4. Drive
Usamos das ideias de alguns sociólogos, dando destaque para Guiddens,
que dizem que o mundo moderno ainda vive um reflexo da transição do
mundo tradicional. Antes, a sociedade vivia estática, seu destino era
definido no momento do nascimento, e não tinha mudança, hoje, nosso
destino é completamente aberto para os caminhos que escolhemos
traçar, ele está em constante mudança. Temos autonomia e
independência, inclusive para escolher com quem nos relacionar, não
precisam ser quem nos está perto. Porém temos que pagar um preço por
isso, que se dá no distanciamento justamente de quem nos rodeia. Esse
distanciamento ainda é agravado com o avanço da tecnologia que vai
nos deixar cada vez mais independente do serviços dos outros, temos
respostas para problemas cotidianos na palma das mãos.
6. Insight
Ao nos depararmos com a situação de distanciamento das
interações sociais, e um agravamento do nosso convívio com a
máquina, temos medo. Temos medo do controle que a tecnologia
tem em nossas vidas, e nós não sabemos como ela funciona.
Não estamos preparados e acostumados para esse novo estilo
de vida, ao encararmos de frente o preço de sair da tradição
que nos dava suporte, percebemos tudo que perdemos nessa
transição. Nesse momento temos um desejo de volta, de
recuperar a tradição que nos dava a base de quem ser.
8. Campanha
Nossa campanha vai dialogar com a discussão do filme “Her”, onde o
protagonista chega a um nível extremo, de substituir a namorada por
um aplicativo, por um celular. A grande sacada, então, é amascarada
na máquina, com uma cara humana (no caso a voz da Scarlett
Johansson), para suavizar o contexto, e não encarar de frente o vazio
trazido pela quebra com a tradição. Para isso propomos uma
brincadeira leve, colocando o produto na situação de companheiro, de
amigo do homem, tentando colocar ela como um amigo nos momentos
importantes, nos momentos cotidianos, no dia a dia.