SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
Caso Clínico
46 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Glauco Rangel Zanetti*
Marcelo Massaroni Peçanha**
Fausto Frizzera***
Carlos Monteiro Júnior****
	 *	 Professor Adjunto do Departamento de Prótese Dentária da UFES. Doutor em Clínica Odontológica pela FOP/UNICAMP.
	 **	 Mestre em Clínica Odontológica pela UFES. Professor do curso de Odontologia da ESFA.
	 ***	 Mestrando e especialista em Periodontia na UNESP/FOAr.
	 ****	 Cirurgião-dentista graduado na Universidade Federal do Espírito Santo.
Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C
47Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Moldagem de precisão em prótese fixa
Precision impression in fixed prosthetics
Resumo
Diversos materiais são utilizados pelos cirurgiões-dentistas
na moldagem de preparos para a confecção de restaurações
indiretas. Várias técnicas de moldagem podem ser empre-
gadas em associação a esses materiais. Os materiais elas-
toméricos possuem ótimas propriedades e, atualmante, são
amplamente utilizados. Entretanto, dúvidas têm sido levan-
tadas em relação à eficácia de cada técnica, à precisão dos
materiais quando expostos a fluidos bucais e ao afastamento
do tecido gengival com fios retratores e soluções adstringen-
tes. O propósito desse trabalho é, mediante uma revisão da
literatura, discutir as vantagens e desvantagens pertinentes
aos materiais e técnicas de moldagem de precisão em pró-
tese fixa, descrevendo a técnica defendida pelos autores por
meio de um relato de caso clínico.
Abstract
Different materials are used by dentists to make impres-
sions of crown preparations to produce indirect restora-
tions. Several impression techniques may be employed in
combination with these materials. Elastomeric materials
have excellent properties and are widely used nowadays.
However, questions have been raised regarding the effi-
ciency of each technique, accuracy of the materials when
exposed to oral fluids and tissue retraction with cords and
astringent solution. The aim of this paper is, by means of a
literature review, to discuss the advantages and disadvan-
tages regarding materials and techniques for precision im-
pression in fixed prosthodontics, describing the technique
advocated by the authors through a case report.
Keywords: Dental impression technique. Dental impression mate-
rials. Dental prosthesis.
Palavras-chave: Técnica de moldagem odontológica. Materiais
para moldagem odontológica. Prótese dentária.
48 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Moldagem de precisão em prótese fixa
INTRODUÇÃO
No processo restaurador indireto, é imprescindível
observar que os bons resultados só serão alcançados
se tivermos preparo dentário adequado e um tecido
gengival sadio, decorrente do estado periodontal e das
restaurações provisórias. Porém, grande parte do su-
cesso é determinada na fase laboratorial. Sendo o mo-
delo de gesso a plataforma de trabalho do técnico em
prótese dentária, é fundamental que a sua obtenção for-
neça todas as características anatômicas e dimensio-
nais dos respectivos pilares. A moldagem é uma mano-
bra clínica, do processo de confecção de restaurações
indiretas, que tem como objetivo a reprodução negativa
dos preparos dentários e regiões adjacentes¹.
A American Dental Association (ADA) estabeleceu
um padrão para a adaptação marginal das próteses fixas
convencionais onde se procurariam linhas de cimenta-
ção não maiores que 25µm. Tal critério busca a diminui-
ção da superfície de contato do cimento convencional
ao meio bucal úmido2
. Margens de coroas protéticas
com desadaptações maiores resultariam na exposição
excessiva do cimento e na sua solubilização e, conse-
quentemente, na possibilidade de infiltração marginal.
Adicionalmente, quando se observa a adaptação de um
retentor de uma prótese parcial fixa sobre seu pilar, há
que se considerar a relação desse com os demais. Sen-
do a prótese parcial fixa (PPF) uma peça que interliga
dois ou mais pilares, é evidente que essa deve se adap-
tar simultaneamente em todos, para que cumpra com
seu papel restaurador. Sendo assim, a reprodução fiel
dos detalhes anatômicos e da relação espacial dos pila-
res protéticos torna-se uma das etapas mais críticas do
processo clínico de confecção das PPFs, determinando
o sucesso e a longevidade do tratamento.
As mais variadas técnicas de moldagem são utiliza-
das rotineiramente pelos profissionais para a obtenção
de modelos de trabalho precisos, entretanto cada técnica
é melhor aproveitada quando o material de moldagem é
corretamente indicado3
. Dentre os materiais disponíveis
utilizados na realização de moldagens de precisão em
prótese fixa, podemos citar vários grupos de elastôme-
ros. Dentre eles se destacam: silicones por condensa-
ção, silicones por adição, poliéteres e polissulfetos.
Além disso, os profissionais têm à sua disposição
várias marcas comerciais dentro de um mesmo grupo
químico de materiais elastoméricos. Os fabricantes re-
lacionam vantagens como: estabilidade dimensional, re-
produção de detalhes, tixotropismo, hidrofilia etc. Todas
são características desejáveis na obtenção de modelos
mais exatos, porém outros aspectos também devem
ser considerados na seleção do material4
. A facilidade
operacional da técnica ou mesmo a relação custo/be-
nefício têm sido ponderadas pelos profissionais.
Diante disso, esse trabalho tem como objetivo re-
visar e discutir, com dados encontrados na literatura,
os benefícios decorrentes da aplicação da técnica e do
material de moldagem indicados, descritos por meio do
relato de um caso clínico.
Revisão da Literatura
Quando nos referimos à moldagem de precisão em
prótese parcial fixa, muitas técnicas podem ser encon-
tradas na literatura. Cada técnica pode ser uma variação
de outra e, geralmente, são denominadas em função
dos materiais ou da forma como esses são emprega-
dos. A escolha por um tipo de técnica em detrimento à
outra é realizada em função de aspectos peculiares de
cada material e preferência do profissional, razão pela
qual são obtidos melhores resultados em uma ou outra
característica do molde2,5
.
Com o desenvolvimento progressivo dos materiais
de moldagem elastoméricos e a popularização do seu
emprego como materiais de moldagem em prótese de
precisão, cada vez menos tem se indicado a utilização
de hidrocoloides reversíveis para esse fim. Embora te-
nham representado ao longo da história uma excelente
opção como material de moldagem, sua sensibilida-
de técnica, baixa resistência ao rasgamento e rápida
49Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C
alteração dimensional ofuscaram as qualidades de
hidrofilia e de reprodução de detalhes. Já os elastô-
meros, além de serem facilmente manipulados, são
polímeros com cadeias helicoidais que podem sofrer
grandes flexões e retornar à sua forma original sem
sofrer deformações permanentes, portanto, mais está-
veis e resistentes do que os hidrocoloides5
.
A grande maioria das técnicas se baseia em três pre-
missas. A primeira é que, se a linha de terminação cervical
estiver posicionada dentro do sulco gengival, algum mé-
todo de afastamento gengival deverá preceder ou ocorrer
concomitantemente à moldagem, para que se possa re-
gistrar a superfície dentária além da margem do preparo.
A segunda é que o material deverá ter fluidez suficiente
para reproduzir os detalhes dos pilares preparados e, evi-
dentemente, do sulco gengival. A terceira é que o material
de baixa viscosidade — ou seja, que apresenta escoa-
mento devido à sua fluidez — não deverá ser aplicado em
espessuras demasiadamente grandes, pois geralmente
apresentam alterações dimensionais diretamente pro-
porcionais ao seu volume3
. Cada técnica de moldagem
de precisão procura aplicar as características do material
elastomérico atendendo às três premissas anteriores.
Quando se utiliza um material de moldagem de con-
sistência fluida ou regular, o uso de uma moldeira indivi-
dual reduz o volume empregado e, consequentemente,
sua alteração dimensional, além de economizar material
de moldagem3,4
. O casquete de moldagem construído
em resina acrílica é considerado uma moldeira individual
unitária, que permite o afastamento gengival mecânico
além da redução do volume do material elastomérico
empregado5,6
. Tal técnica requer materiais de viscosida-
de intermediária e que possam ser aderidos por adesi-
vos ao acrílico7
. Apesar de alguns silicones por adição
serem também apropriados8
, os polissulfetos e poliéte-
res de consistência regular continuam sendo os mate-
riais mais indicados para a técnica4,6
.
Embora essa técnica seja capaz de produzir moldes
com detalhes precisos7
, muitos aspectos pesam contra
a sua adoção pelos profissionais. Para que de fato seja
considerada uma técnica econômica, o material de mol-
dagem elastomérico deve ser utilizado apenas no interior
dos casquetes3
, sendo a moldagem total realizada com
alginato. Mesmo que os moldes dos pilares preparados
sejam bem precisos, a relação espacial entre eles não o
será, já que o alginato não é uma material preciso e muito
menos dimensionalmente estável. Além disso, o afasta-
mento gengival conseguido pelo reembasamento prévio
dos casquetes em resina é um procedimento demorado
e de difícil execução para muitos profissionais. Há dúvidas
quanto à precisão obtida na região cervical, tendo em vis-
ta que o molde dessa área crítica é invariavelmente obtido
com a exposição do acrílico dos casquetes6
. A remoção
do modelo do interior dos moldes eventualmente fratura
ou danifica o preparo, em virtude da rigidez da resina dos
casquetes. Embora o modelo de gesso possa ser remo-
vido intacto quando os casquetes são amolecidos pelo
calor, tal operação danifica irreversivelmente o casquete,
impedindo que um modelo auxiliar extra seja vazado.
A técnica de moldagem com casquete é fruto da
necessidade de se promover adequado afastamento
gengival em preparos intrassulculares. O afastamento
gengival só pode ser alcançado quando, ao final de su-
cessivos reembasamentos do casquete, se evidenciar
uma bainha nítida ao redor do término, formada pela
resina no interior do sulco. Embora seja considerada
por muitos como uma técnica atraumática de afasta-
mento mecânico, é evidente que o uso de monômeros
acrílicos no interior do sulco promove irritação quími-
ca do epitélio sulcular. Não se pode acreditar que o
afastamento mecânico promovido pelo acrílico polime-
rizado não promova nenhuma agressão ou ruptura do
epitélio juncional, já que o objetivo do afastamento é
exatamente a moldagem além da terminação.
Por outro lado, os silicones por adição ou conden-
sação são materiais que dispensam o uso de moldeiras
individuais, já que são fornecidos também na consistên-
cia densa9
. Esses materiais, com menor escoamento,
50 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Moldagem de precisão em prótese fixa
apresentam alteração dimensional menor do que em sua
versão fluida ou regular, já que uma concentração maior
de carga foi incorporada à sua massa. O uso prévio ou
concomitante do material denso reduz o volume final do
material fluido e, consequentemente, torna o molde mais
estável. Quando os materiais de consistência densa e flui-
da são manipulados simultaneamente e inseridos por so-
breposição, a técnica é denominada de um tempo ou de
dupla mistura. Quando os materiais são manipulados um
de cada vez, ou seja, moldando-se com o material denso
seguido pelo material fluido, a técnica é denominada de
técnica de dois tempos ou reembasamento.
Os silicones por condensação são materiais que poli-
merizam-se por condensação, através de uma reação cru-
zada entre um polímero de silicone e um silicato alquílico,
de onde resultam subprodutos como o álcool, que volati-
lizam-se facilmente. Além dos subprodutos que induzem
alterações dimensionais, os silicones por condensação
apresentam também a indesejável natureza hidrófoba (não
toleram umidade no sulco gengival), apresentando hidrofilia
inferior quando comparada à de materiais como o poliéter
e o silicone por adição10,11
. Embora alguns autores12
não
tenham encontrado alterações dimensionais significativas
em modelos obtidos com silicones por adição hidrofílicos
em ambientes secos, úmidos ou molhados, a capacidade
de reprodução de detalhes foi significativamente melhor
quando foram utilizados em ambiente seco.
A hidrofilia dos silicones por adição, a sua estabilidade
dimensional, excelente recuperação elástica e resistência
ao rasgamento são todas características desejadas em
um material de moldagem de precisão13
. Esses materiais
geram moldes bastante precisos, permitindo que o va-
zamento seja realizado após uma hora, um dia ou até
mesmo após uma semana, sem que o mesmo apresente
perda significativa de sua exatidão. Quando houver ne-
cessidade de um segundo vazamento, o modelo obtido
será também preciso, desde que o molde não seja dani-
ficado na remoção do modelo anterior1
. A possibilidade
de se ter um modelo de trabalho onde os troquéis repro-
duzam fielmente os detalhes dos preparos e a relação
espacial entre os mesmos, e um modelo extra onde essa
relação não foi perdida pela troquelização, torna o empre-
go desses materiais bastante vantajoso, já que a união de
infraestruturas por solda pode ser evitada clinicamente.
Tecnicamente, a moldagem com silicone por conden-
sação é semelhante à do silicone por adição. Basicamen-
te se diferem pela forma de apresentação. Os silicones
por adição são fornecidos em dois potes de material
denso contendo, respectivamente, massa base e massa
catalisadora. Já os materiais de consistência fluida ou re-
gular são fornecidos em doses iguais de base e catalisa-
dor acondicionado em cartuchos duplos de automistura.
Esses cartuchos são utilizados em pistolas especiais que
injetam os materiais através de uma ponta automisturado-
ra, levando o material diretamente à região a ser moldada.
Essa forma de apresentação, além de otimizar o tempo
de trabalho, torna mais fácil e preciso o proporcionamento
e a homogeneização dos materiais de moldagem13
. Já os
silicones por condensação são fornecidos em um pote
contendo material de consistência densa, uma bisnaga
de material fluido e uma bisnaga de catalisador também
fluido, que é utilizado como reagente para ambos os ma-
teriais. Embora se dê muita importância às qualidades dos
silicones por adição, é possível obter-se ótimos resultados
mesmo com a utilização de silicones por condensação,
desde que cuidados com o seu vazamento sejam ado-
tados14
. Os moldes em silicones por adição devem ser
vazados cerca de uma hora após a sua remoção da boca.
Tal cuidado evita que bolhas resultantes do hidrogênio li-
berado do material se formem na superfície do gesso. A
espera também permite a completa recuperação elástica
do material, assim como dá tempo para que procedimen-
tos de desinfecção química tenham o efeito desejado.
Discussão
Atualmente, os materiais elastoméricos têm sido
amplamente utilizados e indicados no meio odontológi-
co e diversas técnicas de moldagem podem ser empre-
51Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C
gadas para esses materiais. Embora muitos profissio-
nais tenham predileção pela técnica de moldagem de
um tempo2
, estudos têm demonstrado que a técnica
de dois tempos confere maior precisão e estabilidade
dimensional, quando comparada à técnica de um único
tempo8
. Além disso, a falta de sincronia na manipulação
simultânea dos dois materiais pode resultar em falhas
na execução do procedimento9
.
Ainda que os poliéteres sejam considerados mate-
riais de excelente estabilidade dimensional, a necessi-
dade de se utilizar grandes volumes em moldeiras totais,
em geral moldeiras individuais confeccionadas em acrí-
lico ou moldeiras plásticas, pode torná-los menos pre-
cisos do que os silicones por adição3,5
. Mesmo quando
silicones por adição são utilizados, principalmente em
consistências mais densas e/ou na técnica de passo
único, a utilização de moldeiras de estoque metálicas
rígidas é mais segura que a de moldeiras de estoque
plásticas, já que a possibilidade de deformação é maior
nessas últimas, afetando especialmente a dimensão de
moldes para próteses parciais fixas14-17
.
Mesmo sendo elastômeros de excelência, os silico-
nes por adição não são materiais infalíveis. Os sulfetos
encontrados nas luvas de látex são capazes de inibir a
polimerização desses materiais, em qualquer uma de
suas consistências. Para contornar esse problema o
cirurgião-dentista deve remover as luvas e lavar bem as
mãos antes de manipular o material ou fazer uso de lu-
vas compostas por material à base de polietileno18
. Além
disso, é importante ressaltar que a temperatura tem um
papel fundamental na reação de polimerização desses
materiais, sendo que seu aumento diminui consideravel-
mente o tempo de trabalho9,19
.
A alta estabilidade dimensional da silicona por adição
permite, se necessário, novo vazamento mesmo dias
após a realização da moldagem. Por outro lado, moldes
em silicone por condensação devem ser vazados qua-
se que imediatamente após a sua remoção da boca, já
que a alteração dimensional é progressivamente maior
quanto mais se retarda o seu vazamento10
.
O afastamento gengival é uma etapa prévia e se faz
absolutamente necessário quando temos margens de
preparo subgengivais. Como o material de moldagem não
possui a capacidade de promover o afastamento lateral
da gengiva marginal, dilatando o sulco gengival, torna-se
necessário o emprego de técnicas que consigam promo-
ver a exposição da região apical ao término do dente pre-
parado, permitindo dessa forma que o material de molda-
gem copie os detalhes dessa área20
.
Nessa altura da execução do tratamento, é necessá-
rio ter saúde periodontal, importante para permitir uma
moldagem precisa da área subgengival. Isso se obtém,
principalmente, a partir do adequado posicionamento do
término cervical do preparo, respeitando o espaço biológi-
co da inserção periodontal, e de uma restauração provisó-
ria com contornos anatômicos e corretamente adaptada
às margens do preparo, bem como dotada de superfícies
polidas e regulares que dificultem a fixação da placa bac-
teriana e/ou que facilitem a sua remoção21
.
O afastamento gengival para moldagem intrassulcu-
lar pode ser realizado mecanicamente, quimicamente
ou pela associação de ambos os métodos. O uso cons-
tante e indiscriminado dos fios retratores no interior do
sulco provoca um aumento nos níveis de citocinas in-
flamatórias, devido à ruptura de fibras do ligamento pe-
riodontal20
. Mesmo quando fios não impregnados são
utilizados por longo período, ou com diâmetro inapro-
priado, a inflamação pós-operatória é observada. Por
outro lado, quando os fios são utilizados com diâmetros
apropriados e impregnados em soluções adstringentes
menos agressivas, respeitando-se a tolerância dos teci-
dos gengivais, a inflamação torna-se mais branda e se
extingue ao longo de uma semana, sem que sequelas
possam ser detectadas em médio ou longo prazos21
.
Outro aspecto que deve ser considerado na seleção
da técnica de afastamento gengival para moldagem é
que, embora a técnica de afastamento com fios retrato-
res possa causar algum dano às estruturas periodontais,
52 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Moldagem de precisão em prótese fixa
esse é de baixa intensidade e curta duração. Tal técnica,
não parece ser muito diferente de outros procedimentos
corriqueiros, como a raspagem subgengival, instalação
de bandas ortodônticas ou mesmo invaginação do iso-
lamento absoluto por meio de amarrias. Um afastamento
menos traumático pode produzir uma moldagem defi-
ciente, gerando, assim, uma agressão crônica muito mais
danosa, já que a prótese com bordos insuficientemente
adaptados agride mecanicamente o periodonto e poten-
cializa a agressão microbiana pela adesão de placa22
.
Diante disso, há que se considerar a técnica de afasta-
mento gengival com fios retratores duplos em associação
à dupla moldagem (ou reembasamento) utilizando-se sili-
cones por adição como uma opção extremamente con-
fiável na obtenção de moldes precisos em tratamentos
por meio de prótese parcial fixa8
. Deve-se considerar que,
apesar de ser uma técnica com materiais de custo signi-
ficativamente mais alto do que outras, seu custo opera-
cional e sua eficiência tornam o custo final do tratamento
desprezível frente aos resultados obtidos.
Figura 1 - Seleção da moldeira que per-
mita a obtenção de volume adequado do
material de moldagem.
Figura 2 - Manipulação do material (pro-
porções iguais de base e catalizador), sem
luvas à base de látex e com as mãos secas.
Figura 3 - Manutenção das coroas pro-
visórias em posição, quando não houver
pônticos.
Figura 4 - Inserção e assentamento da
moldeira mantendo a centralização em re-
lação à arcada.
Figura 5 - Molde retirado da boca após a
polimerização do material. A presença das
coroas provisórias auxilia no alívio do molde.
Figura 6 - Preparos mantidos sob isola-
mento relativo, após a remoção das coroas
provisórias e limpeza do cimento.
Descrição da técnica
Figura 7 - Primeiro fio embebido em so-
lução de cloreto de alumínio sendo suave-
mente inserido no interior do sulco gengival.
Figura 8 - Fios completamente inseridos
ao redor dos términos dos preparos e com
excessos aparados.
Figura 9 - Segundo fio, de diâmetro mais
espesso, sendo inserido delicadamente até
a linha de terminação cervical do preparo.
53Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C
Figura 10 - Remoção da retenção vestibu-
lar do molde em material denso, para facili-
tar a reinserção da moldeira na boca.
Figura 11 - Desgaste do molde com bro-
cas, aliviando a região correspondente à
gengiva marginal afastada pelo fio retrator.
Figura 12 - A remoção das interferências
gengivais e interproximais do molde facilita
a inserção e o assentamento da moldeira.
Figura 13 - Lavagem do preparo com água
para remoção do excesso de saliva, assim
como de solução adstringente.
Figura 14 - Remoção do segundo fio atra-
vés da extremidade excedente.
Figura 15 - Silicone fluido injetado com se-
ringa de automistura. Da porção cervical do
preparo até o envolvimento total do dente.
Figura 16 - Preenchimento do molde
com silicone fluido, antes da reinserção na
boca. A remoção da ponta fina aumenta o
volume do material injetado pela seringa.
Figura 17 - Avaliação do molde removido,
após polimerização final do silicone fluido.
Figura 18 - Notar a presença dos fios retra-
tores aderidos ao molde. Nesse caso, os fios
não devem ser removidos do silicone, evitan-
do-se a ruptura do molde do sulco gengival.
Figura 19 - Modelo a partir do primeiro
vazamento de gesso tipo IV no interior do
molde. Os fios não interferem na precisão
dos términos do modelo, entretanto de-
vem ser removidos apenas pelo técnico,
na exposição das margens dos troquéis.
Figura 20 - Modelo extra, obtido a partir
do segundo vazamento de gesso tipo IV.
Nota-se que, mesmo sem os fios, o mode-
lo apresenta excelente detalhamento dos
bordos dos preparos.
Figura 21 - Molde em silicone por adição
seccionado transversalmente no longo
eixo do preparo, onde se evidencia a qua-
lidade da reprodução dos términos dos
preparos, mesmo após a obtenção de dois
modelos de gesso.
54 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54
Moldagem de precisão em prótese fixa
CONCLUSÃO
A escolha correta de materiais e técnicas de mol-
dagem para confecção de uma prótese fixa é crucial
para obter resultados finais mais precisos. A utilização
de materiais de moldagem que apresentem caracterís-
ticas como tempo de trabalho adequado, estabilidade
dimensional, precisão na reprodução de detalhes, assim
como a possibilidade de serem utilizados em ambiente
úmido, melhora o resultado final do molde, do modelo
e, consequentemente, da restauração protética. A utili-
zação de material de moldagem elastomérico, como a
silicona de adição, em conjunto com a técnica de afas-
tamento por meio de fio retrator apresenta resultado sa-
tisfatório e com boa previsibilidade.
1. Burmam PA, Cardoso PEC. Moldagem com silicone de reação por
adição Aquasil. A otimização da moldagem ao alcance do CD clínico.
Clinical Update Dentsply. Publicação de Atualização Profissional da
Dentsply Brasil. 2005;3:1-8.
2. Faria AC, Rodrigues RC, Macedo AP, Mattos MG. Accuracy of stone
casts obtained by different impression materials. Braz Oral Res. 2008;
22(4):293-8.
REFERêNCIAS
3. Bomberg TJ, Hatch RA, Hoffman WJ. Impression material thickness in
stock and custom trays. J Prosthet Dent. 1985;54(2):170-2.
4. Gordon GE, Johnson GH, Drennon DG. The effect of tray selection
on the accuracy of elastomeric impression materials. J Prosthet Dent.
1990;63(1): 12-5.
5. Millstein P, Maya A, Segura C. Determining the accuracy of stock and
custom tray impression/casts. J Oral Rehabil. 1998; 25(8): 645-8.
6. de Sá AT, de Freitas CA, de Sá FC, Ursi WJ, Simões TC, de Freitas MF.
Effect of cervical relining of acrylic resin copings on the accuracy of stone
dies obtained using a polyether impression material. J Appl Oral Sci.
2008;16(1): 7-11.
7. Davis GB, Moser JB, Brinsden GI. The bonding properties of elastomer
tray adhesives. J Prosthet Dent. 1976;36(3):278-85.
8. Caputi S, Varvara G. Dimensional accuracy of resultant casts made
by a monophase, one-step and two-step, and a novel two-step putty/
light-body impression technique: An in vitro study. J Prosthet Dent.
2008;99(4):274-81.
9. Chee WW, Donovan TE. Polyvinyl siloxane impression materials: a review
of properties and techniques. J Prosthet Dent. 1992;68(5):728-32.
10. Pegoraro LF. Prótese Fixa. São Paulo: Editora Artes Médicas; 2004.
11. Michalakis KX, Bakopoulou A, Hirayama H, Garefis DP, Garefis PD.
Pre and post-set hydrophilicity of elastomeric impression materials. J
Prosthodontics. 2007;16(4):238-48.
12. Petrie CS, Walker MP, O’Mahony AM, Spencer P. Dimensional accuracy
and surface detail reproduction of two hydrophilic vinyl polysiloxane
impression materials tested under dry, moist, and wet conditions. J
Prosthet Dent. 2003;90(4):365-72.
13. Balkenhol M, Ferger P, Wöstmann B. Dimensional accuracy of 2-stage
putty-wash impressions: influence of impression trays and viscosity. Int J
Prosthodont. 2007;20(6):573-5.
14. Cho GC, Chee WW. Distortion of disposable plastic stock trays when used
with putty vinyl polysiloxane impression materials. J Prosthet Dent. 2004;
92(4):354-8.
15. Carrotte PV, Johnson A, Winstanley RB. The influence of the impression
tray on the accuracy of impressions for crown and bridge work: an
investigation and review. Br Dent J. 1998;185(11-12):580-5.
16. Tjan AH, Nemetz H, Nguyen LT, Contino R. Effect of tray space on the
accuracy of monophasic polyvinylsiloxane impressions. J Prosthet Dent.
1992;68(1):19-28.
17. Thongthammachat S, Moore BK, Barco MT 2nd, Hovijitra S, Brown DT,
Andres CJ. Dimensional accuracy of dental casts: influence of tray material,
impression material, and time. J Prosthodontics 2002;11(2):98-108.
18. Matis BA, Valadez D, Valadez E. The effect of the use of dental gloves on
mixing vinyl polysiloxane putties. J Prosthodontics 1997;6(3):189-92.
19. Omori K, Arikawa H, Inoue K. An evaluation of elastomeric impression
materials based on surface compressive strength. J Oral Rehabil.
2001;28:320-7.
20. Feng J, Aboyoussef H, Weine Sr, Singh S, Jandinski J. The effect of
gingival retraction procedures on periodontal indices and crevicular fluid
cytokine levels: a pilot study. J Prosthodont 2006;15(2):108-12.
21. Kosyfaki P, Martin M del P, Strub JR. Relationship between crowns and the
periodontium: a literature update. Quintessence Int. 2010 Feb;41(2):109-22.
22. Cardoso M, Torres MF, Rego MRM, Santiago LC. Influence of application
site of provisional cement on the marginal adaptation of provisional
crowns. J. Appl Oral Sci. 2008;16(3):212-9.
Glauco Rangel Zanetti
Av. Nossa Senhora da Penha, 699 - Sl. 709A
CEP: 29.055-131 – Vitória / ES
E-mail: glaucozanetti@yahoo.com.br
Endereço para correspondência
Figura 22 - Secção transversal do molde, onde pode-se obser-
var: a) a uniformidade da espessura do material fluido determinada
pelo alívio alcançado com as coroas provisórias mantidas durante
a moldagem com o silicone denso; b) o deslocamento da gengiva
marginal em direção ao alívio obtido por meio de desgaste com
broca; c) a reprodução nítida do sulco gengival e da parede radicu-
lar cervical obtida pela técnica de afastamento empregada.
a a
a
b
c
Copyright of Revista Dental Press de Estética is the property of Dental Press International and its content may
not be copied or emailed to multiple sites or posted to a listserv without the copyright holder's express written
permission. However, users may print, download, or email articles for individual use.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Considerações gerais sobre Prótese Total
Considerações gerais sobre Prótese TotalConsiderações gerais sobre Prótese Total
Considerações gerais sobre Prótese TotalItalo Gabriel
 
Delineamento em prótese parcial removível
Delineamento em prótese parcial removívelDelineamento em prótese parcial removível
Delineamento em prótese parcial removívelLorem Morais
 
Cimento de hidróxido de cálcio e mta
Cimento de hidróxido de cálcio e mtaCimento de hidróxido de cálcio e mta
Cimento de hidróxido de cálcio e mtaDr.João Calais.:
 
Classificacão da protese parcial removível
Classificacão da protese parcial removívelClassificacão da protese parcial removível
Classificacão da protese parcial removívelRhuan
 
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelProteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelCamilla Bringel
 
Protocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologiaProtocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologiaJose Gerardo
 
APOSTILA DE IMPLANTODONTIA
APOSTILA DE IMPLANTODONTIAAPOSTILA DE IMPLANTODONTIA
APOSTILA DE IMPLANTODONTIARayssa Mendonça
 
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIARESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIARayssa Mendonça
 
Coroas Provisórias
Coroas ProvisóriasCoroas Provisórias
Coroas ProvisóriasLeidy Any
 
Prescrição medicamentosa em Odontopediatria
Prescrição medicamentosa em OdontopediatriaPrescrição medicamentosa em Odontopediatria
Prescrição medicamentosa em OdontopediatriaFlavio Salomao-Miranda
 
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...André Milioli Martins
 
Livro princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.com
Livro   princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.comLivro   princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.com
Livro princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.comFlavio Salomao-Miranda
 

Mais procurados (20)

Implantes dentarios
Implantes dentariosImplantes dentarios
Implantes dentarios
 
Art graduação
Art graduaçãoArt graduação
Art graduação
 
Cirurgia Odontológica - apostila
Cirurgia Odontológica - apostilaCirurgia Odontológica - apostila
Cirurgia Odontológica - apostila
 
Considerações gerais sobre Prótese Total
Considerações gerais sobre Prótese TotalConsiderações gerais sobre Prótese Total
Considerações gerais sobre Prótese Total
 
Endodontia (Revisão e resumo)
Endodontia (Revisão e resumo)Endodontia (Revisão e resumo)
Endodontia (Revisão e resumo)
 
Delineamento em prótese parcial removível
Delineamento em prótese parcial removívelDelineamento em prótese parcial removível
Delineamento em prótese parcial removível
 
APOSTILA DE ENDODONTIA II
APOSTILA DE ENDODONTIA IIAPOSTILA DE ENDODONTIA II
APOSTILA DE ENDODONTIA II
 
Apostila de ppr
Apostila de pprApostila de ppr
Apostila de ppr
 
Cimento de hidróxido de cálcio e mta
Cimento de hidróxido de cálcio e mtaCimento de hidróxido de cálcio e mta
Cimento de hidróxido de cálcio e mta
 
Classificacão da protese parcial removível
Classificacão da protese parcial removívelClassificacão da protese parcial removível
Classificacão da protese parcial removível
 
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelProteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
 
Protocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologiaProtocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologia
 
APOSTILA DE IMPLANTODONTIA
APOSTILA DE IMPLANTODONTIAAPOSTILA DE IMPLANTODONTIA
APOSTILA DE IMPLANTODONTIA
 
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIARESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
 
Cirurgia Em Odontopediatria
Cirurgia Em OdontopediatriaCirurgia Em Odontopediatria
Cirurgia Em Odontopediatria
 
Coroas Provisórias
Coroas ProvisóriasCoroas Provisórias
Coroas Provisórias
 
Exodontia simples
Exodontia simplesExodontia simples
Exodontia simples
 
Prescrição medicamentosa em Odontopediatria
Prescrição medicamentosa em OdontopediatriaPrescrição medicamentosa em Odontopediatria
Prescrição medicamentosa em Odontopediatria
 
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
 
Livro princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.com
Livro   princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.comLivro   princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.com
Livro princípios de sutura em odontologia odontostation@gmail.com
 

Destaque

Preparo dental de Coroas Metalo Cerâmicas
Preparo dental de Coroas Metalo CerâmicasPreparo dental de Coroas Metalo Cerâmicas
Preparo dental de Coroas Metalo CerâmicasClinica Odonto Espaço
 
Apostila de protese parcial fixa
Apostila de protese parcial fixaApostila de protese parcial fixa
Apostila de protese parcial fixaVivianecv
 
Preparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica Anterior
Preparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica AnteriorPreparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica Anterior
Preparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica AnteriorClinica Odonto Espaço
 
4 - materiais de moldagem
 4 - materiais de moldagem 4 - materiais de moldagem
4 - materiais de moldagemEuber E Silmara
 
Preparo Dental para Coroa Metal Free Anterior
Preparo Dental para Coroa Metal Free AnteriorPreparo Dental para Coroa Metal Free Anterior
Preparo Dental para Coroa Metal Free AnteriorClinica Odonto Espaço
 
Silicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de MoldagemSilicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de MoldagemMarcos Paulo Hutchison
 
Preparo para coroa metal free posterior
Preparo para coroa metal free posteriorPreparo para coroa metal free posterior
Preparo para coroa metal free posteriorClinica Odonto Espaço
 
1 aula - Moldagem, Molde e Modelo
1 aula - Moldagem, Molde e Modelo1 aula - Moldagem, Molde e Modelo
1 aula - Moldagem, Molde e ModeloValdemir Junior
 
Silicone de adição- Materiais de Moldagem
Silicone de adição- Materiais de MoldagemSilicone de adição- Materiais de Moldagem
Silicone de adição- Materiais de MoldagemMarcos Paulo Hutchison
 
Cimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NF
Cimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NFCimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NF
Cimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NFFabio Robles
 
Aula dia 14 de agosto Materiais Dentarios
Aula dia 14 de agosto Materiais DentariosAula dia 14 de agosto Materiais Dentarios
Aula dia 14 de agosto Materiais Dentariosrafaelalourenco
 
Prótese fixa inter relação com periodontia 2011
Prótese  fixa inter relação com periodontia 2011Prótese  fixa inter relação com periodontia 2011
Prótese fixa inter relação com periodontia 2011Tiago Martins
 
Prótese fixa adesiva 2
Prótese fixa adesiva 2Prótese fixa adesiva 2
Prótese fixa adesiva 2Rhuan
 
Aula clinica integral ii remoção pinos (blog)ppt
Aula clinica integral ii   remoção pinos (blog)pptAula clinica integral ii   remoção pinos (blog)ppt
Aula clinica integral ii remoção pinos (blog)pptCharles Pereira
 
Aula fosfato de zinco
Aula fosfato de zincoAula fosfato de zinco
Aula fosfato de zincoOdonto ufrj
 

Destaque (20)

Preparo dental de Coroas Metalo Cerâmicas
Preparo dental de Coroas Metalo CerâmicasPreparo dental de Coroas Metalo Cerâmicas
Preparo dental de Coroas Metalo Cerâmicas
 
Apostila de protese parcial fixa
Apostila de protese parcial fixaApostila de protese parcial fixa
Apostila de protese parcial fixa
 
Preparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica Anterior
Preparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica AnteriorPreparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica Anterior
Preparo Dental para Coroa Metalo Cerâmica Anterior
 
4 - materiais de moldagem
 4 - materiais de moldagem 4 - materiais de moldagem
4 - materiais de moldagem
 
Preparo Dental para Coroa Metal Free Anterior
Preparo Dental para Coroa Metal Free AnteriorPreparo Dental para Coroa Metal Free Anterior
Preparo Dental para Coroa Metal Free Anterior
 
Silicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de MoldagemSilicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de Moldagem
 
Livro Prótese fixa: odontostation
Livro Prótese fixa:  odontostationLivro Prótese fixa:  odontostation
Livro Prótese fixa: odontostation
 
Preparo para coroa metal free posterior
Preparo para coroa metal free posteriorPreparo para coroa metal free posterior
Preparo para coroa metal free posterior
 
1 aula - Moldagem, Molde e Modelo
1 aula - Moldagem, Molde e Modelo1 aula - Moldagem, Molde e Modelo
1 aula - Moldagem, Molde e Modelo
 
Moldagem 2012
Moldagem 2012Moldagem 2012
Moldagem 2012
 
Pegoraro capitulo 3
Pegoraro capitulo 3Pegoraro capitulo 3
Pegoraro capitulo 3
 
Silicone de adição- Materiais de Moldagem
Silicone de adição- Materiais de MoldagemSilicone de adição- Materiais de Moldagem
Silicone de adição- Materiais de Moldagem
 
Cimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NF
Cimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NFCimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NF
Cimentos e cimentação - Fábio Robles FOUFF/NF
 
Aula dia 14 de agosto Materiais Dentarios
Aula dia 14 de agosto Materiais DentariosAula dia 14 de agosto Materiais Dentarios
Aula dia 14 de agosto Materiais Dentarios
 
Prótese fixa inter relação com periodontia 2011
Prótese  fixa inter relação com periodontia 2011Prótese  fixa inter relação com periodontia 2011
Prótese fixa inter relação com periodontia 2011
 
Gessos odontológicos- Tipo I
Gessos odontológicos- Tipo IGessos odontológicos- Tipo I
Gessos odontológicos- Tipo I
 
Prótese fixa adesiva 2
Prótese fixa adesiva 2Prótese fixa adesiva 2
Prótese fixa adesiva 2
 
Prótese dentária
Prótese dentáriaPrótese dentária
Prótese dentária
 
Aula clinica integral ii remoção pinos (blog)ppt
Aula clinica integral ii   remoção pinos (blog)pptAula clinica integral ii   remoção pinos (blog)ppt
Aula clinica integral ii remoção pinos (blog)ppt
 
Aula fosfato de zinco
Aula fosfato de zincoAula fosfato de zinco
Aula fosfato de zinco
 

Semelhante a Moldagem de precisão em protese fixa

Moldagens em prótese total
Moldagens em prótese totalMoldagens em prótese total
Moldagens em prótese totalJuliana Vieira
 
Restaurações semidiretas em nonoceramicas
Restaurações semidiretas em nonoceramicasRestaurações semidiretas em nonoceramicas
Restaurações semidiretas em nonoceramicasNágila Fernandes
 
Aplicando a Biomimética
Aplicando a BiomiméticaAplicando a Biomimética
Aplicando a BiomiméticaOdontologia
 
Cap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedades
Cap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedadesCap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedades
Cap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedadesmarcosbomfim21
 
11546 texto do artigo-36939-1-10-20170710
11546 texto do artigo-36939-1-10-2017071011546 texto do artigo-36939-1-10-20170710
11546 texto do artigo-36939-1-10-20170710LucianoArajo19
 
Como confeccionar a melhor prótese flexível do mercado
Como confeccionar a melhor prótese flexível do mercadoComo confeccionar a melhor prótese flexível do mercado
Como confeccionar a melhor prótese flexível do mercadojcmflex
 
Os diferentes usos do “mock up” na odontologia atual
Os diferentes usos do “mock up” na odontologia atualOs diferentes usos do “mock up” na odontologia atual
Os diferentes usos do “mock up” na odontologia atualLorem Morais
 
Remodelação cosmética com resina composta
Remodelação cosmética com resina compostaRemodelação cosmética com resina composta
Remodelação cosmética com resina compostaEduardo Souza-Junior
 
Acesso à Câmara Pulpar.pdf
Acesso à Câmara Pulpar.pdfAcesso à Câmara Pulpar.pdf
Acesso à Câmara Pulpar.pdfGAMA FILHO
 
Laminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdf
Laminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdfLaminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdf
Laminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdfAmerident
 
Estudo da precisão dimensional de.pdf
Estudo da precisão dimensional de.pdfEstudo da precisão dimensional de.pdf
Estudo da precisão dimensional de.pdfKeilaOliveiraInacio1
 
Enxerto osseo particulado modificado
Enxerto osseo particulado modificadoEnxerto osseo particulado modificado
Enxerto osseo particulado modificadoGino Kopp
 
Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.
Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.
Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.Gino Kopp
 
Paulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivel
Paulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivelPaulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivel
Paulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivelthiagobdant
 
Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...
Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...
Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...MaurenMorrisson
 

Semelhante a Moldagem de precisão em protese fixa (20)

Moldagens em prótese total
Moldagens em prótese totalMoldagens em prótese total
Moldagens em prótese total
 
Bulk filll
Bulk filllBulk filll
Bulk filll
 
Restaurações semidiretas em nonoceramicas
Restaurações semidiretas em nonoceramicasRestaurações semidiretas em nonoceramicas
Restaurações semidiretas em nonoceramicas
 
Aplicando a Biomimética
Aplicando a BiomiméticaAplicando a Biomimética
Aplicando a Biomimética
 
Cap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedades
Cap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedadesCap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedades
Cap 11 importancia_do_conhecimento_das_propriedades
 
11546 texto do artigo-36939-1-10-20170710
11546 texto do artigo-36939-1-10-2017071011546 texto do artigo-36939-1-10-20170710
11546 texto do artigo-36939-1-10-20170710
 
Como confeccionar a melhor prótese flexível do mercado
Como confeccionar a melhor prótese flexível do mercadoComo confeccionar a melhor prótese flexível do mercado
Como confeccionar a melhor prótese flexível do mercado
 
539 2844-1-pb
539 2844-1-pb539 2844-1-pb
539 2844-1-pb
 
Folder Português Orthocem.,
Folder Português Orthocem., Folder Português Orthocem.,
Folder Português Orthocem.,
 
Os diferentes usos do “mock up” na odontologia atual
Os diferentes usos do “mock up” na odontologia atualOs diferentes usos do “mock up” na odontologia atual
Os diferentes usos do “mock up” na odontologia atual
 
Remodelação cosmética com resina composta
Remodelação cosmética com resina compostaRemodelação cosmética com resina composta
Remodelação cosmética com resina composta
 
Acesso à Câmara Pulpar.pdf
Acesso à Câmara Pulpar.pdfAcesso à Câmara Pulpar.pdf
Acesso à Câmara Pulpar.pdf
 
Laminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdf
Laminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdfLaminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdf
Laminados ceramicos - Passo a passo para o clinico - Ronaldo Hirata - NOVO.pdf
 
Estudo da precisão dimensional de.pdf
Estudo da precisão dimensional de.pdfEstudo da precisão dimensional de.pdf
Estudo da precisão dimensional de.pdf
 
Enxerto osseo particulado modificado
Enxerto osseo particulado modificadoEnxerto osseo particulado modificado
Enxerto osseo particulado modificado
 
Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.
Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.
Enxerto Ósseo Particulado Modificado. Reconstrução Maxila Atrófica.
 
Paulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivel
Paulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivelPaulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivel
Paulino jc3a9ssica-da-silva-protese-parcial-flexivel
 
501 2127-1-pb
501 2127-1-pb501 2127-1-pb
501 2127-1-pb
 
Apostila de ppr
Apostila de pprApostila de ppr
Apostila de ppr
 
Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...
Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...
Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na ret...
 

Último

HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 

Último (20)

HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 

Moldagem de precisão em protese fixa

  • 1. Caso Clínico 46 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Glauco Rangel Zanetti* Marcelo Massaroni Peçanha** Fausto Frizzera*** Carlos Monteiro Júnior**** * Professor Adjunto do Departamento de Prótese Dentária da UFES. Doutor em Clínica Odontológica pela FOP/UNICAMP. ** Mestre em Clínica Odontológica pela UFES. Professor do curso de Odontologia da ESFA. *** Mestrando e especialista em Periodontia na UNESP/FOAr. **** Cirurgião-dentista graduado na Universidade Federal do Espírito Santo.
  • 2. Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C 47Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Moldagem de precisão em prótese fixa Precision impression in fixed prosthetics Resumo Diversos materiais são utilizados pelos cirurgiões-dentistas na moldagem de preparos para a confecção de restaurações indiretas. Várias técnicas de moldagem podem ser empre- gadas em associação a esses materiais. Os materiais elas- toméricos possuem ótimas propriedades e, atualmante, são amplamente utilizados. Entretanto, dúvidas têm sido levan- tadas em relação à eficácia de cada técnica, à precisão dos materiais quando expostos a fluidos bucais e ao afastamento do tecido gengival com fios retratores e soluções adstringen- tes. O propósito desse trabalho é, mediante uma revisão da literatura, discutir as vantagens e desvantagens pertinentes aos materiais e técnicas de moldagem de precisão em pró- tese fixa, descrevendo a técnica defendida pelos autores por meio de um relato de caso clínico. Abstract Different materials are used by dentists to make impres- sions of crown preparations to produce indirect restora- tions. Several impression techniques may be employed in combination with these materials. Elastomeric materials have excellent properties and are widely used nowadays. However, questions have been raised regarding the effi- ciency of each technique, accuracy of the materials when exposed to oral fluids and tissue retraction with cords and astringent solution. The aim of this paper is, by means of a literature review, to discuss the advantages and disadvan- tages regarding materials and techniques for precision im- pression in fixed prosthodontics, describing the technique advocated by the authors through a case report. Keywords: Dental impression technique. Dental impression mate- rials. Dental prosthesis. Palavras-chave: Técnica de moldagem odontológica. Materiais para moldagem odontológica. Prótese dentária.
  • 3. 48 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Moldagem de precisão em prótese fixa INTRODUÇÃO No processo restaurador indireto, é imprescindível observar que os bons resultados só serão alcançados se tivermos preparo dentário adequado e um tecido gengival sadio, decorrente do estado periodontal e das restaurações provisórias. Porém, grande parte do su- cesso é determinada na fase laboratorial. Sendo o mo- delo de gesso a plataforma de trabalho do técnico em prótese dentária, é fundamental que a sua obtenção for- neça todas as características anatômicas e dimensio- nais dos respectivos pilares. A moldagem é uma mano- bra clínica, do processo de confecção de restaurações indiretas, que tem como objetivo a reprodução negativa dos preparos dentários e regiões adjacentes¹. A American Dental Association (ADA) estabeleceu um padrão para a adaptação marginal das próteses fixas convencionais onde se procurariam linhas de cimenta- ção não maiores que 25µm. Tal critério busca a diminui- ção da superfície de contato do cimento convencional ao meio bucal úmido2 . Margens de coroas protéticas com desadaptações maiores resultariam na exposição excessiva do cimento e na sua solubilização e, conse- quentemente, na possibilidade de infiltração marginal. Adicionalmente, quando se observa a adaptação de um retentor de uma prótese parcial fixa sobre seu pilar, há que se considerar a relação desse com os demais. Sen- do a prótese parcial fixa (PPF) uma peça que interliga dois ou mais pilares, é evidente que essa deve se adap- tar simultaneamente em todos, para que cumpra com seu papel restaurador. Sendo assim, a reprodução fiel dos detalhes anatômicos e da relação espacial dos pila- res protéticos torna-se uma das etapas mais críticas do processo clínico de confecção das PPFs, determinando o sucesso e a longevidade do tratamento. As mais variadas técnicas de moldagem são utiliza- das rotineiramente pelos profissionais para a obtenção de modelos de trabalho precisos, entretanto cada técnica é melhor aproveitada quando o material de moldagem é corretamente indicado3 . Dentre os materiais disponíveis utilizados na realização de moldagens de precisão em prótese fixa, podemos citar vários grupos de elastôme- ros. Dentre eles se destacam: silicones por condensa- ção, silicones por adição, poliéteres e polissulfetos. Além disso, os profissionais têm à sua disposição várias marcas comerciais dentro de um mesmo grupo químico de materiais elastoméricos. Os fabricantes re- lacionam vantagens como: estabilidade dimensional, re- produção de detalhes, tixotropismo, hidrofilia etc. Todas são características desejáveis na obtenção de modelos mais exatos, porém outros aspectos também devem ser considerados na seleção do material4 . A facilidade operacional da técnica ou mesmo a relação custo/be- nefício têm sido ponderadas pelos profissionais. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo re- visar e discutir, com dados encontrados na literatura, os benefícios decorrentes da aplicação da técnica e do material de moldagem indicados, descritos por meio do relato de um caso clínico. Revisão da Literatura Quando nos referimos à moldagem de precisão em prótese parcial fixa, muitas técnicas podem ser encon- tradas na literatura. Cada técnica pode ser uma variação de outra e, geralmente, são denominadas em função dos materiais ou da forma como esses são emprega- dos. A escolha por um tipo de técnica em detrimento à outra é realizada em função de aspectos peculiares de cada material e preferência do profissional, razão pela qual são obtidos melhores resultados em uma ou outra característica do molde2,5 . Com o desenvolvimento progressivo dos materiais de moldagem elastoméricos e a popularização do seu emprego como materiais de moldagem em prótese de precisão, cada vez menos tem se indicado a utilização de hidrocoloides reversíveis para esse fim. Embora te- nham representado ao longo da história uma excelente opção como material de moldagem, sua sensibilida- de técnica, baixa resistência ao rasgamento e rápida
  • 4. 49Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C alteração dimensional ofuscaram as qualidades de hidrofilia e de reprodução de detalhes. Já os elastô- meros, além de serem facilmente manipulados, são polímeros com cadeias helicoidais que podem sofrer grandes flexões e retornar à sua forma original sem sofrer deformações permanentes, portanto, mais está- veis e resistentes do que os hidrocoloides5 . A grande maioria das técnicas se baseia em três pre- missas. A primeira é que, se a linha de terminação cervical estiver posicionada dentro do sulco gengival, algum mé- todo de afastamento gengival deverá preceder ou ocorrer concomitantemente à moldagem, para que se possa re- gistrar a superfície dentária além da margem do preparo. A segunda é que o material deverá ter fluidez suficiente para reproduzir os detalhes dos pilares preparados e, evi- dentemente, do sulco gengival. A terceira é que o material de baixa viscosidade — ou seja, que apresenta escoa- mento devido à sua fluidez — não deverá ser aplicado em espessuras demasiadamente grandes, pois geralmente apresentam alterações dimensionais diretamente pro- porcionais ao seu volume3 . Cada técnica de moldagem de precisão procura aplicar as características do material elastomérico atendendo às três premissas anteriores. Quando se utiliza um material de moldagem de con- sistência fluida ou regular, o uso de uma moldeira indivi- dual reduz o volume empregado e, consequentemente, sua alteração dimensional, além de economizar material de moldagem3,4 . O casquete de moldagem construído em resina acrílica é considerado uma moldeira individual unitária, que permite o afastamento gengival mecânico além da redução do volume do material elastomérico empregado5,6 . Tal técnica requer materiais de viscosida- de intermediária e que possam ser aderidos por adesi- vos ao acrílico7 . Apesar de alguns silicones por adição serem também apropriados8 , os polissulfetos e poliéte- res de consistência regular continuam sendo os mate- riais mais indicados para a técnica4,6 . Embora essa técnica seja capaz de produzir moldes com detalhes precisos7 , muitos aspectos pesam contra a sua adoção pelos profissionais. Para que de fato seja considerada uma técnica econômica, o material de mol- dagem elastomérico deve ser utilizado apenas no interior dos casquetes3 , sendo a moldagem total realizada com alginato. Mesmo que os moldes dos pilares preparados sejam bem precisos, a relação espacial entre eles não o será, já que o alginato não é uma material preciso e muito menos dimensionalmente estável. Além disso, o afasta- mento gengival conseguido pelo reembasamento prévio dos casquetes em resina é um procedimento demorado e de difícil execução para muitos profissionais. Há dúvidas quanto à precisão obtida na região cervical, tendo em vis- ta que o molde dessa área crítica é invariavelmente obtido com a exposição do acrílico dos casquetes6 . A remoção do modelo do interior dos moldes eventualmente fratura ou danifica o preparo, em virtude da rigidez da resina dos casquetes. Embora o modelo de gesso possa ser remo- vido intacto quando os casquetes são amolecidos pelo calor, tal operação danifica irreversivelmente o casquete, impedindo que um modelo auxiliar extra seja vazado. A técnica de moldagem com casquete é fruto da necessidade de se promover adequado afastamento gengival em preparos intrassulculares. O afastamento gengival só pode ser alcançado quando, ao final de su- cessivos reembasamentos do casquete, se evidenciar uma bainha nítida ao redor do término, formada pela resina no interior do sulco. Embora seja considerada por muitos como uma técnica atraumática de afasta- mento mecânico, é evidente que o uso de monômeros acrílicos no interior do sulco promove irritação quími- ca do epitélio sulcular. Não se pode acreditar que o afastamento mecânico promovido pelo acrílico polime- rizado não promova nenhuma agressão ou ruptura do epitélio juncional, já que o objetivo do afastamento é exatamente a moldagem além da terminação. Por outro lado, os silicones por adição ou conden- sação são materiais que dispensam o uso de moldeiras individuais, já que são fornecidos também na consistên- cia densa9 . Esses materiais, com menor escoamento,
  • 5. 50 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Moldagem de precisão em prótese fixa apresentam alteração dimensional menor do que em sua versão fluida ou regular, já que uma concentração maior de carga foi incorporada à sua massa. O uso prévio ou concomitante do material denso reduz o volume final do material fluido e, consequentemente, torna o molde mais estável. Quando os materiais de consistência densa e flui- da são manipulados simultaneamente e inseridos por so- breposição, a técnica é denominada de um tempo ou de dupla mistura. Quando os materiais são manipulados um de cada vez, ou seja, moldando-se com o material denso seguido pelo material fluido, a técnica é denominada de técnica de dois tempos ou reembasamento. Os silicones por condensação são materiais que poli- merizam-se por condensação, através de uma reação cru- zada entre um polímero de silicone e um silicato alquílico, de onde resultam subprodutos como o álcool, que volati- lizam-se facilmente. Além dos subprodutos que induzem alterações dimensionais, os silicones por condensação apresentam também a indesejável natureza hidrófoba (não toleram umidade no sulco gengival), apresentando hidrofilia inferior quando comparada à de materiais como o poliéter e o silicone por adição10,11 . Embora alguns autores12 não tenham encontrado alterações dimensionais significativas em modelos obtidos com silicones por adição hidrofílicos em ambientes secos, úmidos ou molhados, a capacidade de reprodução de detalhes foi significativamente melhor quando foram utilizados em ambiente seco. A hidrofilia dos silicones por adição, a sua estabilidade dimensional, excelente recuperação elástica e resistência ao rasgamento são todas características desejadas em um material de moldagem de precisão13 . Esses materiais geram moldes bastante precisos, permitindo que o va- zamento seja realizado após uma hora, um dia ou até mesmo após uma semana, sem que o mesmo apresente perda significativa de sua exatidão. Quando houver ne- cessidade de um segundo vazamento, o modelo obtido será também preciso, desde que o molde não seja dani- ficado na remoção do modelo anterior1 . A possibilidade de se ter um modelo de trabalho onde os troquéis repro- duzam fielmente os detalhes dos preparos e a relação espacial entre os mesmos, e um modelo extra onde essa relação não foi perdida pela troquelização, torna o empre- go desses materiais bastante vantajoso, já que a união de infraestruturas por solda pode ser evitada clinicamente. Tecnicamente, a moldagem com silicone por conden- sação é semelhante à do silicone por adição. Basicamen- te se diferem pela forma de apresentação. Os silicones por adição são fornecidos em dois potes de material denso contendo, respectivamente, massa base e massa catalisadora. Já os materiais de consistência fluida ou re- gular são fornecidos em doses iguais de base e catalisa- dor acondicionado em cartuchos duplos de automistura. Esses cartuchos são utilizados em pistolas especiais que injetam os materiais através de uma ponta automisturado- ra, levando o material diretamente à região a ser moldada. Essa forma de apresentação, além de otimizar o tempo de trabalho, torna mais fácil e preciso o proporcionamento e a homogeneização dos materiais de moldagem13 . Já os silicones por condensação são fornecidos em um pote contendo material de consistência densa, uma bisnaga de material fluido e uma bisnaga de catalisador também fluido, que é utilizado como reagente para ambos os ma- teriais. Embora se dê muita importância às qualidades dos silicones por adição, é possível obter-se ótimos resultados mesmo com a utilização de silicones por condensação, desde que cuidados com o seu vazamento sejam ado- tados14 . Os moldes em silicones por adição devem ser vazados cerca de uma hora após a sua remoção da boca. Tal cuidado evita que bolhas resultantes do hidrogênio li- berado do material se formem na superfície do gesso. A espera também permite a completa recuperação elástica do material, assim como dá tempo para que procedimen- tos de desinfecção química tenham o efeito desejado. Discussão Atualmente, os materiais elastoméricos têm sido amplamente utilizados e indicados no meio odontológi- co e diversas técnicas de moldagem podem ser empre-
  • 6. 51Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C gadas para esses materiais. Embora muitos profissio- nais tenham predileção pela técnica de moldagem de um tempo2 , estudos têm demonstrado que a técnica de dois tempos confere maior precisão e estabilidade dimensional, quando comparada à técnica de um único tempo8 . Além disso, a falta de sincronia na manipulação simultânea dos dois materiais pode resultar em falhas na execução do procedimento9 . Ainda que os poliéteres sejam considerados mate- riais de excelente estabilidade dimensional, a necessi- dade de se utilizar grandes volumes em moldeiras totais, em geral moldeiras individuais confeccionadas em acrí- lico ou moldeiras plásticas, pode torná-los menos pre- cisos do que os silicones por adição3,5 . Mesmo quando silicones por adição são utilizados, principalmente em consistências mais densas e/ou na técnica de passo único, a utilização de moldeiras de estoque metálicas rígidas é mais segura que a de moldeiras de estoque plásticas, já que a possibilidade de deformação é maior nessas últimas, afetando especialmente a dimensão de moldes para próteses parciais fixas14-17 . Mesmo sendo elastômeros de excelência, os silico- nes por adição não são materiais infalíveis. Os sulfetos encontrados nas luvas de látex são capazes de inibir a polimerização desses materiais, em qualquer uma de suas consistências. Para contornar esse problema o cirurgião-dentista deve remover as luvas e lavar bem as mãos antes de manipular o material ou fazer uso de lu- vas compostas por material à base de polietileno18 . Além disso, é importante ressaltar que a temperatura tem um papel fundamental na reação de polimerização desses materiais, sendo que seu aumento diminui consideravel- mente o tempo de trabalho9,19 . A alta estabilidade dimensional da silicona por adição permite, se necessário, novo vazamento mesmo dias após a realização da moldagem. Por outro lado, moldes em silicone por condensação devem ser vazados qua- se que imediatamente após a sua remoção da boca, já que a alteração dimensional é progressivamente maior quanto mais se retarda o seu vazamento10 . O afastamento gengival é uma etapa prévia e se faz absolutamente necessário quando temos margens de preparo subgengivais. Como o material de moldagem não possui a capacidade de promover o afastamento lateral da gengiva marginal, dilatando o sulco gengival, torna-se necessário o emprego de técnicas que consigam promo- ver a exposição da região apical ao término do dente pre- parado, permitindo dessa forma que o material de molda- gem copie os detalhes dessa área20 . Nessa altura da execução do tratamento, é necessá- rio ter saúde periodontal, importante para permitir uma moldagem precisa da área subgengival. Isso se obtém, principalmente, a partir do adequado posicionamento do término cervical do preparo, respeitando o espaço biológi- co da inserção periodontal, e de uma restauração provisó- ria com contornos anatômicos e corretamente adaptada às margens do preparo, bem como dotada de superfícies polidas e regulares que dificultem a fixação da placa bac- teriana e/ou que facilitem a sua remoção21 . O afastamento gengival para moldagem intrassulcu- lar pode ser realizado mecanicamente, quimicamente ou pela associação de ambos os métodos. O uso cons- tante e indiscriminado dos fios retratores no interior do sulco provoca um aumento nos níveis de citocinas in- flamatórias, devido à ruptura de fibras do ligamento pe- riodontal20 . Mesmo quando fios não impregnados são utilizados por longo período, ou com diâmetro inapro- priado, a inflamação pós-operatória é observada. Por outro lado, quando os fios são utilizados com diâmetros apropriados e impregnados em soluções adstringentes menos agressivas, respeitando-se a tolerância dos teci- dos gengivais, a inflamação torna-se mais branda e se extingue ao longo de uma semana, sem que sequelas possam ser detectadas em médio ou longo prazos21 . Outro aspecto que deve ser considerado na seleção da técnica de afastamento gengival para moldagem é que, embora a técnica de afastamento com fios retrato- res possa causar algum dano às estruturas periodontais,
  • 7. 52 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Moldagem de precisão em prótese fixa esse é de baixa intensidade e curta duração. Tal técnica, não parece ser muito diferente de outros procedimentos corriqueiros, como a raspagem subgengival, instalação de bandas ortodônticas ou mesmo invaginação do iso- lamento absoluto por meio de amarrias. Um afastamento menos traumático pode produzir uma moldagem defi- ciente, gerando, assim, uma agressão crônica muito mais danosa, já que a prótese com bordos insuficientemente adaptados agride mecanicamente o periodonto e poten- cializa a agressão microbiana pela adesão de placa22 . Diante disso, há que se considerar a técnica de afasta- mento gengival com fios retratores duplos em associação à dupla moldagem (ou reembasamento) utilizando-se sili- cones por adição como uma opção extremamente con- fiável na obtenção de moldes precisos em tratamentos por meio de prótese parcial fixa8 . Deve-se considerar que, apesar de ser uma técnica com materiais de custo signi- ficativamente mais alto do que outras, seu custo opera- cional e sua eficiência tornam o custo final do tratamento desprezível frente aos resultados obtidos. Figura 1 - Seleção da moldeira que per- mita a obtenção de volume adequado do material de moldagem. Figura 2 - Manipulação do material (pro- porções iguais de base e catalizador), sem luvas à base de látex e com as mãos secas. Figura 3 - Manutenção das coroas pro- visórias em posição, quando não houver pônticos. Figura 4 - Inserção e assentamento da moldeira mantendo a centralização em re- lação à arcada. Figura 5 - Molde retirado da boca após a polimerização do material. A presença das coroas provisórias auxilia no alívio do molde. Figura 6 - Preparos mantidos sob isola- mento relativo, após a remoção das coroas provisórias e limpeza do cimento. Descrição da técnica Figura 7 - Primeiro fio embebido em so- lução de cloreto de alumínio sendo suave- mente inserido no interior do sulco gengival. Figura 8 - Fios completamente inseridos ao redor dos términos dos preparos e com excessos aparados. Figura 9 - Segundo fio, de diâmetro mais espesso, sendo inserido delicadamente até a linha de terminação cervical do preparo.
  • 8. 53Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Zanetti GR, Peçanha MM, Frizzera F, Monteiro Jr C Figura 10 - Remoção da retenção vestibu- lar do molde em material denso, para facili- tar a reinserção da moldeira na boca. Figura 11 - Desgaste do molde com bro- cas, aliviando a região correspondente à gengiva marginal afastada pelo fio retrator. Figura 12 - A remoção das interferências gengivais e interproximais do molde facilita a inserção e o assentamento da moldeira. Figura 13 - Lavagem do preparo com água para remoção do excesso de saliva, assim como de solução adstringente. Figura 14 - Remoção do segundo fio atra- vés da extremidade excedente. Figura 15 - Silicone fluido injetado com se- ringa de automistura. Da porção cervical do preparo até o envolvimento total do dente. Figura 16 - Preenchimento do molde com silicone fluido, antes da reinserção na boca. A remoção da ponta fina aumenta o volume do material injetado pela seringa. Figura 17 - Avaliação do molde removido, após polimerização final do silicone fluido. Figura 18 - Notar a presença dos fios retra- tores aderidos ao molde. Nesse caso, os fios não devem ser removidos do silicone, evitan- do-se a ruptura do molde do sulco gengival. Figura 19 - Modelo a partir do primeiro vazamento de gesso tipo IV no interior do molde. Os fios não interferem na precisão dos términos do modelo, entretanto de- vem ser removidos apenas pelo técnico, na exposição das margens dos troquéis. Figura 20 - Modelo extra, obtido a partir do segundo vazamento de gesso tipo IV. Nota-se que, mesmo sem os fios, o mode- lo apresenta excelente detalhamento dos bordos dos preparos. Figura 21 - Molde em silicone por adição seccionado transversalmente no longo eixo do preparo, onde se evidencia a qua- lidade da reprodução dos términos dos preparos, mesmo após a obtenção de dois modelos de gesso.
  • 9. 54 Rev Dental Press Estét. 2011 jan-mar;8(1):46-54 Moldagem de precisão em prótese fixa CONCLUSÃO A escolha correta de materiais e técnicas de mol- dagem para confecção de uma prótese fixa é crucial para obter resultados finais mais precisos. A utilização de materiais de moldagem que apresentem caracterís- ticas como tempo de trabalho adequado, estabilidade dimensional, precisão na reprodução de detalhes, assim como a possibilidade de serem utilizados em ambiente úmido, melhora o resultado final do molde, do modelo e, consequentemente, da restauração protética. A utili- zação de material de moldagem elastomérico, como a silicona de adição, em conjunto com a técnica de afas- tamento por meio de fio retrator apresenta resultado sa- tisfatório e com boa previsibilidade. 1. Burmam PA, Cardoso PEC. Moldagem com silicone de reação por adição Aquasil. A otimização da moldagem ao alcance do CD clínico. Clinical Update Dentsply. Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasil. 2005;3:1-8. 2. Faria AC, Rodrigues RC, Macedo AP, Mattos MG. Accuracy of stone casts obtained by different impression materials. Braz Oral Res. 2008; 22(4):293-8. REFERêNCIAS 3. Bomberg TJ, Hatch RA, Hoffman WJ. Impression material thickness in stock and custom trays. J Prosthet Dent. 1985;54(2):170-2. 4. Gordon GE, Johnson GH, Drennon DG. The effect of tray selection on the accuracy of elastomeric impression materials. J Prosthet Dent. 1990;63(1): 12-5. 5. Millstein P, Maya A, Segura C. Determining the accuracy of stock and custom tray impression/casts. J Oral Rehabil. 1998; 25(8): 645-8. 6. de Sá AT, de Freitas CA, de Sá FC, Ursi WJ, Simões TC, de Freitas MF. Effect of cervical relining of acrylic resin copings on the accuracy of stone dies obtained using a polyether impression material. J Appl Oral Sci. 2008;16(1): 7-11. 7. Davis GB, Moser JB, Brinsden GI. The bonding properties of elastomer tray adhesives. J Prosthet Dent. 1976;36(3):278-85. 8. Caputi S, Varvara G. Dimensional accuracy of resultant casts made by a monophase, one-step and two-step, and a novel two-step putty/ light-body impression technique: An in vitro study. J Prosthet Dent. 2008;99(4):274-81. 9. Chee WW, Donovan TE. Polyvinyl siloxane impression materials: a review of properties and techniques. J Prosthet Dent. 1992;68(5):728-32. 10. Pegoraro LF. Prótese Fixa. São Paulo: Editora Artes Médicas; 2004. 11. Michalakis KX, Bakopoulou A, Hirayama H, Garefis DP, Garefis PD. Pre and post-set hydrophilicity of elastomeric impression materials. J Prosthodontics. 2007;16(4):238-48. 12. Petrie CS, Walker MP, O’Mahony AM, Spencer P. Dimensional accuracy and surface detail reproduction of two hydrophilic vinyl polysiloxane impression materials tested under dry, moist, and wet conditions. J Prosthet Dent. 2003;90(4):365-72. 13. Balkenhol M, Ferger P, Wöstmann B. Dimensional accuracy of 2-stage putty-wash impressions: influence of impression trays and viscosity. Int J Prosthodont. 2007;20(6):573-5. 14. Cho GC, Chee WW. Distortion of disposable plastic stock trays when used with putty vinyl polysiloxane impression materials. J Prosthet Dent. 2004; 92(4):354-8. 15. Carrotte PV, Johnson A, Winstanley RB. The influence of the impression tray on the accuracy of impressions for crown and bridge work: an investigation and review. Br Dent J. 1998;185(11-12):580-5. 16. Tjan AH, Nemetz H, Nguyen LT, Contino R. Effect of tray space on the accuracy of monophasic polyvinylsiloxane impressions. J Prosthet Dent. 1992;68(1):19-28. 17. Thongthammachat S, Moore BK, Barco MT 2nd, Hovijitra S, Brown DT, Andres CJ. Dimensional accuracy of dental casts: influence of tray material, impression material, and time. J Prosthodontics 2002;11(2):98-108. 18. Matis BA, Valadez D, Valadez E. The effect of the use of dental gloves on mixing vinyl polysiloxane putties. J Prosthodontics 1997;6(3):189-92. 19. Omori K, Arikawa H, Inoue K. An evaluation of elastomeric impression materials based on surface compressive strength. J Oral Rehabil. 2001;28:320-7. 20. Feng J, Aboyoussef H, Weine Sr, Singh S, Jandinski J. The effect of gingival retraction procedures on periodontal indices and crevicular fluid cytokine levels: a pilot study. J Prosthodont 2006;15(2):108-12. 21. Kosyfaki P, Martin M del P, Strub JR. Relationship between crowns and the periodontium: a literature update. Quintessence Int. 2010 Feb;41(2):109-22. 22. Cardoso M, Torres MF, Rego MRM, Santiago LC. Influence of application site of provisional cement on the marginal adaptation of provisional crowns. J. Appl Oral Sci. 2008;16(3):212-9. Glauco Rangel Zanetti Av. Nossa Senhora da Penha, 699 - Sl. 709A CEP: 29.055-131 – Vitória / ES E-mail: glaucozanetti@yahoo.com.br Endereço para correspondência Figura 22 - Secção transversal do molde, onde pode-se obser- var: a) a uniformidade da espessura do material fluido determinada pelo alívio alcançado com as coroas provisórias mantidas durante a moldagem com o silicone denso; b) o deslocamento da gengiva marginal em direção ao alívio obtido por meio de desgaste com broca; c) a reprodução nítida do sulco gengival e da parede radicu- lar cervical obtida pela técnica de afastamento empregada. a a a b c
  • 10. Copyright of Revista Dental Press de Estética is the property of Dental Press International and its content may not be copied or emailed to multiple sites or posted to a listserv without the copyright holder's express written permission. However, users may print, download, or email articles for individual use.