O documento discute as desigualdades digitais entre grupos sociais em termos de acesso e uso de tecnologias. A exclusão digital gera desigualdades de oportunidade, sem acesso à tecnologia não é possível gerar novos conhecimentos. O Estado deve trabalhar para eliminar a desigualdade digital e democratizar o acesso às tecnologias.
1. Medias digitais e desigualdades sociais
Professor: José Bidarra
Aluna: Deolinda Marques, nº902567
2. A desigualdade digital é usada para se referir à distância existente entre os grupos
sociais em relação ao acesso e uso das tecnologias de informação e comunicação.
Pode ocorrer por questões económicas, sociais ou geográficas, quando essa desigualdade
existe, há um grupo de pessoas que pode utilizar e usar as ferramentas tecnológicas com
assiduidade, enquanto outro grupo não tem essa possibilidade.
Essa exclusão digital gera uma desigualdade de oportunidades: sem acesso à tecnologia,
não é possível usar as informações para gerar novos conhecimentos.
É comum que a desigualdade digital seja medida em relação à ligação com a internet..
O Estado por meio de políticas públicas, deve trabalhar para eliminar a desigualdade
digital e democratizar o acesso e uso das TIC.
Desigualdades digitais
3. Segundo Danah Boyd “A desigualdade dos media sociais existe de várias formas: A fim de
abordar as desigualdades emergentes, devemos considerar os aspetos desiguais das
plataformas sociais sobre as quais estamos a construir”.
Os recursos educativos e de rede concentram-se entre pessoas privilegiadas;
Existem grandes lacunas no acesso à internet na infância, afetando a educação e a entrada
no mundo do trabalho.
Por outro lado os media sociais dão às pessoas desfavorecidas uma oportunidade contra a
desigualdade, porque podem beneficiar do acesso a maiores recursos.
O que é a desigualdade?
4. Sem eletricidade e sem satélite não podíamos ter acesso à internet
O fenómeno da globalização, intensificado a partir da segunda metade do
século XX e com os avanços tecnológicos dos media sociais, têm
influenciado de modo significativo a vida humana nos mais diferentes
locais do planeta.
O que se vê hoje, relativo aos avanços tecnológicos, é também um dos
motivos de desigualdades que reúne riqueza e pobreza, com reflexo nos
mais diversos ambientes, tanto familiares como escolares, influenciando a
formação dos mais novos.
Com o avanço da internet criou-se também desigualdades sociais, à
pessoas que já têm acesso à banda laga e outros à banda larga de alta
velocidade, através de pagamento.
5. A exclusão digital é considerada uma das muitas formas de manifestação de exclusão
social.
O elevado número de pessoas que utilizam a comunicação digital aumentou desde o
lançamento do acesso comercial à internet em meados da década de 1990.
O custo elevado para a aquisição de um computador, a ligação à internet e a falta de
habilidades com a tecnologia são as principais barreiras para o uso da internet.
A tecnologia móvel e os media sociais criaram um forte interesse entre as várias
classes sociais e também nas mais desfavorecidas.
Reduzir a exclusão digital também implica uma redução das desigualdades, permitindo
que mais pessoas tenham a oportunidade de aprender e encontrar melhores empregos.
Exclusão digital
6. Diferenças socioeconómicas entre pessoas e países, a digitalização exige
investimentos e infraestruturas mais caras para as regiões menos
desenvolvidas e áreas rurais;
Falta de competências digitais, pensamento crítico, capacidades de
comunicação para navegar, impede as pessoas de trabalhar nas tecnologias, ou
de ter acesso a um emprego de qualidade;
Exclusão de qualidade de uso, algumas pessoas têm competências digitais para
usar a internet, mas não os conhecimentos suficientes para fazer uso da rede
de internet e tirar o máximo proveito possível da mesma.
Os tipos de exclusão digital
7. A discriminação tecnológica constitui uma forma de pobreza ao privar uma
parte da população de recursos essenciais para se desenvolver, criando
grandes disparidades no acesso à internet ou a computadores.
As populações minoritárias e os indivíduos de meios socioeconómicos mais
baixos têm muito menos probabilidades de ter acesso à tecnologia do que as
pessoas com mais posses.
Segundo Boyd “O preconceito, o racismo e a intolerância invadem tudo, muitas
das divisões sociais que existem no mundo offline foram produzidas e, em
alguns casos ampliadas online ”.
Discriminação tecnológica
8. O elevado custo para a aquisição de um
computador, a ligação à internet e a falta de
habilidades com a tecnologia são as principais
barreiras.
A desigualdade no acesso à internet e às TIC`S
chama-se desigualdade social e afeta mais as
mulheres que os homens em todo o mundo.
Esta desigualdade torna-se maior em países
africanos, europeus e EUA.
Computadores
9. A exclusão social tem uma distribuição desigual no
acesso a computadores e internet.
Exclui-se o acesso a telemóveis, embora pertença ao
mesmo grupo de produtos informáticos, o telemóvel
possui caraterísticas bem diferentes dos outros
produtos, são considerados produtos para (analfabetos)
podem ser usados por pessoas sem nenhuma
escolaridade, enquanto que os computadores e a
internet exige um grau mínimo de conhecimento para
manuseá-los.
Telemóveis
10. Novas oportunidades
Os media sociais dão a muitas pessoas novas oportunidades desde:
Criarem os seus próprios negócios, procurar e encontrar empregos, criaram
plataformas públicas para que os desfavorecidos e desprivilegiados levantem a sua
voz e a possibilidade de se tornarem ativos no processo de desenvolvimento.
Podemos ver pessoas com baixos rendimentos de vários países, possuindo
aparelhos sofisticados e terem acesso aos meios de comunicação social,
representando alguma evidência de que as redes sociais criam uma forma de
igualdade.
As pessoas de mais idade usam cada vez mais a internet, apesar de terem
dificuldades no uso da intranet básica.
11. Jovens e os media digitais
Para Danah Boyd, “Quando olhamos para a forma como os meios de comunicação social são
adotados pelos adolescentes, verificamos que a internet não nivela a desigualdade em
nenhuma prática ou de forma generalizada. Muitas das divisões sociais que existem no mundo
offline foram replicadas, e em alguns casos amplificadas. Estas divisões antigas moldam a
forma como os adolescentes experimentam as redes sociais “.
“As divisões sociais nos jovens existente, incluindo as divisões raciais que não estão a
desaparecer simplesmente porque as pessoas têm acesso à tecnologia.
Ferramentas que permitem a comunicação não acabam com a desigualdade, desconfiança ,
ódio e o preconceito”.
12. Hoje em dia, as classes sociais mais inferiores da sociedade compreenderam melhor
como vivem os mais ricos.
Graças às redes sociais, os bens materiais da vida estão em todo o lado. A internet
veio para exibir as regalias e recompensas do estatuto económico, qualquer pessoa
pode ver como vive o outro lado desde: o glamour, o poder, a riqueza, locais exóticos
para férias, que outros exibem de forma ostensiva, e que os menos afortunados têm
acesso.
Efeitos dos média sociais
13. A desigualdade digital é decorrente das desigualdades que já existiam há muito
tempo, e com a pandemia, ficaram mais evidenciadas, milhares de estudantes e
trabalhadores tiveram dificuldades para trabalhar online e acompanhar as aulas.
A crise do Coronavírus mostrou os efeitos da exclusão social na educação: nem todos
os professores e alunos tinham acesso à tecnologia e também não tinham as
competências digitais suficientes, tendo contribuído para o aumento da ignorância e
limitado o acesso ao conhecimento.
O acesso à internet é considerado essencial, e a sua falta afeta a vida das pessoas de
diversas formas.
As desigualdades em Pandemia
14. As pessoas que não têm acesso fácil aos recursos digitais, o que sugeres?
No futuro quer-se uma sociedade de informação inclusiva, qual a tua opinião?
Como combater as desigualdades nos média sociais; preconceito, género, étnicas,
raciais, fronteiras entre países?
Devemos ter todos acesso à banda larga ou de alta velocidade, que sugestões propões?
Questões a jovens estudantes
sobre o tema:
15. Boyd, Danah, (2014). It’s complicated: the social lives of networked teens. New Haven;
London: Yale University Press.
Castells, Manuel, Movimentos sociais para mudar o mundo, em,
www.youtube.com/watch?vRJY4YZ17pVE
Meusburger, Anna, 2018.
Radovanovic, Danica, 2011
blogs.scientificamerican.com/guest-blog/2011/12/14/digital-divisão-e-conectividade
social-midiática-doesnt-end-the-digital-divide-skills-do/
Bibliografia