macedo
  • 4. CAMPANHA DIFERENTE Irmão X Esperava por você justamente aqui, para tratarmos de assunto sério, - falou-me Capistrano, velho amigo agora no Plano Espiri- tual, que conheci maduro e próspero, em pequena loja do Botafogo, ao tempo em que ainda me acomodava à carcaça enferma. Em torno de nós, na esquina da rua Real Grandeza, grupos fraternos de amigos desencarnados chasqueavam, alegres, dos carros que despejavam criaturas e flores pra as comemorações dos finados, junto ao aristocrático cemitério São João Batista. Corbe- lhas e buquês, recordando jóias da primavera, derramavam-se de mãos ricas e pobres, engelhadas e juvenis, em homenagem aos afetos queridos, que quase todos os visitantes supunham para sempre estatelados ali no chão. - Soube, meu caro, - prosseguiu Capistrano singularmente abatido, - que você ainda es- creve para os vivos do mundo... E, apontando para respeitável matrona, acompanhada de dois carregadores portando ricos vasos, continuou: - Grafe uma crônica, recomendando a extinção de semelhante excessos. Mostre a inconveniência do orgulho na casa dos mortos imaginários da Terra, que hoje reconhecemos deve ser um recinto de silêncio e oração. Em toda a parte, o progresso marca no mundo admiráveis alterações. Guerras modificam a geografia, apóstolos renovam leis, a civilização aprimora-se, engenhos varrem o espaço, indicando a astronáutica do futuro, no entanto, com raras exceções de alguns países que estão convertendo necrópoles em jardins, os nossos cemitérios repousam estanques, lembrando parques improdutivos, onde se alinham primorosas plantas de pedra sobre montões de batatas podres. Órgãos de fiscalização e sistemas de vigilância controlam mercados e alfândegas, na salvaguarda dos interesses públicos e ninguém coibe os investimentos vãos em tanta riqueza morta. Capistrano fitou-nos, como a verificar o efeito das palavras que pronunciara, veemente, e seguiu adiante: - Imagine você que também errei por faltar-me orientação. Tive uma filha única que foi todo o encanto de minha viuvez dolorida. Marília, aos dezoito janeiros, era a luz de minh’alma. Criei-a com todo o enternecimen- to do jardineiro que observa, enlevado, o crescimento de uma flor predileta. Entretanto, mimada por meus caprichos paternos, minha inexperiente menina negou-me todas as previsões. Enamorou-se, na praia, de um rapaz doidivanas, que se entregava aos exercícios da bola, e, certa feita, menosprezada por ele, tomou violenta dose de corrosivo relegando-me à solidão. Ao vê-la, nas raias da agonia, sem que meu amor pudesse arrebatá-la ao domínio da morte, rendi-me dementado, a total desespero. Nunca averiguei as razões que lhe ditaram atitude assim tão drástica e jamais procurei o moço anônimo que, decerto, ao abandoná-la, não teria a intenção de fazê-la infeliz. Passei, no entanto, a cultuar-lhe loucamente a memória. Despendi mais da metade de minhas singelas economias para erigirlhe um túmulo de alto preço... E, por vinte anos consecutivos, adorei o monumento inútil, lavando frisos, fazendo lumes, mudando enfeites, plantando flores. Envelheci chorando sobre a lápide, e quando os meus olhos divisavam o custoso jazigo, tateava o relevo das chorosas legendas... Um dia, chegou minha vez. O coração parou, deslocando-me do corpo hirto. No entanto, embora desencarnado, apeguei-me ao sepulcro que venerava, estirando-me nele. Se amigos logra- vam afastar-me para esse ou aquele mister, acabava tornando ao formoso monstro de mármore para lamentar-me a clamar pela filha que não conseguia ver. Quatro anos rolaram sobre minha aflitiva situação, quando, em determinada manhã, experimentei comentário indizível, sentindo- -me à feição da terra gelada que se reaviva ao calor do sol. Inexplicavelmente contemplava Marília na tela da saudade, qual se lhe fosse receber, de novo, o beijo de amor e luz, quando antigo orientador buscou-me, presto, e conduzindo-me, bondoso, à rua General Polidoro, apontou-me um ho- mem suarento e cansado, a carregar ternamente, nos próprios braços, triste menina muda, paralítica e pobre... Ao fixar-lhe os olhos embaciados de criança problema, a realidade espiritual clareou-me a razão. Surpreendera Marília re- encarnada, em rudes padecimentos expiatórios, e, mais tarde, vim a saber que renascera por filha do mesmo homem que lhe fora motivo ao gesto tremendo de deserção... Desde essa hora, fugi das ilusões que me prendiam a pesadelo tão longo!... Acordei renovado, para novamente respirar e viver, trabalhar e servir... Capistrano enxugou o pranto que lhe corria copioso e ajuntou com amargura: - Escreva, meu amigo, escreva às criaturas humanas e informe, claramente, que os vivos da espiritualidade agradecem o respeito e o carinho com que se lhes dignificam os restos, mas rogue para que se abstenham destes quadros fantásticos de vaidade ostentosa, com que se pretende honrar o nome dos que partiram... Peça para que socorram as crianças desajustadas e enfermas, enjeitadas e infelizes com o dinheiro mumificado nestes cofres de cinza... Digalhes para que se compadeçam dos meninos desamparados e que provavelmente, muitos daqueles entes inolvidáveis que procuram nos carneiros de luxo, estão hoje em provações cruéis, nos institutos de correção ou no leito dos hospitais, na ociosidade das ruas ou em pardieiros esburacados que o progresso esqueceu... Fale da reencarnação e explique-lhes que muitos dos imaginados mortos que ainda amam, jazem sepulcros em corpos vivos, quase sempre, desnutridos e atormentados, suplicando alimento e remédio, refúgio e consolação... A palavra do amigo silenciou, embargada de lágrimas, e aqui me encontro, atendendo à promessa de redizer-lhe a história numa página simples. Entretanto, não guardo a pretensão de ser prontamente compreendido, de vez que se estivesse na avenida Rio Branco ou na Praça Mauá, envergando impecável costume de linho inglês, entre homens ainda encarnados, eu diria também que este caso é um conto de mortos para mortos, e que os mortos devem estar mortos sem preocupar a ninguém. Fonte: Livro Relatos da Vida - Psicografia Francisco C. Xavier - Espírito Irmão X Imagens extraídas da internet Pesquisa: Mônica Porto
  • 5. UMA CONSTRUÇÃO DE JUSTIÇA Ana Patrícia Cruz Em tempos remotos a lei estabelecida pelos homens estava muito distante da noção de justiça. De nômades a humanidade passou a dominar o meio, fixando-se e adaptando-se. Neste processo de organização por clãs a força do poder patriarcal era a grande norma para excluir os membros que não se enquadrassem nas regras, sem ter a oportunidade de se defenderem. Com o passar dos anos, os seres humanos foram sentindo a necessidade de criar regras de conduta mais justas e protetivas para si e para seu patrimônio. A resolução dos conflitos seriam dirimidos na própria sociedade. Diante do mundo em adianta- mento sociocultural e econômico, as leis foram se codificando mediante a evolução moral e intelectual do indivíduo. Na luta por poder, as pessoas tiveram a dignidade lesada por guerras desastrosas e perseguições que elevaram o sofrimento humanitário a um patamar de reflexões continuadas para se obter a paz e à Justiça. Em ato contínuo de aprimoramento as orde- nações jurídicas começaram a ser criadas com o fulcro em princípios de igualdade ,liberdade e fraternidade. Aproximando-se do conceito de justiça elencado na questão de número 875 do livro dos Espíritos, “ ...a justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais “, e também na Declaração Universal dos Direitos Humanos em que “... todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e são dotadas de razão e consciência e devem agir em relação uma às outras com espírito de fraternidade”, e também na Constituição Federal do Brasil em que “... todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, comprova-se que a lei humana evolui constantemente no universo e que o pensamento de fraternidade, liberdade e paz permeou a mentalidade humana à medida que a moralidade do homem se elevou no decorrer do tempo histórico para sobrepor os sentimentos de intolerância com o seu semelhante. No entanto, o desenvolvimento moral humano adjunto com a Inteligência aprimorou as correntes ideológicas. A corrente que compreendia o ser humano como individual insular desligado com a natureza divina, perdeu o sentido passando para uma visão dual que visualiza o homem integrado com o mundo natural e dialogador do seu próximo com a preocupação de tratá-lo de maneira digna, fraterna e igualitária, como gostaria que fosse tratado. Em passos lentos e constantes nesta fase de transição, encontramo-nos em evolução continuada na construção do pro- gresso de uma sociedade humana mais ditosa e justa. A caminhada das leis terrenas a cada dia reflete a ascensão da moralidade, a qual sobrepuja o orgulho e o egoísmo do indivíduo que o faz entender que a paz mundial é possível com o respeito à vida, à liberdade e dignidade inerentes a todos os membros da família humana. PRECE DOS AFLITOS Senhor Deus, Pai dos que choram, Dos tristes, dos oprimidos. Fortaleza dos vencidos, Consolo de toda a dor, Embora a miséria amarga, Dos prantos de nosso erro, Deste mundo de desterro, Clamamos por vosso amor! Nas aflições do caminho, Na noite mais tormentosa, Vossa fonte generosa É o bem que não secará... Sois, em tudo, a luz eterna Da alegria e da bonança Nossa porta de esperança Que nunca se fechará. Quando tudo nos despreza No mundo da iniqüidade, Quando vem a tempestade Sobre as flores da ilusão! O! Pai, sois a luz divina, O cântico da certeza, Vencendo toda aspereza, Vencendo toda aflição. No dia de nossa morte, No abandono ou no tormento, Trazei-nos o esquecimento Da sombra, da dor, do mal!... Que nos últimos instantes, Sintamos a luz da vida Renovada e redimida Na paz ditosa e imortal. Fonte: Livro Paulo E Estevão - Emmanuel - Francisco C. Xavier Imagem extraída da Internet Pesquisa: Mônica Porto
  • 6. FINADOS... OU MELHOR DIZENDO: ESPÍRITOS IMORTAIS! Ingrid Cavalcanti No dicionário, a palavra finado, tem por significado: “ o que deixou de existir, que morreu, defunto”. Podendo-se perceber que o propósito de celebrar o dia de finados é celebrar àqueles que não mais existiriam, sendo portanto uma data lúgubre e que acaba por trazer aos que assim creem - que com a “morte” há a cessação da existência do ser, muita tristeza, dor, saudades e por vezes revolta, de ter “perdido” um ente querido para o nada. Felizmente, com o advento do espiritismo se tornou possível per- ceber tal data, e tudo o que diz respeito a morte, com um novo olhar... um olhar de esperança. Certamente ainda há a saudade, mas não mais com o pesar do ‘nunca mais verei meu ente querido’, porém com o entendimento do ‘um dia irei reencontrar meu ente querido’. O surgimento da celebração do dia de finados, teve origem na comemoração do Dia de de Todos os Santos, que se celebra no dia 1º de novembro, pela Igreja Católica, nesse dia se rezava por aqueles que tinham morrido, com os pecados perdoados. Assim, considerou-se o dia seguinte, o mais apropriado para se realizar orações por todos os outros que houvessem “deixado o mundo”. No século I, era costume visitar o túmulo dos mártires para lhes render homenagens, sendo o primeiro registro de orações ofertadas aos cristãos desencarnados. O papa Gregório III, no ano de 732, autorizou os padres a realizarem missas em nome dos desencarnados. Com o passar do tempo, o dia de finados fincou raízes na cultura europeia e depois se espalhou ao redor do mundo, em meados do século XV. É importante ressaltar que não só o catolicismo estabeleceu um rito, um momento para se homenagear os desencarnados, por exemplo, os Celtas já tinham a crença na continuação da vida após a morte, e rendiam homenagens e orações aos que haviam desencarnado. Os budistas também homageiam os desencarnados com procissões, músicas, desfiles de máscaras; no Japão há o costume de se fazer oferendas de alimentos, para as almas dos desencarnados serem alimentadas; enquanto os protestantes, por não crerem na existência do purgatório, não consolidaram o hábito de rezar pelos desencarnados, ou lhes render homenagens. Desse modo, percebe-se que há no ser humano, o sentimento de amor sendo desenvolvido ao longo dos séculos, amor que mesmo infantil, lhe desperta a necessidade de orar por aqueles que não estão mais no seu convívio material. E com o desenvol- vimento e estudo do espiritismo foi trazido o esclarecimento de que os que não mais habitam um corpo material, não “deixam de existir” ou “estão mortos”, mas sim, que são espíritos. Que de acordo com a pergunta 76, do Livro dos Espíritos são “... os seres inteligentes da criação. Povoam o universo, fora do mundo material”. Quão consolador é o entendimento dessa resposta, quão consolador é saber que não há o “fim” dos que amamos? Muito, infinitamente consolador! Contudo, ter esse conhecimento impede que se sofra com a partida dos entes queridos? Ou que não exista lugar para a saudade? Certamente seria ilusão e, quiçá, hipocrisia dizer-se que um espírita sinta menos a dor da partida, somos ainda seres bem imperfeitos, e conseguintemente apegados, de forma que a privação temporária da convivência com os nossos amores, irá sim nos trazer saudade. Sendo papel do aspirante a bom espírita se esclarecer, permitindo-se compreender e vivenciar que a matéria é que é um estágio transitório, que o plano espiritual é nosso verdadeiro lar... somos Espíritos imortais! Então querido leitor, não se sinta solitário, avance estudando sobre a imortalidade da alma, busque orar sempre por aque- les que já retornaram à Pátria Espiritual, nossos irmãos desencarnados não se encontram desamparados, há sempre os bons Espíritos a velar por eles, a lhes esperar o aceite do auxílio. Eles também sentirão saudades nossas, do convívio, das conversas, e se preocuparão conosco, mas um dia nos reencontraremos e quão maravilhoso será esse dia de reencontro, conquanto nos esforcemos em empreender nossa evolução moral.
  • 7. Bibliografia do Pentateuco 05 livros fundamentais na Doutrina Espírita Por Allan Kardec Bruno Tavares Expositor Espírita www.blogdobrunotavares.wordpress.com Associação Espírita Casa dos Humildes www.casadoshumildes.com Presidente: Ivaneide Amorim. Vice-Presidente: Iale de Oliveira. Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares. Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho. Edição: Ana Paula Macedo, Bruno Tavares, Gut- temberg Cruz e Mônica Porto. Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti. EXPEDIENTE CH Notícias Nº 65 – Circulação mensal Distribuição on-line Recife-PE, 30/Novembro/2020 CONTATO Rua Henrique Machado, nº 110 Casa Forte - Recife/PE (81) 30485922 casadoshumildes.com blogchnoticias.blogspot.com.br chnoticias@yahoo.com.br chnoticias2015@gmail.com Neste livro, André Luiz nos ensina, em detalhes, como se dá a organização de missões espirituais, bem como discorre sobre os métodos, as aplicações e as consequências das desencarnações providenciais, que são guiadas pelos espíritos superiores. O Livro dos Médiuns, lançado em 1861, é base essencial para os que se inte- ressam pelo espiritismo experimental. Este trabalho, didático por excelência, sob autoria da equipe do Projeto Manoel Philomeno de Miranda, apresenta um meio facilitador para se entender as lições desta grande obra da Codifi- cação. Alguns dos temas tratados: podem ser médiuns os animais?, perda e suspensão da mediunidade, influência moral do médium, influência do meio, obsessão na mediunidade, fraudes e simulações, entre muitos outros. Boa leitura!
  • 8. Segunda-feira 19 h 45 min Sala 1 – Curso de Passe Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade Terça-feira (a cada 15 dias) 19 h 45 min EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita Quarta-feira 19 h 45 min Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual. Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”. Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais. Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão. Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa. Sexta-feira 19 h 30 Reunião Pública de Estudos Espíritas: 1ª Sexta do mês: André Luiz; 2ª Sexta: Emmanuel; 3ª sexta: Allan Kardec; 4ª sexta: Bezerra de Menezes. Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita. Domingo 16 h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. Todos os domingos – 8 h. Evangelização Infanto-Juvenil Habilidades na área de educação e de ativi- dades lúdicas. Boa interação com crianças e jovens. Domingo – 16 h. Passes e vibração Ter feito o curso de passes. Segundas antes das reuniões públicas; Terças, Quartas e Sextas após as reuniões; Domingos antes e depois das reuniões. Recepção e atendimento fraterno Ter feito o curso de passes e ser doutrina- dor. Segunda e Quarta – 19 h; Domingo – 16 h. Assistência a gestantes Querer compartilhar saberes e acolher o próximo. Quarta – 13 h 30 min e Um Domingo no mês. Trabalho mediúnico e doutrinário Ter feito todos os cursos básicos e o de passes. Segunda e Quarta – 19 h 45 min; Domingo – 16 h Instrutor e dirigente de reunião Ter feito os cursos básicos e de passes. Para instrutor, experiência e comunicação. Nos dias de curso e de reunião no auditó- rio. Assistência às vovozinhas da Casa dos Humildes Formação na área da saúde. Para lazer, nenhum requisito. De acordo com a disponibilidade. Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas. TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas. Durante a corrente pandemia, em 2020, as reuniões públicas estarão sendo realizadas online pelo Canal Associação Espírita Casa dos Hu- mildes - no YouTube. Acesse: <https://www.youtube.com/channel/UC00-dTR-57uAcBHFeCpAyRg> SUSPENSAS ATÉ AVALIAÇÃO DE RETORNO PRESENCIAL PELA DIRETORIA DA CH Cursos presenciais suspensos. Aulas ofertadas online para os trabalhadores do centro.