4. Definições
• “Sempre dizemos a nós mesmos: temos
que inovar. Precisamos ser os primeiros
a nos superar” – Bill Gates, fundador da
Microsoft.
• “A inovação é o divisor de águas entre
um líder e um seguidor” – Steve Jobs,
fundador da Apple.
4
5. Definições
• “Só os paranóicos sobrevivem” – Andy
Groves, um dos fundadores da Intel.
• “A inovação é o motor da economia
moderna, transformando idéias e
conhecimento em produtos e serviços” –
Escritório de Ciência e Tecnologia do
Reino Unido.
5
6. Definições
• Bessant & Tidd (2009) afirmam:
• “Cada um desses exemplos de inventores foi
um inovador, traduzindo invenções técnicas
originais em novos produtos; mas cada um
deles foi também um empreendedor, na
medida em que criaram e desenvolveram
negócios bem-sucedidos, baseados em
invenções e inovações”.
6
9. • Segundo a Lei n°11.196/2005, em seu
artigo17:
• “Considera-se inovação tecnológica a
concepção de novo produto ou processo de
fabricação, bem como a agregação de novas
funcionalidades ou características ao produto
ou processo, que implique melhorias
incrementais e efetivo ganho de qualidade ou
produtividade, resultando maior competitividade
no mercado”.
9
10. • Segundo Tigre (2006) há quatro tipos de Inovação:
• Incremental: Melhoramentos e modificações cotidianas.
• Radicais: Saltos descontínuos na tecnologia de produtos e processos.
• Novo sistema tecnológico: Mudanças abrangentes que afetam mais
de um setor e dão origem a novas atividades econômicas.
• Novo paradigma tecnoeconômico: Mudanças que afetam toda a
economia envolvendo mudanças técnicas e organizacionais – alterando
produtos e processos.
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12. • Exemplos.
• Incrementais: melhorias no design de produtos,
novos arranjos logísticos etc.
• Radicais: fruto de atividades de P&D (Pesquisa
e Desenvolvimento).
• Novo sistema tecnológico: novo campo
tecnológico. São exemplos: plásticos, internet
etc.
• Novo paradigma tecnoeconômico: máquina a
vapor, eletricidade e a microeletrônica.
12
13. • Segundo Bessant & Tidd apud
Fransman (1986), a geração de
inovações tende a ser induzida pela
oferta de novos conhecimentos,
enquanto a difusão dessas tecnologias
é, em larga medida, determinada pela
demanda.
13
15. Definições - Modelo de difusão tecnológica.
• A forma como uma tecnologia evolui é
associada ao conceito de ciclo de vida.
• Envolve quatro estágios: introdução,
crescimento, maturação e declínio.
• Exemplo: máquina de fax.
15
17. Modelo de difusão tecnológica
Fatores que regem o processo de difusão tecnológica:
1) Disponibilidade de financiamento;
2) Clima favorável (economia) ao investimento no país;
3) Acordos internacionais de comércio e investimento;
4) Sistema de propriedade intelectual;
5) Existência de capital humano.
17
18. • Segundo Tigre (2006):
• “No momento em que uma empresa
está introduzindo novos produtos,
modernizando seus processos e
alterando suas rotinas
organizacionais, ela está inovando”.
18
23. • Dados
• A China tem quase quatro vezes mais engenheiros que
os Estados Unidos.
• A Suécia, Finlândia, o Japão e a Coréia do Sul investem
mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como parte
do PIB (Produto Interno Bruto) do que os EUA.
• Quatorze das 25 empresas de tecnologia de informação
(TI) mais competitivas estão na Ásia.
• Fonte: Hitt et al., 2008.
23
24. Inovação e criatividade
• Segundo Bessant & Tidd (2009):
• “Identificar, avaliar e refinar uma idéia, transformando-a em
um conceito de negócio, é a maior parte do problema”.
• A prática e o estudo da inovação podem ser abordados por
três perspectivas:
• Pessoal – com destaque para a criatividade;
• Coletiva ou social – enfatiza a contribuição de equipes e
grupos;
• Contextual – focaliza as estruturas, o ambiente, os
processos e as ferramentas.
24
25. • A criatividade, segundo o Houaiss, pode ser definida
como inventividade, inteligência e talento, natos ou
adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo
artístico, quer no científico, esportivo etc.
• A criatividade está relacionada com:
• Personalidade;
• Processo de pensamento criativo;
• Fatores ambientais que facilitam ou inibem o
desempenho criativo.
25
26. • Quais são as habilidades necessárias à criatividade e à
inovação?
• Aquisição e disseminação de informação - exige
atenção e percepção;
• Inteligência, habilidade e capacidade de interpretar,
processar e manipular informações;
• Praticidade e aplicabilidade;
• Implementação e improvisação.
26
27. • Logo uma pessoa criativa possui as seguintes
características:
• Abertura a novas experiências;
• Tolerância com a ambigüidade;
• Curiosidade;
• Capacidade de assumir riscos.
27
28. • A criatividade pode ser construída?
• A criatividade é influenciada pelo tempo, por outras
pessoas, lugares, cenários, conhecimentos de áreas
específicas.
• Como?
• Exposição ao ambiente criativo: novos projetos, novos
desafios.
• A criatividade pode ser aumentada e estimulada.
28
29. Inovação, criatividade e geração de novas idéias
• O processo pode ser dividido em duas partes: geração e focalização.
• Geração: a pessoa ou grupo produz muitas opções (pensamento
espontâneo), opções novas ou incomuns (pensamento original).
• Exemplo: brainstorming.
• Algumas técnicas: remover um objetivo, reverter métodos, exagerar o
problema, criar insumos aleatórios, utilizar uma metáfora ou
personagem.
• Focalização: exame, revisão e seleção de opções promissoras.
29
30. Barreiras à inovação
• O desenvolvimento de um clima em prol da inovação não
é facilmente obtido, assim como a cultura empresarial.
• Quais são os fatores climáticos que influenciam a
inovação?
• Confiança e fraqueza;
• Desafio e desenvolvimento;
• Apoio e espaço para idéias;
• Conflito e debate;
• Decisões de risco;
• Liberdade.
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31. • Confiança e fraqueza – identificar pontos fracos e fortes.
• Desafio e desenvolvimento – comprometimento em operações
diárias, objetivos de longo prazo e visões de futuro (motivação).
• Apoio e espaço para idéias – quantidade de tempo que as pessoas
podem usar para desenvolver suas idéias.
• Conflito e debate – refere-se à presença de tensões pessoais,
interpessoais ou emocionais.
• Decisões de risco.
• Liberdade.
31
32. Bessant & Tidd apud Rogers (2009) identificaram cinco pontos
fundamentais para o sucesso de uma nova idéia ou inovação:
1) Vantagem relativa.
• Como esse plano é melhor do que o que estava sendo feito
antes?
• Quem ganhará com implementação do plano?
• Como serei recompensado?
2) Compatibilidade.
• Ele oferece melhores maneiras de atingir nossos objetivos
comuns?
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33. 3) Complexidade
• O plano é facilmente entendido pelos outros?
4) Capacidade de teste
• O plano pode ser testado ou experimentado?
5) Visibilidade
• Os outros podem perceber os efeitos do plano?
6) Outras perguntas
• Que outros recursos serão necessários? Como posso
obtê-los?
33
34. • Exemplos: Embraer.
• Segundo Miranda (2007), a empresa destaca-se pela sua
estratégia corporativa – jatos regionais, e pela competência –
design de aviações.
• “Para colocar seus produtos no mercado, a Embraer depende
profundamente do apoio do Estado, principal financiador de suas
exportações ao longo dos últimos anos”.
• “Logo, é na soma entre a capacitação tecnológica, os acordos de
parcerias e o suporte do Estado que se encontra a chave do
sucesso da Embraer no mercado da aviação e, por essa via, da
própria indústria aeronáutica brasileira”.
34
35. • Parceiros de risco da Embraer.
• ERJ 145.
• Empresa; Produto; País de origem.
• C&D; Interiores; EUA.
• Enaer; Fuselagem traseira; Chile.
• Gamesa; Asas; Espanha.
• Sonaca; Fuselagem e peças; Bélgica.
35
36. O sucesso da empresa está baseado em três pontos:
1) Capacitação tecnológica – produtos diferenciados no mercado;
2) Capacitação para dirigir uma rede mundial de fornecedores;
3) Apoio do governo.
Miranda (2007), conclui:
“A presença da Embraer na economia brasileira sintetiza os mesmos
elementos que estão no cerne das políticas atuais: conhecimento,
tecnologia, inovação e empregos qualificados”.
36
37. Indústria Automobilística
• As empresas fazem estudos de mercado com o
objetivo de diminuir os riscos no seu lançamento.
• O lançamento de um novo produto deve
significar para a empresa um acréscimo na sua
parcela de mercado ou a manutenção de sua
posição atual.
37
39. O processo de desenvolvimento e seleção de novos produtos é
composto, basicamente, por cinco fases (Castro, 1979) (Rachid, 1994):
1) Idéias: variam de acordo com a área de atuação da empresa;
2) Análise: as idéias são comparadas com os objetivos da empresa;
3) Pesquisa de mercado: estudos realizados junto ao futuro mercado
consumidor;
4) Desenvolvimento de produto: estudos de demanda, competição,
análise do consumidor, custos, preço, canais de distribuição e
desenvolvimento de protótipos;
5) Comercialização: estudos sobre a introdução e manutenção do
produto no mercado, por exemplo, a criação da campanha
promocional.
39
43. “O drama é esse. A crise financeira e econômica
coloca em questão a lógica industrial, que diz o
seguinte: tenho que investir em novas
tecnologias, ambientalmente mais legais, mais
eficientes e de matrizes diferentes da do petróleo,
que são poluentes.
A incerteza e a insegurança da pesquisa joga
contra aquilo que seria a única salvação dessas
empresas. É um dilema gigantesco”, Glauco
Arbix.
43
48. Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria
• Em abril de 2007 foi realizado o segundo Congresso Brasileiro de Inovação na
Indústria (CNI, 2007).
• As principais conclusões do evento foram:
• O Brasil precisa dobrar seus investimentos em P&D nos próximos anos.
• O Sistema de Inovação Brasileiro precisa ser aprimorado, as instituições e
instrumentos de política de inovação devem ser objetos de constantes
avaliações.
48
49. Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP)
• No começo de maio de 2008 o governo lançou uma nova política industrial
denominada de Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).
• Essa política tem como objetivo estimular exportação, investimento e
inovação.
• Os principais objetivos do programa são:
• Aumentar o investimento fixo: elevar o investimento direto na economia para
21% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010.
49
50. • Aumentar a inovação do setor privado: estimular a
inovação no setor industrial. O objetivo é alcançar 0,65%
do PIB em 2010.
• Expandir as exportações: ampliação da participação
brasileira nas exportações mundiais para 1,5% do
comércio mundial em 2010.
• Elevar exportações de pequenas e médias empresas:
aumentar em 10% o número de micro e pequenas
empresas exportadoras brasileiras.
50
51. • A PDP está dividida em três categorias:
• Programas mobilizadores em áreas estratégicas:
saúde, tecnologias de informação e comunicação, energia
nuclear, a nanotecnologia e a biotecnologia.
• Programas para fortalecer a competitividade:
construção civil, indústria naval, agroindústria, biodiesel,
plásticos, têxtil e móveis.
• Programas para consolidar e expandir a liderança:
petróleo e gás e petroquímica, mineração, siderurgia,
celulose e carnes.
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54. Referências
A Crise veio atualizar a tragédia americana – Entrevista com Glauco Arbix. Valor
Econômico. Caderno Eu&Fim de Semana. 3, 4 e 5 de abril de 2009.
Aislin. Oh, Oh! ... And other recent cartoons by Aislin. McArthur & Company. 2004.
Arbix, G. Inovar ou inovar – a indústria brasileira entre o passado e o futuro. Editora
Papagaio. 2007.
Berkun, S. The Myths of Innovation. O’Reilly. 2007.
Bessant, J. & Tidd, J. Inovação e Empreendedorismo. Editora Bookman. 2009.
Castro, M. H. L. O Processo de Inovação na Indústria Automobilística Brasileira.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais. 1979.
Chesbrough, H. Open Innovation – The New Imperative for Creating and Profiting from
Technology. Harvard Business School Press. 2006.
54
55. Referências
CNI – Confederação Nacional da Indústria. Inovar para Crescer: Propostas para
Acelerar o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Brasileira. Segundo
Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. 2007.
http://www.cni.org.br/inovação.
Escher. Obras. Editora Taschen. 2005.
Harris. A Ciência Ri. O melhor de Sidney Harris. Editora da Unesp. 2006.
Hitt, M.; Ireland, R. e Hoskisson, R. Administração Estratégica. Editora
Thomson. 2008.
Mariotoni, C. A. & Naturesa, J. S. “Inovação Tecnológica, Eficiência Energética
e os Investimentos na Indústria Brasileira”. Congresso Brasileiro de
Eficiência Energética. 2007.
Miranda, Z. O vôo da Embraer – a competitividade brasileira na indústria de alta
tecnologia. Editora Papagaio. 2007.
55
56. Referências
Mowery, D. C. & Rosenberg, N. Trajetórias da inovação – A mudança
tecnológica nos Estados Unidos da América no século XX. Editora da
Unicamp. 2005.
PINTEC - Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. 2003. Disponível em
http://www.ibge.gov.br
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO.
http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/
Rachid, A. O Brasil imita o Japão? A qualidade em empresas de autopeças.
Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas. 1994.
Rosenberg, N. Por dentro da caixa-preta – Tecnologia e Economia. Editora da
Unicamp. 2006.
Tereza, I. “Bens de capital e inovação terão destaque”. O Estado de S. Paulo,
11 de maio de 2008.
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