SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
Defumação
Conceito 
Entende-se por defumados, os produtos 
que após processo de cura são 
submetidos à defumação, para lhes dar 
cheiro e sabor característicos, além de 
maior prazo de vida comercial por 
desidratação parcial.
A defumação visa: 
• Conferir características sensoriais 
desejáveis; 
• Conservação; 
• Desenvolvimento de novos produtos.
Composição da Madeira 
•Celulose 
•Hemicelulose 
•Lignina 
•Resina e óleos essenciais 
Proporção 2:1:1 
Paralelamente à produção da fumaça ocorrem 
decomposição e reações de oxidação
Composição da Fumação 
Fumaça: suspensão de partículas sólidas e líquidas em meio gasoso. 
 Fase dispersa: propriedades de aroma, cor e conservação 
Fase particulada: papel secundário e determina a densidade da 
fumaça 
1000 compostos detectados e cerca de 200 encontrados em 
produtos defumados. 
Os compostos encontrados são divididos em diferentes classes.
Compostos Fenólicos 
• Compostos mais desejáveis na fumaça para 
obtenção de produtos de qualidade; 
• A quantidade e a natureza dos fenóis estão 
diretamente relacionadas com a temperatura de 
pirrólise da madeira; 
Originam-se da decomposição da lignina que 
ocorre em temperatura de combustão acima de 
310 ºC.
Compostos carbonilas 
• Aldeídos e cetonas 
Os compostos de cadeia curta influenciam 
mais na cor e sabor dos produtos 
defumados.
Ácidos Orgânicos 
 Surgem da decomposição da hemicelulose a 
temperaturas de 170 ºC : liberação de ácidos 
orgânicos de cadeia curta; 
 Desagregação da celulose quando combustão acima de 
270 ºC. 
Estão presentes ácidos de até 10 C. 
Atuam na textura e pequeno poder conservante.
Álcoois 
 Mais encontrado: metanol 
Pouca influência na conservação do 
produto; 
Classe de menor importância na fumaça.
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos 
 Formados por anéis aromáticos ligados com diferentes graus de 
carcinogênese; 
 α,h-dibenzoantraceno 
 α-benzopireno 
Formados a partir da degradação da lignina, em temperaturas de 
combustão superiores a 350 ºC. 
Encontram-se em sua maioria na superfície do produto. 
Estão presente na fase particulada da fumaça.
Efeito da fumaça sobre o produto 
Sabor e aroma 
• O sabor típico do produto defumado é atribuído 
principalmente à classe dos compostos fenólicos; 
• O sabor é muito variável e dependente da umidade, da 
temperatura de combustão, do tempo de defumação e 
do tipo de madeira.
Aroma 
• Muito dependente da classe da madeira. 
Cor 
• A cor típica dos produtos defumados vai desde o amarelo-dourado 
até o marrom-escuro, sendo influenciada pelos diferentes 
parâmetros envolvidos na obtenção da fumaça, resulta da reação 
de Maillard acelerada pela ação da temperatura no defumador. 
• Brilho na superfície.
Textura 
• Coagulação protéica na superfície. 
Conservação 
Efeitos bacteriostáticos; 
Efeitos antioxidantes.
Ação antioxidante 
• Os compostos antioxidantes da fumaça são geralmente da família 
dos compostos fenólicos. 
• Indicado para peixes gordurosos 
Ação Bacteriostática e Bactericida 
• Ação do formol e dos compostos fenólicos; 
• No produto defumado existem dois grandes grupos de bactérias: os 
Micrococcus e as bactérias láticas. 
• Ação da dessecação superficial, coagulação das proteínas e material 
resinoso
Fatores que influenciam na composição da 
fumaça 
• Temperatura de combustão da madeira 
• Tipo da madeira 
• Umidade da madeira 
• Fluxo de ar
Métodos de produção de fumaça 
Surge da necessidade de se controlar a 
produção de componentes considerados 
carcinogênicos que representam riscos para 
o consumidor.
Defumador 
Convencional
Defumador Artesanal
Gerador de fumaça por fricção
Gerador de fumaça por vapor 
Pode-se haver resfriamento da fumaça; 
Fumaça obtida de qualidade
Gerador de fumaça por fluidificação
Tipos de Defumação 
Defumação a frio 
• Trabalha-se com temperaturas baixas (20 a 
25°C); 
• Necessidade de maior tempo de defumação; 
• Produto com melhores características de odor, 
sabor e cor, além de um maior prazo de vida 
comercial.
Defumação a quente 
• Temperatura é superior a 60°C, podendo 
atingir o valor de 80°C. 
• A fumaça procede de um gerador e o 
aquecimento é feito através de eletricidade, 
vapor ou gás. 
Cuidado com o ressecamento do produto
Fumaça líquida e substratos defumados 
• Podem substituir, muitas vezes com vantagens, 
os processos tradicionais e artesanais de 
defumação; 
• Têm sido comercializados sob denominação de 
extratos de fumaça, que contém os 
componentes mais comuns da fumaça natural 
mas sendo controlado o conteúdo de compostos 
cancerígenos.
Fumaça líquida 
• Obtida da condensação em água e refinação e 
purificação da fumaça da madeira, num 
processo de queima sob condições definidas 
com precisão; 
• Relativamente estável e pode ser armazenada 
por vários meses.
Substratos defumados 
• Derivam da dissolução ou fixação da fumaça líquida a uma substância que funciona 
como veículo líquido; 
• Podem ser utilizados diretamente na salmoura de injeção ou na massa do produto. 
Métodos de aplicação 
Irrigação 
Chuveiro 
Aproveitamento do excedente 
Maior concentração da solução, maior é a transferência
Chuveiro
Irrigação

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frioAula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frioAlvaro Galdos
 
Aula de embutidos cópia
Aula de embutidos   cópiaAula de embutidos   cópia
Aula de embutidos cópiaedson1962
 
Pasteurização de frutas e hortaliças
Pasteurização de frutas e hortaliçasPasteurização de frutas e hortaliças
Pasteurização de frutas e hortaliçasGeraldo Henrique
 
Cm aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)
Cm   aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)Cm   aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)
Cm aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)Camila Moresco
 
Controle do amadurecimento e senescência dos frutos
Controle do amadurecimento e senescência dos frutosControle do amadurecimento e senescência dos frutos
Controle do amadurecimento e senescência dos frutosUERGS
 
Fisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheitaFisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheitaUERGS
 
Aula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primasAula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primasAlvaro Galdos
 
Cm tecnologia de produção de doce de frutas
Cm   tecnologia de produção de doce de frutasCm   tecnologia de produção de doce de frutas
Cm tecnologia de produção de doce de frutasCamila Moresco
 
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transportePós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporteAgricultura Sao Paulo
 
Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnesTecnologia de carnes
Tecnologia de carnesAlvaro Galdos
 
Pré-abate e Abate de aves.pptx
Pré-abate e Abate de aves.pptxPré-abate e Abate de aves.pptx
Pré-abate e Abate de aves.pptxGiulianeSantos2
 
Tecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gordurasTecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gordurasAlvaro Galdos
 
Saúde e Nutrição - Fibras Alimentares
Saúde e Nutrição - Fibras AlimentaresSaúde e Nutrição - Fibras Alimentares
Saúde e Nutrição - Fibras AlimentaresMayara Mônica
 

Mais procurados (20)

Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frioAula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
 
Aula de embutidos cópia
Aula de embutidos   cópiaAula de embutidos   cópia
Aula de embutidos cópia
 
Pasteurização de frutas e hortaliças
Pasteurização de frutas e hortaliçasPasteurização de frutas e hortaliças
Pasteurização de frutas e hortaliças
 
Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnes Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnes
 
Cm aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)
Cm   aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)Cm   aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)
Cm aula 2 - processamento de frutas e hortalização (processo minimo)
 
Controle do amadurecimento e senescência dos frutos
Controle do amadurecimento e senescência dos frutosControle do amadurecimento e senescência dos frutos
Controle do amadurecimento e senescência dos frutos
 
Fisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheitaFisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheita
 
Aula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primasAula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primas
 
qualidade de carne
  qualidade de carne  qualidade de carne
qualidade de carne
 
Tpoa presunto
Tpoa presuntoTpoa presunto
Tpoa presunto
 
Leite e derivados
Leite e derivadosLeite e derivados
Leite e derivados
 
Cm tecnologia de produção de doce de frutas
Cm   tecnologia de produção de doce de frutasCm   tecnologia de produção de doce de frutas
Cm tecnologia de produção de doce de frutas
 
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transportePós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
 
Produtos embutidos
Produtos embutidosProdutos embutidos
Produtos embutidos
 
Matérias ..
Matérias ..Matérias ..
Matérias ..
 
Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnesTecnologia de carnes
Tecnologia de carnes
 
Pré-abate e Abate de aves.pptx
Pré-abate e Abate de aves.pptxPré-abate e Abate de aves.pptx
Pré-abate e Abate de aves.pptx
 
H processamento mínimo
H  processamento mínimoH  processamento mínimo
H processamento mínimo
 
Tecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gordurasTecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gorduras
 
Saúde e Nutrição - Fibras Alimentares
Saúde e Nutrição - Fibras AlimentaresSaúde e Nutrição - Fibras Alimentares
Saúde e Nutrição - Fibras Alimentares
 

Destaque

GUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMES
GUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMESGUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMES
GUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMESautonomo
 
Embutidos frios e defumados
Embutidos frios e defumadosEmbutidos frios e defumados
Embutidos frios e defumadosLenildo Araujo
 
Embutidos fermentados
Embutidos fermentadosEmbutidos fermentados
Embutidos fermentadoslilian_ufv
 
Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)
Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)
Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)Ronicezar Rodrigues
 
CARTILHAS SENAR 137 queijos
CARTILHAS SENAR 137 queijosCARTILHAS SENAR 137 queijos
CARTILHAS SENAR 137 queijosLenildo Araujo
 
Treinamento Especialização Extreme em Carne TecMeat
Treinamento Especialização Extreme em Carne TecMeatTreinamento Especialização Extreme em Carne TecMeat
Treinamento Especialização Extreme em Carne TecMeatAntonio Marchi
 
Dossiê técnico linguiças
Dossiê técnico linguiçasDossiê técnico linguiças
Dossiê técnico linguiçasLinekac
 
CARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leite
CARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leiteCARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leite
CARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leiteLenildo Araujo
 
Implantação de uma Fábrica de Queijo de Coalho
Implantação de uma Fábrica de Queijo de CoalhoImplantação de uma Fábrica de Queijo de Coalho
Implantação de uma Fábrica de Queijo de Coalhoguest2b5d06
 
Os queijos de leite cru, por Arnaud Sperat Czar
Os queijos de leite cru, por Arnaud Sperat CzarOs queijos de leite cru, por Arnaud Sperat Czar
Os queijos de leite cru, por Arnaud Sperat CzarSertãobras
 
Abc da agricultura como instalar colmeias
Abc da agricultura como instalar colmeiasAbc da agricultura como instalar colmeias
Abc da agricultura como instalar colmeiasLenildo Araujo
 
eBook Tutoriais Captivate 7
eBook Tutoriais Captivate 7eBook Tutoriais Captivate 7
eBook Tutoriais Captivate 7autonomo
 

Destaque (20)

GUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMES
GUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMESGUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMES
GUIA RÁPIDO PREPARO DE LINGUIÇAS E SALAMES
 
Receitas embutidos
Receitas embutidosReceitas embutidos
Receitas embutidos
 
Embutidos frios e defumados
Embutidos frios e defumadosEmbutidos frios e defumados
Embutidos frios e defumados
 
Embutidos fermentados
Embutidos fermentadosEmbutidos fermentados
Embutidos fermentados
 
Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)
Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)
Produtos curados de massa grossa não fermentados (linguiça)
 
CARTILHAS SENAR 137 queijos
CARTILHAS SENAR 137 queijosCARTILHAS SENAR 137 queijos
CARTILHAS SENAR 137 queijos
 
Treinamento Especialização Extreme em Carne TecMeat
Treinamento Especialização Extreme em Carne TecMeatTreinamento Especialização Extreme em Carne TecMeat
Treinamento Especialização Extreme em Carne TecMeat
 
Dossiê técnico linguiças
Dossiê técnico linguiçasDossiê técnico linguiças
Dossiê técnico linguiças
 
CARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leite
CARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leiteCARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leite
CARTILHA SENAR 138 Iogurte, Bebidas Lácteas e Doce de leite
 
Apostila de charcutaria
Apostila de charcutariaApostila de charcutaria
Apostila de charcutaria
 
Implantação de uma Fábrica de Queijo de Coalho
Implantação de uma Fábrica de Queijo de CoalhoImplantação de uma Fábrica de Queijo de Coalho
Implantação de uma Fábrica de Queijo de Coalho
 
queijo
queijoqueijo
queijo
 
Os queijos de leite cru, por Arnaud Sperat Czar
Os queijos de leite cru, por Arnaud Sperat CzarOs queijos de leite cru, por Arnaud Sperat Czar
Os queijos de leite cru, por Arnaud Sperat Czar
 
Mortadelas e salames [sonoma mountain sausages]
Mortadelas e salames [sonoma mountain sausages]Mortadelas e salames [sonoma mountain sausages]
Mortadelas e salames [sonoma mountain sausages]
 
Produtos Herr Weis
Produtos Herr WeisProdutos Herr Weis
Produtos Herr Weis
 
Embutidos
EmbutidosEmbutidos
Embutidos
 
Geléia real
Geléia realGeléia real
Geléia real
 
Os alimentos
Os alimentosOs alimentos
Os alimentos
 
Abc da agricultura como instalar colmeias
Abc da agricultura como instalar colmeiasAbc da agricultura como instalar colmeias
Abc da agricultura como instalar colmeias
 
eBook Tutoriais Captivate 7
eBook Tutoriais Captivate 7eBook Tutoriais Captivate 7
eBook Tutoriais Captivate 7
 

Aula defumacao

  • 2. Conceito Entende-se por defumados, os produtos que após processo de cura são submetidos à defumação, para lhes dar cheiro e sabor característicos, além de maior prazo de vida comercial por desidratação parcial.
  • 3. A defumação visa: • Conferir características sensoriais desejáveis; • Conservação; • Desenvolvimento de novos produtos.
  • 4. Composição da Madeira •Celulose •Hemicelulose •Lignina •Resina e óleos essenciais Proporção 2:1:1 Paralelamente à produção da fumaça ocorrem decomposição e reações de oxidação
  • 5. Composição da Fumação Fumaça: suspensão de partículas sólidas e líquidas em meio gasoso.  Fase dispersa: propriedades de aroma, cor e conservação Fase particulada: papel secundário e determina a densidade da fumaça 1000 compostos detectados e cerca de 200 encontrados em produtos defumados. Os compostos encontrados são divididos em diferentes classes.
  • 6. Compostos Fenólicos • Compostos mais desejáveis na fumaça para obtenção de produtos de qualidade; • A quantidade e a natureza dos fenóis estão diretamente relacionadas com a temperatura de pirrólise da madeira; Originam-se da decomposição da lignina que ocorre em temperatura de combustão acima de 310 ºC.
  • 7. Compostos carbonilas • Aldeídos e cetonas Os compostos de cadeia curta influenciam mais na cor e sabor dos produtos defumados.
  • 8. Ácidos Orgânicos  Surgem da decomposição da hemicelulose a temperaturas de 170 ºC : liberação de ácidos orgânicos de cadeia curta;  Desagregação da celulose quando combustão acima de 270 ºC. Estão presentes ácidos de até 10 C. Atuam na textura e pequeno poder conservante.
  • 9. Álcoois  Mais encontrado: metanol Pouca influência na conservação do produto; Classe de menor importância na fumaça.
  • 10. Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos  Formados por anéis aromáticos ligados com diferentes graus de carcinogênese;  α,h-dibenzoantraceno  α-benzopireno Formados a partir da degradação da lignina, em temperaturas de combustão superiores a 350 ºC. Encontram-se em sua maioria na superfície do produto. Estão presente na fase particulada da fumaça.
  • 11. Efeito da fumaça sobre o produto Sabor e aroma • O sabor típico do produto defumado é atribuído principalmente à classe dos compostos fenólicos; • O sabor é muito variável e dependente da umidade, da temperatura de combustão, do tempo de defumação e do tipo de madeira.
  • 12. Aroma • Muito dependente da classe da madeira. Cor • A cor típica dos produtos defumados vai desde o amarelo-dourado até o marrom-escuro, sendo influenciada pelos diferentes parâmetros envolvidos na obtenção da fumaça, resulta da reação de Maillard acelerada pela ação da temperatura no defumador. • Brilho na superfície.
  • 13. Textura • Coagulação protéica na superfície. Conservação Efeitos bacteriostáticos; Efeitos antioxidantes.
  • 14. Ação antioxidante • Os compostos antioxidantes da fumaça são geralmente da família dos compostos fenólicos. • Indicado para peixes gordurosos Ação Bacteriostática e Bactericida • Ação do formol e dos compostos fenólicos; • No produto defumado existem dois grandes grupos de bactérias: os Micrococcus e as bactérias láticas. • Ação da dessecação superficial, coagulação das proteínas e material resinoso
  • 15.
  • 16. Fatores que influenciam na composição da fumaça • Temperatura de combustão da madeira • Tipo da madeira • Umidade da madeira • Fluxo de ar
  • 17. Métodos de produção de fumaça Surge da necessidade de se controlar a produção de componentes considerados carcinogênicos que representam riscos para o consumidor.
  • 20.
  • 21. Gerador de fumaça por fricção
  • 22. Gerador de fumaça por vapor Pode-se haver resfriamento da fumaça; Fumaça obtida de qualidade
  • 23. Gerador de fumaça por fluidificação
  • 24. Tipos de Defumação Defumação a frio • Trabalha-se com temperaturas baixas (20 a 25°C); • Necessidade de maior tempo de defumação; • Produto com melhores características de odor, sabor e cor, além de um maior prazo de vida comercial.
  • 25. Defumação a quente • Temperatura é superior a 60°C, podendo atingir o valor de 80°C. • A fumaça procede de um gerador e o aquecimento é feito através de eletricidade, vapor ou gás. Cuidado com o ressecamento do produto
  • 26. Fumaça líquida e substratos defumados • Podem substituir, muitas vezes com vantagens, os processos tradicionais e artesanais de defumação; • Têm sido comercializados sob denominação de extratos de fumaça, que contém os componentes mais comuns da fumaça natural mas sendo controlado o conteúdo de compostos cancerígenos.
  • 27. Fumaça líquida • Obtida da condensação em água e refinação e purificação da fumaça da madeira, num processo de queima sob condições definidas com precisão; • Relativamente estável e pode ser armazenada por vários meses.
  • 28. Substratos defumados • Derivam da dissolução ou fixação da fumaça líquida a uma substância que funciona como veículo líquido; • Podem ser utilizados diretamente na salmoura de injeção ou na massa do produto. Métodos de aplicação Irrigação Chuveiro Aproveitamento do excedente Maior concentração da solução, maior é a transferência