Este documento discute a logística reversa no Brasil focando na reforma de pneus usados. Apresenta dados sobre a produção anual de pneus no país, a quantidade armazenada de pneus velhos, e o processo de reforma. Destaca que o Brasil é o segundo maior mercado mundial de reforma de pneus, que ajuda a reduzir custos, economizar petróleo e gerar empregos.
4. A Logística Inversa (LI) é definida como sendo o processo de planejamento, implementação e controle eficiente de matérias-primas, materiais em processo, produtos acabados e informações relacionadas do ponto de consumo para o ponto de origem, para atender às necessidades de recuperação de valor e/ou obter a deposição correta/controlada. (ROGERS e TIBBEN-LEMBKE, 1999). Logística Inversa: conceito e relevância
5. O objetivo da LI é reutilizar os produtos advindos do consumidor final em um novo consumo e/ou reaproveitamento, e sua principal atividade consiste no recolhimento, recuperação, reprocessamento e redistribuição de produtos. (FREIRES, 2007).
6. Segundo Lima (1995), o RSU pode ser definido como todo e qualquer resíduo que resulte das atividades diárias do homem na sociedade. Campbell (1991): “resíduos são sempre descritos como uma fonte potencial de matéria-prima para alguém, no local errado e no tempo errado”. O que é Resíduo Sólido Urbano (RSU)?
7. Matéria orgânica: Restos de comida; Papel e papelão: Jornais, revistas, caixas e embalagens; Plásticos: Garrafas, garrafões, frascos, embalagens; Vidro: Garrafas, frascos, copos; Metais: Latas; Borrachas. Classificação dos RSU
8. O pneu consiste basicamente de uma carcaça, que forma seu esqueleto, e da banda de rodagem, que é composta de borracha, e por essa razão, em muitos casos, pode ser renovada. (Beukering e Janssen, 2001); O resíduo sólido: pneu
9. 800 milhões de unidades/ano; 40 milhões/ano produzidos no Brasil. 50% dessa produção é descartada nesse período (FIEP, 2001); De acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneus (ANIP), estima-se que existam 900 milhões de pneus velhos espalhados pelo país. (FREIRES, 2007). O resíduo sólido: pneu
10. Minimização de resíduos sólidos Quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos Gerados e Coletados em 2007. Fonte: ABELPRE (2007).
13. ToxicidadeBens envolvidos com as suas características e funções originais. Visando o mesmo ou um diferente uso para o qual foi originalmente concebido
14. Foco sobre a reforma de pneus no Brasil De acordo com a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), o Brasil ocupa o 2o lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus, perdendo apenas para os Estados Unidos, o que lhe confere uma posição vantajosa e competitiva junto a vários países na luta pela conservação ambiental. Partes componentes de um pneu
16. O fluxo de pneus usados e inservíveis no Brasil * 22 milhões de unidades 46,8% são pneus usados que podem retornar ao mercado. 26,5% 26,7% Geração e destino de pneus. Fonte: IPT (2004).
17. A cadeia de reciclagem de pneus inservíveis no Brasil Cadeia de pneus inservíveis. Fonte: IPT (2004).
18. Siqueira (2005): Movimentou US$ 3 bilhões em 2004 e respondeu por mais de 100 mil empregos (40 mil diretos e 60 mil indiretos); A matriz do setor, que conta com quase 1.600 empresas, está dividida da seguinte forma: 43% são pequenas empresas, com produção de até 500 pneus/mês; 34% são médias empresas, com mais de 1.000 pneus/mês e 23% são grandes empresas, com fabricação de mais de 1.500 unidades/mês. Números da reforma de pneus no Brasil
19. Dados da ABR (2007) revelam: a) 1.557 empresas geram serviços agregados, totalizando cerca de 5.000 microempresas; b) O pneu reformado possui rendimento quilométrico semelhante ao novo, com custo 70% menor; c) Reforma-se, em média, 2 vezes cada pneu, gerando 3 vidas para cada carcaça; d) O pneu reformado proporciona uma redução de 57% no custo/km; e) A reforma repõe no mercado mais de 9 milhões de pneus da linha caminhão/ônibus, enquanto a indústria de pneus novos repõe 5 milhões;
20.
21. h) A atividade gera mais de 205.000 postos de trabalho (divididos entre reformadoras, fornecedoras, borracharias e vendedores); i) Faturamento do setor: R$ 4 bilhões/ano (reforma de pneus, matéria-prima e equipamentos);
22. O pneu-resíduo representa um problema global, com potencial crescimento e efeito cumulativo; Além das reformas, os pneus usados podem ter outras utilizações, tais como: na indústria de asfalto, em forma de pó; nas cimenteiras, como combustível e aditivo para cimento; muro solo-pneu; recifes artificiais; artesanato; indústria de calçados. Econômico: recursos naturais, economia de capital e forte papel social e ambiental. Considerações finais