3. Romanos
A autoria de Paulo ao livro de Romanos é
universalmente
aceita,
não
existindo
contestação relevante, seja do ponto de vista
documental, seja da alta crítica. Não somente
ela vem declarada na sua costumeira saudação
(cf. 1:1) como vem amparada por fatos
históricos, tais como sua pretensão de ir a
Roma (1:15, 15:24) em caminho para a Espanha,
ou a referência à coleta feita em favor da igrejas
empobrecidas de Jerusalém (15: 26-33), como
ainda por referências próprias características,
tais como a de ser apóstolo entre os gentios .
4. Romanos
Estima-se que este texto tenha sido escrito no
inverno de 57-58 d.C., estando Paulo em Corinto,
na casa de seu amigo Gaio, ao final de sua
terceira viagem missionária aos territórios que
margeiam o Mar Egeu e às vésperas de partir
para Jerusalém, levando a oferta para os crentes
pobres (15:22-27). O portador é uma senhora
chamada Febe, de Cencréia, subúrbio de Corinto,
que estava de saída para Roma (16: 1-2). Como
não havia serviço postal particular no Império
Romano da época, as cartas eram enviadas por
viajantes de confiança.
5. DESTINATÁRIOS
Entendendo que concluíra seu trabalho evangelístico na
região da Galácia, da Macedônia, da Acaia e da Ásia,
com a fundação e estabelecimento de muitas igrejas; e
entregues essas a seus pastores e líderes, Paulo planeja
ampliar seu horizonte de evangelização. Queria campos
novos para evangelizar para Cristo. Não querendo
“edificar sobre fundamento alheio” (Rm 15:20), decidiu
ir à Espanha, a mais antiga colônia romana do Ocidente.
Mas a ida à Espanha também lhe daria a oportunidade
de realizar um antigo sonho. Como cidadão romano, por
direito de nascença (At. 22:28) ele ainda não conhecia
Roma.
6. DESTINATÁRIOS
O núcleo dessa igreja formara-se, provavelmente,
dos romanos que haviam estado em Jerusalém no
dia de Pentecostes (At. 2:10). Nesse período de 28
anos a igreja cresceu, com cristãos provindos de
vários lugares, sendo alguns deles amigos e
discípulos de Paulo. A carta serve, portanto, como
uma carta de apresentação, na qual o Apóstolo
expõe, de forma sistemática sua compreensão do
evangelho de Cristo, do qual se chamava apóstolo.
7. PROPÓSITO
Como em todas as epístolas de Paulo às igrejas, o seu
propósito em escrevê-las foi proclamar a glória do Senhor
Jesus Cristo através do ensino da doutrina, assim como
edificar e encorajar os crentes que receberiam a carta. De
particular preocupação para Paulo foram aqueles a quem
esta carta foi escrita – aqueles em Roma que foram
"amados de Deus, chamados para serdes santos"
(Romanos 1:7). Porque ele próprio era um cidadão romano,
ele tinha uma paixão única por aqueles na assembleia dos
crentes em Roma. Já que Paulo não tinha, até este ponto,
visitado a igreja de Roma, esta carta também serviu como
sua
introdução
para
eles.
8. A MENSAGEM
O texto desta epístola nos apresenta, de forma progressiva,
a compreensão que seu autor tem da expressão de
Habacuque 2:4: “O justo viverá pela sua fé”.
A carta de Paulo aos Romanos, como um todo, pode ser
dividida nas duas partes: uma parte doutrinária (capítulos
1 a 11) e outra prática (capítulos 12 a 16).
9. VERSICULOS – CHAVE
1:16: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o
poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê,
primeiro do judeu e também do grego.”
3:21: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus
testemunhada pela lei e pelos profetas.”
3:23: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.”
10:9-10: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com
o coração se crê para justiça e com a boca se confessa
a respeito da salvação.”
10. PONTOS IMPORTANTES:
1:1 - Servo - Escravo. O termo tem conotações
chocantes para a cultura da época. Dizer-se servo de
alguém, trazia conotações muito fortes do contexto
escravocrata em que viviam. Quer dizer que Paulo
está inteiramente à disposição de seu Senhor, para
atendê-lo
a
qualquer
hora,
em
qualquer
circunstância.
11. Qual era o evangelho que Paulo pregava? Rm 1:16,17.
1. Porque é poder de Deus
para salvação do judeu
para salvação do grego
para salvação de todos nós
2. Porque revela o modo concebido por Deus
para nos salvar
não é o nosso modo de nos salvar
não aceita outras modalidades inventadas
pelos homens
a nós, judeus e gregos
12. A Justificação pela Fé
1. Não há obras que nos tornem quites de
Deus (3: 20)
2. Não há nacionalidade que nos tornem
quites de Deus (3:29)
3. Não há rito que nos tornem quites de
Deus (4:10)
4. Não há herança espiritual que nos
tornem quites de Deus (4:14)
5. A obra é o Perdão: Romanos 4:16 - Portanto, é pela fé,
para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a
posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve
Abraão, o qual é pai de todos nós,
13. QUAL É O PRECESSO DESTA FÉ?
Embora nossa morte com Cristo seja descrita como um
fato consumado, mediante a nossa fé, há a necessidade
de que nos apropriemos dessa verdade, a cada dia. O
primeiro segmento da argumentação do capítulo 6. 1-10
- descreve algo; o segundo (v. 11-14) prescreve uma
resposta. Os Dois Senhores
1. Há dois senhores sobre nossa vida (6:16)
1.1. Não podemos servir aos dois
1.2. Não podemos deixar de servir os dois
2. Um, é senhor natural, porque vem escondido na
nossa natureza (6:16)
14. QUAL É O PRECESSO DESTA FÉ?
3. Outro, é senhor opcional, porque nos oferecemos
como servos a ele (6:16, 19)
4. O primeiro nos faz colher tristezas e vergonhas e
finalmente a morte (6:21)
5. O segundo nos oferece um dom gratuito: a vida
eterna (6:23)
15. A GRANDE MISSÃO
10:13 a 15 - Porque todo aquele que invocar o nome do
SENHOR será salvo. Como, pois, invocarão aquele em
quem não creram? e como crerão naquele de quem não
ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E
como pregarão, se não forem enviados? como está
escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o
evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de
boas coisas.
16. A GRANDE MISSÃO
Os Quatro Comos do Evangelho
1. Como se propaga o evangelho?
• pelo envio dos irmãos.
2. Como é recebido o evangelho?
• pela pregação dos irmãos.
3. Como surge a fé no evangelho?
• pela fé no que foi ouvido.
4. Como o Senhor passa a ser invocado?
• pela fé naquele sobre quem ouviram.
17. O livro de Romanos é essencialmente um trabalho de
doutrina e pode ser dividido em quatro seções: a
justiça necessária, 1:18-3:20; a justiça providenciada,
3:21-8:39; a justiça vindicada, 9:1-11:36; a justiça
praticada, 12:1-15:13. O tema central desta carta é
bem óbvio — a justiça. Guiado pelo Espírito Santo,
Paulo primeiro condena todos os homens de seus
pecados. Ele expressa seu desejo de pregar a
verdade da Palavra de Deus para aqueles em Roma.
Era a sua esperança que eles permanecessem no
caminho certo. Paulo então salienta fortemente que
não se envergonha do evangelho (Romanos 1:16)
porque é o poder pelo qual todos são salvos.
18. O livro de Romanos nos diz sobre Deus, quem Ele é e o
que tem feito. Ele nos fala de Jesus Cristo, o que sua
morte alcançou. Ele nos diz sobre nós mesmos, o que
éramos sem Cristo e quem somos depois de termos
confiado em Cristo. Paulo recorda que Deus não exige
que os homens endireitem suas vidas antes de virem a
Cristo. Enquanto éramos ainda pecadores, Cristo morreu
na cruz por nossos pecados.
Conexões: Paulo usa várias pessoas e eventos do Antigo
Testamento como ilustrações das gloriosas verdades
encontradas no livro de Romanos. Abraão acreditou e
justiça foi-lhe imputada por sua fé, e não por suas obras
(Romanos 4:1-5).
19. Em Romanos 4:6-9, Paulo refere-se a Davi, o qual reiterou
a mesma verdade: “Bem-aventurados aqueles cujas
iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos;
bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais
imputará pecado.” Paulo usa Adão para explicar aos
Romanos a doutrina do pecado herdado e usa a história
de Sara e Isaque, o filho da promessa, para ilustrar o
princípio dos cristãos sendo os filhos da promessa da
graça divina através de Cristo. Nos capítulos 9-11, Paulo
narra a história da nação de Israel e declara que Deus não
os rejeitou completamente e definitivamente (Romanos
11:11-12), mas permitiu-lhes “tropeçar” somente até que o
número total dos gentios seja trazido à salvação.
20. APLICAÇÃO PRATICA
O livro de Romanos deixa claro que não há nada que possamos fazer
para nos salvar. Toda "boa" obra que já fizemos é como um trapo
imundo diante de Deus. Tão mortos em nossos delitos e pecados
estamos que apenas a graça e a misericórdia de Deus podem nos
salvar. Deus expressou sua graça e misericórdia ao enviar o Seu
Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar. Quando
entregamos nossas vidas a Cristo, não somos mais controlados por
nossa natureza pecaminosa, mas pelo Espírito. Se fizermos a
confissão de que Jesus é o Senhor, e crermos que Ele ressuscitou
dos mortos, somos salvos, nascidos de novo. Precisamos viver uma
vida oferecida a Deus como sacrifício vivo para Ele. A adoração do
Deus que nos salvou deve ser o nosso maior desejo. Talvez a melhor
aplicação de Romanos seria aplicar Romanos 1:16 e não nos
envergonharmos do evangelho. Em vez disso, vamos todos ser fiéis
em proclamá-lo!
21. 16:27
Ao único Deus, sábio,
seja dada glória por
Jesus Cristo para todo
o sempre. Amém.