SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 62
Baixar para ler offline
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO
TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE LICENCIATURA
Análise de viabilidade económica-financeira para implementação de um aviário
de produção de ovos no município da Humpata.
António Abreu Agostinho
TFC nº___/2019
Lubango, 2019
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO
TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE LICENCIATURA
Análise de viabilidade económica-financeira para implementação de um
aviário de produção de ovos no município do Humpata.
Autor: António Abreu Agostinho
Orientador: Hernâni Porcel Mendes da Silva, Ph.D.
TFC nº___/2019
Lubango, 2019
I
Dedicatória
Dedico esta obra a Deus, pai criador dos céus e da terra e de tudo quanto nela existe,
como forma de retribuição por me ter dado sabedoria, orientação e conhecimento
Divino. Dedico ainda a mesma obra aos meus pais por nunca demostrarem cansaço e
por estarem sempre comigo nas batalhas vencidas e perdidas, por me apoiarem em tudo
quanto necessitei ao longo do meu percurso académico, aos meus irmãos, primos, tios e
amigos que torceram para esta concretização. Dedico igualmente esta obra ao Exmo.
professor orientador por ter disponibilizado o seu tempo e a sua enorme ajuda para a
elaboração deste trabalho.
II
Agradecimentos
Quero em primeiro lugar agradecer a Deus Pai todo poderoso Criador dos Céus e da
terra por tudo o quanto tem feito por mim e por nunca me desamparar principalmente
nos momentos de aflição, agradecer aos meus Pais queridos, Sr. Eduardo Agostinho e
Sra. Adália Chela, por nunca desacreditarem e me apoiarem sempre que precisei voces
foram sempre a grande motivação sempre que pensei em desistir. De igual forma votos
de agradecimento aos meus famíliares, amigos, irmãos da comunidade Ngambuilana,
colegas e todos aqueles que de alguma forma contribuiram para a concretização deste
sonho, agradecer de forma especial o meu Exmo tutor Professor Dr. Hernâni da Silva,
pela paciência, disponibilidade e atenção para elaborarão do trabalho. E por ultimo, não
menos importante agradecer também o corpo docente da faculdade que muito tem dado
para que a Faculdade de Economia da UMN venha ser um centro de formação de
renome, em especial aos meus professores durante a minha estadia, meu muito
obrigado!
III
Resumo
O presente estudo tem como tema análise de viabilidade económico-financeira para
implementação de um aviário de produção de ovos no município da Humpata. O
trabalho tem por finalidade estudar a importância da viabilidade financeira de projectos
antes da sua implementação. A sua elaboração torna-se importante para apoiar não só os
gestores, mas também os estudantes e os de mais leitores, para que antes de aplicarem o
seu dinheiro em um projecto, possam vir utilizar os conceitos e as técnicas apresentadas
e assim aumentarem as suas probabilidades de sucesso e satisfações. Neste contexto,
formulamos como questões de investigação as seguintes; qual a melhor estratégia a
adoptar para atrair a clientela; qual o segmento mais adequado para este projecto; qual a
viabilidade financeira do projecto. Estas questões foram respondidas no desenrolar do
trabalho com apoio na pesquisa bibliográfica e na concepção prática do trabalho, para
tal, fez-se uma pesquisa que considerou-se como exploratória e descritiva, para colectar
os dados considerou-se a observação, a entrevista e o questionário como principais
técnicas. Com vista a responder os objectivos do projecto, realizou-se cálculos apoiado
no programa Excel que permitiram aferir a viabilidade financeira. Deste jeito, os
resultados obtidos demonstraram a viabilidade financeira do projecto, com o VAL
positivo, a TIR superior a taxa de referência do projecto e com um payback inferior a
vida útil do projecto. Em suma a elaboração do presente trabalho foi satisfatório, pois,
comprova a exequibilidade do projecto, demonstrando assim possibilidade de sucesso
no sector.
Palavras-chaves: Analise de viabilidade, Projecto de investimento, Viabilidade
economica-financeira.
IV
Índice
Dedicatória .......................................................................................................................I
Agradecimentos ............................................................................................................. II
Resumo ..........................................................................................................................III
Índice de figuras.......................................................................................................... VI
Índice de Tabelas ........................................................................................................ VI
Lista de abreviações...................................................................................................VII
Intrudução....................................................................................................................... 1
CAPÍTULO I- REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................... 3
1.1. Introdução .......................................................................................................... 3
1.2. Empreendedorismo ............................................................................................ 3
1.3. Projecto de investimento.................................................................................... 4
1.4. Avaliação de um projecto de investimento...................................................... 11
1.5. Critérios de decisão de um investimento ......................................................... 12
Capitulo II- Metodologia ............................................................................................. 16
2.1. Introdução ........................................................................................................ 16
2.1. Tipo de pesquisa .............................................................................................. 16
2.2. Tratamento e análise de dados......................................................................... 16
2.3. Determinação da população e da amostra........................................................ 17
2.4. Técnicas de recolha de dados........................................................................... 17
CAPÍTULO III- ESTUDO DE CASO........................................................................ 18
3.1. Introdução ........................................................................................................ 18
3.2. Sumário executivo ........................................................................................... 18
3.3. Apresentação do negócio................................................................................. 19
3.4. Caracterização do sector em Angola ............................................................... 19
3.5. Apresentação da empresa................................................................................. 21
3.6. Oportunidades detetadas.................................................................................. 21
V
3.7. Competências da empresa................................................................................ 22
3.8. Objectivo do projecto....................................................................................... 22
3.9. Análise ambiente geral..................................................................................... 23
3.10. Plano estratégico .......................................................................................... 24
3.11. Plano de marketing....................................................................................... 25
3.12. Plano de recursos humano............................................................................ 27
3.13. Plano operacional ......................................................................................... 28
3.14. Plano financeiro............................................................................................ 32
3.15. Plano de exploração ..................................................................................... 35
3.16. Estrutura dos custos...................................................................................... 38
3.17. Analise e discussão dos resultados............................................................... 41
Conclusão.................................................................................................................... 42
Limitações................................................................................................................... 44
Sugestões .................................................................................................................... 44
Bibliografia.................................................................................................................... 45
Anexo 1- Estudo de mercado dos clientes e Pressupostos......................................... 47
Anexo 2- Questionário.................................................................................................. 48
VI
Índice de figuras
Figura 1 - Fluxograma das principais etapas de um Projecto de investimento ............. 11
Figura 2- Principal produto. .......................................................................................... 26
Figura 3- Estrutura organizativa.................................................................................... 27
Figura 4- Orientação do aviário em relação ao sol......................................................... 28
Figura 5- Ninho manual para matriz poedeira............................................................... 29
Figura 6- Pintos de um dia............................................................................................. 30
Figura 7- Galinha poedeira............................................................................................ 31
Figura 8- Ovos............................................................................................................... 31
Índice de Tabelas
Tabela 1- Coeficientes técnico. ...................................................................................... 32
Tabela 2 - Investimento inicial....................................................................................... 33
Tabela 3 - Mapa de amortização do equipamento.......................................................... 34
Tabela 4 - Plano de Financiamento. ............................................................................... 35
Tabela 5 - DRP. .............................................................................................................. 36
Tabela 6 - Produto principal........................................................................................... 36
Tabela 7 - Subproduto. ................................................................................................... 36
Tabela 8 - Fundo de Maneio........................................................................................... 37
Tabela 9 - Mapa de recursos Humanos. ......................................................................... 37
Tabela 10 - CPV. ............................................................................................................ 38
Tabela 11 - FST.............................................................................................................. 39
Tabela 12 - MOAF. ........................................................................................................ 39
Tabela 13 - Cash Flow.................................................................................................... 40
Tabela 14 - Avaliação na Óptica do projecto. ................................................................ 40
VII
Lista de abreviações
VAL - Valor Actual Líquido
TIR - Taxa Interna de Rendibilidade
PAYBACK - Periodo de Recuperação da Dívida
AOD- Avícola dos Ovos Dourados
DRP -Demostração de Resultado Previsional
CPV - Custo dos Produtos Vendidos
FST - Fornecimento e Serviço de Terceiros
MOAF - Mapa de Origem e Aplicação de Fundos
PAC - Programa de Apoio Ao Crédito
ANAVI - Associação Nacional do Avicultores de Angola
PMR - Prazo Médio de Recebimento
PMP - Prazo Médio de Pagamento
1
Intrudução
No presente contexto económico e social é grande o número de pessoas que buscam
sucesso através de um empreendimento próprio. No entanto, a vontade de empreender
não é suficiente para garantir um negócio rentável. Transformar uma oportunidade
detectada em uma empresa de sucesso requer, além de capacidade para administrar
recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos, a elaboração de um projeto que
servirá de instrumento de planeamento e controle da futura organização.
A avicultura é um segmento que envolve várias atividades, que podem ser
vistas como uma cadeia produtiva, inclui a produção de matrizes, incubação de
ovos, criação das aves, processamento (abate e produtos finais), distribuição
(transporte, estocagem e comercialização) e o consumidor final.
Dadas as dificuldades que os gestores, empreendedores e não só, enfrentam para
utilizarem o capital disponível de maneira correcta e no momento certo, suscitou-nos o
interesse em auxiliar os mesmos a realizarem uma análise de viabilidade de projectos
antes da sua implementação. Desta forma, o presente estudo vai servir de apoio não só
para os gestores, mas também aos estudantes e de mais leitores para que antes de
apuserem o seu dinheiro em um projecto, possam vir utilizar os conceitos apresentados
e assim aumentar as suas probabilidades de sucesso e satisfações.
Para este trabalho temos como objecto de estudo análise da viabilidade financeira para a
implementação de um aviário de produção de ovos na comuna da Palanca, município da
Humpata, província da Huíla.
Com base ao exposto acima, propusemos-nos a responder as seguintes questões de
investigação: qual a melhor estratégia a adoptar para atrair a clientela; qual o segmento
mais adequado para este projecto; qual a viabilidade financeira do projecto.
Assim, para podermos responder as questões de investigação propostas delineamos
como objectivo geral analisar a viabilidade financeira para a implantação de um aviário
de produção de ovos de galinhas.
O presente trabalho monográfico está dividido em três capítulos. O primeiro capíltulo
diz respeito ao referencial teórico, na qual fez-se uma pesquisa bibliográfica e
documental para dar suporte no alcance dos objectivos preconizados. No segundo
2
capítulo tratamos sobre os aspectos metodológicos que permitaram recolha dos dados
bem como a sua estruturação de forma a facilitar a orientação do trabalho e no terceiro
capítulo abordamos sobre a concepção prática do trabalho onde foram realizados
cálculos utilizando planilhas do excel para o cálculo.
3
CAPÍTULO I- REFERENCIAL TEÓRICO
1.1.Introdução
Trabalhos de pesquisa necessitam de fundamentação teórica para dar suporte ao seu
desenvolvimento e conclusões. Portanto, o conhecimento adquirido nesta fase será
relevante para a solução da apresentação do problema e para alcançar os objectivos
propostos.
1.2.Empreendedorismo
Veremos que ao longo do tempo, a definição de empreendedor, caracterizado hoje,
como um ser inserido no cenário económico, sofreu algumas evoluções. “A palavra
empreendedor origina-se da palavra entrepreneur que é de origem francesa, literalmente
traduzida, significa aquele que está entre ou intermediário” (HISRICH & PETERS,
2005, p. 90).
No século XVIII, o filósofo Rousseau, em uma de suas frases utilizadas para
explanar sobre a origem das desigualdades entre os homens, ressalta que “o
homem transcende a sua natureza”. Esta definição se torna interessante pelo
facto de narrar as origens das desigualdades humanas, que surgiram por conta
da capacidade do homem em transcender, entendida no mesmo sentido de
empreender, de criar, de inovar, de ir além. Embora o contexto abordou um
cenário onde o homem buscava descobrir novos meios para a sobrevivência,
sem ligações no contexto económico, já era possível entender o
empreendedorismo no sentido de superação (Fabro, 2007).
Neste sentido, a actividade empreendedora está ligada ao avanço, podemos entender sua
importância para a sociedade e para o crescimento económico de qualquer país. Fabro
(2007), descreve um contexto mais moderno e envolvendo o sistema comercial e
financeiro, cita que o empreendedorismo: “é a criação de valor por pessoas e
organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia através da aplicação de
criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que comummente
se chamaria de risco”.
Diante do apresentado, é possível perceber que a actividade empreendedora está
definida em um comportamento baseado na tomada de decisões e na organização de
4
mecanismos económicos com intuito de transformar recursos em proveito prático e
económicos, aceitando riscos.
1.3. Projecto de investimento
1.3.1. Noção de projecto e de investimento
O planeamento é a execução de qualquer investimento, seja este público ou privado,
deve ser realizado a partir de um projecto, com o entendimento de que “projecto é o
conjunto de informações internas e/ou externas à empresa, colectadas e processadas
com o objectivo de analisar, e se for viável, implantar uma decisão de investimento”
(Ende & Reisdorfer, 2015). Nestas condições, o projecto não se confunde com as
informações, pois ele significa um modelo que incorpora informações qualitativas e
quantitativas, e simula a decisão de investir e suas implicações.
Assim, entende-se como projecto, uma proposta de aplicação de recursos escassos que
possuem aplicações alternativas a um negócio, que espera-se gerar um rendimento
durante certo tempo, que maximiza a aplicação.
Brito (2003, p. 19) ainda destaca que, “os objectivos de se fazer um projecto são: criar,
expandir, modernizar, relocalizar, fundir, incorporar, mudar de actividade, sanear
financeiramente e redimensionar o capital de giro permanente”.
Desta feita, investimento é a aplicação de fundos escassos que geram rendimentos
durante certo tempo, com vista a maximização da riqueza dos accionistas.
De acordo com (Marques, 2005), investimento, não é nada mais que toda e qualquer
acção que visa a obtenção de uma determinada rentabilidade. Ainda segundo o autor
existem duas partes intervenientes e que podem, dependendo do investimento em
questão, ser indissociáveis:
 Investidores: pessoa ou entidade que coloca recursos ou conhecimentos, à
disposição do empreendedor.
 Empreendedores: os que, para alcançar a realização de um projecto, necessitam
do investimento.
5
1.3.2. Conceito de projecto de investimento
Mas, o que será um Projecto de investimento?
O projecto de investimento é um conceito que pode ser entendido em duas acepções:
enquanto plano (intenção) de investimento e enquanto estudo (processo escrito) da
intenção de investimento (negócio).
Para (Sousa & Clemente, 2003), projecto de investimento em sentido amplo, pode ser
interpretado como um esforço para aumentar o nível de informação (conhecimento) a
respeito de todas as implicações, tanto desejáveis quanto indesejáveis e para diminuir o
nível de risco, em outras palavras, o projecto de investimento é uma simulação da
decisão de investir.
Ainda (Britto, 2003), afirma que fazer um projecto de investimento é uma tarefa
trabalhosa e necessária, já que haverá riscos e incertezas. Porém, o objectivo é assegurar
um conjunto de directrizes que conduzam à produção de bens e ou serviços de forma
eficiente. Convém frisar, no entanto, que o projecto tem de ser flexível, adaptável e com
um roteiro simplificado.
Assim, realizar um projecto de investimento antes de investir torna-se essencial, pois
ajuda a identificar e quantificar as estimativas de uma oportunidade, ensina a construir e
avaliar o fluxo de caixa, contribui para detectar as incertezas e medir seu impacto no
resultado da avaliação, auxilia na análise dos riscos do projecto e na tomada de decisão
sobre o investimento.
1.3.3. Motivos para elaboração de um projecto de investimento
Muitas são as razões que levam as pessoas a elaborar um projecto de investimento,
dentre as quais destacamos as seguintes1
:
 Estruturar o trabalho em etapas a serem cumpridas;
 Compartilhar a imagem do que se quer alcançar;
 Identificar as principais deficiências a superar; e
 Apontar possíveis falhas durante a execução das actividades previstas.
1
Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
6
1.3.4. Principais características de um projecto de investimento
Apresentamos em seguida as principais características de um projecto de investimento2
:
 São singulares (cada projecto é um caso único, mesmo que as tarefas sejam
semelhantes, há um espaço para a alteração de recursos, timing, budgets, etc.);
 São temporários, i.e., possuem um início e um fim definidos;
 Envolvem produtos, serviços ou processos exclusivos;
 São desenvolvidos em etapas (duma forma contínua, i.e., uma fase termina com
o arranque da outra);
 São realizados por pessoas (incluindo os stakeholders); e
 Com recursos limitados (matérias, financeiros, humanos, etc.).
1.3.5. Critérios de classificação de projectos de investimento
Duma forma geral, os projectos podem ser públicos ou privados3
.
 Projectos públicos: são os que evolvem recursos disponibilizados pelo governo
ou entidade pública, a fim de gerar bem-estar social. Ex. Construção de Hospitais,
Estradas, Pontes, escolas, aeroportos, etc.
 Projectos privados: são os que envolvem recursos disponibilizados por pessoas
jurídicas ou físicas de direito privado, a fim de gerar retornos monetários aos
investidores. Ex. Supermercados, Parques de Estacionamento, etc.
No entanto os projectos de investimento podem ser classificados segundo vários
critérios:
1- Classificação quanto ao sector de actividade:
Na perspectiva macroeconómica é um conceito bastante utilizado onde os projectos são
classificados de acordo com a agregação sectorial tradicional em:
 Projectos agrícolas;
 Projectos de Pesca;
 Projectos industriais;
 Projectos comerciais;
2
Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
3
Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
7
 Projectos de infra-estruturas; e
 Projectos de serviços;
2- Classificação quanto a relação com a actividade produtiva:
De acordo com este critério estes podem ser:
 Projectos directamente produtivos - São projectos que desenvolvem actividade
directamente produtivas dando origem a bens e serviços transaccionáveis no mercado.
 Projectos indirectamente produtivos - São projectos que desenvolvem
actividades secundárias de suporte à actividade produtiva ajudando à sua
implementação.
3- Classificação quanto ao objectivo do investimento:
 Projecto de inovação e de modernização- Estes tem por objectivo a redução dos
custos de produção e/ou de funcionamento ou de introdução de novos produtos ou
aperfeiçoamento dos já produzidos de forma a manter ou melhorar o seu mercado. São
investimentos em novos equipamentos dotados de princípio, de novas tecnologias para
produzir mais e melhor com os mesmos ou com menores custos.
 Projecto de Substituição ou de Renovação- São levados a cabo para a
substituição de equipamentos usados e obsoletos por equipamento análogo ou mais
moderno.
 Projecto de expansão- Tem em vista aumentar a capacidade de oferta de
produtos existentes ou para expandir (pontos de venda e distribuição) em mercados que
estão sendo actualmente explorados. Exige-se aqui um planeamento adequado do nível
de crescimento de demanda.
 Projectos Estratégicos- Estes são levados a cabo para reduzir os riscos da
empresa, promovendo condições mais favoráveis ao desenvolvimento e êxito da
empresa. Investimento com diversificação de actividades, integração vertical de forma
absorver margens e ganhar dimensão ou ainda em acções de carácter social podem
reduzir os riscos da empresa com benefícios ma melhoria de condições de trabalho e de
produtividade.
8
4- Classificação quanto a relação entre os diferentes projectos de investimento:
 Projectos independentes- Os benefícios esperados para um dado projecto não se
alteram, quer um segundo projecto seja aceite ou não. Exemplificando, o investimento
no Projecto X deve ser tecnicamente possível com ou sem a realização do Projecto Z.
 Projectos dependentes (ou compatíveis ou complementares) - A realização de
um pode afectar os resultados de outro ou outros. Isto é, os benefícios esperados de um
projecto são afectados pela decisão de aceitar ou rejeitar um outro projecto. Se a decisão
de um projecto afectar o acréscimo dos lucros ou o decréscimo das despesas do outro,
então diz-se que são projectos dependentes e complementares. Se, pelo contrário, a
decisão de investimento vai afectar o decréscimo de lucro ou o acréscimo de despesas
de um outro projecto, então, diz-se que constitui um investimento substituto ou
concorrente desse outro.
 Investimentos incompatíveis ou mutuamente exclusivos- Aqueles cuja realização
conjunta é tecnicamente impossível, e os benefícios esperados com a realização de um
projecto são imediatamente absorvidos com a realização do outro.
5- Classificação quanto a distribuição temporal das receitas e despesas (Fluxo de
tesouraria):
 Investimentos convencionais- Aqueles em que há uma fase de investimento
(despesas maiores que as receitas – normalmente nos anos iniciais) e fase seguinte em
que as receitas são sempre maiores que as despesas.
- Estes ainda podem ser: Point input-Continuos output; Continuos input-Point output e
Point Input-Continuos output.
 Investimentos não convencionais- Nestes estamos perante a situação de fluxos
de caixa ora negativos ora positivos em qualquer momento de vida do projecto. Isto é,
temos fases em que há despesas de investimento (despesas maiores que as receitas),
depois temos fases intercalares em que as receitas são maiores que as despesas e nos
períodos seguintes voltamos a ter fases em que as despesas são maiores que as receitas
(acontece normalmente em projectos cujo investimento é realizado de forma faseada e
distribuído por vários períodos). Estes são apenas Continuos input- Continuos output.
9
1.3.6. Fases de elaboração de um projecto de investimento4
 Passo 1. Identificação.
Antes da elaboração do projecto de investimento em si, impõe-se proceder a todo um
trabalho de análise de conjuntura, com vista a formalização de ideias concretas acerca
de quais são os projectos prioritários ao desenvolvimento do país ou região em que se
enquadra o projecto. Para tal é necessário conhecer a política global de desenvolvimento
central e regional do país, fazer um diagnóstico da evolução recente por sectores de
actividade e conhecer quais as necessidades a satisfazer. Com base nestes factos será
então, possível formalizar as ideias e desenvolver as acções, neste caso o (s) projecto
(s), permitirá satisfazer o objectivo de desenvolvimento acima referido.
 Passo 2. Preparação.
Uma vez identificada a área de actividade mais vantajosa e o tipo de negócio específico
em que se pretende investir, avança-se com a preparação do respectivo projecto. Esta
segunda fase, diz respeito aos estudos a serem levados a cabo para que o projecto a se
realizar satisfaça os requisitos necessários, de modo a permitir que o mesmo seja
analisado e se torne rentável a sua realização. Estes requisitos podem ser de ordem:
técnica, económica e financeira.
 Passo 3. Análise.
Esta etapa é a que vai permitir a tomada de decisão final quanto à realização ou não do
projecto que se tem em vista. Para tal, existem duas ópticas de análise conhecidas: a
análise financeira sob o ponto de vista da rentabilidade empresarial e a análise
económica sob o ponto de vista da rentabilidade para a colectividade.
 Análise financeira: a análise da rentabilidade nesta óptica tem em vista, em
função das condições actuais e futuras, verificar se os capitais investidos são
remunerados e reembolsados de modo a que as receitas geradas superem as despesas
realizadas (investimento e funcionamento) num período mais ou menos longo de tempo.
 Análise económica: este tipo de análise, também chamada análise social ou
análise custo-benefício, difere da análise financeira na medida em que os dados não são
4
Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
10
tratados a preços de mercado, mas sim, a preços de mercado corrigidos de todas as
distorções que alteram o seu valor real, "preços sombra", também chamados "preços de
referência". Estas distorções são, por exemplo: as restrições às importações, as taxas de
câmbio oficiais, controlo de preços, os incentivos às exportações, etc. Assim, a análise
económica de um projecto de investimento processa-se através da comparação entre as
receitas e as despesas corrigidas.
 Passo 4. Decisão.
Esta fase corresponde ao momento de optar por aceitar ou rejeitar o projecto de acordo
com o nível de satisfação das perspectivas da entidade promotora. Na eventualidade de
o projecto ser rejeitado, o mesmo poderá ser reconsiderado, promovendo-se novos
estudos para a sua concretização. Se for aceite passa-se à fase seguinte, a de execução.
Decisões de investimento e financiamento de projectos. Dentre os principais índices
para analisar o retorno do investimento destacam-se: O PAYBACK (retorno do
investimento); a TIR (taxa mínima de retorno) e o VAL (valor Actual líquido).
 Passo 5. Execução.
Chegado a este ponto, é altura de se proceder à revisão dos estudos técnicos e
financeiros efectuados, do calendário de realização de projectos, etc. Com isto pretende-
se, por um lado, aprofundar detalhadamente as operações a realizar, e, por outro lado, e
tendo em linha de conta o período de tempo decorrido entre a primeira e a quarta
etapa, actualizar os preços dos bens utilizados na eventualidade do referido período ter
sido bastante longo e tal se justifique.
Neste ponto serão então desencadeadas as acções necessárias para pôr em
funcionamento o projecto, por exemplo: construção civil, montagem de equipamentos,
recrutamento e formação de pessoal, lançamento do sistema de gestão, contractos de
funcionamento, etc.
 Passo 6. Funcionamento e controlo.
Corridos todos os passos anteriores, a última fase consiste na verificação do bom
cumprimento do calendário de realização dos investimentos, na análise dos desvios de
funcionamento e na implementação das respectivas acções correctivas.
11
Figura 1 - Fluxograma das principais etapas de um Projecto de investimento
Fonte: Manual de análise de investimento, edições Silabo, Lda. (2002. P 18).
1.4. Avaliação de um projecto de investimento
Um projecto de investimento pode ser analizado segundo várias optícas, iremos aqui
descrever algumas5
.
1.4.1. Avaliação financeira
Consiste no estudo de apoio a tomada de decisão por parte dos investidores e dos
financiadores do projecto, esse estudo pondera as despesas e receitas valorizadas a
preços de mercado de forma a aferir da rentabilidade em termos de mercado, é a
avaliação mais importante para projectos privados comerciais. Em geral a avaliação
financeira incorpora a avaliação técnica, concorrencial e institucional, aspectos que não
possuem autonomia científica.
1.4.2. Avaliação económica
Este é um tipo de avaliação que se pratica numa economia de mercado apenas quando é
um projecto público ou quando sendo um projecto privado é praticamente financiado
5
Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
Identificação Preparação
e
Definição das
variantes
Análise
Econo/Financeira
Decisão
Execução
Funcionamento e
controlo
Não
Fazer
Fazer
12
com fundos públicos. Aqui a avaliação faz-se já não apenas em termos da rendibilidade
financeira, mas principalmente em função da contribuição do projecto para o bem-estar
social da população ou da contribuição do projecto para objectivos da política
económica nacional. Este tipo de análise se efectua independentemente da avaliação ser
uma avaliação posterior a avaliação financeira.
1.4.3. A avaliação social
Mede a contribuição do projecto para objectivos sociais, designando-se por vezes por
impacto social: Exemplos: Distribuição dos rendimentos; Fixação da população no
território; Melhoria das condições de vida.
Esta avaliação é independente quer da avaliação económica quer da avaliação
financeira, podendo contudo estar associada a esses tipos de avaliação.
1.5. Critérios de decisão de um investimento
A avaliação da viabilidade de um projecto é baseada em indicadores que fornecem
informações sobre como poderá ser o desempenho produtivo e financeiro da empresa.
Alguns indicadores de viabilidade são determinados a partir da demonstração de
resultado do exercício e rentabilidade. Outros indicadores são calculados tendo como
base o fluxo de caixa do projecto, dentre os quais destacam-se: Valor Actual Líquido
(VAL),o Payback e Taxa Interna de Retorno (TIR).
Independentemente do número e de quais indicadores e técnicas de análise que o
avaliador irá utilizar no processo de avaliação do projecto, sempre haverá um risco
associado à decisão tomada.
Salienta-se que as análises são realizadas mediante valores estimados. Dado que as
projecções poderão realizar-se ou não, considerando, ainda, que não é possível ter
certeza sobre o comportamento do mercado, há um risco inerente ao processo de
análise. Dessa forma, o risco que envolve a implantação de um projecto de investimento
é representado pela possibilidade de erro nas projecções e cálculos efetuados para serem
utilizados como subsídio ao processo de tomada de decisão sobre e a implantação ou
não de determinado empreendimento.
13
1.5.1. Valor actual líquido
O VAL é a diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das
saídas do caixa, tendo em conta determinada taxa de desconto para as avaliações. Essa
taxa é o retorno mínimo que deve ser obtido em um projecto para que o valor de
mercado da empresa fique inalterado. Assim, esse é um dos métodos de cálculo de
retorno de investimento de uma proposta de investimento (Gitman, 2004).
Neste método, a escolha mais apropriada é aquela que apresenta maior VAL. No caso
de avaliação de um único projecto, o investimento devera ser aceite se o seu VAL for
positivo, e rejeitado se for negativo. Se for nulo ou igual a zero a realização ou não
desse projecto é indiferente.
O VAL é um critério mais robusto em relação ao payback, pois considera o valor do
dinheiro no tempo. Para determinar o VAL é necessário identificar uma taxa de juros
para descontar os fluxos de caixa, trazendo-os a valor presente, e subtraindo do valor do
investimento.
A taxa de desconto utilizada refere-se ao custo de oportunidade ou custo de capital, que
se refere ao retorno mínimo requerido pelo empreendimento.
Se o VAL for maior ou igual a zero, o empreendimento apresenta viabilidade, pois
garante retorno maior ou igual a seu custo de capital. Vale ressaltar que o resultado para
o VAL e a consequente decisão sobre a aceitação (ou não) do projecto é sensível à taxa
de desconto utilizada (Ende & Reisdorfer, 2015, p. 98).
Apesar de muito usado e confiável, o método VAL apresenta alguns inconvenientes,
entre elas a dificuldade em calcular a Taxa mínima de Retorno requerida, dificuldade
verificada, principalmente em médias e pequenas empresas, além disso, alguns
consideram a compreensão dos seus resultados mais difíceis que a taxa mínima de
retorno, por exemplo.
Existe ainda também o risco de previsão que consiste na projecção dos fluxos de caixa
levando à decisões incorrectas, o também chamado risco de estimação.
14
1.5.2. Período de recuperação da dívida- PayBack
De acordo com esse método, diante das opções oferecidas para empresa, a melhor seria
aquela com possibilidade de recuperação mais rápida dos recursos a serem investidos,
ou seja, menor “Payback”, período de recuperação menor do que um prazo
predeterminado como satisfatório pelo gestor. Esse método mostra o número de
períodos (anos, meses ou dias) necessários para recuperar o investimento despendido
em determinado projecto.
Ross e Westerfield apud Fabro (2007, p 37), salientam que o payback é muito usado em
grandes empresas para decisões menos importante onde o custo da realização de
análises mais detalhadas seria maior que o projecto em si. Pode haver ainda uma
questão prática, pois um investimento que se paga rapidamente e traz benefícios
posteriores ao payback indica, provavelmente, um investimento com um retorno
positivo. Além disso a regra do payback tem ênfase no curto prazo e na liquidez,
aspectos que tendem a favorecer investimentos de curto prazo e com maior liquidez, o
que tem grande peso principalmente em pequenas empresas (Ross & Westerfiel, 1998).
1.5.3. Taxa interna de rendibilidade -TIR
Ross e Westerfield (2002, p. 223), afirmam que “a TIR de um investimento é uma taxa
exigida de retorno que quando utilizada como taxa de desconto resulta em VAL igual a
zero”. Desta forma, pode-se observar que a TIR e o VAL estão muito ligados, de forma
a levarem a resultados similares. Isso ocorre porem somente quando os fluxos de caixa
dos projectos analisados são convencionais, ou seja, quando o investimento inicial é
negativo e os demais fluxos são positivos. E, ainda, a decisão analisada não poderá ter
vinculação a nenhuma outra. Dessa forma, quando alguma dessas duas condições não é
satisfeita, podem ocorrer distorções. O método da TIR é muito usado e isso se explica
pelas vantagens que a sua utilização apresenta.
Uma das suas vantagens é o facto de ter uma relação muito próxima ao VAL, tendendo
a apresentar resultados na mesma direcção. Outra vantagem é a sua compreensão, pois é
mais simples discutir sobre taxas de retorno, do que sobre “valores monetários
absolutos”. Os problemas com a TIR ocorrem em duas situações: a primeira quando os
fluxos de caixa não são convencionais. Nessa situação ocorrem taxas múltiplas de
15
retorno, o VAL com mais de uma taxa interna de retorno. O cálculo da TIR não é
conclusivo nessa hipótese, a solução mais adequada é realizar o cálculo do VAL.
A segunda ocorre quando se está realizar uma comparação entre investimentos
mutuamente exclusivos. Assim a aceitação de um implica a rejeição de outro. As taxas
encontradas podem levar a conclusões incorrectas, e o uso do método VAL mostra-se
mais eficaz também nesse caso.
É preciso cuidado ao utilizar a TIR como critério de análise de investimento, porque a
TIR é o resultado do cálculo em uma planilha e pode não ter relação com a realidade, ou
seja, pode não ser possível aplicar os recursos obtidos àquele TIR calculada.
16
Capitulo II- Metodologia
2.1. Introdução
A metodologia de um trabalho consiste na reunião de diversas técnicas que buscam
definir os processos utilizados nas diversas etapas do trabalho de modo a alcançar os
objectivos propostos. Os processos metodológicos utilizados neste estudo são
compostos por alguns elementos essenciais como o tipo de pesquisa, tratamento e
análise de dados, determinação da população e técnicas de recolhas de dados.
2.1. Tipo de pesquisa
Para o estudo presente o tipo de pesquisa é exploratória e descritiva. O método de
análise aplicado é de ordem qualitativa e quantitativa. Qualitativa por descrever o
processo de produção de ovos e a revisão literária realizada. A parte quantitativa foi
utilizada no último capítulo do projecto, para aplicação das técnicas de análise de
investimento.
O universo de pesquisa é o "conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por
exemplo), que possuem as características que serão objectos de estudo" (Vergara, 1997,
p. 48). A pesquisa realizada limitou-se à província da Huíla, onde se procedeu à
entrevista informal aos produtores e especialistas na produção de ovos, bem como aos
consomidores desse produto.
2.2. Tratamento e análise de dados
Após a colecta dos dados estes foram organizado, analisados e apresentados de maneira
mais estruturada a fim de puderem atender aos objectivos. As diversas informações
obtidas durante as entrevistas aos criadores, comerciantes e consumidores do produto
foram cruzadas e comparadas com as informações obtidas através de fontes secundárias
e assim, relacionadas de maneira que atendessem os requisitos do empreendimento
proposto.
Para análise dos dados financeiros utilizou-se valores detectados no mercado e obtidos
nas entrevistas realizadas, e recorreu-se ao programa Excel para projecção e cálculo dos
dados.
17
2.3. Determinação da população e da amostra
Qualquer estudo científico enfrenta o problema de estudo da população ou da amostra.
A população é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas
características (Canastra, 2015). Por outro lado, de acordo com o mesmo autor, a
amostra, é o subconjunto da população, do qual se estabelecem ou se estimam as
características dessa população. Neste contexto, constitui a população do estudo todos o
habitantes das cidades da Humpata, Lubango e Chibia. Para o presente trabalho
utilizaremos uma amostra não probabilística, por conveniência. Amostra por
conveniência não é representativa da população, ocorre quando a participação é
voluntária ou os elementos da amostra são escolhidos por uma questão de conveniência
(Sousa M. J., 2011).
2.4. Técnicas de recolha de dados
Segundo (Sousa M. J., 2011, p. 70), técnica de recolha de dados é o conjunto de
processos operativos que permitem recolher os dados empíricos que são uma parte
fundamental do processo de investigação. Para o presente trabalho as técnicas que serão
utilizadas para a recolha de dados são:
a) Observação - que pode ser definida como um olhar sobre uma situação sem que esta
seja modificada, olhar cuja intencionalidade é de natureza muito geral, actuando ao
nível da escolha da situação e não ao nível do que deve ser observado na situação, e que
tem por objectivo a recolha de dados sobre a mesma (B Ghigllione, 2001);
b) Entrevista - é um método de recolha de informação que consiste em conversas orais,
individuais ou de grupos, com várias pessoas cuidadosamente seleccionadas, cujo grau
de pertinência, validade e fiabilidade é analisado na perspectiva dos objectivos da
recolha de informações (B Ghigllione, 2001).
c) Inquérito por questionário - Inquérito pode ser definido como uma interrogação
particular acerca de uma situação englobando indivíduos, com o objectivo de
generalizar os resultados (B Ghigllione, 2001, p. 107).
18
CAPÍTULO III- ESTUDO DE CASO
3.1. Introdução
O presente capítulo refere-se a concepção prática do trabalho, que vem precisamente dar
sustentabilidade na prossecução dos objectivos e do problema ora levantado.
3.2. Sumário executivo
O presente projecto é denominado de “Avícola dos Ovos Dourados, Lda.” Com
localização prevista na comuna da palanca, município da Humpata, província da Huíla.
O mesmo tem como objectivo estudar a viabilidade de instalação de um aviário para
produção de ovos de galinha. Para tal, pretendemos adotar uma estratégia de
diferenciação de forma a conquistar uma quota no mercado.
A sua Missão consiste em “Oferecer produtos de qualidade aos seus clientes, a preços
competitivos com rentabilidade e desenvolver parceria com fornecedores. Permitir a
fidelização dos seus clientes através da preocupação no conhecimento das suas
necessidades de forma a satisfazê-las plenamente “. A sua Visão é “Ser uma empresa
reconhecida no sector, e no mercado nacional, pela sua qualidade de serviços e
produtos, potenciando a melhoria contínua junto dos seus colaboradores fornecedores e
clientes.”
Dando ênfase à sustentabilidade e à procura por este produto, a viabilidade deste
empreendimento, requer um investimento inicial de 13.331.273,97AKZ, para que o
negócio seja levado de tal forma que acompanhe as tendências do mercado, visando o
seu crescimento. Estima-se para esta unidade, uma capacidade para produzir 360.000
unidades de ovos/ano.
Os promotores deste empreendimento pretendem ser uma referência neste sector e
alcançar um posicionamento na cadeia de valor e contribuir de forma inegável para
elevar os produtos “made in Angola”.
Para rentabilizar este investimento foram consideradas, receitas resultantes da produção
dos produtos supra referidos, com base em planos de produção, e preços com base nas
cotações do mercado nacional.
19
Com base neste cenário, a necessidade de financiamento é de 7.998.764,38 AKZ ,
correspondendo a 40% do capital necessário para a implentação do projecto, e obteve-se
um VAL de 11.478.581,18 AKZ e uma TIR de 32%.
3.3. Apresentação do negócio
Diante do processo de desenvolvimento técnico e de produção, actualmente, coloca-se a
avicultura como uma das alternativas mais rápidas e de acessível custo na produção de
proteína animal, permitindo fazer frente às procuras alimentares e nutricionais das
populações. No caso de Angola, esta actividade produtiva também é vital por ser uma
das principais fontes e mais barata de proteína animal para o consumo á disposição das
populações.
Actualmente os produtos da indústria avícola Angolana têm uma fraca expressão no
mercado nacional face á presença de produtos importados. Segundo o Jornal de Angola
em 2017 o sector funcionou a 30 por cento da capacidade instalada, tendo assim uma
capacidade ociosa de 70 por cento6
.
3.4. Caracterização do sector em Angola
As indústias avícolas instaladas no país abarcam um conjunto diferenciado de pequenas
e médias empresas. Este conjunto de empresas necessitam de informações
sistematizadas que permitem traçar um perfil do sector. As unidades industriais
apresentam um grande potencial ao nível da sua contribuição para a diversificação da
economia nacional, pois com sua implementação dão origem a um conjunto de
actividades suplementares. No que tange à aquisição de matéria-prima e outros inputs
necessários à produção de ovos grande parte são de importação (matrizes, equipamentos
e vacinas) e uma parte porém de produção (ração).
A estratégia do Governo começa, precisamente, por mobilizar recursos para promover a
produção, de modo a reduzir-se ao máximo a necessidade de importações de produtos e
criar excedentes que possibilitem exportar e assim conseguir mais divisas para o país. O
Governo canaliza esses recursos para financiar projectos privados de elevada
rentabilidade e promotores da diversificação da produção e das exportações.
6
Jornalde Angola. Sapo.ao. Acessado em julho de 2019.
20
Desde 2018 que não se imitem licencas de importação de ovos por parte do Ministério
da Agricultura e Florestas, o País produziu 961 milhões de ovos em 2017, em 2018
atingiu uma produção de 1.119 milhões de ovos, um aumento de 16,4% face a 20177
.
O Ministério da Agricultura estima um crescimento na produção nacional de ovos na
ordem dos 30% nos próximos quatro anos, altura em que estima que a produção
nacional atingirá os 1.443 milhões ovos até 2022. Ainda assim, não esta assegurada a
auto-suficiencia nos próximos quatro anos , uma vez que esta dependerá da evolução
do número de habitantes e da capacidade dos produtores8
.
A Associação Nacional dos Avicultores de Angola (ANAVI) estima que existam no
País 118 indústrias de reprodução e embalagem de ovos em todo o território nacional
que produzem, em média, 70 milhões de ovos por mês, correspondo a uma média de
840 milhões de ovos/ano.
Apesar do desencontro dos dados da ANAVI ( 850 milhões de ovos) e do Ministério da
Agricultura e Florestas (1. 119 milhões de ovos), o presidente da ANAVI, Rui Santos,
aponta que os ovos, assim como a fuba de milho, não constam da lista de produtos que
podem ser importados. “Não se importam ovos”, é verdade que o mercado ainda está a
pedir mais, e a nossa produção apresenta margens para crescimento”, garante!
O aumento da produção depende sobretudo, da estabilidade da oferta de matéria-prima
no mercado nacional, principalmente da ração, quer seja a importada, quer seja
nacional.
3.4.1. Caracterização do sector na província da Huíla
Na província da Huíla o sector agropecuario está a funcionar a baixo da capacidade
instalada ( produz-se apenas 35 mil ovos/dia correspondendo a quase um terço da
capacidade instalada, estimada em 99 mil e 200 ovos/dia, quando as necessidades da
provincia estão avaliados em dois milhões de ovos/dia), a província conta actualmente
com aproximadamente oito aviários, sendo dois na Humpanta e seis no Lubango. O
número de projectos existentes no sector é relativamente baixo diante da procura
condicionados pela falta de financiamentos.
7
Jornal de Angola.Sapo.ao. Acessado em Abril de 2019.
8
Jornal de Angola.Sapo.ao. Acessado em Abril de 2019.
21
3.5. Apresentação da empresa
O projecto em questão trata-se de uma pequena empresa que será denominada de
“Avícola dos Ovos Dourados - AOD, Lda”. A empresa será constituída por dois sócios
igualitários. De acordo com à Lei n.º 30/11, lei das micros, pequenas e médias
empresas. O projecto “AOD, Lda” enquadrar-se-à na classificação de empresas de
pequena dimensão, já que os padrões estabelecidos para esta categoria (empregados
mais de 10 e até 100 Trabalhadores e facturação bruta anual em AKZ superior ao
equivalente a USD 250 mil) estão dentro dos pressupostos definidos no presente
projecto e quanto ao sector enquadra-se-a em projectos Agrícolas.
A mesma estará localizada na comuna da Palanca município da Humpata, província da
Huíla, a estrutura inicial da empresa será simples, dentro dos padrões normais de
criação de aves (Galinhas poedeiras).
Pretendemos realizar a nossa actividade a partir da compra de pintos de um dia. Após o
término da fase de produção, por possuir pouca experiência no sector a produção poderá
chegar ao consumidor final por um único canal de distribuição, isto é, a venda dos ovos
obtidos das galinhas.
A “AOD, Lda”, tem como Missão “Oferecer produtos de qualidade aos seus clientes, a
preços competitivos com rentabilidade e desenvolver parceria com fornecedores.
Permitir a fidelização dos seus clientes através da preocupação no conhecimento das
suas necessidades de forma a satisfazê-los plenamente “
A sua Visão é “Ser uma empresa reconhecida no seu sector, e no mercado nacional, pela
sua qualidade de serviços e produtos, potenciando a melhoria contínua junto dos seus
colaboradores fornecedores e clientes.”
3.6. Oportunidades detetadas
 Necessidades de consumo de ovos muito superiores à capacidade actual de produção
nacional.
 Política de incentivos nacional que aposta na substituição de importação por
produção nacional e desenvolvimento do tecído industrial;
 Melhoria do abastecimento eléctrico, reabilitação e construção de barragens,
viabilizam o processo de produção das indústrias em Angola transformando este
sector numa oportunidade de interesse externo.
22
3.7. Competências da empresa
Podemos destinguir essas competências em duas; competências chaves e competências
distintivas.
3.7.1. Competências chaves
Face ao exposto acima, o Know-How adquirido é fruto de uma ampla combinação por
parte dos promotores, dado o seus conhecimentos na area de gestão. Os promotores
apostam fortemente no crescimento continuo da empresa, de forma a dar maior
visibilidade ao investimento de uma forma segura e sustentada, alicerçando-se em fortes
e sucessivos investimentos e aquisições, que lhes permitirão diversificar as actividades.
A equipa integrará um especialista na área de desenvolvimento de projectos avícolas a
ser contratado no mercado nacional.
3.7.2. Competências distintivas
Atendendo a elevada competitividade dos mercados e a existência de negócios
semelhantes ao apresentado no presente projecto, é crucial ter em conta determinadas
competências distintivas. Deste modo, destacamos a gestão por parte de profissionais
formados e com grande preocupação nutricional como uma das competências distintivas
do presente projecto, a formação do pessoal para o maneio adquado do aviário, as
diversas formas de entregas dos produtos que se pretende adoptar, os tipos de vendas
projectadas e as políticas de preços a adotar.
3.8.Objectivo do projecto
O objectivo deste projecto é implentar uma empresa para a produção e comercialização
de ovos que seja reconhecida no mercado nacional. Ao fim do terceiro ano de
instalação projecta-se que se atinja a velociadde de um cruzeiro em termos de produção
de ovos/dia. Entre os resultados mais relevantes do projecto, espera-se uma importante
contribuição para a segurança alimentar em Angola.
23
3.9. Análise do ambiente geral
Para análise do ambiente recorremos as cinco forças competitivas estudadas por M.
Porter, por ser a que mais se adequa ao projecto.
3.9.1. As 5 (cinco) forças competitivas de M. Porter
Podemos dizer que um dos principais recursos a utilizados para caracterizar o ambiente
competitivo de um sector é o modelo das cinco forças competitivas de Michael Porter.
Este modelo é tão crucial na medida em que, segundo M. Porter permite inclusive
determinar a atractividade e a rentabilidade da indústria (Gilberto, p. 18).
 Ameaça de novos concorrentes
Existem algumas barreiras à entrada neste sector e faz com a que a probabilidade de
entradas de novas empresas seja moderada. Isto deve-se sobretudo a dependência do
financiamento para investir no sector. O que torna ameaça de novos concorrentes
reduzida.
 Ameaça de produtos substitutos
O frango e seus derivados, inclusive o ovo, hoje em dia são praticamente produtos da
cesta básica, amplamente consumidos, e utilizados com bastante frequência em quase
todas as famílias além de serem económicos e altamente nutritivos. Apesar de existirem
produtos que possam substitui-los, a ameaça desses produtos não é tão significativa.
 Poder negocial dos clientes
Os clientes têm pouca capacidade de negociação neste sector pelo facto de existirem
poucas opções na região, e tendo em conta que trata-se de um produto consumido com
bastante frequência, assim os clientes têm poucas opções e isto torna o poder negocial
dos clientes reduzido.
 Poder negocial dos fornecedores
Considerando que a aquisição de pintos torna-se díficil na maior parte das regiões do
país chegando-se mesmo a importar, torna os aviários dependentes dos fornecedores, o
que aumenta o poder negocial destes. Além disso, verifica-se um elevado poder
negocial dos fornecedores, uma vez que o país não produz vacínas nem equipamentos
24
essenciais utilizados no sector da avicultura, aliado ao cenário de desaceleração do
crescimento económico torna o poder negocial dos fornecedores relativamente elevado.
 O grau de rivalidade entre os actuais concorrentes
O grau de rivalidade pode ser considerado como a força que mais afecta as empresas
colocadas na indústria. Apesar do ligeiro aumento da participação de um determinado
grupo na produção nacional, a rivalidade no sector da avicultura é considerada reduzida,
pois estima-se que nos últimos anos a indústria funcionou a 30% ( trinta por cento) da
capacidade instalada, tendo uma capacidade ociosa de 70% (setenta por cento). Na
provincia da Huíla estima-se que o consumo diario de ovo é de dois milhões ovos/dia,
mas apenas produz-se em média cerca de noventa e nove mil e duzentos ovos/dia.
3.10. Plano estratégico
3.10.1. Analise SWOT
 Pontos Fortes - Pessoal qualificado, ciclo operacional contínuo, comercialização
personalizada, diferentes formas de entregas do produto e estudos técnicos
realizado.
 Pontos Fracos - Pouco poder de negociação com fornecedores, imprevisibilidade do
manejo, dificuldade de posicionamento no início da actividade, inexperiência no
ramo de actividade.
 Oportunidades - O facto de o sector estar a funcionar abaixo da capacidade
instalada; O crescente aumento da população, sendo a Huíla uma das principais
províncias de Angola, com cerca de 10% da população total de acordo com o Censo
realizado em 2014, tem sido uma das oportunidades para o aumento do consumo do
ovo, o qual consideramos poder satisfazer a esta necessidade; benefício na saúde
humana no consumo do ovo; assumir novos papéis na cadeia produtiva; o facto de o
ovo ser a forma mais barata e rápida de ingerir proteína animal.
 Ameaças - Dificuldade de acesso ao crédito aos novos empreendedores; câmbios
desfavoráveis; crise económica; o excesso de burocracia por parte da legalização da
empresa; barreiras a entradas criadas por empresas já existentes no sector.
25
3.10.2. Segmentação do mercado
Dificilmente uma pequena empresa consegue operar em todo o mercado, segundo
(Donelas, 1999), o ideal é identificar um nicho e buscar satisfazer com profundidade as
necessidades desses clientes, ou seja, segmentar o mercado.
De acordo com o autor, a segmentação de mercado é o processo mediante o qual uma
empresa divide o mercado em parcelas mais homogéneas possíveis, com o objectivo de
formular as suas estratégias de marketing. A segmentação de mercado também faz parte
da comercialização dos produtos, basicamente, define o mercado consumidor baseando-
se em uma ou mais características.
De acordo com Casarotto apud Fabro (2007), o grande desafio está em definir os
potenciais consumidores do produto, de forma a concentrar sobre estes os esforços
promocionais e de venda. A identificação dos diversos segmentos do mercado para um
tipo de negócio é, sem dúvida, a parte mais criativa no desenvolvimento de um negócio
próprio.
3.10.3. Segmento-alvo
O segmento-alvo identificado para o presente projecto abrange os cidadãos nacionais e
estrangeiros, residentes nos municípios do Lubango, Humpata e Chibia da província da
Huíla, desde a classe económica á classe de renda alta, um nível educacional
básico/médio/elevado e com preocupações relacionadas com a alimentação saudável e
de boa qualidade. Além disso, iremos considerar, igualmente, os restaurantes,
hamburgarias, bares, hospedarias, super e minimercados, mercados municipais, com
sede nos municípios acima citados.
3.11. Plano de marketing
Segundo (Kotler & Armstrong, 2007, p. 42), após ter definido à sua estratégia geral de
marketing, a empresa/ ideia de negócio está pronta para começar a planear os detalhes
do mix de marketing, um dos principais conceitos do marketing moderno. O mix de
marketing é o conjunto de ferramentas de marketing táctico e controlál que a empresa/
ideia de negócio combina para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo.
26
3.11.1. Produtos
Os produtos propostos no projecto com vista a atingir o público definido, terão em
atenção os padrões de qualidade e higiene de referência. Deste modo apresentamos em
seguida imagens que permitirão ter uma noção dos principais produtos propostos pelo
projecto “AOD, Lda”.
Figura 2- Principal produto.
Fonte: Elaboração própria
Marca: a marca a adoptar será “AOD, Lda.”, uma marca indiferenciada, a utilizar não
só para identificar o estabelecimento, mas também para identificar o produto
apresentado na imagem 1.
- Embalagem: as embalagens previstas serão cartões em papel com design específico
para acondicionar o produto.
- Rotulagem: O produto possuirá rotulagem em papel onde será especificado a validade,
unidades, preço, informações nutricionais e informações sobre o contacto e localização
da empresa.
3.11.2. Preço
Quanto a determinação dos preços, relativamente ao Ovo iremos utilizar o critério de
referência practicado pelo mercado, que em média está fixado em 1.400,00 kwanzas
por cartão de 30 ovos.
3.11.3. Praça
Numa primeira fase o produto será comercializado no local da produção (um local
físico), o que pressupõe que o canal de distribuição que será utilizado é o directo, sem
intermediários, apesar de que não dará fácil acesso a todos os clientes, mas o projecto
pretende implementar um sistema entrega ao domicílio e criar pontos de distribuição de
fácil acesso. (Donelas, 1999).
27
3.11.4. Promoção
Pretendemos tornar o nosso produto conhecido atravês de investimentos em
publicidades feita em paineis publicitários, cartões de visitas, rádios sem descartarmos a
famosa públicidade boca-boca, a empresa também fará a públicidade em folhetos
públicitários que serão distribuido de porta em porta aos potenciais clientes.
3.12. Plano de recursos humano
Para o sucesso operacional deste projecto o gerente da granja, deve possuir
conhecimentos específico nas diferentes áreas da produção de aves. Esses
conhecimentos devem abranger áreas diversas como o controle de doenças, instalações
e equipamentos e nutrição. Para uma empresa desta dimensão não é necessária uma
estrutura de comando muito elaborada. Sendo uma prioridade a criação de emprego para
a população Angolana. No entanto é preciso salientar o facto de existir a necessidade de
dar formação aos trabalhadores para estes poderem adquirir as competências necessárias
para o desempenho da função para qual foram contratados.
Figura 3- Estrutura organizativa
Fonte: Elaboração própria.
Administração
Gerente da Granja
Cont e Finan
Veterinário
Res. da Granja Electricista
Funcionários
indiferenciado
s
Funcionários
qualificados
Seguranças
28
3.13. Plano operacional
Plano operacional, engloba um conjunto de actividades a desenvolver na empresa que
vão desde as instalações até ao maneja do aviário.
3.13.1. Instalações e manuseamento de um aviário
3.13.1.1. Instalações
Quando se instala uma nave para criação de galinhas há que ter em conta a localização
das instalações, a orientação em relação ao sol, largura, pé direito, comprimento, piso,
parede e a cobertura, sem nos esquecermos do tipo de equipamento que vamos utilizar.
Figura 4- Orientação do aviário em relação ao sol.
Fonte. Https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/etapas-do-manejo-de-frango -de-corte.
O objectivo da instalação da nave é permitir a criação de galinhas em boas condições
para obtenção de ovos de qualidade, afim de comercializa-los com alto rendimento e da
maneira mais económica. Assim, um bom planeamento de todas as actividades ligadas
ao maneio de uma nave será necessário o envolvimento e a aplicação de conhecimentos
científicos conjugados com princípios empresariais.
3.13.1.2. Manuseamento de um aviário de poedeiras
O ponto mais importante da produção do ovo é a sua qualidade, no entanto, isso envolve
desde a compra dos pintos até a venda do ovo (Lana, 2000). O período de criação de
poedeiras é contínuo e abrange três fases: inicial (1ª a 10ª semana), crescimento (10ª a
17ª semana) e produção (18ª semana). Assim como na criação de frangos de corte, a
limpeza e desinfecção das instalações, vacinas e registros na criação de poedeiras
comerciais são atividades indispensáveis para o bom resultado da produção. Sobre a
alimentação das poedeiras, deve-se ter metas de crescimento corporal até o pico de
postura, dando maior atenção aos aminoácidos, cálcio e vitaminas.
29
No entanto existem dois grandes grupos de sistemas de produção de ovos: o sistema de
gaiolas e os sistemas alternativos ou sistemas de produção no solo. Nos sistemas
alternativos ou de solo as aves podem ter acesso ao ar livre (galinhas criadas ao ar livre)
ou estarem apenas confinadas aos pavilhões (galinhas criadas no solo). Existe ainda a
possibililidade de efetuar um sistema combinado, onde a fase de cria efetuada no
sistema de solo e as fases de recria e postura em sistema de gaiola. A produção de ovo é
também possível em modo de produção biológico. Em qualquer destes sistemas, a
gestão alimentar, reprodutiva e sanitária é imprescindível para o bom desempenho dos
animais.
Independentemente do sistema de produção, devem ser realizados diversos controlos
veterinários, zootécnicos, serológicos e microbiológicos com a periodicidade adequada,
de forma a garantir um produto final com garantia de cumprimento das condições higio-
sanitárias e de segurança alimentar. A AOD, Lda.., é, actuará num sistema de produção
combinado.
Figura 5- Ninho manual para matriz poedeira.
Fonte: (Lana, 2000).
3.13.1.3. Os Pintos
Os pintos podem ser criads em cama, gaiolas ou baterias. Quando se inicia a postura, as
aves apresentam canibalismo com as aves companheiras, bicando os ovos no ato da
postura. Com isso, recomenda-se a debicagem das pintinhas antes de entrarem na fase
de postura, evitando assim futuros prejuízos.
Com o uso de máquina especializada, a primeira debicagem deve ser feita entre os 7 e
10 dias de vida e a segunda entre a 6ª e 10ª semana de idade. O corte do bico geralmente
não é necessário para reprodutoras mantidas sob iluminação totalmente controlada. A
debicagem pode ser necessária para controlar a bicagem agressiva no caso de naves
30
abertas ou situações em que não seja possível controlar a intensidade luminosa (GUIA,
2008).
No período de crescimento ou recria, deve ser feito o controle de peso e programa de
luz. Os outros cuidados são iguais aos de frango de corte. O programa de luz tem o
objetivo de evitar que as aves não entrem em postura precoce e, após o início da
postura, estimular a produção de ovos (Lana, 2000). A transferência das aves deve ser
realizada com total cuidado na 15ª semana de idade. As aves devem ser alojadas em
gaiolas ou ninhos, preferencialmente em grupos de tamanho uniforme.
Figura 6- Pintos de um dia
Fonte: (Lana, 2000).
3.13.1.4. Poedeiras
Com grande cuidado na criação dos pintos, espera-se um lote de poedeiras produtivas.
Vejamos algumas características de uma boa poedeira: Crista grande, vermelha, macia e
brilhante; Tarsos úmidos e túrgidos; Bico despigmentado; Cloaca: grande, unida, macia
e despigmentada; Pele lisa e macia; Brincos despigmentados; Penas abundante e sem
brilho; Cabeça fina, delicada e magra; Olhos brilhantes e vivos; Ossos pélvicos,
flexíveis, finos e abertos; Abdômen volumoso e macio. A produção de frangos deve
respeitar os princípios de biosseguridade entre os quais a prática de alojamento “tudo
dentro, tudo fora”, em que as instalações são ocupadas por aves do mesmo lote no
momento do alojamento e desocupada totalmente no momento de postura. Essa prática
permite a higienização do aviário e o respectivo vazio que deve antecipar a entrada do
próximo lote. Nesse período deve ser efectuada a recuperação das instalações e dos
equipamentos.
31
Figura 7- Galinha poedeira.
Fonte: (Lana, 2000).
3.13.1.4.1. Avaliação do desempenho do lote
O desempenho padrão do grupo utilizado é estimado através do peso de cerca de 1% das
galinhas em qualquer época. Na moderna avicultura, taxas de mortalidade acima de 7 %
por lote estão fora dos padrões aceitáveis como normais, mas numa primeira fase
podemos ultrapassar esse valor devido ao facto de tudo o que vamos fazer ser
completamente novo, e pelo facto de que trabalhar com animais vivos exige uma
experiência e sensibilidade que só é adquirida com a prática. Mas com dedicação e
perseverança tudo poderá ser corrigido.
3.13.1.5. Maneio dos ovo
O objetivo de se criar uma boa poedeira é para que ela produza ovos de qualidade. Por
tanto, é necessário o manejo adequado desses ovos. A coleta dos ovos pode ser manual
ou mecânica, depende muito do critério adotado. A coleta manual dos ovos deve ser
feita várias vezes ao dia e a coleta mecânica ocorre de forma automática, porém, a
quebra dos ovos pode chegar a 4% quando existem falhas nas máquinas.
Quando se deseja a produção de ovos férteis para incubação, é necessária a presença do
galo para que haja a fertilização. Caso os ovos sejam comercializados como alimento, é
dispensável a presença do galo na granja. Uma galinha é dita poedeira por ter a
finalidade de pôr ovos.
Figura 8- Ovos.
Fonte: <http://www.coave.net/Infraestrutura.asp>.
32
3.13.1.6. Alimentação
Segundo (Andriguetto, 1983), a alimentação é a maior parcela do custo de produção de
aves. Toda água e ração devem ser fornecidas à vontade e não devem conter impurezas.
Para isso, é importante efetuarem-se limpezas frequêntes dos bebedouros e comedouros.
As galinhas recebem diferentes rações de acordo com a idade ou programa de
alimentação adotado. Esse programa é composto geralmente de quatro tipos de ração:
pré-inicial (1 a 7 dias), inicial (8 a 21 dias), crescimento (22 a 35 dias) e terminação ou
final (36 ao abate, em torno dos 42 dias de vida). É necessário que as rações atendam as
exigências nutricionais em cada fase de criação. A exigência nutricional varia de acordo
com a linhagem, região e instalações.
Tabela 1- Coeficientes técnico.
Variavel Índice
Vazio sanitário 15 dias
Densidade do galpão 16 aves/m2
Consumo de ração por ave 8 kg
Custo da ração 132.000,00 AKZ/Ton
Custo do pinto do dia 350,00 AKZ
Postura por ave durante a sua vida 180 á 200 Ovos
Fonte: Elaboração própria.
3.14. Plano financeiro
Uma vez terminado os estudos do ponto de vista das demais áreas envolvidas no
projecto, chaga-se à conclusão da sua viabilidade técnica, cabe examinar investimento
do ponto de vista financeiro." (ABREU & CHRISTIAN, 1982, p. 17).
A Avícola dos Ovos Dourados-AOD, Lda, com estrutura para criação de galinlhas
poedeiras, foi projectada a partir do capital inicial misto de 13.331.273,97AKZ.
O projecto avalia o negócio prevendo uma inflação de 16,94% e uma taxa de juro
bonificada de 7,5%, uma vez que pretende-se enquadrar no programa de apoio ao
33
crédito ( PAC). Esta previsão baseia-se na actual informação disponibilizada pelo Banco
Nacional de Angola9
.
Em seguida verifica-se que a taxa fiscal que recai sobre os proveitos das empresas
angolanas, Imposto Industrial que é de 30%. Relativamente as Contribuições à
Segurança Social, as empresas angolanas têm o dever de entregar ao Estado 8% do
salário dos funcionários a seu cargo, valor que será também tido em conta.
3.14.1. Investimento
O investimento inicial refere-se a todo o capital necessário para a abertura da empresa.
A tabela abaixo apresenta as despesas pré-operacionais, os investimentos fixos e o
fundo de maneio necessário para manter a empresa até que ela comece a gerar receita
própria.
Tabela 2 - Investimento inicial
Fonte Elaboração própria.
9
Informação disponibilizada pelo BNA no periodo de Março á Abril de 2018.
Designação Quantidade Preço/Unidade ANO 0 ANO n ANO n+1 ANO n+2 ANO n+3
Imobilizações
Corpóreas
Edifícios e Terrenos
Terreno 700.000,00AOA 700.000,00AOA
Pavilhões para alojar pintos 2 800.000,00AOA 1.600.000,00AOA
Armazemde reserva, embalageme exterialização 1 500.000,00AOA 500.000,00AOA
Cerca de arame 4 53.000,00AOA 212.000,00AOA
Compartimento para pessoal 2 600.000,00AOA 1.200.000,00AOA
Equipamentos Para as granjas
Ventiladores 8 14.000,00AOA 112.000,00AOA
Aquecidores 8 10.000,00AOA 80.000,00AOA
Comedouros 600 4.890,00AOA 2.934.000,00AOA
bebedouros 600 940,00AOA 564.000,00AOA
Cortinas e complementos 8 20.000,00AOA 160.000,00AOA
Termo-Higômetro 8 7.000,00AOA 56.000,00AOA
Balança 8 5.000,00AOA 40.000,00AOA
Ninhos 20 20.000,00AOA 400.000,00AOA
Furo artesiano 1 400.000,00AOA 400.000,00AOA
Reservatórios de água 2 80.000,00AOA 160.000,00AOA
Materialelétrico e de canalização 2 500.000,00AOA 1.000.000,00AOA
Gerador Prince 6.5 Kv 1 240.000,00AOA 240.000,00AOA
Equipamentos de escritório e Informático
Secretária 1 120.000,00AOA 120.000,00AOA
Computador + impressora 1 400.000,00AOA 400.000,00AOA
Equipamento de carga e transporte
Carrinha Toyota back 1 1.000.000,00AOA 1.000.000,00AOA
Moto Kawazaki3 rodas 1 425.000,00AOA 425.000,00AOA
Total da imobilização Corpórea 12.303.000,00AOA
Imobilizações Incorpóreas
Constituição da empresa + Licença 1 180.000,00AOA 180.000,00AOA
Despesas adicionais 1 200.000,00AOA 200.000,00AOA
Estudos deViabilidade 1 200.000,00AOA 200.000,00AOA
Total da imobilização Incorpórea 580.000,00AOA
Total do Imobilizado
Investimento emFundo de Maneio 448.273,97AOA 84.958,39AOA 96.284,33AOA 89.741,76AOA
Total do Investimento 13.331.273,97AOA 448.273,97AOA 84.958,39AOA 96.284,33AOA 89.741,76AOA
34
3.14.2. Mapa de amortização
Relativamente aos bens adquiridos, muitos deles perdem valor ao longo da sua vida útil.
Admitiu-se que o terreno não sofre desgaste, visto que apenas serve de base às infra-
estruturas nele instaladas, não perdendo nenhuma das suas propriedades iniciais, e
consequentemente não será depreciado. No final dos 10 anos de actividade o terreno
será avaliado no valor pelo qual foi adquirido ou por um valor superior. Relativamente
aos restantes bens adquiridos ou construídos, os mesmos serão depreciados linearmente
ao longo da sua vida útil estimada e serão avaliados pelo valor contabilístico. Assim
para o calculo da amortização considerou-se as quotas constantes, por ser a que adqua-
se ao projecto.
Tabela 3 - Mapa de amortização do equipamento.
Fonte: Elaboração própria.
Designação VidaÚtil Taxa Valorinicial ANO N ANO n+1 ANO n+2 ANO n+3 Depreciação Anual ValorContabilistico
Corpóreas
Edifícios e Terrenos
Terreno 700.000,00AOA
Pavilhões para alojar pintos 10 10% 1.600.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 960.000,00AOA
Armazem de reserva, embalagem e
exterialização
10 10% 500.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 300.000,00AOA
Cerca de arame 10 10% 53.000,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 31.800,00AOA
Compartimento para pessoal 10 10% 1.200.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 720.000,00AOA
Equipamentos Paraas granjas 0,00AOA
Ventiladores 6 17% 112.000,00AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 37.333,33AOA
Aquecidores 6 17% 80.000,00AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 26.666,67AOA
Comedouros 4 25% 2.934.000,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 0,00AOA
bebedouros 4 25% 564.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 0,00AOA
Ninhos 4 25% 400.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 0,00AOA
Cortinas e complementos 4 25% 160.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 0,00AOA
Termo-Higômetro 4 25% 56.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 0,00AOA
Balança 4 25% 40.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 0,00AOA
Furo artesiano 5 20% 400.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA
Reservatórios de água 5 20% 160.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA
Material elétrico e de canalização 5 20% 1.000.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA
Gerador Prince 6.5Kv 5 20% 240.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA
Equipamentos de escritório e Informático 0,00AOA 0,00AOA 0,00AOA 0,00AOA
Secretária 10 10% 120.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 72.000,00AOA
Computador +impressora 10 10% 400.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 240.000,00AOA
Equipamento de carga e transporte 0,00AOA
Carrinha Toyota back 8 13% 1.000.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 500.000,00AOA
Moto Kawazaki 3rodas 8 13% 425.000,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 212.500,00AOA
Total daimobilização Corpórea
Imobilizações Incorpóreas
Constituição da empresa +Licença 5 20% 180.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA
Estudos deViabilidade 5 20% 200.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA
Total daimobilização Incorpórea
Total do Imobilizado
Investimento em Fundo de Maneio
Amortizações acomuladas 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 2.576.300,00AOA
35
3.14.3. Plano de financiamento
O investimento inicial apurado para implementação do projecto, foi de
13.331.273,97AKZ, e com base no mesmo identifica-se a capacidade de
autofinanciamento na ordem de 60% do valor total, pertencente aos promotores do
projecto e o restante do valor total dos investimentos será financiado por capital alheio,
que espera-se obter recorrendo-se a um empréstimo de uma instituição apropriada que
tenha aderido ao PAC ( Programa de Apoio ao Crédito), visto que o ovo faz parte dos
produtos que pode se beneficiar deste programa do governo, assim na tabela abaixo
poderemos constatar o plano de financiamento.
Tabela 4 - Plano de Financiamento.
Fonte: Elaboração própria.
3.15. Plano de exploração
3.15.1. Demonstração de resultados previsional
A tabela 6 apresenta a Demonstração de Resultados previsional, onde basicamente
espelha-se o resultado líquido de cada ano de actividade.
Designação Taxa Ano 0 N N+1 N+2 N+3
CapitalPróprio 60% 7.998.764,38 AOA
CapitalAlheio 40% 5.332.509,59 AOA
Total 100% 13.331.273,97 AOA
Plano De Amortização da Dívida
Empréstimo 5.332.509,59 AOA 3.999.382,19 AOA 2.666.254,79 AOA 1.333.127,40 AOA
Juro 8% 399.938,22 AOA 299.953,66 AOA 199.969,11 AOA 99.984,55 AOA
Reembolso 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA
PMT 1.733.065,62 AOA 1.633.081,06 AOA 1.533.096,51 AOA 1.433.111,95 AOA
Dívida no Fimdo Périodo 3.999.382,19 AOA 2.666.254,79 AOA 1.333.127,40 AOA 0,00 AOA
Plano de Financiamento
Ano
36
Tabela 5 - DRP.
Fonte: Elaboração própria.
3.15.2. Volume do negócio
O crescimento da venda (somente ao produto principal) em termos das quantidades,
estima-se em 2% no segundo ano, e nos outros anos em 4% e de 4% respetivamente.
Tabela 6 - Produto principal.
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 7 - Subproduto.
Fonte: Elaboração própria
.
Designação 2019 2020 2021 2022
Vendas 16.800.000,00 AOA 20.038.838,40 AOA 23.892.896,40 AOA 27.940.353,05 AOA
CPV 5.892.000,00 AOA 7.063.517,60 AOA 8.574.656,88 AOA 10.438.397,48 AOA
Margem Bruta 10.908.000,00 AOA 12.975.320,80 AOA 15.318.239,52 AOA 17.501.955,58 AOA
Prestação de serviços 960.000,00 AOA 1.122.624,00 AOA 1.312.796,51 AOA 1.535.184,23 AOA
SubTotal 11.868.000,00 AOA 14.097.944,80 AOA 16.631.036,03 AOA 19.037.139,81 AOA
FST 1.637.600,00 AOA 1.915.009,44 AOA 2.239.412,04 AOA 2.618.768,44 AOA
Custo Com Pessoal 5.009.100,00 AOA 5.009.100,00 AOA 5.009.100,00 AOA 5.009.100,00 AOA
Outros custos Operacionais 150.000,00 AOA 175.000,00 AOA 200.000,00 AOA 225.000,00 AOA
SubTotal 6.796.700,00 AOA 7.099.109,44 AOA 7.448.512,04 AOA 7.852.868,44 AOA
EBITIDA 5.071.300,00 AOA 6.998.835,36 AOA 9.182.523,99 AOA 11.184.271,37 AOA
Amortizações 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA
EBIT 3.159.375,00 AOA 5.086.910,36 AOA 7.270.598,99 AOA 9.272.346,37 AOA
Proveitos Financeiros
Custos Financeiros 399.938,22 AOA 299.953,66 AOA 199.969,11 AOA 99.984,55 AOA
Resultado Financeiro 399.938,22 AOA
- 299.953,66 AOA
- 199.969,11 AOA
- 99.984,55 AOA
-
RAI 2.759.436,78 AOA 4.786.956,70 AOA 7.070.629,88 AOA 9.172.361,82 AOA
Imposto (30%) 827.831,03 AOA 1.436.087,01 AOA 2.121.188,96 AOA 2.751.708,54 AOA
RLE 1.931.605,75 AOA 3.350.869,69 AOA 4.949.440,91 AOA 6.420.653,27 AOA
Ano Qntd de Cartões ovos/ano Preço/Cartão Valor da venda/Ano
1 12000 1.400,00AOA 16.800.000,00AOA
2 12240 1.637,16AOA 20.038.838,40AOA
3 12480 1.914,49AOA 23.892.896,40AOA
4 12480 2.238,81AOA 27.940.353,05AOA
Total 88.672.087,85AOA
Produto Principal
Ovos ( Cartões de 30)
Ano Qntd/ano (m3) Preço/m3 (AKZ) Valor das vendas
1 120 8.000,00 AOA 960.000,00 AOA
2 120 9.355,20 AOA 1.122.624,00 AOA
3 120 10.939,97 AOA 1.312.796,51 AOA
4 120 12.793,20 AOA 1.535.184,23 AOA
Total 480 4.930.604,74 AOA
Sub Produto
Estrumes
37
3.15.3. Mapa do fundo de maneio
Tabela 8 - Fundo de Maneio.
Fonte: A base de dados, 2018.
3.15.4. Plano recursos humanos
O plano de recursos humanos, considerará a despesa com pessoal de acordo com o
salário base, o décimo terceiro mês será pago na ordem de 50% do salário base, os
subsídios de férias será pago na ordem dos 50% do salário base, numa primeira fase
estima-se que os salarios serão relativamente baixos. AVICOLA DOS OVOS
DOURADOS- AOD, Lda. terá cerca de 14 funcionários, sendo 11 efectivos 3 eventuais.
A despesa anual com o pessoal será de 5.009.100,00 AKZ.
Tabela 9 - Mapa de recursos Humanos.
Fonte: Elaboração própria.
1 2 3 4
Necessidades Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ)
Clientes 690.410,96AOA 823.513,91AOA 981.899,85AOA 1.148.233,69AOA
Existências 242.136,99AOA 290.281,55AOA 352.383,16AOA 428.975,24AOA
Subtotal 932.547,95AOA 1.113.795,45AOA 1.334.283,01AOA 1.577.208,93AOA
Recursos
Fornecedores 484.273,97AOA 580.563,09AOA 704.766,32AOA 857.950,48AOA
Subtotal 484.273,97AOA 580.563,09AOA 704.766,32AOA 857.950,48AOA
Fundo de Maneio 448.273,97AOA 533.232,36AOA 629.516,69AOA 719.258,45AOA
Investimento emde FM 448.273,97AOA 84.958,39AOA 96.284,33AOA 89.741,76AOA
AnoN AnoN+1 AnoN+2 AnoN+3
Efectivos 11
DirectorGeral/Admn 1 70.000,00AOA 35.000,00AOA 35.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA
Gerente/Responsável 1 45.000,00AOA 22.500,00AOA 22.500,00AOA 585.000,00AOA 585.000,00AOA 585.000,00AOA 585.000,00AOA
Contabilista 1 25.000,00AOA 12.500,00AOA 12.500,00AOA 325.000,00AOA 325.000,00AOA 325.000,00AOA 325.000,00AOA
FuncionáriosQualificados 2 70.000,00AOA 35.000,00AOA 35.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA
FuncionáriosIndiferenciados 4 100.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 1.300.000,00AOA 1.300.000,00AOA 1.300.000,00AOA 1.300.000,00AOA
Segurança 2 37.000,00AOA 18.500,00AOA 18.500,00AOA 481.000,00AOA 481.000,00AOA 481.000,00AOA 481.000,00AOA
Total 347.000,00AOA 173.500,00AOA 173.500,00AOA 4.511.000,00AOA 4.511.000,00AOA 4.511.000,00AOA 4.511.000,00AOA
Part-Times
Electricista 1 15.000,00AOA 15.000,00AOA 15.000,00AOA 15.000,00AOA 15.000,00AOA
Veternário 1 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA
Técnico/Manutenção 1 20.000,00AOA 20.000,00AOA 20.000,00AOA 20.000,00AOA 20.000,00AOA
SubTotal 47.000,00AOA 47.000,00AOA 47.000,00AOA 47.000,00AOA
Formação/Pessoal 451.100,00AOA 451.100,00AOA 451.100,00AOA 451.100,00AOA
Total doC/pessoal 5.009.100,00AOA 5.009.100,00AOA 5.009.100,00AOA 5.009.100,00AOA
SalárioAnual
Função
Nº de Trabolhadores SalarioBase
Subsídiode
Férias50%
DécimoTerceiro
50%
38
3.16. Estrutura dos custos
3.16.1. Custo do pinto do dia
Anualmente deverão ser comprados cerca de 2000 pintos do dia, estima-se que todos
entrarão nas granjas, dividida em dois lotes de 1000 pintos cada. No primeiro ano
estima-se um custo de aquisição no valor de 700.000,00 AKZ. Actualmente os
produtores passam por difículdades quanto a aquisição de pintos do dia, isto é, existem
poucos fornecedores locais, pelo que, na maior parte são comprados no estrangeiro por
encomenda ao preço de USD 1,5 (cámbio do dia 350 AKZ)10
.
3.16.2. Custos dos produtos vendidos
Na tabela 11 estão representados os principais custos suportados para a obtenção do
produto principal, aos quais chamamos de custos dos produtos vendidos. A ração
aquisição será local o potencial fornecedor neste momento é a NUVET, apesar de não
ser nacional na primeira fase, pretende-se adquirir experiência no fabríco de ração, para
assim passar a produzir a própria ração, visto que tem-se um custo menor em relação a
de produção estrangeira.
Tabela 10 - CPV.
Fonte: Elaboração própria.
3.16.3. Fornecimento e serviço de terceiros.
O projecto também conta com outros custos a suportar para atingir os objectivos
propostos. Assim, estão representados na tabela 11, e designados por Fornecimento e
serviços de terceiros.
10
Informação obtida do aviário Filomena, localizado no Bengo, numa entrevista por telefone “+244 937
060 606”.
1 2 3 4
Designação Unidade Quantidade Preço unitário Valor Valor Valor Valor
Pinto do dia 2000 350,00AOA 700.000,00AOA 818.580,00AOA 957.247,45AOA 1.119.405,17AOA
Subtotal 700.000,00AOA 818.580,00AOA 957.247,45AOA 1.119.405,17AOA
Materias Prima e Susidiarias
Ração Inicial Ton 22 132.000,00AOA 2.904.000,00AOA 3.395.937,60AOA 3.971.209,43AOA 4.643.932,31AOA
Ração de crescimento e final Ton 15 132.000,00AOA 1.980.000,00AOA 2.574.000,00AOA 3.346.200,00AOA 4.350.060,00AOA
Embalagem 14000 22,00AOA 308.000,00AOA 275.000,00AOA 300.000,00AOA 325.000,00AOA
Subtotal 5.192.000,00AOA 6.244.937,60AOA 7.617.409,43AOA 9.318.992,31AOA
Total do CPV 5.892.000,00AOA 7.063.517,60AOA 8.574.656,88AOA 10.438.397,48AOA
39
Tabela 11 - FST.
Fonte: Elaboração própria.
3.16.4. Mapa de origem e aplicação de fundos.
Tabela 12 - MOAF.
Fonte: Elaboração própria.
Com apoio nas tabelas apresentadas anteriormente, podemos realizar a avaliação
financeira do projecto (na óptica do projecto), onde interessa determinar o fluxo
financeiro gerado pela exploração do projecto. Para tal, a taxa de actualização utilizada
corresponde ao Custo Médio Ponderado do capital, calculado a partir das taxas das
fontes de financiamento (Capital Próprio e Capital Alheio). Assim, a tabela 14
apresenta os fluxos de caixa actualizados do presente projecto, que possibilitam efectuar
os calculos do VAL, TIR e Payback.
Designação Quantidades preço unitário 1 2 3 4
Comunicação 1 80.000,00 AOA 80.000,00 AOA 93.552,00 AOA 109.399,71 AOA 127.932,02 AOA
Gás butano 24 2.400,00 AOA 57.600,00 AOA 67.357,44 AOA 78.767,79 AOA 92.111,05 AOA
Combustiveis 2000 160,00 AOA 320.000,00 AOA 374.208,00 AOA 437.598,84 AOA 511.728,08 AOA
Outros Fluidos 100 1.000,00 AOA 100.000,00 AOA 116.940,00 AOA 136.749,64 AOA 159.915,02 AOA
Honorarios e notariado 0 0,00 AOA 0,00 AOA 0,00 AOA 0,00 AOA 0,00 AOA
Seguros 1 60.000,00 AOA 60.000,00 AOA 70.164,00 AOA 82.049,78 AOA 95.949,01 AOA
Manutenção e conservação 1 180.000,00 AOA 180.000,00 AOA 210.492,00 AOA 246.149,34 AOA 287.847,04 AOA
Material de escritório 1 80.000,00 AOA 80.000,00 AOA 93.552,00 AOA 109.399,71 AOA 127.932,02 AOA
Marketing e Publicidade 6 110.000,00 AOA 660.000,00 AOA 771.804,00 AOA 902.547,60 AOA 1.055.439,16 AOA
Outros Serviços de 3º 1 100.000,00 AOA 100.000,00 AOA 116.940,00 AOA 136.749,64 AOA 159.915,02 AOA
Total dos FST 1.637.600,00 AOA 1.915.009,44 AOA 2.239.412,04 AOA 2.618.768,44 AOA
Ano N Ano N+1 Ano N+2 Ano N+3
Designação Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ)
Origens
RLE 1.931.605,75 AOA 3.350.869,69 AOA 4.949.440,91 AOA 6.420.653,27 AOA
Amortização 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA
Capital Social 7.998.764,38 AOA
Emprestimos 5.332.509,59 AOA
Total das Origens 17.174.804,72 AOA 5.262.794,69 AOA 6.861.365,91 AOA 8.332.578,27 AOA
Aplicações
Inves. Em Activo Fixo 13.331.273,97 AOA
WC(NFM) 448.273,97 AOA 84.958,39 AOA 96.284,33 AOA 89.741,76 AOA
Reembolso 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA
Total das Aplicações 15.112.675,34 AOA 1.418.085,79 AOA 1.429.411,73 AOA 1.422.869,15 AOA
Saldo da Tesouraria 2.062.129,38 AOA 3.844.708,90 AOA 5.431.954,19 AOA 6.909.709,12 AOA
Tesouraria Inicial 2.062.129,38 AOA 5.906.838,28 AOA 11.338.792,46 AOA
Tesouraria Final 2.062.129,38 AOA 5.906.838,28 AOA 11.338.792,46 AOA 18.248.501,58 AOA
40
Tabela 13 - Cash Flow.
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 14 - Avaliação na Óptica do projecto.
Fonte: Elaboração própria.
De acordo com a tabela acima, pode-se dizer que o VAL é positivo, isto é, consegue
cobrir o valor do investimento, remunerar os investidores ao seu custo de oportunidade
e ainda teremos um excedente no valor de 11.478581,18 Akz, logo aceita-se o projecto.
A TIR é de 32%, Adicionalmente, pode-se dizer que por cada unidade monetária
investida a rendibilidade é de 0,86 Akz. Além disso, calculou-se o período de
recuperação do capital investido previsto (payback) que é de 3 anos e 1 mês, inferior ao
período previsto para o termino do projecto. E com base nos resultados obtído, podemos
afirmar que o presente projecto é financeiramente viável.
0 1 2 3
RLE 1.931.605,75 AOA 3.350.869,69 AOA 4.949.440,91 AOA 6.420.653,27 AOA
Amortização 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA
NFM 448.273,97 AOA 84.958,39 AOA 96.284,33 AOA 89.741,76 AOA
Emprestimo 5.332.509,59 AOA 3.999.382,19 AOA 2.666.254,79 AOA 1.333.127,40 AOA
VR
Reembolso 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA
CAPEX 13.331.273,97 AOA
CF 7.394.638,97 AOA 7.844.091,09 AOA 8.098.208,98 AOA 8.242.836,52 AOA
Anos CF Actualizados
0 -13.331.273,97 AOA
1 6.710.198,70 AOA
2 6.459.210,52 AOA
3 6.051.237,47 AOA
4 5.589.208,47 AOA
VAL 11.478.581,18 AOA
Pay Back 3 anos e 1 mês
IR 0,86
TIR 32%
41
3.17. Analise e discussão dos resultados
Ao longo do estudo feito, podemos verificar que desde 2018 que não se imitem licenças
de importação de ovos por parte do Ministério da Agricultura e Florestas e que o País
produziu 961 milhões de ovos em 2017, em 2018 atingiu uma produção de 1.119
milhões de ovos, um aumento de 16,4% face a 2017.
Assim, o sector está funcionar abaixo da capacidade instalada, isto é, dos 100% apenas
produz-se 30% com uma ociosidade de 70%. Desta feita aumenta o interesse em investir
no sector, pois existe ainda uma carência do mesmo produto no mercado.
Na província da Huíla o sector agro-pecuário produz apenas 35 mil ovos/dia o que
corresponde um terço da capacidade instalada, que está estimada em 99 mil e 200
ovos/dia, quando as necessidades da província estão avaliados em dois milhões de
ovos/dia, a província conta actualmente com aproximadamente oito aviários, sendo dois
na Humpata e seis no Lubango.
O critério de decisão para analise a viabilidade , os resultados obtidos foram os
seguintes; O VAL foi de 11.478.581,18 AKZ, a TIR foi de A TIR é de 32% e o período
de recuperação da dívida foi de 3 anos e 1 mês. Atendendo os parámetros estudados a o
projecto é viavel.
Adicionalmente formulamos um questionário ( colocado em anexo) para estudar os
clientes os resultados obtidos foram; precisa-se melhorar significativamente a
publicidade pois é um factor importante para atrair clientes, a produção deve ser
aumentada de modo a evitar rotura de stock, os clientes não conseguem comprar ovos
sempre que desejam devido a produção insuficiente para atender as necessidades do
mercado, o preço é o principal factor que faz com que os clientes se mantêm fieis aos
pontos de venda do ovo, ainda os clientes afirmam que precisa-se aumentar a qualidade
no fornecimento de ovos, pois, a qualidade actual é média.
42
Conclusão
A elabaração do presente trabalho possibilitou averiguar a importância da análise de
viabilidade antes da implementação de qualquer projecto.
Para a pesquisa foram formulados determinados objectivos específicos que serviram de
suporte na resolução do objectivo geral. Estes objectivos específicos foram respondidos
na medida em que apresontou-se a parte teórica da investigação, os resultados dos
dados, as entrevistas realizadas à produtores de ovos e o questionário aplicado aos
consumidores do produto, permitindo assim, o confronto entre a teoria e a prática do
tema.
O primeiro objectivo específico consistiu em apurar o valor necessário para o
investimento inicial, tal objectivo foi alcançado no terceiro capítulo, através de
pesquisas feitas no mercado sobre o material necessário para a implementação de um
avíario, em que na qual os dados coletados foram agrupados em uma tabela de
investimento inicial com auxílio do Excel e apurou-se que para a implementação do
projecto, necessita-se de um valor aproximado a 13.331.273,97AKZ.
O segundo e terceiro objectivos específicos, foram respectivamente, analisar a
viabilidade financeira do projecto através do cálculo do VAL, da TIR e do Payback e
Estimar a capacidade do projecto em gerar renda, estes objectivos também foram
materializados uma vez que o VAL é positivo igual a 11.478581,18 AKZ, pelo que,
consegue cobrir o valor do investimento, remunerar os investidores ao seu custo de
oportunidade e ainda tem um excedente no valor do VAL, para a TIR obteve-se 32%
uma taxa superior ao custo médio ponderado do capital ao longo da vida útil do projecto
(10,20%), taxa essa que também confirma a viabilidade financeira do projecto, logo
aceita-se o projecto. Além disso, calculou-se o payback que é de 3 anos e 1 mês, inferior
ao período previsto para o termino do projecto ( 4 anos). Adicionalmente calculou-se o
índice de rendibilidade do projecto que foi de 0,86, quer dizer que por cada unidade
monetária investida a rendibilidade é de 0,86 Akz.
Através do modelo das 5 forças de M. Porter, foi possível concluir que o sector avícola
em Angola apresenta um alto potencial de rendibilidade, o que torna a atractividade do
sector elevada, pois, na dimensão competitiva as ameaças são reduzidas. Deste modo,
43
podemos concluir a importância do estudo da viabilidade do projecto, de modo a
diminuir as incertezas do mercado, quanto ao retorno do capital a investir.
44
Limitações
Como qualquer outra investigação deparamo-nos com algumas limitações durante a
pesquisa, nomeadamente:
 Dificuldade em conseguir ter contacto com o funcionamento real de um aviário;
 Reduzida informação obtida nas entrevistas feitas aos produtores por questões
profissionais;
 A escassez de dados sobre a procura passada no sector avícola em Angola o que
impossibilitou realizar uma comparação com a situação actual do sector, não
permitindo assim uma maior precisão do crescimento do sector;
 Amostra reduzida devido aos questionários usados indevidamente pelos
iqueridos.
Sugestões
Para os próximos tabalhos desta natureza deixamos as seguintes sugestões:
 Ter em conta o Imposto de Valor Acrescentado( IVA);
 Sugerimos que nos próximos trabalhos estudem-se também diferentes cenários e
faça-se análise de sensibilidade, pois, ajudam a diminuir as incertezas;
 Que sejam considerados outros indicadores além dos apresentados no presente
projecto, pois ajudarão a ter uma maior precisão da viabilidade;
 Sugerimos ainda que se realize uma pesquisa de mercado mais profunda junto
aos potenciais clientes e que se aumente o número da amostra, com o objectivo
de obter informações mais precisas sobre a aceitação do produto proposto;
 Desenvolver nos proxímos trabalhos, um plano de marketing, com estratégias
para tornar o ovo nacional um produto mais acessível aos consumidores.
45
Bibliografia
ABREU, & CHRISTIAN. (1982). Análise de Investimentos. Rio de Janeiro: Campus
Editora.
Andriguetto. (1983). Criação de Aves, Nutrição e saneamento. Brasil: O meu livro.
ANTONIK, & Roberto, L. (2004). Merchandising no ponto-de-venda. . Brasil, S. Paulo:
Atlas.
B Ghigllione, R. M. (2001). O Inquérito. Oeiras: Celta editora.
Barros, C. P. (2007). Avaliação Financeira de Projectos de Investimento. Editora
Escolar.
Britto. (2003). Analise Financeira de Projecto de investimento. Porto Alegre: Campus
editora.
Canastra, H. V. (2015). Manual de Investigação Científica da Universidade Católica de
Moçambique. Moçambique: Craft Chadambuka.
Donelas, J. C. (1999). Empreendedorimo: transformando idéias em negócios. S. Paulo:
Manole.
Ende, & Reisdorfer. (2015). Elaboração e analises de projectos. Brasil: Rede e-Tec
Brasil.
Fabro, D. D. (2007). ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE
UMA EMPRESA DE CRIAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE AVESTRUZ.
Brasil, São Paulo: FLORIANÓPOLIS.
Florio, M., Finzi, U., Ginco, M., Levarlet, F., Maffi, S., Tracogna, A., et al. (2003).
Análise de custos e benêficios dos projectos de investimentos. Portugal: Coimbra
Editora.
Gilberto, D. (2018). Elaboração de plano de negócio de uma padaria. Lubango: UMN
Edição escolar.
Gitman, L. (2004). Princípios de Administração Financeira. Porto Alegre: Bookman .
GUIA, M. (2008). Manejo de um aviário, Técnicas básicas. Brasil: Editora Atlas.
46
HISRICH, & PETERS. (2005). Gestão das Organizações. S. Paulo: Editora Atlas,
2005.
Kotler, & Armstrong. (2007). ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING. Brasil: Prentice
Hall.
Lana, R. (2000). Criação de aves poedeiras. S. Paulo: Editora SP.
Marques, L. H. (2005). Avicultura Industrial. S. Paulo: Editora Atlas.
Peters, H. e. (2004). Empreendedorismo. Porto Alegre:: Atlas.
Ross, S., & Westerfiel. (1998). Princípios de Administração Financeira. S, Paulo:
Atlas.
Rousseau, J. (1985). Filosófia, as origens da Desigualde no homem. Brasil: Carrer.
Salim. ((2004)). Construindo planos de negócios: Todos os passos necessários para
planejar e desenvolver negocio de sucesso (Vol. 3). Rio de Janeiro: Campuss.
Sebares. (2013). Como elaborar um plano de negócios: Sebrae.
Sousa, & Clemente. (2003). Analise de Projecto de investimento. Brasil: Florianópolis.
Sousa, M. J. (2011). Como fazer Investigação, Dissertações, Teses e Relátorios. Lisboa:
Lidel.
SOUZA, & CLEMENTE. (2003). Projecto de invetimento de capital: Elaboração,
analise e tomada de decisão. Brasil: São Paulo Atlas.
Vergara, S. C. (1997). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. S. Paulo:
Atlas.
Woiler, & Mathias. (2007). Análise e Elaboração de Projectos (Vol. 2). S.Paulo, Brasil:
Atlas.
47
Anexo 1- Estudo de mercado dos clientes e Pressupostos
1. Já alguma vez visitou um aviário?
2. Considera a publicidade um factor importante para atracção da clientela?
3. Já ouviu uma publicidade de algum aviário existente?
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Sim Não
Sim
Não
0
5
10
15
20
25
Sim Não
Sim
Não
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Sim Não
Sim
Não
4. Quanto ao fornecimento de ovos, tem preferencia por algum aviário?
5. O aviário que fornece os ovos que consome tem ponto de revenda de fácil
acesso?
6. Sente-se satisfeito com a forma como os aviários existentes oferecem seus produtos?
9,4
9,6
9,8
10
10,2
10,4
10,6
10,8
11
11,2
Sim Não
Sim
Não
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Sim Não
Sim
Não
9,4
9,6
9,8
10
10,2
10,4
10,6
10,8
11
11,2
Sim Não
Sim
Não
7. Consegue adquirir ovos sempre que pretende?
8. O que o faz comprar sempre no mesmo local?
9. Se pudesse contribuir para melhorar alguma coisa em um aviário em qual dos
aspectos seria?
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim Não
Sim
Não
0
2
4
6
8
10
12
Antendimento
Preço
Qualidade
Hábito
Distância
Outro motivo
0
2
4
6
8
10
12
14
Públicidade
Preço
Embalagem
Distribuição
Atendimento
outro
Viabilidade económica financeira
Viabilidade económica financeira
Viabilidade económica financeira
Viabilidade económica financeira

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Viabilidade económica financeira

Projeto empreendedorismo
Projeto   empreendedorismoProjeto   empreendedorismo
Projeto empreendedorismoVtonetto
 
Tcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matosTcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matosanaflaviamatos
 
Tcc fgv 2013 revisado
Tcc fgv 2013 revisadoTcc fgv 2013 revisado
Tcc fgv 2013 revisadoBen Hur Huyer
 
Met. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massena
Met. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massenaMet. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massena
Met. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massenaIgor Massena
 
Desenvolvimento de competências em Webdesigner
Desenvolvimento de competências em WebdesignerDesenvolvimento de competências em Webdesigner
Desenvolvimento de competências em WebdesignerJulio Gomes
 
Aplicação do EVA® na análise de desempenho: Estudo de caso.
Aplicação do EVA® na análise de desempenho:  Estudo de caso.Aplicação do EVA® na análise de desempenho:  Estudo de caso.
Aplicação do EVA® na análise de desempenho: Estudo de caso.Cláudio Carneiro
 
Plano de negócios educare consultoria em educação coporativa
Plano de negócios educare consultoria em educação coporativaPlano de negócios educare consultoria em educação coporativa
Plano de negócios educare consultoria em educação coporativaC Estudos Santa Anna Anna
 
TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6Eder Macedo
 
Dissertação Rodrigo Pereira Gregory - final
Dissertação Rodrigo Pereira Gregory - finalDissertação Rodrigo Pereira Gregory - final
Dissertação Rodrigo Pereira Gregory - finalRodrigo Gregory
 
Tcc documentos operacionais de mudança residencial
Tcc   documentos operacionais de mudança residencialTcc   documentos operacionais de mudança residencial
Tcc documentos operacionais de mudança residencialOnofre Monteiro
 
RelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes Duarte
RelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes DuarteRelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes Duarte
RelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes DuarteED Consulting
 
gestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdfgestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdftestbbt
 
gestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdfgestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdftestbbt
 
Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...
Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...
Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...Leviski
 

Semelhante a Viabilidade económica financeira (20)

Projeto empreendedorismo
Projeto   empreendedorismoProjeto   empreendedorismo
Projeto empreendedorismo
 
Tcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matosTcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matos
 
Tcc fgv 2013 revisado
Tcc fgv 2013 revisadoTcc fgv 2013 revisado
Tcc fgv 2013 revisado
 
Monografia
MonografiaMonografia
Monografia
 
Met. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massena
Met. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massenaMet. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massena
Met. de ger. de obra de exp ou revit. de shopping igor massena
 
Desenvolvimento de competências em Webdesigner
Desenvolvimento de competências em WebdesignerDesenvolvimento de competências em Webdesigner
Desenvolvimento de competências em Webdesigner
 
Aplicação do EVA® na análise de desempenho: Estudo de caso.
Aplicação do EVA® na análise de desempenho:  Estudo de caso.Aplicação do EVA® na análise de desempenho:  Estudo de caso.
Aplicação do EVA® na análise de desempenho: Estudo de caso.
 
Plano de negócios educare consultoria em educação coporativa
Plano de negócios educare consultoria em educação coporativaPlano de negócios educare consultoria em educação coporativa
Plano de negócios educare consultoria em educação coporativa
 
TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6TCC_EderBatistaMacedo_v6
TCC_EderBatistaMacedo_v6
 
Case restaurante fellini
Case restaurante felliniCase restaurante fellini
Case restaurante fellini
 
Dissertação Rodrigo Pereira Gregory - final
Dissertação Rodrigo Pereira Gregory - finalDissertação Rodrigo Pereira Gregory - final
Dissertação Rodrigo Pereira Gregory - final
 
Juliana cristina ceroni
Juliana cristina ceroniJuliana cristina ceroni
Juliana cristina ceroni
 
Tcc documentos operacionais de mudança residencial
Tcc   documentos operacionais de mudança residencialTcc   documentos operacionais de mudança residencial
Tcc documentos operacionais de mudança residencial
 
RelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes Duarte
RelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes DuarteRelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes Duarte
RelatóRio Individual De Aprendizagem Eduardo Gomes Duarte
 
gestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdfgestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdf
 
gestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdfgestao-financeira-para-eventos.pdf
gestao-financeira-para-eventos.pdf
 
000686601
000686601000686601
000686601
 
Trabalho Final Escrito
Trabalho Final EscritoTrabalho Final Escrito
Trabalho Final Escrito
 
31 997320837 estagio adm
31 997320837 estagio adm31 997320837 estagio adm
31 997320837 estagio adm
 
Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...
Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...
Monografia%20 or%e7amento%20e%20controle%20de%20custos%20na%20constru%e7ao%20...
 

Viabilidade económica financeira

  • 1. DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE LICENCIATURA Análise de viabilidade económica-financeira para implementação de um aviário de produção de ovos no município da Humpata. António Abreu Agostinho TFC nº___/2019 Lubango, 2019
  • 2. DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE LICENCIATURA Análise de viabilidade económica-financeira para implementação de um aviário de produção de ovos no município do Humpata. Autor: António Abreu Agostinho Orientador: Hernâni Porcel Mendes da Silva, Ph.D. TFC nº___/2019 Lubango, 2019
  • 3. I Dedicatória Dedico esta obra a Deus, pai criador dos céus e da terra e de tudo quanto nela existe, como forma de retribuição por me ter dado sabedoria, orientação e conhecimento Divino. Dedico ainda a mesma obra aos meus pais por nunca demostrarem cansaço e por estarem sempre comigo nas batalhas vencidas e perdidas, por me apoiarem em tudo quanto necessitei ao longo do meu percurso académico, aos meus irmãos, primos, tios e amigos que torceram para esta concretização. Dedico igualmente esta obra ao Exmo. professor orientador por ter disponibilizado o seu tempo e a sua enorme ajuda para a elaboração deste trabalho.
  • 4. II Agradecimentos Quero em primeiro lugar agradecer a Deus Pai todo poderoso Criador dos Céus e da terra por tudo o quanto tem feito por mim e por nunca me desamparar principalmente nos momentos de aflição, agradecer aos meus Pais queridos, Sr. Eduardo Agostinho e Sra. Adália Chela, por nunca desacreditarem e me apoiarem sempre que precisei voces foram sempre a grande motivação sempre que pensei em desistir. De igual forma votos de agradecimento aos meus famíliares, amigos, irmãos da comunidade Ngambuilana, colegas e todos aqueles que de alguma forma contribuiram para a concretização deste sonho, agradecer de forma especial o meu Exmo tutor Professor Dr. Hernâni da Silva, pela paciência, disponibilidade e atenção para elaborarão do trabalho. E por ultimo, não menos importante agradecer também o corpo docente da faculdade que muito tem dado para que a Faculdade de Economia da UMN venha ser um centro de formação de renome, em especial aos meus professores durante a minha estadia, meu muito obrigado!
  • 5. III Resumo O presente estudo tem como tema análise de viabilidade económico-financeira para implementação de um aviário de produção de ovos no município da Humpata. O trabalho tem por finalidade estudar a importância da viabilidade financeira de projectos antes da sua implementação. A sua elaboração torna-se importante para apoiar não só os gestores, mas também os estudantes e os de mais leitores, para que antes de aplicarem o seu dinheiro em um projecto, possam vir utilizar os conceitos e as técnicas apresentadas e assim aumentarem as suas probabilidades de sucesso e satisfações. Neste contexto, formulamos como questões de investigação as seguintes; qual a melhor estratégia a adoptar para atrair a clientela; qual o segmento mais adequado para este projecto; qual a viabilidade financeira do projecto. Estas questões foram respondidas no desenrolar do trabalho com apoio na pesquisa bibliográfica e na concepção prática do trabalho, para tal, fez-se uma pesquisa que considerou-se como exploratória e descritiva, para colectar os dados considerou-se a observação, a entrevista e o questionário como principais técnicas. Com vista a responder os objectivos do projecto, realizou-se cálculos apoiado no programa Excel que permitiram aferir a viabilidade financeira. Deste jeito, os resultados obtidos demonstraram a viabilidade financeira do projecto, com o VAL positivo, a TIR superior a taxa de referência do projecto e com um payback inferior a vida útil do projecto. Em suma a elaboração do presente trabalho foi satisfatório, pois, comprova a exequibilidade do projecto, demonstrando assim possibilidade de sucesso no sector. Palavras-chaves: Analise de viabilidade, Projecto de investimento, Viabilidade economica-financeira.
  • 6. IV Índice Dedicatória .......................................................................................................................I Agradecimentos ............................................................................................................. II Resumo ..........................................................................................................................III Índice de figuras.......................................................................................................... VI Índice de Tabelas ........................................................................................................ VI Lista de abreviações...................................................................................................VII Intrudução....................................................................................................................... 1 CAPÍTULO I- REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................... 3 1.1. Introdução .......................................................................................................... 3 1.2. Empreendedorismo ............................................................................................ 3 1.3. Projecto de investimento.................................................................................... 4 1.4. Avaliação de um projecto de investimento...................................................... 11 1.5. Critérios de decisão de um investimento ......................................................... 12 Capitulo II- Metodologia ............................................................................................. 16 2.1. Introdução ........................................................................................................ 16 2.1. Tipo de pesquisa .............................................................................................. 16 2.2. Tratamento e análise de dados......................................................................... 16 2.3. Determinação da população e da amostra........................................................ 17 2.4. Técnicas de recolha de dados........................................................................... 17 CAPÍTULO III- ESTUDO DE CASO........................................................................ 18 3.1. Introdução ........................................................................................................ 18 3.2. Sumário executivo ........................................................................................... 18 3.3. Apresentação do negócio................................................................................. 19 3.4. Caracterização do sector em Angola ............................................................... 19 3.5. Apresentação da empresa................................................................................. 21 3.6. Oportunidades detetadas.................................................................................. 21
  • 7. V 3.7. Competências da empresa................................................................................ 22 3.8. Objectivo do projecto....................................................................................... 22 3.9. Análise ambiente geral..................................................................................... 23 3.10. Plano estratégico .......................................................................................... 24 3.11. Plano de marketing....................................................................................... 25 3.12. Plano de recursos humano............................................................................ 27 3.13. Plano operacional ......................................................................................... 28 3.14. Plano financeiro............................................................................................ 32 3.15. Plano de exploração ..................................................................................... 35 3.16. Estrutura dos custos...................................................................................... 38 3.17. Analise e discussão dos resultados............................................................... 41 Conclusão.................................................................................................................... 42 Limitações................................................................................................................... 44 Sugestões .................................................................................................................... 44 Bibliografia.................................................................................................................... 45 Anexo 1- Estudo de mercado dos clientes e Pressupostos......................................... 47 Anexo 2- Questionário.................................................................................................. 48
  • 8. VI Índice de figuras Figura 1 - Fluxograma das principais etapas de um Projecto de investimento ............. 11 Figura 2- Principal produto. .......................................................................................... 26 Figura 3- Estrutura organizativa.................................................................................... 27 Figura 4- Orientação do aviário em relação ao sol......................................................... 28 Figura 5- Ninho manual para matriz poedeira............................................................... 29 Figura 6- Pintos de um dia............................................................................................. 30 Figura 7- Galinha poedeira............................................................................................ 31 Figura 8- Ovos............................................................................................................... 31 Índice de Tabelas Tabela 1- Coeficientes técnico. ...................................................................................... 32 Tabela 2 - Investimento inicial....................................................................................... 33 Tabela 3 - Mapa de amortização do equipamento.......................................................... 34 Tabela 4 - Plano de Financiamento. ............................................................................... 35 Tabela 5 - DRP. .............................................................................................................. 36 Tabela 6 - Produto principal........................................................................................... 36 Tabela 7 - Subproduto. ................................................................................................... 36 Tabela 8 - Fundo de Maneio........................................................................................... 37 Tabela 9 - Mapa de recursos Humanos. ......................................................................... 37 Tabela 10 - CPV. ............................................................................................................ 38 Tabela 11 - FST.............................................................................................................. 39 Tabela 12 - MOAF. ........................................................................................................ 39 Tabela 13 - Cash Flow.................................................................................................... 40 Tabela 14 - Avaliação na Óptica do projecto. ................................................................ 40
  • 9. VII Lista de abreviações VAL - Valor Actual Líquido TIR - Taxa Interna de Rendibilidade PAYBACK - Periodo de Recuperação da Dívida AOD- Avícola dos Ovos Dourados DRP -Demostração de Resultado Previsional CPV - Custo dos Produtos Vendidos FST - Fornecimento e Serviço de Terceiros MOAF - Mapa de Origem e Aplicação de Fundos PAC - Programa de Apoio Ao Crédito ANAVI - Associação Nacional do Avicultores de Angola PMR - Prazo Médio de Recebimento PMP - Prazo Médio de Pagamento
  • 10. 1 Intrudução No presente contexto económico e social é grande o número de pessoas que buscam sucesso através de um empreendimento próprio. No entanto, a vontade de empreender não é suficiente para garantir um negócio rentável. Transformar uma oportunidade detectada em uma empresa de sucesso requer, além de capacidade para administrar recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos, a elaboração de um projeto que servirá de instrumento de planeamento e controle da futura organização. A avicultura é um segmento que envolve várias atividades, que podem ser vistas como uma cadeia produtiva, inclui a produção de matrizes, incubação de ovos, criação das aves, processamento (abate e produtos finais), distribuição (transporte, estocagem e comercialização) e o consumidor final. Dadas as dificuldades que os gestores, empreendedores e não só, enfrentam para utilizarem o capital disponível de maneira correcta e no momento certo, suscitou-nos o interesse em auxiliar os mesmos a realizarem uma análise de viabilidade de projectos antes da sua implementação. Desta forma, o presente estudo vai servir de apoio não só para os gestores, mas também aos estudantes e de mais leitores para que antes de apuserem o seu dinheiro em um projecto, possam vir utilizar os conceitos apresentados e assim aumentar as suas probabilidades de sucesso e satisfações. Para este trabalho temos como objecto de estudo análise da viabilidade financeira para a implementação de um aviário de produção de ovos na comuna da Palanca, município da Humpata, província da Huíla. Com base ao exposto acima, propusemos-nos a responder as seguintes questões de investigação: qual a melhor estratégia a adoptar para atrair a clientela; qual o segmento mais adequado para este projecto; qual a viabilidade financeira do projecto. Assim, para podermos responder as questões de investigação propostas delineamos como objectivo geral analisar a viabilidade financeira para a implantação de um aviário de produção de ovos de galinhas. O presente trabalho monográfico está dividido em três capítulos. O primeiro capíltulo diz respeito ao referencial teórico, na qual fez-se uma pesquisa bibliográfica e documental para dar suporte no alcance dos objectivos preconizados. No segundo
  • 11. 2 capítulo tratamos sobre os aspectos metodológicos que permitaram recolha dos dados bem como a sua estruturação de forma a facilitar a orientação do trabalho e no terceiro capítulo abordamos sobre a concepção prática do trabalho onde foram realizados cálculos utilizando planilhas do excel para o cálculo.
  • 12. 3 CAPÍTULO I- REFERENCIAL TEÓRICO 1.1.Introdução Trabalhos de pesquisa necessitam de fundamentação teórica para dar suporte ao seu desenvolvimento e conclusões. Portanto, o conhecimento adquirido nesta fase será relevante para a solução da apresentação do problema e para alcançar os objectivos propostos. 1.2.Empreendedorismo Veremos que ao longo do tempo, a definição de empreendedor, caracterizado hoje, como um ser inserido no cenário económico, sofreu algumas evoluções. “A palavra empreendedor origina-se da palavra entrepreneur que é de origem francesa, literalmente traduzida, significa aquele que está entre ou intermediário” (HISRICH & PETERS, 2005, p. 90). No século XVIII, o filósofo Rousseau, em uma de suas frases utilizadas para explanar sobre a origem das desigualdades entre os homens, ressalta que “o homem transcende a sua natureza”. Esta definição se torna interessante pelo facto de narrar as origens das desigualdades humanas, que surgiram por conta da capacidade do homem em transcender, entendida no mesmo sentido de empreender, de criar, de inovar, de ir além. Embora o contexto abordou um cenário onde o homem buscava descobrir novos meios para a sobrevivência, sem ligações no contexto económico, já era possível entender o empreendedorismo no sentido de superação (Fabro, 2007). Neste sentido, a actividade empreendedora está ligada ao avanço, podemos entender sua importância para a sociedade e para o crescimento económico de qualquer país. Fabro (2007), descreve um contexto mais moderno e envolvendo o sistema comercial e financeiro, cita que o empreendedorismo: “é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia através da aplicação de criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que comummente se chamaria de risco”. Diante do apresentado, é possível perceber que a actividade empreendedora está definida em um comportamento baseado na tomada de decisões e na organização de
  • 13. 4 mecanismos económicos com intuito de transformar recursos em proveito prático e económicos, aceitando riscos. 1.3. Projecto de investimento 1.3.1. Noção de projecto e de investimento O planeamento é a execução de qualquer investimento, seja este público ou privado, deve ser realizado a partir de um projecto, com o entendimento de que “projecto é o conjunto de informações internas e/ou externas à empresa, colectadas e processadas com o objectivo de analisar, e se for viável, implantar uma decisão de investimento” (Ende & Reisdorfer, 2015). Nestas condições, o projecto não se confunde com as informações, pois ele significa um modelo que incorpora informações qualitativas e quantitativas, e simula a decisão de investir e suas implicações. Assim, entende-se como projecto, uma proposta de aplicação de recursos escassos que possuem aplicações alternativas a um negócio, que espera-se gerar um rendimento durante certo tempo, que maximiza a aplicação. Brito (2003, p. 19) ainda destaca que, “os objectivos de se fazer um projecto são: criar, expandir, modernizar, relocalizar, fundir, incorporar, mudar de actividade, sanear financeiramente e redimensionar o capital de giro permanente”. Desta feita, investimento é a aplicação de fundos escassos que geram rendimentos durante certo tempo, com vista a maximização da riqueza dos accionistas. De acordo com (Marques, 2005), investimento, não é nada mais que toda e qualquer acção que visa a obtenção de uma determinada rentabilidade. Ainda segundo o autor existem duas partes intervenientes e que podem, dependendo do investimento em questão, ser indissociáveis:  Investidores: pessoa ou entidade que coloca recursos ou conhecimentos, à disposição do empreendedor.  Empreendedores: os que, para alcançar a realização de um projecto, necessitam do investimento.
  • 14. 5 1.3.2. Conceito de projecto de investimento Mas, o que será um Projecto de investimento? O projecto de investimento é um conceito que pode ser entendido em duas acepções: enquanto plano (intenção) de investimento e enquanto estudo (processo escrito) da intenção de investimento (negócio). Para (Sousa & Clemente, 2003), projecto de investimento em sentido amplo, pode ser interpretado como um esforço para aumentar o nível de informação (conhecimento) a respeito de todas as implicações, tanto desejáveis quanto indesejáveis e para diminuir o nível de risco, em outras palavras, o projecto de investimento é uma simulação da decisão de investir. Ainda (Britto, 2003), afirma que fazer um projecto de investimento é uma tarefa trabalhosa e necessária, já que haverá riscos e incertezas. Porém, o objectivo é assegurar um conjunto de directrizes que conduzam à produção de bens e ou serviços de forma eficiente. Convém frisar, no entanto, que o projecto tem de ser flexível, adaptável e com um roteiro simplificado. Assim, realizar um projecto de investimento antes de investir torna-se essencial, pois ajuda a identificar e quantificar as estimativas de uma oportunidade, ensina a construir e avaliar o fluxo de caixa, contribui para detectar as incertezas e medir seu impacto no resultado da avaliação, auxilia na análise dos riscos do projecto e na tomada de decisão sobre o investimento. 1.3.3. Motivos para elaboração de um projecto de investimento Muitas são as razões que levam as pessoas a elaborar um projecto de investimento, dentre as quais destacamos as seguintes1 :  Estruturar o trabalho em etapas a serem cumpridas;  Compartilhar a imagem do que se quer alcançar;  Identificar as principais deficiências a superar; e  Apontar possíveis falhas durante a execução das actividades previstas. 1 Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
  • 15. 6 1.3.4. Principais características de um projecto de investimento Apresentamos em seguida as principais características de um projecto de investimento2 :  São singulares (cada projecto é um caso único, mesmo que as tarefas sejam semelhantes, há um espaço para a alteração de recursos, timing, budgets, etc.);  São temporários, i.e., possuem um início e um fim definidos;  Envolvem produtos, serviços ou processos exclusivos;  São desenvolvidos em etapas (duma forma contínua, i.e., uma fase termina com o arranque da outra);  São realizados por pessoas (incluindo os stakeholders); e  Com recursos limitados (matérias, financeiros, humanos, etc.). 1.3.5. Critérios de classificação de projectos de investimento Duma forma geral, os projectos podem ser públicos ou privados3 .  Projectos públicos: são os que evolvem recursos disponibilizados pelo governo ou entidade pública, a fim de gerar bem-estar social. Ex. Construção de Hospitais, Estradas, Pontes, escolas, aeroportos, etc.  Projectos privados: são os que envolvem recursos disponibilizados por pessoas jurídicas ou físicas de direito privado, a fim de gerar retornos monetários aos investidores. Ex. Supermercados, Parques de Estacionamento, etc. No entanto os projectos de investimento podem ser classificados segundo vários critérios: 1- Classificação quanto ao sector de actividade: Na perspectiva macroeconómica é um conceito bastante utilizado onde os projectos são classificados de acordo com a agregação sectorial tradicional em:  Projectos agrícolas;  Projectos de Pesca;  Projectos industriais;  Projectos comerciais; 2 Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda. 3 Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
  • 16. 7  Projectos de infra-estruturas; e  Projectos de serviços; 2- Classificação quanto a relação com a actividade produtiva: De acordo com este critério estes podem ser:  Projectos directamente produtivos - São projectos que desenvolvem actividade directamente produtivas dando origem a bens e serviços transaccionáveis no mercado.  Projectos indirectamente produtivos - São projectos que desenvolvem actividades secundárias de suporte à actividade produtiva ajudando à sua implementação. 3- Classificação quanto ao objectivo do investimento:  Projecto de inovação e de modernização- Estes tem por objectivo a redução dos custos de produção e/ou de funcionamento ou de introdução de novos produtos ou aperfeiçoamento dos já produzidos de forma a manter ou melhorar o seu mercado. São investimentos em novos equipamentos dotados de princípio, de novas tecnologias para produzir mais e melhor com os mesmos ou com menores custos.  Projecto de Substituição ou de Renovação- São levados a cabo para a substituição de equipamentos usados e obsoletos por equipamento análogo ou mais moderno.  Projecto de expansão- Tem em vista aumentar a capacidade de oferta de produtos existentes ou para expandir (pontos de venda e distribuição) em mercados que estão sendo actualmente explorados. Exige-se aqui um planeamento adequado do nível de crescimento de demanda.  Projectos Estratégicos- Estes são levados a cabo para reduzir os riscos da empresa, promovendo condições mais favoráveis ao desenvolvimento e êxito da empresa. Investimento com diversificação de actividades, integração vertical de forma absorver margens e ganhar dimensão ou ainda em acções de carácter social podem reduzir os riscos da empresa com benefícios ma melhoria de condições de trabalho e de produtividade.
  • 17. 8 4- Classificação quanto a relação entre os diferentes projectos de investimento:  Projectos independentes- Os benefícios esperados para um dado projecto não se alteram, quer um segundo projecto seja aceite ou não. Exemplificando, o investimento no Projecto X deve ser tecnicamente possível com ou sem a realização do Projecto Z.  Projectos dependentes (ou compatíveis ou complementares) - A realização de um pode afectar os resultados de outro ou outros. Isto é, os benefícios esperados de um projecto são afectados pela decisão de aceitar ou rejeitar um outro projecto. Se a decisão de um projecto afectar o acréscimo dos lucros ou o decréscimo das despesas do outro, então diz-se que são projectos dependentes e complementares. Se, pelo contrário, a decisão de investimento vai afectar o decréscimo de lucro ou o acréscimo de despesas de um outro projecto, então, diz-se que constitui um investimento substituto ou concorrente desse outro.  Investimentos incompatíveis ou mutuamente exclusivos- Aqueles cuja realização conjunta é tecnicamente impossível, e os benefícios esperados com a realização de um projecto são imediatamente absorvidos com a realização do outro. 5- Classificação quanto a distribuição temporal das receitas e despesas (Fluxo de tesouraria):  Investimentos convencionais- Aqueles em que há uma fase de investimento (despesas maiores que as receitas – normalmente nos anos iniciais) e fase seguinte em que as receitas são sempre maiores que as despesas. - Estes ainda podem ser: Point input-Continuos output; Continuos input-Point output e Point Input-Continuos output.  Investimentos não convencionais- Nestes estamos perante a situação de fluxos de caixa ora negativos ora positivos em qualquer momento de vida do projecto. Isto é, temos fases em que há despesas de investimento (despesas maiores que as receitas), depois temos fases intercalares em que as receitas são maiores que as despesas e nos períodos seguintes voltamos a ter fases em que as despesas são maiores que as receitas (acontece normalmente em projectos cujo investimento é realizado de forma faseada e distribuído por vários períodos). Estes são apenas Continuos input- Continuos output.
  • 18. 9 1.3.6. Fases de elaboração de um projecto de investimento4  Passo 1. Identificação. Antes da elaboração do projecto de investimento em si, impõe-se proceder a todo um trabalho de análise de conjuntura, com vista a formalização de ideias concretas acerca de quais são os projectos prioritários ao desenvolvimento do país ou região em que se enquadra o projecto. Para tal é necessário conhecer a política global de desenvolvimento central e regional do país, fazer um diagnóstico da evolução recente por sectores de actividade e conhecer quais as necessidades a satisfazer. Com base nestes factos será então, possível formalizar as ideias e desenvolver as acções, neste caso o (s) projecto (s), permitirá satisfazer o objectivo de desenvolvimento acima referido.  Passo 2. Preparação. Uma vez identificada a área de actividade mais vantajosa e o tipo de negócio específico em que se pretende investir, avança-se com a preparação do respectivo projecto. Esta segunda fase, diz respeito aos estudos a serem levados a cabo para que o projecto a se realizar satisfaça os requisitos necessários, de modo a permitir que o mesmo seja analisado e se torne rentável a sua realização. Estes requisitos podem ser de ordem: técnica, económica e financeira.  Passo 3. Análise. Esta etapa é a que vai permitir a tomada de decisão final quanto à realização ou não do projecto que se tem em vista. Para tal, existem duas ópticas de análise conhecidas: a análise financeira sob o ponto de vista da rentabilidade empresarial e a análise económica sob o ponto de vista da rentabilidade para a colectividade.  Análise financeira: a análise da rentabilidade nesta óptica tem em vista, em função das condições actuais e futuras, verificar se os capitais investidos são remunerados e reembolsados de modo a que as receitas geradas superem as despesas realizadas (investimento e funcionamento) num período mais ou menos longo de tempo.  Análise económica: este tipo de análise, também chamada análise social ou análise custo-benefício, difere da análise financeira na medida em que os dados não são 4 Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda.
  • 19. 10 tratados a preços de mercado, mas sim, a preços de mercado corrigidos de todas as distorções que alteram o seu valor real, "preços sombra", também chamados "preços de referência". Estas distorções são, por exemplo: as restrições às importações, as taxas de câmbio oficiais, controlo de preços, os incentivos às exportações, etc. Assim, a análise económica de um projecto de investimento processa-se através da comparação entre as receitas e as despesas corrigidas.  Passo 4. Decisão. Esta fase corresponde ao momento de optar por aceitar ou rejeitar o projecto de acordo com o nível de satisfação das perspectivas da entidade promotora. Na eventualidade de o projecto ser rejeitado, o mesmo poderá ser reconsiderado, promovendo-se novos estudos para a sua concretização. Se for aceite passa-se à fase seguinte, a de execução. Decisões de investimento e financiamento de projectos. Dentre os principais índices para analisar o retorno do investimento destacam-se: O PAYBACK (retorno do investimento); a TIR (taxa mínima de retorno) e o VAL (valor Actual líquido).  Passo 5. Execução. Chegado a este ponto, é altura de se proceder à revisão dos estudos técnicos e financeiros efectuados, do calendário de realização de projectos, etc. Com isto pretende- se, por um lado, aprofundar detalhadamente as operações a realizar, e, por outro lado, e tendo em linha de conta o período de tempo decorrido entre a primeira e a quarta etapa, actualizar os preços dos bens utilizados na eventualidade do referido período ter sido bastante longo e tal se justifique. Neste ponto serão então desencadeadas as acções necessárias para pôr em funcionamento o projecto, por exemplo: construção civil, montagem de equipamentos, recrutamento e formação de pessoal, lançamento do sistema de gestão, contractos de funcionamento, etc.  Passo 6. Funcionamento e controlo. Corridos todos os passos anteriores, a última fase consiste na verificação do bom cumprimento do calendário de realização dos investimentos, na análise dos desvios de funcionamento e na implementação das respectivas acções correctivas.
  • 20. 11 Figura 1 - Fluxograma das principais etapas de um Projecto de investimento Fonte: Manual de análise de investimento, edições Silabo, Lda. (2002. P 18). 1.4. Avaliação de um projecto de investimento Um projecto de investimento pode ser analizado segundo várias optícas, iremos aqui descrever algumas5 . 1.4.1. Avaliação financeira Consiste no estudo de apoio a tomada de decisão por parte dos investidores e dos financiadores do projecto, esse estudo pondera as despesas e receitas valorizadas a preços de mercado de forma a aferir da rentabilidade em termos de mercado, é a avaliação mais importante para projectos privados comerciais. Em geral a avaliação financeira incorpora a avaliação técnica, concorrencial e institucional, aspectos que não possuem autonomia científica. 1.4.2. Avaliação económica Este é um tipo de avaliação que se pratica numa economia de mercado apenas quando é um projecto público ou quando sendo um projecto privado é praticamente financiado 5 Manual de Análise de Projecto de Investimento. Edições Silabo, Lda. Identificação Preparação e Definição das variantes Análise Econo/Financeira Decisão Execução Funcionamento e controlo Não Fazer Fazer
  • 21. 12 com fundos públicos. Aqui a avaliação faz-se já não apenas em termos da rendibilidade financeira, mas principalmente em função da contribuição do projecto para o bem-estar social da população ou da contribuição do projecto para objectivos da política económica nacional. Este tipo de análise se efectua independentemente da avaliação ser uma avaliação posterior a avaliação financeira. 1.4.3. A avaliação social Mede a contribuição do projecto para objectivos sociais, designando-se por vezes por impacto social: Exemplos: Distribuição dos rendimentos; Fixação da população no território; Melhoria das condições de vida. Esta avaliação é independente quer da avaliação económica quer da avaliação financeira, podendo contudo estar associada a esses tipos de avaliação. 1.5. Critérios de decisão de um investimento A avaliação da viabilidade de um projecto é baseada em indicadores que fornecem informações sobre como poderá ser o desempenho produtivo e financeiro da empresa. Alguns indicadores de viabilidade são determinados a partir da demonstração de resultado do exercício e rentabilidade. Outros indicadores são calculados tendo como base o fluxo de caixa do projecto, dentre os quais destacam-se: Valor Actual Líquido (VAL),o Payback e Taxa Interna de Retorno (TIR). Independentemente do número e de quais indicadores e técnicas de análise que o avaliador irá utilizar no processo de avaliação do projecto, sempre haverá um risco associado à decisão tomada. Salienta-se que as análises são realizadas mediante valores estimados. Dado que as projecções poderão realizar-se ou não, considerando, ainda, que não é possível ter certeza sobre o comportamento do mercado, há um risco inerente ao processo de análise. Dessa forma, o risco que envolve a implantação de um projecto de investimento é representado pela possibilidade de erro nas projecções e cálculos efetuados para serem utilizados como subsídio ao processo de tomada de decisão sobre e a implantação ou não de determinado empreendimento.
  • 22. 13 1.5.1. Valor actual líquido O VAL é a diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas do caixa, tendo em conta determinada taxa de desconto para as avaliações. Essa taxa é o retorno mínimo que deve ser obtido em um projecto para que o valor de mercado da empresa fique inalterado. Assim, esse é um dos métodos de cálculo de retorno de investimento de uma proposta de investimento (Gitman, 2004). Neste método, a escolha mais apropriada é aquela que apresenta maior VAL. No caso de avaliação de um único projecto, o investimento devera ser aceite se o seu VAL for positivo, e rejeitado se for negativo. Se for nulo ou igual a zero a realização ou não desse projecto é indiferente. O VAL é um critério mais robusto em relação ao payback, pois considera o valor do dinheiro no tempo. Para determinar o VAL é necessário identificar uma taxa de juros para descontar os fluxos de caixa, trazendo-os a valor presente, e subtraindo do valor do investimento. A taxa de desconto utilizada refere-se ao custo de oportunidade ou custo de capital, que se refere ao retorno mínimo requerido pelo empreendimento. Se o VAL for maior ou igual a zero, o empreendimento apresenta viabilidade, pois garante retorno maior ou igual a seu custo de capital. Vale ressaltar que o resultado para o VAL e a consequente decisão sobre a aceitação (ou não) do projecto é sensível à taxa de desconto utilizada (Ende & Reisdorfer, 2015, p. 98). Apesar de muito usado e confiável, o método VAL apresenta alguns inconvenientes, entre elas a dificuldade em calcular a Taxa mínima de Retorno requerida, dificuldade verificada, principalmente em médias e pequenas empresas, além disso, alguns consideram a compreensão dos seus resultados mais difíceis que a taxa mínima de retorno, por exemplo. Existe ainda também o risco de previsão que consiste na projecção dos fluxos de caixa levando à decisões incorrectas, o também chamado risco de estimação.
  • 23. 14 1.5.2. Período de recuperação da dívida- PayBack De acordo com esse método, diante das opções oferecidas para empresa, a melhor seria aquela com possibilidade de recuperação mais rápida dos recursos a serem investidos, ou seja, menor “Payback”, período de recuperação menor do que um prazo predeterminado como satisfatório pelo gestor. Esse método mostra o número de períodos (anos, meses ou dias) necessários para recuperar o investimento despendido em determinado projecto. Ross e Westerfield apud Fabro (2007, p 37), salientam que o payback é muito usado em grandes empresas para decisões menos importante onde o custo da realização de análises mais detalhadas seria maior que o projecto em si. Pode haver ainda uma questão prática, pois um investimento que se paga rapidamente e traz benefícios posteriores ao payback indica, provavelmente, um investimento com um retorno positivo. Além disso a regra do payback tem ênfase no curto prazo e na liquidez, aspectos que tendem a favorecer investimentos de curto prazo e com maior liquidez, o que tem grande peso principalmente em pequenas empresas (Ross & Westerfiel, 1998). 1.5.3. Taxa interna de rendibilidade -TIR Ross e Westerfield (2002, p. 223), afirmam que “a TIR de um investimento é uma taxa exigida de retorno que quando utilizada como taxa de desconto resulta em VAL igual a zero”. Desta forma, pode-se observar que a TIR e o VAL estão muito ligados, de forma a levarem a resultados similares. Isso ocorre porem somente quando os fluxos de caixa dos projectos analisados são convencionais, ou seja, quando o investimento inicial é negativo e os demais fluxos são positivos. E, ainda, a decisão analisada não poderá ter vinculação a nenhuma outra. Dessa forma, quando alguma dessas duas condições não é satisfeita, podem ocorrer distorções. O método da TIR é muito usado e isso se explica pelas vantagens que a sua utilização apresenta. Uma das suas vantagens é o facto de ter uma relação muito próxima ao VAL, tendendo a apresentar resultados na mesma direcção. Outra vantagem é a sua compreensão, pois é mais simples discutir sobre taxas de retorno, do que sobre “valores monetários absolutos”. Os problemas com a TIR ocorrem em duas situações: a primeira quando os fluxos de caixa não são convencionais. Nessa situação ocorrem taxas múltiplas de
  • 24. 15 retorno, o VAL com mais de uma taxa interna de retorno. O cálculo da TIR não é conclusivo nessa hipótese, a solução mais adequada é realizar o cálculo do VAL. A segunda ocorre quando se está realizar uma comparação entre investimentos mutuamente exclusivos. Assim a aceitação de um implica a rejeição de outro. As taxas encontradas podem levar a conclusões incorrectas, e o uso do método VAL mostra-se mais eficaz também nesse caso. É preciso cuidado ao utilizar a TIR como critério de análise de investimento, porque a TIR é o resultado do cálculo em uma planilha e pode não ter relação com a realidade, ou seja, pode não ser possível aplicar os recursos obtidos àquele TIR calculada.
  • 25. 16 Capitulo II- Metodologia 2.1. Introdução A metodologia de um trabalho consiste na reunião de diversas técnicas que buscam definir os processos utilizados nas diversas etapas do trabalho de modo a alcançar os objectivos propostos. Os processos metodológicos utilizados neste estudo são compostos por alguns elementos essenciais como o tipo de pesquisa, tratamento e análise de dados, determinação da população e técnicas de recolhas de dados. 2.1. Tipo de pesquisa Para o estudo presente o tipo de pesquisa é exploratória e descritiva. O método de análise aplicado é de ordem qualitativa e quantitativa. Qualitativa por descrever o processo de produção de ovos e a revisão literária realizada. A parte quantitativa foi utilizada no último capítulo do projecto, para aplicação das técnicas de análise de investimento. O universo de pesquisa é o "conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo), que possuem as características que serão objectos de estudo" (Vergara, 1997, p. 48). A pesquisa realizada limitou-se à província da Huíla, onde se procedeu à entrevista informal aos produtores e especialistas na produção de ovos, bem como aos consomidores desse produto. 2.2. Tratamento e análise de dados Após a colecta dos dados estes foram organizado, analisados e apresentados de maneira mais estruturada a fim de puderem atender aos objectivos. As diversas informações obtidas durante as entrevistas aos criadores, comerciantes e consumidores do produto foram cruzadas e comparadas com as informações obtidas através de fontes secundárias e assim, relacionadas de maneira que atendessem os requisitos do empreendimento proposto. Para análise dos dados financeiros utilizou-se valores detectados no mercado e obtidos nas entrevistas realizadas, e recorreu-se ao programa Excel para projecção e cálculo dos dados.
  • 26. 17 2.3. Determinação da população e da amostra Qualquer estudo científico enfrenta o problema de estudo da população ou da amostra. A população é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características (Canastra, 2015). Por outro lado, de acordo com o mesmo autor, a amostra, é o subconjunto da população, do qual se estabelecem ou se estimam as características dessa população. Neste contexto, constitui a população do estudo todos o habitantes das cidades da Humpata, Lubango e Chibia. Para o presente trabalho utilizaremos uma amostra não probabilística, por conveniência. Amostra por conveniência não é representativa da população, ocorre quando a participação é voluntária ou os elementos da amostra são escolhidos por uma questão de conveniência (Sousa M. J., 2011). 2.4. Técnicas de recolha de dados Segundo (Sousa M. J., 2011, p. 70), técnica de recolha de dados é o conjunto de processos operativos que permitem recolher os dados empíricos que são uma parte fundamental do processo de investigação. Para o presente trabalho as técnicas que serão utilizadas para a recolha de dados são: a) Observação - que pode ser definida como um olhar sobre uma situação sem que esta seja modificada, olhar cuja intencionalidade é de natureza muito geral, actuando ao nível da escolha da situação e não ao nível do que deve ser observado na situação, e que tem por objectivo a recolha de dados sobre a mesma (B Ghigllione, 2001); b) Entrevista - é um método de recolha de informação que consiste em conversas orais, individuais ou de grupos, com várias pessoas cuidadosamente seleccionadas, cujo grau de pertinência, validade e fiabilidade é analisado na perspectiva dos objectivos da recolha de informações (B Ghigllione, 2001). c) Inquérito por questionário - Inquérito pode ser definido como uma interrogação particular acerca de uma situação englobando indivíduos, com o objectivo de generalizar os resultados (B Ghigllione, 2001, p. 107).
  • 27. 18 CAPÍTULO III- ESTUDO DE CASO 3.1. Introdução O presente capítulo refere-se a concepção prática do trabalho, que vem precisamente dar sustentabilidade na prossecução dos objectivos e do problema ora levantado. 3.2. Sumário executivo O presente projecto é denominado de “Avícola dos Ovos Dourados, Lda.” Com localização prevista na comuna da palanca, município da Humpata, província da Huíla. O mesmo tem como objectivo estudar a viabilidade de instalação de um aviário para produção de ovos de galinha. Para tal, pretendemos adotar uma estratégia de diferenciação de forma a conquistar uma quota no mercado. A sua Missão consiste em “Oferecer produtos de qualidade aos seus clientes, a preços competitivos com rentabilidade e desenvolver parceria com fornecedores. Permitir a fidelização dos seus clientes através da preocupação no conhecimento das suas necessidades de forma a satisfazê-las plenamente “. A sua Visão é “Ser uma empresa reconhecida no sector, e no mercado nacional, pela sua qualidade de serviços e produtos, potenciando a melhoria contínua junto dos seus colaboradores fornecedores e clientes.” Dando ênfase à sustentabilidade e à procura por este produto, a viabilidade deste empreendimento, requer um investimento inicial de 13.331.273,97AKZ, para que o negócio seja levado de tal forma que acompanhe as tendências do mercado, visando o seu crescimento. Estima-se para esta unidade, uma capacidade para produzir 360.000 unidades de ovos/ano. Os promotores deste empreendimento pretendem ser uma referência neste sector e alcançar um posicionamento na cadeia de valor e contribuir de forma inegável para elevar os produtos “made in Angola”. Para rentabilizar este investimento foram consideradas, receitas resultantes da produção dos produtos supra referidos, com base em planos de produção, e preços com base nas cotações do mercado nacional.
  • 28. 19 Com base neste cenário, a necessidade de financiamento é de 7.998.764,38 AKZ , correspondendo a 40% do capital necessário para a implentação do projecto, e obteve-se um VAL de 11.478.581,18 AKZ e uma TIR de 32%. 3.3. Apresentação do negócio Diante do processo de desenvolvimento técnico e de produção, actualmente, coloca-se a avicultura como uma das alternativas mais rápidas e de acessível custo na produção de proteína animal, permitindo fazer frente às procuras alimentares e nutricionais das populações. No caso de Angola, esta actividade produtiva também é vital por ser uma das principais fontes e mais barata de proteína animal para o consumo á disposição das populações. Actualmente os produtos da indústria avícola Angolana têm uma fraca expressão no mercado nacional face á presença de produtos importados. Segundo o Jornal de Angola em 2017 o sector funcionou a 30 por cento da capacidade instalada, tendo assim uma capacidade ociosa de 70 por cento6 . 3.4. Caracterização do sector em Angola As indústias avícolas instaladas no país abarcam um conjunto diferenciado de pequenas e médias empresas. Este conjunto de empresas necessitam de informações sistematizadas que permitem traçar um perfil do sector. As unidades industriais apresentam um grande potencial ao nível da sua contribuição para a diversificação da economia nacional, pois com sua implementação dão origem a um conjunto de actividades suplementares. No que tange à aquisição de matéria-prima e outros inputs necessários à produção de ovos grande parte são de importação (matrizes, equipamentos e vacinas) e uma parte porém de produção (ração). A estratégia do Governo começa, precisamente, por mobilizar recursos para promover a produção, de modo a reduzir-se ao máximo a necessidade de importações de produtos e criar excedentes que possibilitem exportar e assim conseguir mais divisas para o país. O Governo canaliza esses recursos para financiar projectos privados de elevada rentabilidade e promotores da diversificação da produção e das exportações. 6 Jornalde Angola. Sapo.ao. Acessado em julho de 2019.
  • 29. 20 Desde 2018 que não se imitem licencas de importação de ovos por parte do Ministério da Agricultura e Florestas, o País produziu 961 milhões de ovos em 2017, em 2018 atingiu uma produção de 1.119 milhões de ovos, um aumento de 16,4% face a 20177 . O Ministério da Agricultura estima um crescimento na produção nacional de ovos na ordem dos 30% nos próximos quatro anos, altura em que estima que a produção nacional atingirá os 1.443 milhões ovos até 2022. Ainda assim, não esta assegurada a auto-suficiencia nos próximos quatro anos , uma vez que esta dependerá da evolução do número de habitantes e da capacidade dos produtores8 . A Associação Nacional dos Avicultores de Angola (ANAVI) estima que existam no País 118 indústrias de reprodução e embalagem de ovos em todo o território nacional que produzem, em média, 70 milhões de ovos por mês, correspondo a uma média de 840 milhões de ovos/ano. Apesar do desencontro dos dados da ANAVI ( 850 milhões de ovos) e do Ministério da Agricultura e Florestas (1. 119 milhões de ovos), o presidente da ANAVI, Rui Santos, aponta que os ovos, assim como a fuba de milho, não constam da lista de produtos que podem ser importados. “Não se importam ovos”, é verdade que o mercado ainda está a pedir mais, e a nossa produção apresenta margens para crescimento”, garante! O aumento da produção depende sobretudo, da estabilidade da oferta de matéria-prima no mercado nacional, principalmente da ração, quer seja a importada, quer seja nacional. 3.4.1. Caracterização do sector na província da Huíla Na província da Huíla o sector agropecuario está a funcionar a baixo da capacidade instalada ( produz-se apenas 35 mil ovos/dia correspondendo a quase um terço da capacidade instalada, estimada em 99 mil e 200 ovos/dia, quando as necessidades da provincia estão avaliados em dois milhões de ovos/dia), a província conta actualmente com aproximadamente oito aviários, sendo dois na Humpanta e seis no Lubango. O número de projectos existentes no sector é relativamente baixo diante da procura condicionados pela falta de financiamentos. 7 Jornal de Angola.Sapo.ao. Acessado em Abril de 2019. 8 Jornal de Angola.Sapo.ao. Acessado em Abril de 2019.
  • 30. 21 3.5. Apresentação da empresa O projecto em questão trata-se de uma pequena empresa que será denominada de “Avícola dos Ovos Dourados - AOD, Lda”. A empresa será constituída por dois sócios igualitários. De acordo com à Lei n.º 30/11, lei das micros, pequenas e médias empresas. O projecto “AOD, Lda” enquadrar-se-à na classificação de empresas de pequena dimensão, já que os padrões estabelecidos para esta categoria (empregados mais de 10 e até 100 Trabalhadores e facturação bruta anual em AKZ superior ao equivalente a USD 250 mil) estão dentro dos pressupostos definidos no presente projecto e quanto ao sector enquadra-se-a em projectos Agrícolas. A mesma estará localizada na comuna da Palanca município da Humpata, província da Huíla, a estrutura inicial da empresa será simples, dentro dos padrões normais de criação de aves (Galinhas poedeiras). Pretendemos realizar a nossa actividade a partir da compra de pintos de um dia. Após o término da fase de produção, por possuir pouca experiência no sector a produção poderá chegar ao consumidor final por um único canal de distribuição, isto é, a venda dos ovos obtidos das galinhas. A “AOD, Lda”, tem como Missão “Oferecer produtos de qualidade aos seus clientes, a preços competitivos com rentabilidade e desenvolver parceria com fornecedores. Permitir a fidelização dos seus clientes através da preocupação no conhecimento das suas necessidades de forma a satisfazê-los plenamente “ A sua Visão é “Ser uma empresa reconhecida no seu sector, e no mercado nacional, pela sua qualidade de serviços e produtos, potenciando a melhoria contínua junto dos seus colaboradores fornecedores e clientes.” 3.6. Oportunidades detetadas  Necessidades de consumo de ovos muito superiores à capacidade actual de produção nacional.  Política de incentivos nacional que aposta na substituição de importação por produção nacional e desenvolvimento do tecído industrial;  Melhoria do abastecimento eléctrico, reabilitação e construção de barragens, viabilizam o processo de produção das indústrias em Angola transformando este sector numa oportunidade de interesse externo.
  • 31. 22 3.7. Competências da empresa Podemos destinguir essas competências em duas; competências chaves e competências distintivas. 3.7.1. Competências chaves Face ao exposto acima, o Know-How adquirido é fruto de uma ampla combinação por parte dos promotores, dado o seus conhecimentos na area de gestão. Os promotores apostam fortemente no crescimento continuo da empresa, de forma a dar maior visibilidade ao investimento de uma forma segura e sustentada, alicerçando-se em fortes e sucessivos investimentos e aquisições, que lhes permitirão diversificar as actividades. A equipa integrará um especialista na área de desenvolvimento de projectos avícolas a ser contratado no mercado nacional. 3.7.2. Competências distintivas Atendendo a elevada competitividade dos mercados e a existência de negócios semelhantes ao apresentado no presente projecto, é crucial ter em conta determinadas competências distintivas. Deste modo, destacamos a gestão por parte de profissionais formados e com grande preocupação nutricional como uma das competências distintivas do presente projecto, a formação do pessoal para o maneio adquado do aviário, as diversas formas de entregas dos produtos que se pretende adoptar, os tipos de vendas projectadas e as políticas de preços a adotar. 3.8.Objectivo do projecto O objectivo deste projecto é implentar uma empresa para a produção e comercialização de ovos que seja reconhecida no mercado nacional. Ao fim do terceiro ano de instalação projecta-se que se atinja a velociadde de um cruzeiro em termos de produção de ovos/dia. Entre os resultados mais relevantes do projecto, espera-se uma importante contribuição para a segurança alimentar em Angola.
  • 32. 23 3.9. Análise do ambiente geral Para análise do ambiente recorremos as cinco forças competitivas estudadas por M. Porter, por ser a que mais se adequa ao projecto. 3.9.1. As 5 (cinco) forças competitivas de M. Porter Podemos dizer que um dos principais recursos a utilizados para caracterizar o ambiente competitivo de um sector é o modelo das cinco forças competitivas de Michael Porter. Este modelo é tão crucial na medida em que, segundo M. Porter permite inclusive determinar a atractividade e a rentabilidade da indústria (Gilberto, p. 18).  Ameaça de novos concorrentes Existem algumas barreiras à entrada neste sector e faz com a que a probabilidade de entradas de novas empresas seja moderada. Isto deve-se sobretudo a dependência do financiamento para investir no sector. O que torna ameaça de novos concorrentes reduzida.  Ameaça de produtos substitutos O frango e seus derivados, inclusive o ovo, hoje em dia são praticamente produtos da cesta básica, amplamente consumidos, e utilizados com bastante frequência em quase todas as famílias além de serem económicos e altamente nutritivos. Apesar de existirem produtos que possam substitui-los, a ameaça desses produtos não é tão significativa.  Poder negocial dos clientes Os clientes têm pouca capacidade de negociação neste sector pelo facto de existirem poucas opções na região, e tendo em conta que trata-se de um produto consumido com bastante frequência, assim os clientes têm poucas opções e isto torna o poder negocial dos clientes reduzido.  Poder negocial dos fornecedores Considerando que a aquisição de pintos torna-se díficil na maior parte das regiões do país chegando-se mesmo a importar, torna os aviários dependentes dos fornecedores, o que aumenta o poder negocial destes. Além disso, verifica-se um elevado poder negocial dos fornecedores, uma vez que o país não produz vacínas nem equipamentos
  • 33. 24 essenciais utilizados no sector da avicultura, aliado ao cenário de desaceleração do crescimento económico torna o poder negocial dos fornecedores relativamente elevado.  O grau de rivalidade entre os actuais concorrentes O grau de rivalidade pode ser considerado como a força que mais afecta as empresas colocadas na indústria. Apesar do ligeiro aumento da participação de um determinado grupo na produção nacional, a rivalidade no sector da avicultura é considerada reduzida, pois estima-se que nos últimos anos a indústria funcionou a 30% ( trinta por cento) da capacidade instalada, tendo uma capacidade ociosa de 70% (setenta por cento). Na provincia da Huíla estima-se que o consumo diario de ovo é de dois milhões ovos/dia, mas apenas produz-se em média cerca de noventa e nove mil e duzentos ovos/dia. 3.10. Plano estratégico 3.10.1. Analise SWOT  Pontos Fortes - Pessoal qualificado, ciclo operacional contínuo, comercialização personalizada, diferentes formas de entregas do produto e estudos técnicos realizado.  Pontos Fracos - Pouco poder de negociação com fornecedores, imprevisibilidade do manejo, dificuldade de posicionamento no início da actividade, inexperiência no ramo de actividade.  Oportunidades - O facto de o sector estar a funcionar abaixo da capacidade instalada; O crescente aumento da população, sendo a Huíla uma das principais províncias de Angola, com cerca de 10% da população total de acordo com o Censo realizado em 2014, tem sido uma das oportunidades para o aumento do consumo do ovo, o qual consideramos poder satisfazer a esta necessidade; benefício na saúde humana no consumo do ovo; assumir novos papéis na cadeia produtiva; o facto de o ovo ser a forma mais barata e rápida de ingerir proteína animal.  Ameaças - Dificuldade de acesso ao crédito aos novos empreendedores; câmbios desfavoráveis; crise económica; o excesso de burocracia por parte da legalização da empresa; barreiras a entradas criadas por empresas já existentes no sector.
  • 34. 25 3.10.2. Segmentação do mercado Dificilmente uma pequena empresa consegue operar em todo o mercado, segundo (Donelas, 1999), o ideal é identificar um nicho e buscar satisfazer com profundidade as necessidades desses clientes, ou seja, segmentar o mercado. De acordo com o autor, a segmentação de mercado é o processo mediante o qual uma empresa divide o mercado em parcelas mais homogéneas possíveis, com o objectivo de formular as suas estratégias de marketing. A segmentação de mercado também faz parte da comercialização dos produtos, basicamente, define o mercado consumidor baseando- se em uma ou mais características. De acordo com Casarotto apud Fabro (2007), o grande desafio está em definir os potenciais consumidores do produto, de forma a concentrar sobre estes os esforços promocionais e de venda. A identificação dos diversos segmentos do mercado para um tipo de negócio é, sem dúvida, a parte mais criativa no desenvolvimento de um negócio próprio. 3.10.3. Segmento-alvo O segmento-alvo identificado para o presente projecto abrange os cidadãos nacionais e estrangeiros, residentes nos municípios do Lubango, Humpata e Chibia da província da Huíla, desde a classe económica á classe de renda alta, um nível educacional básico/médio/elevado e com preocupações relacionadas com a alimentação saudável e de boa qualidade. Além disso, iremos considerar, igualmente, os restaurantes, hamburgarias, bares, hospedarias, super e minimercados, mercados municipais, com sede nos municípios acima citados. 3.11. Plano de marketing Segundo (Kotler & Armstrong, 2007, p. 42), após ter definido à sua estratégia geral de marketing, a empresa/ ideia de negócio está pronta para começar a planear os detalhes do mix de marketing, um dos principais conceitos do marketing moderno. O mix de marketing é o conjunto de ferramentas de marketing táctico e controlál que a empresa/ ideia de negócio combina para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo.
  • 35. 26 3.11.1. Produtos Os produtos propostos no projecto com vista a atingir o público definido, terão em atenção os padrões de qualidade e higiene de referência. Deste modo apresentamos em seguida imagens que permitirão ter uma noção dos principais produtos propostos pelo projecto “AOD, Lda”. Figura 2- Principal produto. Fonte: Elaboração própria Marca: a marca a adoptar será “AOD, Lda.”, uma marca indiferenciada, a utilizar não só para identificar o estabelecimento, mas também para identificar o produto apresentado na imagem 1. - Embalagem: as embalagens previstas serão cartões em papel com design específico para acondicionar o produto. - Rotulagem: O produto possuirá rotulagem em papel onde será especificado a validade, unidades, preço, informações nutricionais e informações sobre o contacto e localização da empresa. 3.11.2. Preço Quanto a determinação dos preços, relativamente ao Ovo iremos utilizar o critério de referência practicado pelo mercado, que em média está fixado em 1.400,00 kwanzas por cartão de 30 ovos. 3.11.3. Praça Numa primeira fase o produto será comercializado no local da produção (um local físico), o que pressupõe que o canal de distribuição que será utilizado é o directo, sem intermediários, apesar de que não dará fácil acesso a todos os clientes, mas o projecto pretende implementar um sistema entrega ao domicílio e criar pontos de distribuição de fácil acesso. (Donelas, 1999).
  • 36. 27 3.11.4. Promoção Pretendemos tornar o nosso produto conhecido atravês de investimentos em publicidades feita em paineis publicitários, cartões de visitas, rádios sem descartarmos a famosa públicidade boca-boca, a empresa também fará a públicidade em folhetos públicitários que serão distribuido de porta em porta aos potenciais clientes. 3.12. Plano de recursos humano Para o sucesso operacional deste projecto o gerente da granja, deve possuir conhecimentos específico nas diferentes áreas da produção de aves. Esses conhecimentos devem abranger áreas diversas como o controle de doenças, instalações e equipamentos e nutrição. Para uma empresa desta dimensão não é necessária uma estrutura de comando muito elaborada. Sendo uma prioridade a criação de emprego para a população Angolana. No entanto é preciso salientar o facto de existir a necessidade de dar formação aos trabalhadores para estes poderem adquirir as competências necessárias para o desempenho da função para qual foram contratados. Figura 3- Estrutura organizativa Fonte: Elaboração própria. Administração Gerente da Granja Cont e Finan Veterinário Res. da Granja Electricista Funcionários indiferenciado s Funcionários qualificados Seguranças
  • 37. 28 3.13. Plano operacional Plano operacional, engloba um conjunto de actividades a desenvolver na empresa que vão desde as instalações até ao maneja do aviário. 3.13.1. Instalações e manuseamento de um aviário 3.13.1.1. Instalações Quando se instala uma nave para criação de galinhas há que ter em conta a localização das instalações, a orientação em relação ao sol, largura, pé direito, comprimento, piso, parede e a cobertura, sem nos esquecermos do tipo de equipamento que vamos utilizar. Figura 4- Orientação do aviário em relação ao sol. Fonte. Https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/etapas-do-manejo-de-frango -de-corte. O objectivo da instalação da nave é permitir a criação de galinhas em boas condições para obtenção de ovos de qualidade, afim de comercializa-los com alto rendimento e da maneira mais económica. Assim, um bom planeamento de todas as actividades ligadas ao maneio de uma nave será necessário o envolvimento e a aplicação de conhecimentos científicos conjugados com princípios empresariais. 3.13.1.2. Manuseamento de um aviário de poedeiras O ponto mais importante da produção do ovo é a sua qualidade, no entanto, isso envolve desde a compra dos pintos até a venda do ovo (Lana, 2000). O período de criação de poedeiras é contínuo e abrange três fases: inicial (1ª a 10ª semana), crescimento (10ª a 17ª semana) e produção (18ª semana). Assim como na criação de frangos de corte, a limpeza e desinfecção das instalações, vacinas e registros na criação de poedeiras comerciais são atividades indispensáveis para o bom resultado da produção. Sobre a alimentação das poedeiras, deve-se ter metas de crescimento corporal até o pico de postura, dando maior atenção aos aminoácidos, cálcio e vitaminas.
  • 38. 29 No entanto existem dois grandes grupos de sistemas de produção de ovos: o sistema de gaiolas e os sistemas alternativos ou sistemas de produção no solo. Nos sistemas alternativos ou de solo as aves podem ter acesso ao ar livre (galinhas criadas ao ar livre) ou estarem apenas confinadas aos pavilhões (galinhas criadas no solo). Existe ainda a possibililidade de efetuar um sistema combinado, onde a fase de cria efetuada no sistema de solo e as fases de recria e postura em sistema de gaiola. A produção de ovo é também possível em modo de produção biológico. Em qualquer destes sistemas, a gestão alimentar, reprodutiva e sanitária é imprescindível para o bom desempenho dos animais. Independentemente do sistema de produção, devem ser realizados diversos controlos veterinários, zootécnicos, serológicos e microbiológicos com a periodicidade adequada, de forma a garantir um produto final com garantia de cumprimento das condições higio- sanitárias e de segurança alimentar. A AOD, Lda.., é, actuará num sistema de produção combinado. Figura 5- Ninho manual para matriz poedeira. Fonte: (Lana, 2000). 3.13.1.3. Os Pintos Os pintos podem ser criads em cama, gaiolas ou baterias. Quando se inicia a postura, as aves apresentam canibalismo com as aves companheiras, bicando os ovos no ato da postura. Com isso, recomenda-se a debicagem das pintinhas antes de entrarem na fase de postura, evitando assim futuros prejuízos. Com o uso de máquina especializada, a primeira debicagem deve ser feita entre os 7 e 10 dias de vida e a segunda entre a 6ª e 10ª semana de idade. O corte do bico geralmente não é necessário para reprodutoras mantidas sob iluminação totalmente controlada. A debicagem pode ser necessária para controlar a bicagem agressiva no caso de naves
  • 39. 30 abertas ou situações em que não seja possível controlar a intensidade luminosa (GUIA, 2008). No período de crescimento ou recria, deve ser feito o controle de peso e programa de luz. Os outros cuidados são iguais aos de frango de corte. O programa de luz tem o objetivo de evitar que as aves não entrem em postura precoce e, após o início da postura, estimular a produção de ovos (Lana, 2000). A transferência das aves deve ser realizada com total cuidado na 15ª semana de idade. As aves devem ser alojadas em gaiolas ou ninhos, preferencialmente em grupos de tamanho uniforme. Figura 6- Pintos de um dia Fonte: (Lana, 2000). 3.13.1.4. Poedeiras Com grande cuidado na criação dos pintos, espera-se um lote de poedeiras produtivas. Vejamos algumas características de uma boa poedeira: Crista grande, vermelha, macia e brilhante; Tarsos úmidos e túrgidos; Bico despigmentado; Cloaca: grande, unida, macia e despigmentada; Pele lisa e macia; Brincos despigmentados; Penas abundante e sem brilho; Cabeça fina, delicada e magra; Olhos brilhantes e vivos; Ossos pélvicos, flexíveis, finos e abertos; Abdômen volumoso e macio. A produção de frangos deve respeitar os princípios de biosseguridade entre os quais a prática de alojamento “tudo dentro, tudo fora”, em que as instalações são ocupadas por aves do mesmo lote no momento do alojamento e desocupada totalmente no momento de postura. Essa prática permite a higienização do aviário e o respectivo vazio que deve antecipar a entrada do próximo lote. Nesse período deve ser efectuada a recuperação das instalações e dos equipamentos.
  • 40. 31 Figura 7- Galinha poedeira. Fonte: (Lana, 2000). 3.13.1.4.1. Avaliação do desempenho do lote O desempenho padrão do grupo utilizado é estimado através do peso de cerca de 1% das galinhas em qualquer época. Na moderna avicultura, taxas de mortalidade acima de 7 % por lote estão fora dos padrões aceitáveis como normais, mas numa primeira fase podemos ultrapassar esse valor devido ao facto de tudo o que vamos fazer ser completamente novo, e pelo facto de que trabalhar com animais vivos exige uma experiência e sensibilidade que só é adquirida com a prática. Mas com dedicação e perseverança tudo poderá ser corrigido. 3.13.1.5. Maneio dos ovo O objetivo de se criar uma boa poedeira é para que ela produza ovos de qualidade. Por tanto, é necessário o manejo adequado desses ovos. A coleta dos ovos pode ser manual ou mecânica, depende muito do critério adotado. A coleta manual dos ovos deve ser feita várias vezes ao dia e a coleta mecânica ocorre de forma automática, porém, a quebra dos ovos pode chegar a 4% quando existem falhas nas máquinas. Quando se deseja a produção de ovos férteis para incubação, é necessária a presença do galo para que haja a fertilização. Caso os ovos sejam comercializados como alimento, é dispensável a presença do galo na granja. Uma galinha é dita poedeira por ter a finalidade de pôr ovos. Figura 8- Ovos. Fonte: <http://www.coave.net/Infraestrutura.asp>.
  • 41. 32 3.13.1.6. Alimentação Segundo (Andriguetto, 1983), a alimentação é a maior parcela do custo de produção de aves. Toda água e ração devem ser fornecidas à vontade e não devem conter impurezas. Para isso, é importante efetuarem-se limpezas frequêntes dos bebedouros e comedouros. As galinhas recebem diferentes rações de acordo com a idade ou programa de alimentação adotado. Esse programa é composto geralmente de quatro tipos de ração: pré-inicial (1 a 7 dias), inicial (8 a 21 dias), crescimento (22 a 35 dias) e terminação ou final (36 ao abate, em torno dos 42 dias de vida). É necessário que as rações atendam as exigências nutricionais em cada fase de criação. A exigência nutricional varia de acordo com a linhagem, região e instalações. Tabela 1- Coeficientes técnico. Variavel Índice Vazio sanitário 15 dias Densidade do galpão 16 aves/m2 Consumo de ração por ave 8 kg Custo da ração 132.000,00 AKZ/Ton Custo do pinto do dia 350,00 AKZ Postura por ave durante a sua vida 180 á 200 Ovos Fonte: Elaboração própria. 3.14. Plano financeiro Uma vez terminado os estudos do ponto de vista das demais áreas envolvidas no projecto, chaga-se à conclusão da sua viabilidade técnica, cabe examinar investimento do ponto de vista financeiro." (ABREU & CHRISTIAN, 1982, p. 17). A Avícola dos Ovos Dourados-AOD, Lda, com estrutura para criação de galinlhas poedeiras, foi projectada a partir do capital inicial misto de 13.331.273,97AKZ. O projecto avalia o negócio prevendo uma inflação de 16,94% e uma taxa de juro bonificada de 7,5%, uma vez que pretende-se enquadrar no programa de apoio ao
  • 42. 33 crédito ( PAC). Esta previsão baseia-se na actual informação disponibilizada pelo Banco Nacional de Angola9 . Em seguida verifica-se que a taxa fiscal que recai sobre os proveitos das empresas angolanas, Imposto Industrial que é de 30%. Relativamente as Contribuições à Segurança Social, as empresas angolanas têm o dever de entregar ao Estado 8% do salário dos funcionários a seu cargo, valor que será também tido em conta. 3.14.1. Investimento O investimento inicial refere-se a todo o capital necessário para a abertura da empresa. A tabela abaixo apresenta as despesas pré-operacionais, os investimentos fixos e o fundo de maneio necessário para manter a empresa até que ela comece a gerar receita própria. Tabela 2 - Investimento inicial Fonte Elaboração própria. 9 Informação disponibilizada pelo BNA no periodo de Março á Abril de 2018. Designação Quantidade Preço/Unidade ANO 0 ANO n ANO n+1 ANO n+2 ANO n+3 Imobilizações Corpóreas Edifícios e Terrenos Terreno 700.000,00AOA 700.000,00AOA Pavilhões para alojar pintos 2 800.000,00AOA 1.600.000,00AOA Armazemde reserva, embalageme exterialização 1 500.000,00AOA 500.000,00AOA Cerca de arame 4 53.000,00AOA 212.000,00AOA Compartimento para pessoal 2 600.000,00AOA 1.200.000,00AOA Equipamentos Para as granjas Ventiladores 8 14.000,00AOA 112.000,00AOA Aquecidores 8 10.000,00AOA 80.000,00AOA Comedouros 600 4.890,00AOA 2.934.000,00AOA bebedouros 600 940,00AOA 564.000,00AOA Cortinas e complementos 8 20.000,00AOA 160.000,00AOA Termo-Higômetro 8 7.000,00AOA 56.000,00AOA Balança 8 5.000,00AOA 40.000,00AOA Ninhos 20 20.000,00AOA 400.000,00AOA Furo artesiano 1 400.000,00AOA 400.000,00AOA Reservatórios de água 2 80.000,00AOA 160.000,00AOA Materialelétrico e de canalização 2 500.000,00AOA 1.000.000,00AOA Gerador Prince 6.5 Kv 1 240.000,00AOA 240.000,00AOA Equipamentos de escritório e Informático Secretária 1 120.000,00AOA 120.000,00AOA Computador + impressora 1 400.000,00AOA 400.000,00AOA Equipamento de carga e transporte Carrinha Toyota back 1 1.000.000,00AOA 1.000.000,00AOA Moto Kawazaki3 rodas 1 425.000,00AOA 425.000,00AOA Total da imobilização Corpórea 12.303.000,00AOA Imobilizações Incorpóreas Constituição da empresa + Licença 1 180.000,00AOA 180.000,00AOA Despesas adicionais 1 200.000,00AOA 200.000,00AOA Estudos deViabilidade 1 200.000,00AOA 200.000,00AOA Total da imobilização Incorpórea 580.000,00AOA Total do Imobilizado Investimento emFundo de Maneio 448.273,97AOA 84.958,39AOA 96.284,33AOA 89.741,76AOA Total do Investimento 13.331.273,97AOA 448.273,97AOA 84.958,39AOA 96.284,33AOA 89.741,76AOA
  • 43. 34 3.14.2. Mapa de amortização Relativamente aos bens adquiridos, muitos deles perdem valor ao longo da sua vida útil. Admitiu-se que o terreno não sofre desgaste, visto que apenas serve de base às infra- estruturas nele instaladas, não perdendo nenhuma das suas propriedades iniciais, e consequentemente não será depreciado. No final dos 10 anos de actividade o terreno será avaliado no valor pelo qual foi adquirido ou por um valor superior. Relativamente aos restantes bens adquiridos ou construídos, os mesmos serão depreciados linearmente ao longo da sua vida útil estimada e serão avaliados pelo valor contabilístico. Assim para o calculo da amortização considerou-se as quotas constantes, por ser a que adqua- se ao projecto. Tabela 3 - Mapa de amortização do equipamento. Fonte: Elaboração própria. Designação VidaÚtil Taxa Valorinicial ANO N ANO n+1 ANO n+2 ANO n+3 Depreciação Anual ValorContabilistico Corpóreas Edifícios e Terrenos Terreno 700.000,00AOA Pavilhões para alojar pintos 10 10% 1.600.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 160.000,00AOA 960.000,00AOA Armazem de reserva, embalagem e exterialização 10 10% 500.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 300.000,00AOA Cerca de arame 10 10% 53.000,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 5.300,00AOA 31.800,00AOA Compartimento para pessoal 10 10% 1.200.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 120.000,00AOA 720.000,00AOA Equipamentos Paraas granjas 0,00AOA Ventiladores 6 17% 112.000,00AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 18.666,67AOA 37.333,33AOA Aquecidores 6 17% 80.000,00AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 13.333,33AOA 26.666,67AOA Comedouros 4 25% 2.934.000,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 733.500,00AOA 0,00AOA bebedouros 4 25% 564.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 141.000,00AOA 0,00AOA Ninhos 4 25% 400.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 100.000,00AOA 0,00AOA Cortinas e complementos 4 25% 160.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 0,00AOA Termo-Higômetro 4 25% 56.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 14.000,00AOA 0,00AOA Balança 4 25% 40.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 10.000,00AOA 0,00AOA Furo artesiano 5 20% 400.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA 80.000,00AOA Reservatórios de água 5 20% 160.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA 32.000,00AOA Material elétrico e de canalização 5 20% 1.000.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA 200.000,00AOA Gerador Prince 6.5Kv 5 20% 240.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA 48.000,00AOA Equipamentos de escritório e Informático 0,00AOA 0,00AOA 0,00AOA 0,00AOA Secretária 10 10% 120.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 72.000,00AOA Computador +impressora 10 10% 400.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 240.000,00AOA Equipamento de carga e transporte 0,00AOA Carrinha Toyota back 8 13% 1.000.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 125.000,00AOA 500.000,00AOA Moto Kawazaki 3rodas 8 13% 425.000,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 53.125,00AOA 212.500,00AOA Total daimobilização Corpórea Imobilizações Incorpóreas Constituição da empresa +Licença 5 20% 180.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA 36.000,00AOA Estudos deViabilidade 5 20% 200.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA 40.000,00AOA Total daimobilização Incorpórea Total do Imobilizado Investimento em Fundo de Maneio Amortizações acomuladas 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 1.911.925,00AOA 2.576.300,00AOA
  • 44. 35 3.14.3. Plano de financiamento O investimento inicial apurado para implementação do projecto, foi de 13.331.273,97AKZ, e com base no mesmo identifica-se a capacidade de autofinanciamento na ordem de 60% do valor total, pertencente aos promotores do projecto e o restante do valor total dos investimentos será financiado por capital alheio, que espera-se obter recorrendo-se a um empréstimo de uma instituição apropriada que tenha aderido ao PAC ( Programa de Apoio ao Crédito), visto que o ovo faz parte dos produtos que pode se beneficiar deste programa do governo, assim na tabela abaixo poderemos constatar o plano de financiamento. Tabela 4 - Plano de Financiamento. Fonte: Elaboração própria. 3.15. Plano de exploração 3.15.1. Demonstração de resultados previsional A tabela 6 apresenta a Demonstração de Resultados previsional, onde basicamente espelha-se o resultado líquido de cada ano de actividade. Designação Taxa Ano 0 N N+1 N+2 N+3 CapitalPróprio 60% 7.998.764,38 AOA CapitalAlheio 40% 5.332.509,59 AOA Total 100% 13.331.273,97 AOA Plano De Amortização da Dívida Empréstimo 5.332.509,59 AOA 3.999.382,19 AOA 2.666.254,79 AOA 1.333.127,40 AOA Juro 8% 399.938,22 AOA 299.953,66 AOA 199.969,11 AOA 99.984,55 AOA Reembolso 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA PMT 1.733.065,62 AOA 1.633.081,06 AOA 1.533.096,51 AOA 1.433.111,95 AOA Dívida no Fimdo Périodo 3.999.382,19 AOA 2.666.254,79 AOA 1.333.127,40 AOA 0,00 AOA Plano de Financiamento Ano
  • 45. 36 Tabela 5 - DRP. Fonte: Elaboração própria. 3.15.2. Volume do negócio O crescimento da venda (somente ao produto principal) em termos das quantidades, estima-se em 2% no segundo ano, e nos outros anos em 4% e de 4% respetivamente. Tabela 6 - Produto principal. Fonte: Elaboração própria. Tabela 7 - Subproduto. Fonte: Elaboração própria . Designação 2019 2020 2021 2022 Vendas 16.800.000,00 AOA 20.038.838,40 AOA 23.892.896,40 AOA 27.940.353,05 AOA CPV 5.892.000,00 AOA 7.063.517,60 AOA 8.574.656,88 AOA 10.438.397,48 AOA Margem Bruta 10.908.000,00 AOA 12.975.320,80 AOA 15.318.239,52 AOA 17.501.955,58 AOA Prestação de serviços 960.000,00 AOA 1.122.624,00 AOA 1.312.796,51 AOA 1.535.184,23 AOA SubTotal 11.868.000,00 AOA 14.097.944,80 AOA 16.631.036,03 AOA 19.037.139,81 AOA FST 1.637.600,00 AOA 1.915.009,44 AOA 2.239.412,04 AOA 2.618.768,44 AOA Custo Com Pessoal 5.009.100,00 AOA 5.009.100,00 AOA 5.009.100,00 AOA 5.009.100,00 AOA Outros custos Operacionais 150.000,00 AOA 175.000,00 AOA 200.000,00 AOA 225.000,00 AOA SubTotal 6.796.700,00 AOA 7.099.109,44 AOA 7.448.512,04 AOA 7.852.868,44 AOA EBITIDA 5.071.300,00 AOA 6.998.835,36 AOA 9.182.523,99 AOA 11.184.271,37 AOA Amortizações 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA EBIT 3.159.375,00 AOA 5.086.910,36 AOA 7.270.598,99 AOA 9.272.346,37 AOA Proveitos Financeiros Custos Financeiros 399.938,22 AOA 299.953,66 AOA 199.969,11 AOA 99.984,55 AOA Resultado Financeiro 399.938,22 AOA - 299.953,66 AOA - 199.969,11 AOA - 99.984,55 AOA - RAI 2.759.436,78 AOA 4.786.956,70 AOA 7.070.629,88 AOA 9.172.361,82 AOA Imposto (30%) 827.831,03 AOA 1.436.087,01 AOA 2.121.188,96 AOA 2.751.708,54 AOA RLE 1.931.605,75 AOA 3.350.869,69 AOA 4.949.440,91 AOA 6.420.653,27 AOA Ano Qntd de Cartões ovos/ano Preço/Cartão Valor da venda/Ano 1 12000 1.400,00AOA 16.800.000,00AOA 2 12240 1.637,16AOA 20.038.838,40AOA 3 12480 1.914,49AOA 23.892.896,40AOA 4 12480 2.238,81AOA 27.940.353,05AOA Total 88.672.087,85AOA Produto Principal Ovos ( Cartões de 30) Ano Qntd/ano (m3) Preço/m3 (AKZ) Valor das vendas 1 120 8.000,00 AOA 960.000,00 AOA 2 120 9.355,20 AOA 1.122.624,00 AOA 3 120 10.939,97 AOA 1.312.796,51 AOA 4 120 12.793,20 AOA 1.535.184,23 AOA Total 480 4.930.604,74 AOA Sub Produto Estrumes
  • 46. 37 3.15.3. Mapa do fundo de maneio Tabela 8 - Fundo de Maneio. Fonte: A base de dados, 2018. 3.15.4. Plano recursos humanos O plano de recursos humanos, considerará a despesa com pessoal de acordo com o salário base, o décimo terceiro mês será pago na ordem de 50% do salário base, os subsídios de férias será pago na ordem dos 50% do salário base, numa primeira fase estima-se que os salarios serão relativamente baixos. AVICOLA DOS OVOS DOURADOS- AOD, Lda. terá cerca de 14 funcionários, sendo 11 efectivos 3 eventuais. A despesa anual com o pessoal será de 5.009.100,00 AKZ. Tabela 9 - Mapa de recursos Humanos. Fonte: Elaboração própria. 1 2 3 4 Necessidades Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ) Clientes 690.410,96AOA 823.513,91AOA 981.899,85AOA 1.148.233,69AOA Existências 242.136,99AOA 290.281,55AOA 352.383,16AOA 428.975,24AOA Subtotal 932.547,95AOA 1.113.795,45AOA 1.334.283,01AOA 1.577.208,93AOA Recursos Fornecedores 484.273,97AOA 580.563,09AOA 704.766,32AOA 857.950,48AOA Subtotal 484.273,97AOA 580.563,09AOA 704.766,32AOA 857.950,48AOA Fundo de Maneio 448.273,97AOA 533.232,36AOA 629.516,69AOA 719.258,45AOA Investimento emde FM 448.273,97AOA 84.958,39AOA 96.284,33AOA 89.741,76AOA AnoN AnoN+1 AnoN+2 AnoN+3 Efectivos 11 DirectorGeral/Admn 1 70.000,00AOA 35.000,00AOA 35.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA Gerente/Responsável 1 45.000,00AOA 22.500,00AOA 22.500,00AOA 585.000,00AOA 585.000,00AOA 585.000,00AOA 585.000,00AOA Contabilista 1 25.000,00AOA 12.500,00AOA 12.500,00AOA 325.000,00AOA 325.000,00AOA 325.000,00AOA 325.000,00AOA FuncionáriosQualificados 2 70.000,00AOA 35.000,00AOA 35.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA 910.000,00AOA FuncionáriosIndiferenciados 4 100.000,00AOA 50.000,00AOA 50.000,00AOA 1.300.000,00AOA 1.300.000,00AOA 1.300.000,00AOA 1.300.000,00AOA Segurança 2 37.000,00AOA 18.500,00AOA 18.500,00AOA 481.000,00AOA 481.000,00AOA 481.000,00AOA 481.000,00AOA Total 347.000,00AOA 173.500,00AOA 173.500,00AOA 4.511.000,00AOA 4.511.000,00AOA 4.511.000,00AOA 4.511.000,00AOA Part-Times Electricista 1 15.000,00AOA 15.000,00AOA 15.000,00AOA 15.000,00AOA 15.000,00AOA Veternário 1 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA 12.000,00AOA Técnico/Manutenção 1 20.000,00AOA 20.000,00AOA 20.000,00AOA 20.000,00AOA 20.000,00AOA SubTotal 47.000,00AOA 47.000,00AOA 47.000,00AOA 47.000,00AOA Formação/Pessoal 451.100,00AOA 451.100,00AOA 451.100,00AOA 451.100,00AOA Total doC/pessoal 5.009.100,00AOA 5.009.100,00AOA 5.009.100,00AOA 5.009.100,00AOA SalárioAnual Função Nº de Trabolhadores SalarioBase Subsídiode Férias50% DécimoTerceiro 50%
  • 47. 38 3.16. Estrutura dos custos 3.16.1. Custo do pinto do dia Anualmente deverão ser comprados cerca de 2000 pintos do dia, estima-se que todos entrarão nas granjas, dividida em dois lotes de 1000 pintos cada. No primeiro ano estima-se um custo de aquisição no valor de 700.000,00 AKZ. Actualmente os produtores passam por difículdades quanto a aquisição de pintos do dia, isto é, existem poucos fornecedores locais, pelo que, na maior parte são comprados no estrangeiro por encomenda ao preço de USD 1,5 (cámbio do dia 350 AKZ)10 . 3.16.2. Custos dos produtos vendidos Na tabela 11 estão representados os principais custos suportados para a obtenção do produto principal, aos quais chamamos de custos dos produtos vendidos. A ração aquisição será local o potencial fornecedor neste momento é a NUVET, apesar de não ser nacional na primeira fase, pretende-se adquirir experiência no fabríco de ração, para assim passar a produzir a própria ração, visto que tem-se um custo menor em relação a de produção estrangeira. Tabela 10 - CPV. Fonte: Elaboração própria. 3.16.3. Fornecimento e serviço de terceiros. O projecto também conta com outros custos a suportar para atingir os objectivos propostos. Assim, estão representados na tabela 11, e designados por Fornecimento e serviços de terceiros. 10 Informação obtida do aviário Filomena, localizado no Bengo, numa entrevista por telefone “+244 937 060 606”. 1 2 3 4 Designação Unidade Quantidade Preço unitário Valor Valor Valor Valor Pinto do dia 2000 350,00AOA 700.000,00AOA 818.580,00AOA 957.247,45AOA 1.119.405,17AOA Subtotal 700.000,00AOA 818.580,00AOA 957.247,45AOA 1.119.405,17AOA Materias Prima e Susidiarias Ração Inicial Ton 22 132.000,00AOA 2.904.000,00AOA 3.395.937,60AOA 3.971.209,43AOA 4.643.932,31AOA Ração de crescimento e final Ton 15 132.000,00AOA 1.980.000,00AOA 2.574.000,00AOA 3.346.200,00AOA 4.350.060,00AOA Embalagem 14000 22,00AOA 308.000,00AOA 275.000,00AOA 300.000,00AOA 325.000,00AOA Subtotal 5.192.000,00AOA 6.244.937,60AOA 7.617.409,43AOA 9.318.992,31AOA Total do CPV 5.892.000,00AOA 7.063.517,60AOA 8.574.656,88AOA 10.438.397,48AOA
  • 48. 39 Tabela 11 - FST. Fonte: Elaboração própria. 3.16.4. Mapa de origem e aplicação de fundos. Tabela 12 - MOAF. Fonte: Elaboração própria. Com apoio nas tabelas apresentadas anteriormente, podemos realizar a avaliação financeira do projecto (na óptica do projecto), onde interessa determinar o fluxo financeiro gerado pela exploração do projecto. Para tal, a taxa de actualização utilizada corresponde ao Custo Médio Ponderado do capital, calculado a partir das taxas das fontes de financiamento (Capital Próprio e Capital Alheio). Assim, a tabela 14 apresenta os fluxos de caixa actualizados do presente projecto, que possibilitam efectuar os calculos do VAL, TIR e Payback. Designação Quantidades preço unitário 1 2 3 4 Comunicação 1 80.000,00 AOA 80.000,00 AOA 93.552,00 AOA 109.399,71 AOA 127.932,02 AOA Gás butano 24 2.400,00 AOA 57.600,00 AOA 67.357,44 AOA 78.767,79 AOA 92.111,05 AOA Combustiveis 2000 160,00 AOA 320.000,00 AOA 374.208,00 AOA 437.598,84 AOA 511.728,08 AOA Outros Fluidos 100 1.000,00 AOA 100.000,00 AOA 116.940,00 AOA 136.749,64 AOA 159.915,02 AOA Honorarios e notariado 0 0,00 AOA 0,00 AOA 0,00 AOA 0,00 AOA 0,00 AOA Seguros 1 60.000,00 AOA 60.000,00 AOA 70.164,00 AOA 82.049,78 AOA 95.949,01 AOA Manutenção e conservação 1 180.000,00 AOA 180.000,00 AOA 210.492,00 AOA 246.149,34 AOA 287.847,04 AOA Material de escritório 1 80.000,00 AOA 80.000,00 AOA 93.552,00 AOA 109.399,71 AOA 127.932,02 AOA Marketing e Publicidade 6 110.000,00 AOA 660.000,00 AOA 771.804,00 AOA 902.547,60 AOA 1.055.439,16 AOA Outros Serviços de 3º 1 100.000,00 AOA 100.000,00 AOA 116.940,00 AOA 136.749,64 AOA 159.915,02 AOA Total dos FST 1.637.600,00 AOA 1.915.009,44 AOA 2.239.412,04 AOA 2.618.768,44 AOA Ano N Ano N+1 Ano N+2 Ano N+3 Designação Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ) Valores (AKZ) Origens RLE 1.931.605,75 AOA 3.350.869,69 AOA 4.949.440,91 AOA 6.420.653,27 AOA Amortização 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA Capital Social 7.998.764,38 AOA Emprestimos 5.332.509,59 AOA Total das Origens 17.174.804,72 AOA 5.262.794,69 AOA 6.861.365,91 AOA 8.332.578,27 AOA Aplicações Inves. Em Activo Fixo 13.331.273,97 AOA WC(NFM) 448.273,97 AOA 84.958,39 AOA 96.284,33 AOA 89.741,76 AOA Reembolso 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA Total das Aplicações 15.112.675,34 AOA 1.418.085,79 AOA 1.429.411,73 AOA 1.422.869,15 AOA Saldo da Tesouraria 2.062.129,38 AOA 3.844.708,90 AOA 5.431.954,19 AOA 6.909.709,12 AOA Tesouraria Inicial 2.062.129,38 AOA 5.906.838,28 AOA 11.338.792,46 AOA Tesouraria Final 2.062.129,38 AOA 5.906.838,28 AOA 11.338.792,46 AOA 18.248.501,58 AOA
  • 49. 40 Tabela 13 - Cash Flow. Fonte: Elaboração própria. Tabela 14 - Avaliação na Óptica do projecto. Fonte: Elaboração própria. De acordo com a tabela acima, pode-se dizer que o VAL é positivo, isto é, consegue cobrir o valor do investimento, remunerar os investidores ao seu custo de oportunidade e ainda teremos um excedente no valor de 11.478581,18 Akz, logo aceita-se o projecto. A TIR é de 32%, Adicionalmente, pode-se dizer que por cada unidade monetária investida a rendibilidade é de 0,86 Akz. Além disso, calculou-se o período de recuperação do capital investido previsto (payback) que é de 3 anos e 1 mês, inferior ao período previsto para o termino do projecto. E com base nos resultados obtído, podemos afirmar que o presente projecto é financeiramente viável. 0 1 2 3 RLE 1.931.605,75 AOA 3.350.869,69 AOA 4.949.440,91 AOA 6.420.653,27 AOA Amortização 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA 1.911.925,00 AOA NFM 448.273,97 AOA 84.958,39 AOA 96.284,33 AOA 89.741,76 AOA Emprestimo 5.332.509,59 AOA 3.999.382,19 AOA 2.666.254,79 AOA 1.333.127,40 AOA VR Reembolso 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA 1.333.127,40 AOA CAPEX 13.331.273,97 AOA CF 7.394.638,97 AOA 7.844.091,09 AOA 8.098.208,98 AOA 8.242.836,52 AOA Anos CF Actualizados 0 -13.331.273,97 AOA 1 6.710.198,70 AOA 2 6.459.210,52 AOA 3 6.051.237,47 AOA 4 5.589.208,47 AOA VAL 11.478.581,18 AOA Pay Back 3 anos e 1 mês IR 0,86 TIR 32%
  • 50. 41 3.17. Analise e discussão dos resultados Ao longo do estudo feito, podemos verificar que desde 2018 que não se imitem licenças de importação de ovos por parte do Ministério da Agricultura e Florestas e que o País produziu 961 milhões de ovos em 2017, em 2018 atingiu uma produção de 1.119 milhões de ovos, um aumento de 16,4% face a 2017. Assim, o sector está funcionar abaixo da capacidade instalada, isto é, dos 100% apenas produz-se 30% com uma ociosidade de 70%. Desta feita aumenta o interesse em investir no sector, pois existe ainda uma carência do mesmo produto no mercado. Na província da Huíla o sector agro-pecuário produz apenas 35 mil ovos/dia o que corresponde um terço da capacidade instalada, que está estimada em 99 mil e 200 ovos/dia, quando as necessidades da província estão avaliados em dois milhões de ovos/dia, a província conta actualmente com aproximadamente oito aviários, sendo dois na Humpata e seis no Lubango. O critério de decisão para analise a viabilidade , os resultados obtidos foram os seguintes; O VAL foi de 11.478.581,18 AKZ, a TIR foi de A TIR é de 32% e o período de recuperação da dívida foi de 3 anos e 1 mês. Atendendo os parámetros estudados a o projecto é viavel. Adicionalmente formulamos um questionário ( colocado em anexo) para estudar os clientes os resultados obtidos foram; precisa-se melhorar significativamente a publicidade pois é um factor importante para atrair clientes, a produção deve ser aumentada de modo a evitar rotura de stock, os clientes não conseguem comprar ovos sempre que desejam devido a produção insuficiente para atender as necessidades do mercado, o preço é o principal factor que faz com que os clientes se mantêm fieis aos pontos de venda do ovo, ainda os clientes afirmam que precisa-se aumentar a qualidade no fornecimento de ovos, pois, a qualidade actual é média.
  • 51. 42 Conclusão A elabaração do presente trabalho possibilitou averiguar a importância da análise de viabilidade antes da implementação de qualquer projecto. Para a pesquisa foram formulados determinados objectivos específicos que serviram de suporte na resolução do objectivo geral. Estes objectivos específicos foram respondidos na medida em que apresontou-se a parte teórica da investigação, os resultados dos dados, as entrevistas realizadas à produtores de ovos e o questionário aplicado aos consumidores do produto, permitindo assim, o confronto entre a teoria e a prática do tema. O primeiro objectivo específico consistiu em apurar o valor necessário para o investimento inicial, tal objectivo foi alcançado no terceiro capítulo, através de pesquisas feitas no mercado sobre o material necessário para a implementação de um avíario, em que na qual os dados coletados foram agrupados em uma tabela de investimento inicial com auxílio do Excel e apurou-se que para a implementação do projecto, necessita-se de um valor aproximado a 13.331.273,97AKZ. O segundo e terceiro objectivos específicos, foram respectivamente, analisar a viabilidade financeira do projecto através do cálculo do VAL, da TIR e do Payback e Estimar a capacidade do projecto em gerar renda, estes objectivos também foram materializados uma vez que o VAL é positivo igual a 11.478581,18 AKZ, pelo que, consegue cobrir o valor do investimento, remunerar os investidores ao seu custo de oportunidade e ainda tem um excedente no valor do VAL, para a TIR obteve-se 32% uma taxa superior ao custo médio ponderado do capital ao longo da vida útil do projecto (10,20%), taxa essa que também confirma a viabilidade financeira do projecto, logo aceita-se o projecto. Além disso, calculou-se o payback que é de 3 anos e 1 mês, inferior ao período previsto para o termino do projecto ( 4 anos). Adicionalmente calculou-se o índice de rendibilidade do projecto que foi de 0,86, quer dizer que por cada unidade monetária investida a rendibilidade é de 0,86 Akz. Através do modelo das 5 forças de M. Porter, foi possível concluir que o sector avícola em Angola apresenta um alto potencial de rendibilidade, o que torna a atractividade do sector elevada, pois, na dimensão competitiva as ameaças são reduzidas. Deste modo,
  • 52. 43 podemos concluir a importância do estudo da viabilidade do projecto, de modo a diminuir as incertezas do mercado, quanto ao retorno do capital a investir.
  • 53. 44 Limitações Como qualquer outra investigação deparamo-nos com algumas limitações durante a pesquisa, nomeadamente:  Dificuldade em conseguir ter contacto com o funcionamento real de um aviário;  Reduzida informação obtida nas entrevistas feitas aos produtores por questões profissionais;  A escassez de dados sobre a procura passada no sector avícola em Angola o que impossibilitou realizar uma comparação com a situação actual do sector, não permitindo assim uma maior precisão do crescimento do sector;  Amostra reduzida devido aos questionários usados indevidamente pelos iqueridos. Sugestões Para os próximos tabalhos desta natureza deixamos as seguintes sugestões:  Ter em conta o Imposto de Valor Acrescentado( IVA);  Sugerimos que nos próximos trabalhos estudem-se também diferentes cenários e faça-se análise de sensibilidade, pois, ajudam a diminuir as incertezas;  Que sejam considerados outros indicadores além dos apresentados no presente projecto, pois ajudarão a ter uma maior precisão da viabilidade;  Sugerimos ainda que se realize uma pesquisa de mercado mais profunda junto aos potenciais clientes e que se aumente o número da amostra, com o objectivo de obter informações mais precisas sobre a aceitação do produto proposto;  Desenvolver nos proxímos trabalhos, um plano de marketing, com estratégias para tornar o ovo nacional um produto mais acessível aos consumidores.
  • 54. 45 Bibliografia ABREU, & CHRISTIAN. (1982). Análise de Investimentos. Rio de Janeiro: Campus Editora. Andriguetto. (1983). Criação de Aves, Nutrição e saneamento. Brasil: O meu livro. ANTONIK, & Roberto, L. (2004). Merchandising no ponto-de-venda. . Brasil, S. Paulo: Atlas. B Ghigllione, R. M. (2001). O Inquérito. Oeiras: Celta editora. Barros, C. P. (2007). Avaliação Financeira de Projectos de Investimento. Editora Escolar. Britto. (2003). Analise Financeira de Projecto de investimento. Porto Alegre: Campus editora. Canastra, H. V. (2015). Manual de Investigação Científica da Universidade Católica de Moçambique. Moçambique: Craft Chadambuka. Donelas, J. C. (1999). Empreendedorimo: transformando idéias em negócios. S. Paulo: Manole. Ende, & Reisdorfer. (2015). Elaboração e analises de projectos. Brasil: Rede e-Tec Brasil. Fabro, D. D. (2007). ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE UMA EMPRESA DE CRIAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE AVESTRUZ. Brasil, São Paulo: FLORIANÓPOLIS. Florio, M., Finzi, U., Ginco, M., Levarlet, F., Maffi, S., Tracogna, A., et al. (2003). Análise de custos e benêficios dos projectos de investimentos. Portugal: Coimbra Editora. Gilberto, D. (2018). Elaboração de plano de negócio de uma padaria. Lubango: UMN Edição escolar. Gitman, L. (2004). Princípios de Administração Financeira. Porto Alegre: Bookman . GUIA, M. (2008). Manejo de um aviário, Técnicas básicas. Brasil: Editora Atlas.
  • 55. 46 HISRICH, & PETERS. (2005). Gestão das Organizações. S. Paulo: Editora Atlas, 2005. Kotler, & Armstrong. (2007). ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING. Brasil: Prentice Hall. Lana, R. (2000). Criação de aves poedeiras. S. Paulo: Editora SP. Marques, L. H. (2005). Avicultura Industrial. S. Paulo: Editora Atlas. Peters, H. e. (2004). Empreendedorismo. Porto Alegre:: Atlas. Ross, S., & Westerfiel. (1998). Princípios de Administração Financeira. S, Paulo: Atlas. Rousseau, J. (1985). Filosófia, as origens da Desigualde no homem. Brasil: Carrer. Salim. ((2004)). Construindo planos de negócios: Todos os passos necessários para planejar e desenvolver negocio de sucesso (Vol. 3). Rio de Janeiro: Campuss. Sebares. (2013). Como elaborar um plano de negócios: Sebrae. Sousa, & Clemente. (2003). Analise de Projecto de investimento. Brasil: Florianópolis. Sousa, M. J. (2011). Como fazer Investigação, Dissertações, Teses e Relátorios. Lisboa: Lidel. SOUZA, & CLEMENTE. (2003). Projecto de invetimento de capital: Elaboração, analise e tomada de decisão. Brasil: São Paulo Atlas. Vergara, S. C. (1997). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. S. Paulo: Atlas. Woiler, & Mathias. (2007). Análise e Elaboração de Projectos (Vol. 2). S.Paulo, Brasil: Atlas.
  • 56. 47 Anexo 1- Estudo de mercado dos clientes e Pressupostos 1. Já alguma vez visitou um aviário? 2. Considera a publicidade um factor importante para atracção da clientela? 3. Já ouviu uma publicidade de algum aviário existente? 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Sim Não Sim Não 0 5 10 15 20 25 Sim Não Sim Não 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Sim Não Sim Não
  • 57. 4. Quanto ao fornecimento de ovos, tem preferencia por algum aviário? 5. O aviário que fornece os ovos que consome tem ponto de revenda de fácil acesso? 6. Sente-se satisfeito com a forma como os aviários existentes oferecem seus produtos? 9,4 9,6 9,8 10 10,2 10,4 10,6 10,8 11 11,2 Sim Não Sim Não 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Sim Não Sim Não 9,4 9,6 9,8 10 10,2 10,4 10,6 10,8 11 11,2 Sim Não Sim Não
  • 58. 7. Consegue adquirir ovos sempre que pretende? 8. O que o faz comprar sempre no mesmo local? 9. Se pudesse contribuir para melhorar alguma coisa em um aviário em qual dos aspectos seria? 0 2 4 6 8 10 12 14 Sim Não Sim Não 0 2 4 6 8 10 12 Antendimento Preço Qualidade Hábito Distância Outro motivo 0 2 4 6 8 10 12 14 Públicidade Preço Embalagem Distribuição Atendimento outro