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SÓCRATES: A DIALÉTICA
Aluno: Daniel Victor Ferreira da Silva
 Nascido em Atenas, Sócrates [469-399 a.C]
é tradicionalmente considerado divisório da
historia da filosofia grega.
 Sócrates era filho de um escultor e de uma
parteira – dupla herança que o levou a
buscar esculpir, simbolicamente, uma
representação autêntica do ser humano e a
ajudar seus discípulos a dar á luz suas
próprias ideias.
O ESTILO DE VIDA
 O estilo de vida de sócrates
assemelhava-se, exteriormente, ao dos
sofistas, embora não “vendesse” seus
ensinamentos. Desenvolvia o saber filosófico
em praças públicas conversando com os
jovens, sempre dando demonstrações de
que era preciso unir a vida concreta ao
pensamento. Unir o saber ao fazer, a
consciência intelectual a consciência prática
ou moral.
 Tanto quanto os sofistas, Sócrates
abandonou a preocupação dos filósofos pré-
socráticos em explicar a natureza e
concentrou-se na problemática do ser
humano.
DEBATE COM OS SOFISTAS
Embora em sua época tenha sido
confundido com os sofistas. Sócrates travou
um polêmica profunda com esses filósofos.
Ele procurava um fundamento último para as
interrogações humanas [O que é o bem? O
que é a virtude ? O que é a Justiça?].
 A pergunta fundamental de Sócrates era
qual é a essência do ser humano, ou o que o
ser humano é essencialmente? Sua resposta
apontava para a ideia de que o ser humano
é sua alma, entendida aqui como a sede da
razão, o nosso eu consciente , pois é o que
nos distingue de todos os outros seres da
natureza.
 Por isso, o autoconhecimento era um dos
pontos básicos da filosofia socrática
“Conhece-te a ti mesmo”, frase inscrita no
Oráculo de Delfos, era a recomendação
primordial feita por Sócrates e seus
discípulos.
DIÁLOGO CRÍTICO
 Como vimos antes, a filosofia de Sócrates
era desenvolvida mediante o diálogo crítico
[ou dialética] com seus interlocutores, o qual
pode ser dividido em dois momentos
básicos:
REFUTAÇÃO OU IRONIA
 Etapa em que o filósofo interrogava
seus interlocutores sobre aquilo que
pensava saber, formulando-lhes perguntas e
procurando evidenciar suas contradições.
Seu objetivo era fazê-los tomar consciência
profunda de suas próprias respostas.
MAIÊUTICA
 Etapa em que ele propunha aos
discípulos uma nova série de questões, com
o objetivo de ajuda-los a conceber ou
reconstruir suas próprias ideias. Por isso
essa fase é chamada maiêutica, termo que
em grego significa “arte de trazer luz”
MORTE DE SÓCRATES
 Sócrates não dava importância á condição
socioeconômica de seus discípulos. Dialogava com ricos
e pobres, cidadãos e escravos. O que importava eram as
qualidades interiores de cada pessoa, condições
indispensáveis ao processo de autoconhecimento.
 Como não fazia distinção entre seus interlocutores e
questionava tudo, incluindo crenças e valores comuns, foi
considerado um ameaça social, um subversivo.
Interessado na prática da virtude e na busca da verdade,
contrariava os valores dominantes da sociedade
ateniense. Por isso recebeu a acusação de ser injusto
com os deuses da cidade e de corromper a
juventude.
POR ÚLTIMO, DIRIGIU AS SEGUINTES PALAVRAS:
 Bem é chegada a hora de partimos, eu para
a morte, vós para a vida. Quem segue
melhor destino, se eu, se vós, é segredo
para todos, exceto para Deus.

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Sócrates: a dialética

  • 1. SÓCRATES: A DIALÉTICA Aluno: Daniel Victor Ferreira da Silva
  • 2.  Nascido em Atenas, Sócrates [469-399 a.C] é tradicionalmente considerado divisório da historia da filosofia grega.
  • 3.  Sócrates era filho de um escultor e de uma parteira – dupla herança que o levou a buscar esculpir, simbolicamente, uma representação autêntica do ser humano e a ajudar seus discípulos a dar á luz suas próprias ideias.
  • 4. O ESTILO DE VIDA  O estilo de vida de sócrates assemelhava-se, exteriormente, ao dos sofistas, embora não “vendesse” seus ensinamentos. Desenvolvia o saber filosófico em praças públicas conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a consciência intelectual a consciência prática ou moral.
  • 5.  Tanto quanto os sofistas, Sócrates abandonou a preocupação dos filósofos pré- socráticos em explicar a natureza e concentrou-se na problemática do ser humano.
  • 6. DEBATE COM OS SOFISTAS Embora em sua época tenha sido confundido com os sofistas. Sócrates travou um polêmica profunda com esses filósofos. Ele procurava um fundamento último para as interrogações humanas [O que é o bem? O que é a virtude ? O que é a Justiça?].
  • 7.  A pergunta fundamental de Sócrates era qual é a essência do ser humano, ou o que o ser humano é essencialmente? Sua resposta apontava para a ideia de que o ser humano é sua alma, entendida aqui como a sede da razão, o nosso eu consciente , pois é o que nos distingue de todos os outros seres da natureza.
  • 8.  Por isso, o autoconhecimento era um dos pontos básicos da filosofia socrática “Conhece-te a ti mesmo”, frase inscrita no Oráculo de Delfos, era a recomendação primordial feita por Sócrates e seus discípulos.
  • 9. DIÁLOGO CRÍTICO  Como vimos antes, a filosofia de Sócrates era desenvolvida mediante o diálogo crítico [ou dialética] com seus interlocutores, o qual pode ser dividido em dois momentos básicos:
  • 10. REFUTAÇÃO OU IRONIA  Etapa em que o filósofo interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensava saber, formulando-lhes perguntas e procurando evidenciar suas contradições. Seu objetivo era fazê-los tomar consciência profunda de suas próprias respostas.
  • 11. MAIÊUTICA  Etapa em que ele propunha aos discípulos uma nova série de questões, com o objetivo de ajuda-los a conceber ou reconstruir suas próprias ideias. Por isso essa fase é chamada maiêutica, termo que em grego significa “arte de trazer luz”
  • 12. MORTE DE SÓCRATES  Sócrates não dava importância á condição socioeconômica de seus discípulos. Dialogava com ricos e pobres, cidadãos e escravos. O que importava eram as qualidades interiores de cada pessoa, condições indispensáveis ao processo de autoconhecimento.  Como não fazia distinção entre seus interlocutores e questionava tudo, incluindo crenças e valores comuns, foi considerado um ameaça social, um subversivo. Interessado na prática da virtude e na busca da verdade, contrariava os valores dominantes da sociedade ateniense. Por isso recebeu a acusação de ser injusto com os deuses da cidade e de corromper a juventude.
  • 13. POR ÚLTIMO, DIRIGIU AS SEGUINTES PALAVRAS:  Bem é chegada a hora de partimos, eu para a morte, vós para a vida. Quem segue melhor destino, se eu, se vós, é segredo para todos, exceto para Deus.